30/09/2013

Todos temos 168 horas semanais

Não tenho tempo.

Esta é uma das frases que mais se ouve nas conversas do dia a dia. A maioria das pessoas queixa-se continuamente da sua falta de tempo. As pessoas lamentam-se que não têm tempo para fazer exercício fisico, não têm tempo para ler, não têm tempo para ir tomar um cafezinho com um amigo que há muito não vêem, não têm tempo para limpar a casa e é por isso que está sempre tudo desarrumado, e nem sequer têm tempo para brincar com os seus filhos. O desejo da maioria de nós é o Planeta Terra abrandar o seu movimento de rotação e dar-nos mais de 24 horas por dia. Um dia com mais de 24 horas parece ser, de facto, a solução para a falta de tempo de que as pessoas do mundo ocidental, este mundo apressado e distraído, tanto se queixam.

Mas o dia de todos nós, de todas as pessoas no Planeta Terra, tem 24 horas. E apesar da velocidade de rotação da Terra estar a diminuir, aumentando a duração do dia em cerca de 2 milisegundos a cada 100 anos, enquanto cá estivermos, vamos continuar a ter dias de 24 horas. Não é suficiente para alguns mas, para muitas outras pessoas, as 24 horas diárias, ou as 168 horas semanais, são suficientes para fazerem tudo o que têm para fazer.

Laura Vanderkam é uma jornalista norte-americana especialista em gestão do tempo que tem dedicado os últimos anos a estudar o uso do tempo por pessoas de sucesso - o que resultou na publicação de vários livros cheios de histórias inspiradoras de pessoas reais que não se queixam de falta de tempo, pessoas que usam de forma mais eficiente as suas 168 horas semanais e conseguem fazer praticamente tudo o que querem - ou tudo o que é realmente importante.

Qual o segredo destas pessoas para quem as 168 horas semanais são suficientes para fazerem o que querem? Como é que estas pessoas conseguem trabalhar bastante e construírem carreiras de sucesso e ainda terem tempo para fazer exercício físico, para passar tempo de qualidade com as suas famílias, para dormir o suficiente e ainda sobrar tempo para si próprios?

Estas pessoas simplificaram as suas vidas. Em vez de dizerem sim a todas as solicitações, fazem apenas aquilo que é realmente importante. Estas pessoas conseguem dizer não aos time-wasters, a projectos que não lhes trarão nenhum benefício, a tarefas que podem ser delegadas ou eliminadas. Estas pessoas sabem que o tempo é limitado e ocupam-no com aquilo que é importante. E este princípio do minimalismo de eliminar o que não interessa e focar no essencial, traz consigo uma grande vantagem: mais tempo.


29/09/2013

Reclama o teu tempo em 5 dias



Nos próximos 5 dias vamos ter aqui no blog uma série de posts à qual dei o ambicioso título acima. São 5 posts curtos, directos e incisivos. A ideia é pôr-te a pensar e fazer-te perceber o que é que fazes com o teu tempo. O meu objectivo é, ao fim dos 5 dias, nunca mais repetires as palavras "não tenho tempo".

O programa das festas é este:

quinta - Dizer não
sexta - Imagina o dia ideal

Enjoy!

28/09/2013

Ultimamente... via Instagram

Uma das melhores maneiras de passar uma tarde de domingo. Chá, um bom policial e Thelonious Monk lá ao fundo...

 Chocolate caseiro, sem açúcar, super amargo e saudável!

 A iguana gosta das camas dos meus filhos...

 O melhor da vida

Planeando uma nova rotina de limpeza da casa

25/09/2013

Uma rotina de limpeza minimalista e eficaz


Novo ano escolar, novas actividades e novos horários pedem novas rotinas. E uma das rotinas que ando a alterar e a melhorar é a rotina de limpeza da casa. Depois de ter ficado sem empregada o ano passado, foi necessário organizarmo-nos para que a casa esteja sempre limpa e arrumada. Eu gosto de fazer limpezas (não me ponham é a cozinhar...), por isso não é tarefa à qual eu fuja.

Mas como em tudo na vida, rotinas (ou ritmos) bem estabelecidas ajudam a simplificam as tarefas e fazem-me aproveitar o tempo da melhor forma.

Para criar esta rotina de limpeza semanal tenho uma regra importantíssima: nada de limpezas ao fim de semana. Até posso aproveitar o fim de semana para alguma limpeza mais profunda ou específica, mas é uma situação excepcional e não rotineira.

