22/08/2016

5 motivos para parares de procrastinar o teu desenvolvimento pessoal

Um guest post da Mafalda do blogue It’s (not)so simple! Obrigada Mafalda!

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Tenho a certeza de que a ideia já cruzou o teu pensamento dezenas, quiçá centenas, de vezes. E, de todas essas vezes, reprimiste-a. Razões como “agora não é momento certo”, ou “onde vou arranjar o dinheiro?”, ou ainda “para quê cansar-me se depois o meu patrão não me vai valorizar?”. Cada pessoa tem os seus motivos, sejam eles estes, ou outros, mais ou menos complexos.

Não estou aqui para julgar os teus motivos. O meu único intuito é fazer-te pensar, dar-te mais razões para considerares a hipótese de aprenderes novas coisas e de desenvolveres o teu eu.

Afinal de contas, sei que te sentes imensamente inspirada pela nossa Rita e pelo seu exemplo de força, determinação e dedicação: ser mãe, investigadora, yogini, blogger e estudante universitária é uma bela carga de trabalhos, não é?

Então, vamos falar das razões mais comuns que damos (seja a nós, seja aos outros) para não investirmos no nosso desenvolvimento pessoal e de como podemos contrariá-las e deixar de procrastinar o investimento na nossa própria formação.

1. Não tenho tempo! Bom, isto é algo que dizemos muitas vezes e não só a propósito deste tema. “Tenho filhos pequenos.” “Tenho uma casa para cuidar.” “Estou cheia de trabalho…” Aquilo que eu acho, aquilo que eu tenho aprendido, é que, se realmente quisermos fazer determinada coisa, arranjaremos tempo para ela. O exemplo clássico: quantas pessoas conheces que tiraram a carta de condução enquanto estudavam, ou trabalhavam? Arranjaram tempo para ir às aulas, estudar o manual, fazer testes, fazer o exame de código e ter aulas de condução em tempo quase record. A grande lição é: quando realmente queremos muito uma coisa, ou quando algo nos faz muita falta e tem um grande impacto na nossa vida, encontramos tempo. Mesmo que para isso tenhamos de pedir ajuda, deixar coisas menos importantes de parte, roubar ao sono (esta não recomendo, mas cada um faz o que for preciso), parar de ver televisão, pôr as saídas à noite em standby… Vale tudo para atingirmos os nossos objetivos!

2. Onde é que vou arranjar o dinheiro? Não pretendo intrometer-me na carteira de ninguém. Porém, investir em formação pode trazer grandes benefícios pecuniários no médio/longo prazo. Cada um tem de saber o que é que valoriza mais e ter a capacidade de gerir os seus rendimentos da melhor forma. No entanto, aquilo que quero aqui destacar é que podes aprender mais, descobrir novas coisas, sem ter de gastar rios de dinheiro em manuais, sebentas, aulas ou propinas. Sobretudo nos dias de hoje. Podes escolher, na biblioteca da tua cidade, por exemplo, um livro que te ensine uma nova capacidade. Ou procurar uma versão digital, normalmente menos dispendiosa. Pedir emprestado. Ou comprar em segunda mão. E, claro, podes encontrar na nossa amiga Internet uma grande aliada: procura informação fiável sobre o tema do teu interesse, lê tudo o que puderes e coloca em prática o que fizer mais sentido. Se a tua “cena” forem línguas estrageiras, experimenta uma alternativa como o Duolingo (https://www.duolingo.com/). Se procuras algo mais ligado aos negócios, ou às ciências socias, e nem queres sair da frente do PC, tens de espreitar o Coursera (https://www.coursera.org/). Depois agradeces-me… Aumenta os teus conhecimentos sem gastar um cêntimo!

3. O meu patrão não ia valorizar-me mais por isto. Isto, para mim, levanta duas questões: A) Queres fazer isto por quem, realmente? Não o faças pelos motivos errados, por favor. Fá-lo por ti! Para te sentires bem contigo, para te levar mais além. Adicionalmente, poderás querer fazê-lo para inspirar os que te rodeiam, ou para dar um bom exemplo aos teus filhos. O teu patrão e o teu emprego vêm, quando muito, em terceiro lugar. B) Achas mesmo que o teu chefe não te vai valorizar? Ainda que a tua decisão implique estares menos disponível para o trabalho (porque tens aulas, por exemplo), tenho a certeza de que o teu patrão vai ver a tua decisão como algo positivo. Pode até não o demonstrar, mas todos os chefes gostam de empregados pró-ativos, interessados e que vão à luta. E, em alguns casos, pode até acontecer que o teu chefe tenha apenas medo de te perder: capacidades aumentadas equivalem a progressão de carreira potenciada, ao seu lado, ou longe dele. Portanto, seja para te sentires bem contigo própria, ou para aumentar as tuas hipóteses no mundo do trabalho, investir na tua formação compensa SEMPRE!

