18/12/2014

As reflexões de fim de ano



Todos os anos, algures entre o Natal e a passagem de ano, entro em estado de reflexão. Analiso o que fiz ao longo do ano que acaba e sonho com o que me trará o ano que começa. Em 2011 reflecti acerca das grandes mudanças que ocorreram nesse ano e fiz objetivos para 2012; em 2012 fiz o balanço desse ano em que a simplicidade tomou conta de mim, e em 2013 previ que o ano seguinte iria ser fantástico e sereno.

Ainda não estamos nessa semana entre o Natal e a passagem de ano, mas como vou estar fora nessa altura e esse espírito de fim de ano já se está a entranhar, vou adiantar-me uns dias e fazer a minha reflexão agora.

Os últimos anos têm sido recheados de coisas boas e diferentes. Em 2011 descobri o minimalismo e comecei a simplificar a minha vida - e a experimentar todos os benefícios de uma vida mais simples. No fim de 2012 descobri o yoga e a meditação, práticas que alteraram a minha relação com o mundo. No fim de 2013 percebi que certas coisas tinham que mudar. E em 2014 aprendi muitas coisas novas acerca de mim... 

Aprendi, por exemplo, que devo ouvir a minha intuição. Eu sempre fui intuitiva, mas a maior parte das vezes não ligava porque não era racional... Agora ouço-a sempre - tenho insights estranhos e tomo decisões que de racionais não têm nada, mas corre sempre tudo pelo melhor e ainda não me arrependi de nenhuma dessas decisões influenciadas pela intuição.

Percebi também que tenho uma grande necessidade de ser útil, de ajudar os outros. Não é através do voluntariado ou de trabalhos com mais contacto com as pessoas (porque, afinal, eu sou introvertida e gosto mesmo de estar sozinha), mas é sim através do meu trabalho científico. Percebi que o que faço, apesar de importante para a ciência numa perspectiva temporal mais alargada, não me satisfaz essa necessidade de ajudar os outros, de aplicar os frutos do meu trabalho em benefício da sociedade, dos contribuintes que nos sustentam. Foi por isso que me tornei aluna de psicologia. Não para ser psicóloga clínica e tentar ajudar as pessoas individualmente, mas sim para direccionar os meus interesses de investigação para essa área - nomeadamente a psicologia ambiental, que tem muito mais aplicabilidade imediata que o meu trabalho actual.

Percebi que consegui ter um ano sereno, apesar de trabalhoso. Percebi que ainda tenho muito a melhorar, nomeadamente na área do combate à procrastinação e à preguiça, e percebi que o que preciso para 2015 - a minha palavra para 2015 - é DISCIPLINA!


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17/12/2014

5 ingredientes para uma vida mais feliz



Esta TED Talk do psicólogo Shawn Achor (legendada em português) é das mais engraçadas e pertinentes que já vi! Resumidamente, a investigação científica que se tem feito na área da psicologia positiva indica que é a felicidade que traz sucesso, e não o sucesso que traz felicidade. Cada um de nós pode reprogramar o cérebro de modo a que ele funcione de uma forma mais optimista. 

Mas como fazê-lo? Basta apenas fazer estas 5 pequenas coisas todos os dias, durante 21 dias (21 dias é considerado o período de tempo necessário para adquirir um novo hábito).

1 || Escrever 3 coisas pelas quais me sinto grata hoje

Em adolescente tive imensos diários e escrevia vorazmente neles todos os dias. Depois, perdi esse hábito. Escrevo às vezes, fico semanas ou meses sem escrever, depois volto à carga... Escrever apenas 3 coisas pelas quais me sinto grata não parece ser nada difícil! Aliás, durante uns tempos fazíamos isso cá em casa, todos! É altura de reinstaurar o hábito. (ah, gratitude só leva um t, não 2, como escrevi no papelinho...)

2 || Escrever no diário acerca de uma experiência positiva que tive hoje

A gratidão e o journaling acerca de coisas positivas faz com que o cérebro percepcione primeiramente o mundo de uma forma positiva.