Dividi as zonas da casa pelos dias da semana da seguinte forma (tendo em atenção os nossos horários e actividades dos miúdos):

segunda - nosso quarto, wc e varanda (inclui mudar lençóis e toalhas)
terça - escritório, hall, corredor e wc grande
quarta - quarto miúdos
quinta - cozinha
sexta - sala e varanda

Antes de começar a limpar, arrumo. Brinquedos fora do sítio, roupa espalhada pela casa, livros fora das prateleiras... arrumo primeiro para ser mais fácil limpar depois. 

De seguida, começo a limpeza propriamente dita. Primeiro sacudo tapetes, almofadas, e tudo o que possa ser uma fonte de sujidade para o chão. Depois aspiro, não só o chão e tapetes, mas também o sofá, os livros (com adaptadores específicos), e tudo o que acumule pêlo de gato. Finalmente, limpo o pó das superfícies horizontais; das verticais só se for necessário. 

Além da limpeza de cada divisão da casa em dias específicos, geralmente aspiramos a casa toda dia sim, dia não (quem tem animais em casa percebe...). Num desses dias, geralmente à sexta-feira, passo também a esfregona na casa toda.

Como tenho pouca mobília e tralhas em casa, as limpezas são rápidas. E para ser mais amiga do ambiente (e poupar), uso vários produtos de limpeza naturais e feitos em casa.

Quanto tempo é que gasto por dia nestas limpezas? Entre o arrumar, aspirar e limpar o pó, não mais de meia hora. Quando perco mais tempo é quando estão muitas coisas desarrumadas... daí ser importante um rápido pick-up todos os dias, para arrumar o que vai ficando espalhado pela casa.

22/09/2013

A minha vida simplesmente perfeita



No outro dia estendi-me na cama com um livro e uma chávena de chá e pensei em todas as mudanças que já fiz na minha vida. Percorri um longo caminho, mas posso finalmente dizer que cheguei ao destino. Nem sei bem como explicar, mas finalmente tenho toda a minha vida simplificada e organizada!

- Sou madrugadora. Venci a preguiça, levanto-me às 6h da manhã (ou mais cedo), pratico yoga e meditação durante quase 2 horas e consigo despachar-me a mim e aos miúdos nas calmas de modo a chegarmos todos a horas à escola e ao trabalho.

- A minha prática diária de yoga não falha; quando me levanto antes das 6h estudo, escrevo, leio, e aquelas duas horas de yoga, relaxamento e meditação são prioritárias na minha vida - e graças a esta prática, nunca andei tão calma e focada como agora.

- Estabeleci vários menus semanais e respectivas listas de compras. Agora, em cada dia da semana sabemos exactamente o que é que vai ser o jantar, quem é que o vai cozinhar e sabemos que temos todos os ingredientes necessários em casa. E como agora vou sempre almoçar a casa (porque descanso meia hora depois do almoço, coisa que ajuda muito os madrugadores), os restos já não vão para o lixo.

- No trabalho sou um ninja da produtividade. Uso o sistema do Zen To Done, o Google Calendar e o Evernote para me organizar, os Pomodoros para me focar, e a motivação de ver as coisas feitas para continuar a trabalhar concentrada e com vontade. Não trabalho horas a mais e consigo fazer imenso - porque já venci a procrastinação e as distracções.

- A minha casa está sempre decentemente limpa e arrumada. Estabeleci uma rotina de limpeza simples (fazemos um pouco todos os dias) e com muito pouca tralha em casa conseguimos deixar tudo a brilhar em pouco tempo. E nem pensar fazer limpezas ao fim de semana.

- Os fins de semana são para a família. Fiz listas de actividades para fazer com os miúdos em casa e na rua, outra lista com sítios para irmos passear e mais uma de sítios novos que queremos visitar. Assim, há sempre coisas para fazer ao fim de semana. A actividade física ao fim de semana é muito importante para nós, e isso inclui passeios de bicicleta e yoga em família (sim, todos a praticar yoga!).

- Cada vez se vê menos televisão em casa. Em vez disso, jogamos mais às cartas e jogos de tabuleiro, ponho os miúdos a fazer desenhos ou a brincar um com o outro, sentamo-nos na varanda a ver o mar lá ao fundo... 

- Leio pelo menos 1 livro por semana; readquiri o hábito de ler um pouco antes de dormir. Também comecei a escrever um diário com os meus pensamentos e reflexões.

- Sou implacável com o orçamento, que é bem planeado e cumprido. Procuro sempre maneiras de poupar, mas sem perder a qualidade (na comida, por exemplo, prefiro pagar mais por produtos biológicos da região) e priorizando certas coisas (actividades culturais, por exemplo) em detrimento de outras (como roupa...).

