10/05/2013

Hazel-inspired

Quem lê este blog há mais tempo sabe que eu sempre tive um problema com a roupa - excesso de roupa. E sabe que nos últimos anos, graças ao minimalismo, consegui livrar-me de mais de metade da minha roupa, incluindo sapatos e acessórios. E sim, arrependi-me de ter jogado algumas coisas fora, como umas sabrinas vermelhas que eram super confortáveis e uns colares mais coloridos que ficam bem agora na primavera-verão com os meus vestidos brancos.

Também já referi algures que o meu estilo mudou imenso ao longo dos anos. Na adolescência era a típica surfer girl - jeans, t-shirts e sweat-shirts de marcas de surf (e fazia surf, também), sapatilhas ou chinelos. Quando entrei na universidade, para um curso famoso por os seus alunos serem detectados à distância (a roupa, os chinelos, o cão, a bicicleta, eram imagens de marca do pessoal de BMP - quem andou na UAlg sabe do que falo), fui na onda e nunca me vesti tão mal como nessa altura (imaginem calças de fato de treino velhas e t-shirts largas). 

Depois a coisa lá melhorou, mas nunca soube exactamente qual era o meu estilo. Houve uma altura em que vestia muita roupa da Bershka e fazia conjuntos giros e coloridos q.b. (nada de exageros, que eu nunca gostei de muitas cores misturadas). Depois de ter sido mãe, comecei a usar mais saltos altos, blazers, camisas - roupas que não têm nada a ver comigo e com as quais nunca me senti particularmente confortável ou gira. Passada esta fase, comecei a explorar roupas mais coloridas (cheguei a ter as mesmas calças em branco, preto, laranja e rosa), mas também não me sentia 100% eu. Tive os meus problemas com o castanho, larguei os saltos altos no dia-a-dia (tenho alguns pares que raramente são usados), percebi quais as cores que me ficam bem e livrei-me do resto. Comecei a reconstruir o meu guarda-roupa à volta de algumas cores (branco, cinzento, preto, azul) e a adicionar, aos poucos, cores que ficam bem com estas. (todos os posts sobre roupa aqui)

Tenho imensa sorte por não ter um dress code no trabalho (se há sítio onde não se liga minimamente à roupa, é o sítio onde trabalho). E isto permite-me ser eu mesma. Vestir-me com o que gosto, usar o que me deixa confortável e me faz sentir gira. Gosto de poucas peças de roupa, em não mais de 2 ou 3 cores; não uso colares e brincos em simultâneo (mas posso usar vários colares ao mesmo tempo); os sapatos querem-se confortáveis e, para mim, saltos altos não se enquadram nesta categoria (sabrinas e chinelos sim); castanho só na forma de cintos e calçado em pele, ou colares e brincos de madeira.

Eu tinha outra regra: se uso uma saia ou calças largas, a parte de cima deverá ser justa; se uso uma blusa larga, a parte de baixo deverá ser justa. Era impensável vestir uma saia larga com uma blusa largachona, com medo de parecer um saco de batatas, ou umas calças justíssimas com um top ainda mais justo. Mas deixei de ser tão rígida. E eis que chegamos ao conjunto a que chamo Hazel-inspired....


Vamos por partes:

A Hazel é a minha querida Hazel Claridade, que há uns anos propôs um desafio giríssimo às suas leitoras: durante o mês de Maio usar apenas saias e vestidos para celebrar o sagrado feminino. No fim do mês, a Hazel colocou fotos das suas 31 fatiotas (vão ver, vale a pena). Eu, na altura, adorei, mas não pensei mais no assunto. 

Há uns tempos voltei a esse post e fiquei inspiradíssima! Abri os olhos e apercebi-me que eu posso vestir o que quiser! Não preciso vestir-me de uma determinada maneira por causa do trabalho, o que é óptimo. Não me interessa o que os outros pensam de mim ou da minha roupa (se me visto mal ou bem). Só há uma coisa que me interessa: sentir-me eu! Gira e confortável! E então revi a minha regra da parte de cima justa, parte de baixo larga - mas qual é o problema em usar uma saia larga com um top largo? 