4. Não sei o que estudar! Isto, minha amiga, é um excelente problema para se ter. Podes decidir enveredar por temas que te seduziam na infância, ou na adolescência, e que tiveste de deixar para trás por achares que não tinham futuro, ou por algo que só agora descobriste. Avalia várias hipóteses, pesquisa um pouco sobre cada uma e decide. E, lembra-te, nada tem de ser definitivo: hoje podes ler sobre física quântica, e amanhã ter aulas de crochet. E depois avançar para a filosofia. Ou para uma qualquer arte marcial. O céu, caríssima, é o limite!

5. Já não tenho idade para isso! Hum… Sinceramente, já ouvi desculpas melhores! Se há algo que eu considero absolutamente extraordinário no ser humano é a sua capacidade para aprender, para mudar formas de agir e de pensar. Tudo, com a orientação mental certa, poder ser (re)aprendido. Certos temas com maior facilidade, outros com menos, é certo, mas, se realmente te interessa, tu chegas lá. Não te esqueças que um cérebro em movimento é um cérebro que envelhece mais devagar. Portanto, deves isto a ti própria: estuda, para o teu bem!

Confia em mim: este é o momento certo para fazeres algo mais por ti e para aumentares os teus conhecimentos. Tudo conta: os cinco minutos a ler enquanto esperas pelo autocarro, aquele bocadinho da tua hora de almoço para completar mais uma unidade de Espanhol, acordar 30 minutos mais cedo para estudar contabilidade financeira… Tu lá sabes.

Tu mereces o investimento que vais fazer em ti própria. Por todos os motivos e também por mais este: por teres a hipótese de provar a ti própria, uma vez mais, que vales muito, que tens grandes capacidades, sejam estas intelectuais, de organização, culturais, técnicas, motoras, analíticas ou de julgamento.

E isto parece-me importante sobretudo se te debates frequentemente com uma sensação de que estás a estagnar, de que te faltam conhecimentos importantes para o teu dia-a-dia, ou que precisas de te levar mais além e ocupar-te com novas aprendizagens.

Portanto, e inspirada pela nossa Busy Woman, segue em frente e começa já a aprender algo novo.
Já agora, se precisares de informação sobre esta temática e, mais particularmente sobre o Estatuto do Trabalhador-Estudante, passa pelo meu cantinho. Será um gosto ter-te por lá.

Atreve-te a ser feliz!

Não posso terminar sem agradecer à Rita por me ter recebido tão bem aqui no seu blogue. Foi uma honra poder partilhar com quem a lê estas minhas singelas dicas. Continuação de imenso sucesso, Rita!

21/08/2016

Como aproveitar o tempo quando os miúdos estão nas atividades e outras cenas

Os meus dois filhos sempre foram muito desportistas. Desde pequenos que fazem desporto e ao longo destes anos já experimentaram várias modalidades, enquanto nós nos desdobramos para os acompanhar a todo o lado... Nunca fui pessoa de ficar sossegadamente sentada a olhar enquanto eles têm aulas de natação ou treinos de judo. Gosto - preciso! - de aproveitar essas horas para fazer alguma coisa útil!

Já fiz caminhadas, já fui nadar, já fiz aulas de ginásio, musculação, já levei o portátil para trabalhar, já levei livros para ler... No último ano letivo fazia aulas de power jump e pilates no ginásio, enquanto eles estavam no judo. Outros dias, dava as minhas aulas de yoga enquanto o pai andava com eles para trás e para a frente.

Este ano, as coisas vão mudar. Já não vou dar aulas de yoga porque não dá mesmo - o tempo não estica e prefiro dedicar-me a mim, à minha prática, às minhas coisas, do que ter esse compromisso. Um dos miúdos vai voltar para a natação, o que me deixa muito entusiasmada - será que é agora que vou também inscrever-me nas aulas, em vez de ir nadar só 5 minutos de vez em quando? Eu fiz natação em miúda, mas nunca aprendi a nadar mariposa, só os outros 3 estilos...

Gosto de setembro e do início do ano letivo. Novas atividades, novos horários, novas rotinas... Vai ser um ano diferente, muito bom, de certeza, com mudanças - os dois miúdos no 2º ciclo, eu com um novo projeto de trabalho, o último ano da licenciatura em psicologia e, espero, mais tempo para mim!

Mas que atividades físicas fazer quando acompanho os miúdos? Por agora tenho duas opções: aulas de ginásio ou aulas de natação. A segunda hipótese agrada-me muito mais, mas tudo depende dos horários. Ah, já me imagino de fato de banho, touca e óculos a deslizar pela água e a aprender, finalmente, a nadar mariposa!

O cross-fit seria outra opção. Experimentei duas aulas em julho, adorei, mas... senti que uma prática de cross-fit iria afetar negativamente a minha prática de yoga. E não gostei daquela filosofia que os treinadores é que sabem e temos que fazer o que eles mandam - sou muito má a cumprir ordens...