- Temos ritmos e rituais diários bem definidos e realistas. Mesmos nos dias em que chegamos mais tarde a casa, o jantar já está pensado e nunca mais andámos com correrias de um lado para o outro. Os miúdos também têm os seus ritmos diários, e nunca deixar para amanhã o que se pode fazer hoje é o mote. Todos os membros da família têm tarefas diárias bem definidas e todos as cumprem.

- Destralhei ainda mais a casa e neste momento não tenho nada que não precise ou que não use. E sei o sítio de tudo!

- Apesar de ter muito menos roupa do que antes, tenho sempre coisas para vestir. Só compro roupa quando preciso e só uso roupa com a qual me sinto fabulosa. Quando está descosido, arranjo, e penso sempre em maneiras diferentes de usar a mesma peça de roupa - quanto mais versátil, melhor!


Ah, maravilha de vida! E de repente, ainda agarrada à chávena de chá e ao livro, acordei. Era bom se as coisas fossem assim, não era? A verdade é que a simplificação é um caminho, não um destino, e eu ainda estou no início dessa jornada. Algumas das coisas que escrevi aqui em cima são verdade, outras (ainda) não. O que escrevi é um guia, um exercício de visualização, para me ajudar a focar e melhorar certos aspectos. 

Hoje proponho-te fazeres o mesmo. Imagina como seria a tua vida ideal. Põe por escrito. Decide-te a melhorar, uma coisa de cada vez. É o que vou fazer com os próximos posts.

Já agora, para quem conhece o blog da Stephanie, este meu post foi claramente baseado neste da Stephanie.





18/09/2013

A meio gás


É como está o blog estes dias... Imensa coisa para fazer no trabalho e claro que o blog é logo prejudicado... No entanto, tenho andado a escrever sobre a minha prática de yoga e a minha decisão de me dedicar ao ashtanga vinyasa aqui (em inglês). Quando não estou por aqui, estou ...

11/09/2013

Como fazer chocolate em casa, bom e saudável



Eu sou viciada em chocolate. Não é no açúcar, é mesmo no cacau. Já tentei comer chocolate com alta percentagem de cacau, mas sabe-me horrorosamente mal. Sei que há muitas pessoas que fazem o seu próprio chocolate em casa, usando ingredientes biológicos. Resolvi seguir-lhes os passos.

Encontrei uma receita de chocolate aqui e segui-a. O resultado? Deliciosamente bom! Repeti segunda vez, mas pus menos óleo de coco - ficou ainda melhor.

Aqui fica a receita:

- 110 g de amêndoas (ou nozes ou qualquer outro fruto seco)
- 170 g de óleo de coco, de preferência biológico - da segunda vez pus menos óleo (talvez 100 g) e ficou ainda melhor
- 4 colheres de sopa de cacau em pó (de preferência biológico)
- adoçante - eu não resisti e da primeira vez pus umas 2 ou 3 colheres de sopa de açúcar amarelo; da segunda vez pus 3 colheres de chá de açúcar - fica amargo na mesma, por isso acho que o açúcar não está lá a fazer nada...

1. Picar os frutos secos de maneira a ficarem aos bocadinhos pequeninos (mas não completamente moídos)
2. Derreter o óleo de coco em banho maria (no verão, à temperatura ambiente, o óleo é líquido; se estiver no frigorífico fica sólido)
3. Juntar o cacau ao óleo e misturar bem; juntar o adoçante se for caso disso
4. Juntar os frutos secos
5. Entretanto, já estava uma forma de bolos larga no congelador para arrefecer; tirar a forma do congelador e deitar a mistura, de maneira a que fique bem espalhada na forma (para que o chocolate fique fininho)
6. Colocar a forma com o chocolate no congelador
7. Depois de sólido, pode partir-se o chocolate aos bocadinhos, mas devem ficar à mesma no congelador ou no frigorífico; cá fora, derrete (pelo menos agora no verão)

É uma delícia! Já não compro chocolates na rua! E é saudável, é 100% cacau e não precisa de levar açúcar. Experimenta!

09/09/2013

Como implementar o Zen To Done, o sistema de produtividade do Leo Babauta

O Zen to Done é um sistema de produtividade criado pelo Leo Babauta, autor do blog Zen Habits. É um sistema simples e eficaz através do qual uma pessoa pode desenvolver hábitos que manterão todas as suas tarefas e projectos organizados, fazem com o dia de trabalho seja simples e estruturado, permitem que a secretária e caixas de entrada estejam sempre limpas, e fazem também com que o "zen to doner" consiga fazer o que tem a fazer, sem distracções. 

O Leo tem vários posts no Zen Habits sobre as várias fases do Zen To Done, ou ZTD, e publicou também um ebook sobre a implementação do método, Zen To Done: The Ultimate Simple Productivity System. O ZTD é o método que tenho usado há já algum tempo e neste post vou falar mais pormenorizadamente sobre a sua implementação.