Ontem fui assim como mostra a foto. Uma saia (que dá para fazer vestido cai-cai) dos indianos com um top largo. Muitos colares (um deles o japamala feito pela referida Hazel). A mala não está na foto, mas costumo usar sempre um dos tote bags feitos por mim.

Ah, bliss! Admito que certas roupas não são muito indicadas para o laboratório. Ontem via-se mais saia que bata... Mas o que interessa é que me sinto casa vez mais eu - e menos preocupada com a opinião dos outros em relação à minha imagem. Sim, é verdade que nas festas de anos e reuniões da escola sinto-me diferente das outras mães (abundam as calças e as camisas), mas who cares?...

No lab...

8 comentários:

  1. Nem de propósito este teu post, porque ultimamente tenho pensado bastante nesse desafio da Hazel. Ainda ontem e hoje pensei. Acho que foi um desafio super giro e interessante. Mas com muita pena minha não me senti à altura de participar. Tinha muito poucas saias (2 ou 3) que me permitissem fazer tantos conjuntos durante 1 mês inteiro. Apesar disso, segui o desafio atentamente, tanto da Hazel como de algumas participantes. Confesso que esse desafio mudou bastante a maneira como passei a olhar para o meu guarda roupa. E isso levou-me a alterar bastante as peças, sobretudo a diminuir o uso das calças e a apostar muito mais em saias e vestidos. Sem dúvida que podemos fazer mil e uma combinações sem regras demasiado pré-definidas. E saltar da nossa zona de conforto, pode trazer-nos muitas vezes agradáveis surpresas :)
    Beijinhos e bom fim de semana.

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  2. Gostei! simples, descontraído e bonito :)

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  3. k giro.. tb me pus a olhar para o meu roupeiro (com a mudança de estação) e reparei k tinha poucos vestidos e saias e eu c pernas tão giras (modéstia a parte), o problema é k n escolhia os vestidos e saias que me favorecessem, só as que gostava e agora tenho mais atenção a esse pormenor, não é só gostar, tem de me ficar bem, gostar de me ver ao espelho e combinar com o meu estilo.. :)portantes ultimamente quando tenho ido as compras tenho investido numas sais e vestidos..
    Sonia L.

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  4. Whoooo-hooooo!!! Obrigada, minha querida! Realmente, sinto que o Sagrado Feminino cumpriu o seu propósito: levar cada mulher a descobrir a sua feminilidade, não como uma forma de fragilidade, como muitos pensam, mas como uma expressão própria, uma forma de afirmação, de força, de poder e de beleza. Quando abraçamos quem somos, descobrimo-nos mais completas e felizes. Muito, muito grata pela referência!
    E gostei muito do teu conjunto! :)

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  5. Adorei ler este post,pois lembrei-me de mim mesma ...rs...tb passei por vários estios e posso ver isso nas fotos do passado. Hoje em dia minimalizei meu armário ao máximos e passei o verão com 7 vestidos,mas se fores ve-los no meu post atual, verás que cada um tem um estilo diferente do outro!

    São 7 estilos: pin-up, esportista,clássica,sexy,romantica, despojada e feminina...tudo que sou,depende do dia!

    Ficarei feliz se vieres conferir...bjs

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    1. Já fui! E adorei as fotos da sala!! (e os vestidos também)

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  6. Que máximo! Adorei o post. E lembrei que usei saias por duas semanas em respeito ao sagrado feminino! Está ótima na saia branca, gosto de branco e assim como você também me encontrei nas cores branca, preto, azul e cinza.

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  7. Eu simplesmente adorei a combinação!!!
    Bom look!
    Beijocas

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Obrigada pelo comentário!

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