As aulas de ginásio aborrecem-me. Não gosto das músicas, não gosto dos gritinhos, não gosto de ver pessoas a fazer aulas atrás de aulas atrás de aulas sem noção do que andam a fazer, como se isto fosse quanto mais, melhor. Gosto do power jump. O pilates não me desafia, o piloxing é sempre a mesma coisa, zumba nem morta me apanham numa aula dessas. Mas, sobretudo, não consigo estar uma hora a ouvir aquelas músicas naquele volume ensurdecedor.

A musculação já era. Já não faz sentido para mim o isolamento de músculos, o treinar com pesos, o olhar-me ao espelho para ver os músculos inchados. O que gosto agora e faço de vez em quando, em casa, é treino calisténico, com o peso do corpo - flexões, elevações, agachamentos, pranchas - e suas variantes. 

A minha prática de yoga também tem evoluído. E está mais simples. Nada de grandes planeamentos, de muita diversidade. Praticar ashtanga é o que eu gosto de fazer. E é nisso que me tenho focado.

Enfim... são as minhas divagações de agosto, este mês que não me agrada nada, enquanto espero ansiosamente pelo setembro!...

15/08/2016

Das férias, do trabalho, de Agosto

Não gosto do mês de agosto. Em criança, agosto significava férias (claro) um pouco aqui e ali, em Faro, nas Caldas da Rainha, em Lisboa. No fim do mês aparecia sempre aquela alegria e ansiedade pelo regresso às aulas. Era bom.

Agora, agosto é mês de muito calor e trabalho, enquanto a maioria das pessoas à minha volta parece estar em modo de férias - enquanto eu estou desejosa que chegue o outono (outono esse que praticamente já não existe no Algarve). Não gosto do mês de agosto. Gosto de julho, o mês das minhas férias e do meu aniversário, gosto de setembro, que me sabe a Ano Novo com o regresso à escola, às atividades, às rotinas que tanto conforto me trazem. Mas não gosto de agosto.

As férias em julho foram boas. Consegui livrar-me do vício do chocolate. A sério! Já não sinto aquela necessidade psicológica de comer chocolate depois do almoço. Atualmente, não toco em chocolate nem em nada com açúcar adicionado há 1 semana. Uma semana inteira sem comer chocolate! Um feito totalmente inédito para mim!!

Estas duas semanas de trabalho correram bem. Fiz tudo o que tinha planeado, 2 artigos acabados, 1 deles para submeter amanhã, o outro enviado para os co-autores. Mais um artigo para acabar de escrever até ao fim do mês e depois entro numa nova fase da minha carreira profissional. Estou um pouco assustada, mas muito entusiasmada!

Amizades. Estou a fazer novas amigas. Nos últimos meses conheci duas raparigas com quem me entendo muito bem. A verdade é que, infelizmente, eu acho a maioria das pessoas... uma seca, desinteressantes... não consigo ter conversas mais profundas com quase ninguém... Mas com estas duas parece que nos conhecemos desde sempre. É bom e espero continuar a atrair pessoas assim para a minha vida.

Casa. Ando numa de destralhamentos. Quando começarem as aulas deixo de ter tempo para estas coisas, por isso estou a aproveitar agora. Já enchi sacos de roupa para dar. A roupa que fica tem que cumprir apenas este critério: gosto de me ver com esta roupa? Estou farta de roupa que uso só porque tenho, mas que na verdade não me favorece grande coisa ou com a qual não me sinto gira. Quero sentir-me fabulosa sempre! Portanto, roupa que não me faz sentir assim vai fora.

Setembro. Desejosa que chegue. Vou 4 dias para Vila Nova de Milfontes praticar ashtanga com uma professora americana que foi a primeira mulher ocidental a aprender ashtanga, no início dos anos 70. Devido à minha lesão nas costas, em julho recomei a praticar devagarinho e tenho levado as coisas com calma. Quero estar em plena forma para esses 4 dias de prática, para poder aproveitar ao máximo.

Dieta. Estou no 8º dia do Whole30 - e, incrivelmente, tenho conseguido cumprir. Sinto-me super bem, cheia de energia, acordo antes do despertador e não me dá aquela quebra após o almoço. A maior parte do tempo não tenho apetites de chocolate, apenas quando vou ao supermercado e os vejo! Por isso, estou muito feliz comigo! E os efeitos na balança já se notam...

De resto, está tudo bem! Os fins de semana têm sido de piscina em casa dos meus pais - que as praias estão impossíveis!! Aqui ainda ninguém chegou ao ponto de deixar as toalhas e sombrinhas a marcar o lugar, mas no sábado passado às 9 da manhã já não havia lugar para estacionar o carro na praia de Faro... Ah, agosto, agosto... Vem depressa, setembro, que eu prevejo um maravilhoso ano à minha frente!
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