Porquê o Zen To Done?

Inicialmente usava o GTD, Getting Things Done, mas deparei-me com vários problemas que o Leo refere. O GTD é um sistema fantástico, mas para mim e outras pessoas tem aspectos que não funcionam tão bem. Por exemplo, o GTD não se foca o suficiente no fazer, mas sim no juntar informação no sistema e processá-la; o GTD não prioriza as tarefas e, com tantas listas, pode complicar demasiado as coisas. Eu queria um sistema simples que se focasse mais no fazer as tarefas, em vez de se focar nos planos e no sistema.


O que é o ZTD?

O ZTD é um conjunto de 10 hábitos. Não é aconselhável implementar os 10 hábitos ao mesmo tempo (outro motivo que faz o GTD falhar para muitas pessoas, pois é uma série de novos hábitos que devem ser implementados de uma só vez), mas 2 ou 3 de cada vez. Os 10 hábitos são:


1. Capturar
Em todos os momentos devemos ter uma caixa de entrada que nos permita capturar ideias, pensamentos, tudo o que nos venha à cabeça e seja importante não esquecer. O Leo aconselha um pequeno bloco de notas; andei durante muito tempo com um pequeno Moleskine e uma caneta, mas agora uso o telemóvel para isso. Ou escrevo ou falo e gravo (já aqui disse que o smartphone foi das melhores compras que fiz nos últimos tempos). Quando estou a trabalhar, se me vier alguma coisa à cabeça, aponto numa folha de rascunho e depois de acabar a tarefa que tenho em mãos, processo essa nova informação. Não devemos ter muitas caixas de entrada. As minhas principais são o email, uma folha de rascunho na secretária, o telemóvel e uma caixa de entrada em casa para cartas e outros papéis. No trabalho, os papéis que chegam ficam em cima da minha secretária, numa zona específica; como gosto de ter a secretária sempre livre, processo os papéis com bastante frequência.


2. Processar
Processar é pegar em cada informação que foi capturada para as caixas de entrada e tomar decisões rápidas. Este processamento deve ser feito todos os dias para não deixar acumular informação nas caixas (sabe tão bem não ter emails na inbox...). As decisões a tomar sobre as informações são: fazer logo (se demorar menos de 2 minutos), deitar fora (se não interessar), arquivar, delegar ou colocar no calendário ou na lista de coisas para fazer mais tarde.


3. Planear 
O Leo sugere estabelecer para cada semana 3 Big Rocks, que são as tarefas mais importantes para completar nessa semana. Em cada dia devemos também estabelecer 3 Most Important Tasks, ou tarefas mais importantes, que são as 3 coisas que têm mesmo que ser feitas nesse dia e estão geralmente relacionadas com os 3 Big Rocks dessa semana. As 3 MITs devem ser feitas logo no início do dia de trabalho, pois se forem deixadas para o fim, o mais provável é não serem feitas...
Eu costumo planear tarefas mais importantes para o mês e em cada dia faço os MITs. Isto depende um pouco do tipo de trabalho da pessoa. No meu trabalho, são poucas as tarefas importantes que consigo completar numa semana, por isso planeá-las ao mês faz mais sentido. 


4. Fazer
Esta é a parte mais importante e mais complicada, aquela em que procrastinamos mais... As tarefas devem ser feitas uma de cada vez (single-task), sem distracções. Uma regra fundamental do ZTD é nunca, nunca, nunca fazer duas ou mais coisas ao mesmo tempo! Assim, primeiro devemos escolher uma tarefa (um dos MITs); depois, eliminamos todas as distracções (fechar o browser ou mesmo desligar a internet, pôr o telemóvel no silêncio e trancar a porta, se possível). A técnica Pomodoro funciona muito bem para completar as tarefas, sobretudo aquelas em que temos tendência para procrastinar mais. Basicamente, a técnica Pomodoro é trabalharmos de forma concentrada numa dada tarefa durante 25 minutos e, ao fim desse tempo, somos recompensados com 5 minutos para fazermos o que quisermos (ver email, navegar na net, etc.). Às vezes faço pomodoros de 50 minutos de trabalho e 10 de descanso, pois consigo focar-me de tal maneira no que estou a fazer que não quero parar ao fim de 25 minutos; ao fim de 50 é que começo a sentir algum cansaço. 


5. Sistema simples e confiável
Esta é a parte das listas. Com o GTD, tinha demasiadas listas. Prefiro simplificar as coisas... Como sabem, já experimentei muitas ferramentas para organizar as tarefas e projectos (Toodledo, Evernote, Google Tasks e outras), mas apercebi-me que o que interessa não é a ferramenta, mas sim o sistema. Seja qual for o programa que uso, organizo-o da mesma forma, com as mesmas listas de tarefas e projectos; falarei deste sistema num próximo post.


6. Organizar
Organizar é ter um lugar para tudo. Toda a informação deve ir para uma caixa de entrada e daí vai para o arquivo, para o calendário, para uma lista de coisas a fazer ou para o lixo. Nada fica por processar ou organizar. Tal como os livros, a roupa ou os sapatos, a informação deve ser sempre arrumada no devido lugar.


7. Rever
O sistema, as listas, os objectivos, tudo deve ser revisto semanalmente, num processo semelhante ao do GTD. Basicamente, a revisão semanal inclui rever as várias listas de coisas para fazer, as listas de projectos, as outras listas, se existirem (algum dia/talvez, à espera); devemos também planear as tarefas mais importantes para a semana seguinte e os MITs para o próximo dia de trabalho. Eu gosto de fazer esta revisão à sexta-feira à tarde, mas no final de cada dia de trabalho também verifico a lista de tarefas e planeio o dia seguinte.


8. Simplificar
Este é talvez um dos hábitos mais importantes para mim - simplificar, reduzir as tarefas que tenho para fazer, recusar projectos que não me interessam e focar-me no mais importante. 


9. Rotina
O Leo aconselha o estabelecimento de rotinas diárias. Eu sou fã de rotinas, ou ritmos (ritmos soa melhor), e já aqui falei sobre as suas vantagens, como estabelecer uma rotina matinal e uma rotina noturna. No trabalho também tenho rotinas. Por exemplo, de manhã quando chego gasto 1 pomodoro (25 minutos) a processar o email, dou um salto ao facebook e ao bloglovin, actualizo o meu ficheiro das contas da casa, e olho para o plano para esse dia - não sou capaz de chegar ao gabinete, ligar o computador e começar logo a trabalhar numa tarefa importante. À tarde, antes de sair, faço o mesmo: 1 pomodoro para limpar a caixa de entrada do email, verificar o plano para esse dia e o que foi feito, planear o dia seguinte, e ainda arrumo ficheiros que estejam desarrumados no computador...


10. Encontrar a paixão
Este último hábito é, de acordo com o Leo, um dos mais importantes: fazer trabalho que nos apaixone. Se gostarmos mesmo daquilo que fazemos, torna-se muito mais fácil não procrastinar e fazer as tarefas. A motivação é, claro, muito maior. No entanto, há quem não concorde com este conselho. O livro de Cal Newport que já aqui referi, So Good They Can't Ignore, fala precisamente da questão da paixão versus compentências, e é algo que eu gostaria de explorar num próximo post.


08/09/2013

07/09/2013

O que é o Bhagavad Gita


Bhagavad Gita é um dos textos fundamentais não só do Yoga, mas de toda a cultura indiana - é o guia espiritual da tradição Hindu. É um texto geralmente estudado nos cursos de yoga e a sua influência no mundo ocidental é imensa, sendo um clássico incontornável da filosofia e espiritualidade mundiais. A obra continua tão actual hoje em dia como há mais de 2 mil anos atrás, quando foi escrita.

B. Gita é na verdade um poema que faz parte de uma obra enorme, o Mahabharata, que encerra em si a essência da Índia. O Bhagavad Gita foca-se no Dharma, que pode ser entendido como o destino de cada um, a essência de uma pessoa, ou a maneira como devemos agir, tendo em consideração quem somos. 

A história do Gita centra-se no Príncipe Arjuna e no seu desespero por ter que combater contra a sua própria família. Arjuna pede auxílo ao seu cocheiro, que é na verdade Krishna, e este guia Arjuna pelas suas inquietações, fazendo-o perceber o seu Dharma.

O guerreiro Arjuna representa a mente consciente de cada um de nós, aquela que nos faz escolher e tomar decisões sobre o modo como vamos viver a nossa vida. Os familiares de Arjuna contra os quais ele se prepara para combater representam os nossos impulsos gananciosos e egoístas. Krishna é a centelha divina que temos dentro de nós, o nosso Eu Superior, que está sempre disponível para nos guiar pelo vida, se procurarmos a sua ajuda.

A história do Bhagavad Gita centra-se na mensagem de Krishna para Arjuna, ou seja, a mensagem do nosso Eu Superior para a nossa mente consciente, que pode ser dividida em três partes.

Primeiro, em todas as nossas acções devemos fazer aquilo que está certo, e não aquilo que nos dá mais jeito, é mais confortável ou conveniente, o que se traduz no Karma Yoga, o yoga da acção.

Em segundo lugar, se agirmos de forma correcta e convictos de que tudo acontece devido a um plano divino, os frutos das nossas acções serão sempre positivos. Este é o caminho para o Bhakti Yoga, o yoga da devoção.

Por fim, só saberemos o que devemos fazer, qual a acção correcta a tomar, se primeiro nos conhecermos realmente, se soubermos verdadeiramente quem somos. Arjuna percebe no fim que ele é, de facto, o seu Eu Superior, o que lhe dá o conhecimento de que precisa para escolher entre as várias alternativas; este é o caminho do Jnana Yoga, o yoga do conhecimento.

O Bhagavad Gita é a celebração da paz e harmonia interiores no meio das confusões da vida, assegurando-nos que temos dentro de nós todas as respostas para as questões, confusões e angústias que vão surgindo ao longo da vida. Para tal, devemos apenas estar atentos a esse poder interno para saber quem somos e como devemos agir.

06/09/2013

Eliminar o trigo e outros cereais


Este conjunto de 5 ebooks do Bundle of the Week é sobre um tema que ultimamente me tem interessado bastante - a eliminação do glúten e dos cereais da alimentação. 

Estes 5 livros estão recheados de receitas e dicas sobre como fazer a transição para uma alimentação sem cereais, que é necessária para algumas pessoas, mas também é, dizem os estudos, saudável para quem não tem problemas de intolerância ao glúten.

Os 5 livros podem ser adquiridos aqui até amanhã às 13h00 por apenas 7.40 USD (menos de 6 euros) e são os seguintes:

Against the Grain by Kate Tietje
Beyond Grain & Dairy by Starlene Stewart
The Grain-Free Snacker by Carol Lovett
Gluten Free and Good for You by Kimberlee Tandy & Laura Coppinger

A vida simples de pessoas reais - Diana

Comecei a acompanhar o seu blog há pouco tempo, o qual revelou-se uma grande inspiração para mim. Fez-me questionar novamente algumas coisas que definem a pessoa que sou.

Não é que tenha mudado muito. 
Nunca liguei muito a modas, nunca segui tendências, o meu estilo sempre se baseou naquilo que eu gostava, mesmo quando era gozada por grande parte da escola!
Nunca gastei dinheiro com telemóveis caros ou grandes marcas e compro essencialmente a roupa de que preciso.
Adoro abrir os armários com roupas mais antigas que a minha mãe e a minha tia guardam e dar-lhes uso novamente. Gostava de costurar tão bem como a minha mãe e fazer as minhas próprias roupas!

No entanto... nos últimos tempos, com a mudança de país, um ordenado mais desafogado e algum tempo livre, às vezes sozinha, tornou-se fácil passar parte das minhas folgas em lojas a fazer compras. Não é que tenha comprado um exagero de bens materiais e gasto uma fortuna...mas comecei a sentir-me um pouco diferente.

Entretanto encontrei este blog.
Além disso vou mudar de casa em breve, o que avizinha malas cheias e possíveis dores de costas.
Decidi fazer uma revisão ao guarda-roupa e separar o que me faz falta e realmente me fica bem, do que não me interessa e que posso dar a alguém. 

Na verdade, não preciso de muita coisa. Nem convém acumular muitas malas estando a viver temporária e indefinidamente fora do país. 
O que realmente importa carregar são as experiências, a felicidade e os sorrisos. Uma mala cheia de boas experiências que tenho a sorte de partilhar com o meu namorado, que está aqui comigo, e com a nossa família que nos apoia. As saudades...também se carregam, mas estar longe às vezes também ajuda a dar outro valor às coisas, as pequeninas coisas que marcam a diferença mas muitas vezes passam despercebidas.

Comecei também a sentir falta das minhas práticas regulares de Yoga, que tanto bem me fazem.
Há tanta coisa e cada vez mais, que nos afasta do nosso centro, do nosso equilíbrio, da nossa felicidade.
Há um consumismo desenfreado, há muita falta de preocupação com coisas essenciais, como a nossa saúde que é atacada diariamente com quase tudo o que comemos e no ar que respiramos, porque a competição e o lucro falam mais alto.
No entanto, esse lucro é ilusório.
E é dessa ilusão que devemos ter consciência e tentar melhorar a nossa vida, a começar pelo interior.

Deixo aqui uma humilde reflexão sobre a vida e um obrigado à Rita pela sua presença no mundo virtual.

Diana A.

05/09/2013

Limpezas de primavera


Hoje estão disponíveis mais 5 ebooks do Bundle of the Week (só até às 13h00 de amanhã). O tema de hoje são as limpezas de primavera (que, apesar do nome, podem ser feitas em qualquer altura do ano, claro!) Os 5 livros, que podes adquiri por 7.40 USD (menos de 6 euros) aqui são os seguintes:

31 Days to Clean by Sarah Mae
Simple Living by Lorilee Lippincott
A Simply Homemade Clean by Lisa Barthuly
Project Organize Your Entire Life by Stephanie Morgan
Pulling Yourself Together by Becky of Clean Mama

04/09/2013

E assim dei a minha primeira aula de yoga

Ontem dei a minha primeira aula de yoga a sério, num ginásio acabado de estrear, a cerca de 12-13 pessoas que nunca tinham praticado yoga antes. 

Escusado será dizer que estava super nervosa. Saí de lá com vontade de desistir e não dar mais aulas. Saí de lá a pensar que na próxima aula não vai aparecer ninguém.
Mas depois de pesquisar pela blogosfera, encontrei muitos testemunhos de professores de yoga que descrevem a sua primeira aula como eu. Enganam-se, atrapalham-se, não conseguem criar uma ligação espiritual com os alunos...

A aula começou com mais de 10 minutos de atraso, porque a aula anterior acabou tarde. O início da aula correu bem. A parte de sentar, fechar os olhos, centrar... Expliquei algumas coisas básicas do yoga, como a ligação da respiração ao movimento e a posição de descanso. Acho que ninguém percebeu que eu estava nervosa, porque pelo menos quando faço apresentações orais relacionadas com o trabalho estou sempre nervosa e ninguém nota. 

Quando comecei com as saudações ao sol é que a coisa deu para o torto... Expliquei, exemplifiquei, e guiei os alunos apenas com a voz (como aprendi a fazer no curso). Às tantas vejo toda a gente a fazer coisas diferentes, que eu própria me confundi toda... confundi a inspiração com a expiração, disse aos alunos para fazerem uma postura, mas só disse o nome (ainda por cima em sânscrito!) e não expliquei novamente como se fazia... enfim... Na segunda volta da saudação ao sol fiz ao mesmo tempo que os alunos e não faço ideia se me acompanharam ou não, pois se estava a fazer, não conseguia ver... Tinha planeado seis rondas de surya namaskar mas fiz só duas... 

Passámos então para as posturas. Demonstrei sempre antes, mostrei modificações, disse para as pessoas primeiro verem-me a fazer e depois fazerem, mas muitas começavam logo a fazer...

A aula tinha alguns adolescentes que tinham saído do treino de judo e portanto houve alguma risada pelo meio. Andei pela sala, fiz algumas correcções, não expliquei todos os pormenores das poses porque achei que era demasiado para pessoas que estavam ali pela primeira vez... 

Fiquei com alguma vergonha porque para fazer uma das posturas, o barco (Navasana), eu preciso de uma mantinha debaixo do rabo para não me doer o cóccix, e ali não tinha, o que significa que não fiz a postura lá muito bem...

Acabei a aula com o Yoga Nidra, a técnica de relaxamento. No fim, as pessoas saíram da sala (já eram quase 10 da noite) e só duas me disseram que tinham gostado.

Para mim, faltou toda a parte da espiritualidade na aula. O Yoga não é fitness. Devemos, claro, adaptar as aulas aos alunos, mas sem perder a essência do yoga. A próxima aula, esteja quem estiver (penso que serão muito poucas pessoas...), vai ser uma aula de Yoga.

Combater a procrastinação

A procrastinação é um grande mal de muita gente... Procrastinar é, basicamente, não fazer as tarefas que devemos fazer, quando devemos fazer. É adiar as coisas importantes que temos para fazer. Geralmente arranjamos outras coisas, menos importantes ou até completamente irrelevantes, como desculpa para não fazermos o que é mais importante.

Quantas vezes é que chegas ao trabalho, ligas o computador, sabes que tens uma tarefa muita importante para fazer, mas vais só ver o email rapidamente e, entre email, facebook, blogs e outras coisas, passa-se quase 1 hora e ainda não fizeste nada. Depois decides-te finalmente a trabalhar, mas tens a secretária desarrumada e decides primeiro arrumar e organizar as coisas. Mais meia hora já lá vai. Entretanto vais novamente consultar o email e perdes mais meia hora a ler, apagar e responder a emails. Quando finalmente atacas a tarefa muito importante, já é quase hora de almoço. Nunca te aconteceu? A mim acontece com frequência.

O Leo Babauta, o grande guru do minimalismo, fala bastante sobre procrastinação e como combatê-la. Até tem um livro sobre o assunto: The Little Guide to Unprocrastination. É um leitura muita interessante que aconselho a toda a gente - todos procrastinamos, embora uns mais que outros.

Mas porque é que a procrastinação é uma coisa tão má?

Basicamente, porque nos impede de fazer o trabalho que temos que fazer; acabamos por fazer as tarefas importantes à pressa (e coisas feitas à pressa geralmente não ficam bem feitas), demoramos mais tempo a fazer as coisas porque perdemos tempo a fazer outras que não interessam, e isto afecta a nossa performance global. A procrastinação faz-nos perder tempo e, claro, acaba por aumentar os níveis de stress.

Mas o Leo também refere que a procrastinação pode, às vezes, ser uma coisa boa. Pode ser bom procrastinar quando estamos cansados e precisamos de descanso - mas é coisa para fazer uma vez muito raramente, não todos os dias!

Mas afinal, porque é que procrastinamos? O Leo refere vários motivos, mas, para mim, os principais são o medo (por exemplo, adiar uma tarefa porque temos medo de falhar) e a falta de motivação (adiar uma tarefa porque não nos sentimos motivados para fazê-la ou não queremos mesmo fazê-la). 

Nos capítulos seguintes do livro, o Leo apresenta o seu método para combater a procrastinação. Os passos principais são:

1. Escolher uma tarefa importante - uma tarefa que seja mesmo importante e que queiras mesmo fazer.

2. Fazer essa tarefa em primeiro lugar. Pode ser logo ao acordar, se for uma coisa que possas fazer em casa, ou a primeira coisa que fazes mal chegues ao local de trabalho, antes de consultar o email...

3. Manter as coisas simples, eliminando as distracções, incluindo notificações da internet, desligando mesmo a internet se for possível, silenciando o telefone e, se necessário, trancando até a porta para ninguém incomodar.

4. Começar. Começar é o mais difícil, mas se disseres a ti próprio que vais trabalhar nessa tarefa durante apenas 10 minutos, é mais fácil para começar.

5. Recompensar o trabalho com descanso. Após 10 minutos de trabalho focado na tarefa, dá-te 5 minutos de descanso, durante os quais podes ver o email, navegar na internet, esticar as pernas... Podes também usar a técnica Pomodoro (é o que eu faço) para conseguires trabalhar 25 minutos altamente focado e a seguir descansar 5 minutos.

6. Reavaliar o trabalho, caso continues a procrastinar. Se não consegues nem por nada fazer a tarefa, é porque algo está mal: ou não queres mesmo fazer essa tarefa, ou falta-te motivação, ou não consideras a tarefa suficientemente importante. Avalia-a e decide não fazê-la mesmo ou pô-la em lista de espera e fazer outras coisas mais importantes.

03/09/2013

Organizar a casa


Tal como ontem, hoje estão disponíveis mais 5 ebooks do Bundle of the Week (só até às 13h00 de amanhã). O tema de hoje é organização da casa e os 5 livros, que podes adquiri por 7.40 USD (menos de 6 euros) aqui são os seguintes:

Organizing Life as MOM by Jessica Fisher
Easy. Homemade. by Mandi Ehman
Plan It, Don’t Panic by Stephanie Langford
Hybrid Homemaker by Melissa Gorzelanczyk

02/09/2013

5 livros para organizar a vida

Esta semana vão estar novamente à venda vários ebooks do Bundle of the Week; cada conjunto de 5 ebooks estará disponível durante apenas 24 horas. Hoje, segunda-feira, é um dos bundles de mais sucesso, sobre resoluções e organização da vida. Este bundle estará disponível até às 13h00 de amanhã, terça-feira.


Por apenas 7.40 USD (menos de 6 euros) podes adquiri os seguintes ebooks, seguindo este link:

Simplify de Joshua Becker

One Bite at a Time de Tsh Oxenreider

21 Days to a More Disciplined Life de Crystal Paine

Healthy Homemaking: one step at a time de Stephanie Langford

The 2013 Confident Mom Weekly Household Planner de Susan Heid


Escritos de verão

Os meus girassóis bebés...


Ah, Setembro! Um dos meus meses preferidos do ano! De volta ao trabalho, à escola, aos ritmos diários!...

O meu verão foi diferente e fantástico! Curso de 200 horas de instrutor de yoga em Julho, trabalho em Agosto a meio gás misturado com muita praia!

Estes últimos meses não me dediquei tanto ao blog como é costume, e se também andaste longe da blogosfera como eu, aqui ficam alguns posts deste verão...


O que é que as pessoas de sucesso fazem no trabalho

Alguns problemas que enfrentamos quando começamos a minimizar

As minhas ferramentas de organização

Preparar o novo ano escolar

Parentalidade... simples!

De volta à Terra (ou como correu o curso de yoga) e a reportagem fotográfica


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