3 || Fazer exercício físico

Caminhar, correr, nadar, praticar yoga, seja o que for, além de fazer bem fisicamente, também ensina o cérebro que o nosso comportamento importa.

4 || Meditar

Meditar permite-nos focar no aqui e no agora, e abrandar a velocidade com que vivemos.

5 || Random Acts of Kindness

Actos aleatórios de bondade. São coisas tão simples como sorrir para o empregado do café, segurar a porta para alguém, Achor sugere escrever um email todas as manhãs a agradecer ou a louvar alguém da nossa rede de apoio social.

São coisas tão fáceis, tão simples, mas quantas vezes as fazemos? O exercício físico e o meditar já faço de forma regular, mas as outras nem por isso... É este o meu primeiro projecto para os primeiros 21 dias de 2015! 

Quem alinha neste desafio?


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11/12/2014

Como adormecer mais rapidamente

Eu sempre dormi bem, mas sempre tive dificuldade em adormecer. Invariavelmente vou para a cama a pensar em mil e umas coisas - e o sono, claro, custa a chegar. 

Ultimamente, o problema piorou. Tenho ficado ao computador até à hora de ir para a cama, já quase que não leio antes de dormir e quando ponho a cabeça na almofada e fecho os olhos, continuo a pensar em coisas. As coisas em que penso até são boas! Ando muito entusiasmada com o meu trabalho e com o curso de psicologia e vou para a cama a pensar nas ideias que tenho para investigações futuras. A minha cabeça fervilha e não a consigo desligar quando vou dormir. Às vezes passam-se mais de duas horas até conseguir apagar... Claro que não tenho conseguido madrugar como antes, pois apesar de me deitar à mesma hora, demoro mais tempo e adormecer e portanto durmo menos...

Depois de semanas disto, decidi que era altura de atacar o problema. Eu gosto de dormir, quero dormir bem, não quero andar às voltas na cama e, mais importante, quero continuar a ser madrugadora! 

Assim, relembrei-me de técnicas que já usei para adormecer, e também pesquisei e testei outras. Aqui ficam:

>> Não trabalhar/estudar até à hora de ir para a cama

Eu tenho aproveitado uma horinha todos os dias depois dos miúdos irem para a cama para estudar um pouco e fazer os trabalhos do curso. O problema é que, com o entusiasmo, essa hora passa a duas ou então, como estou embalada, ponho-me a fazer coisas do trabalho ou outras coisas ao computador, e só o desligo à hora de ir dormir. Não! Preciso de relaxar a cabeça antes de ir para a cama, o que implica nada de computador e nada de trabalho pelo menos na hora ou meia hora antes...

>> Fazer algum yoga para esticar o corpo

Ah, isto sim! Meia hora de yoga suave antes de ir dormir faz maravilhas! Fico mais esticada, mais relaxada, as dores que possa ter por estar muitas horas ao computador desaparecem... Como referi aqui, tenho feito muito, mas mesmo muito yoga com os professores do EkhartYoga.

Meditar antes de dormir.

>> Meditar 

Nem que seja só 5 minutos! Meditar permite isso que eu tanto quero - abrandar o fluxo de pensamentos que me assolam na cama. Meditar um pouco antes de ir dormir acalma o cérebro e noto que na cama os pensamentos já não me incomodam tanto... Também gosto das meditações do EkhartYoga e estou actualmente a seguir um programa para controlo de ansiedade (não é que eu sofra de ansiedade, mas as meditações, exercícios e leituras propostas sabem-me muito bem...).

>> Tomar um duche ou banho quente

Idealmente seria um banho mesmo, mas ambientalista que sou, raramente o faço, preferindo um duche quente rápido. Tomar um duche quente, vestir o pijama e enfiar-me debaixo dos lençóis é das melhores coisas que há agora no inverno!

A gaveta dos chás!

>> Beber um chá 

Beber chá antes de ir dormir é um pau de dois bicos. Por um lado, chás de ervas (camomila, tília, ou o noite tranquila da Lipton) relaxam-me e ajudam-me, de facto, a ficar com sono. Por outro lado, os chás são diuréticos. Querer dormir e ter que me levantar pelo menos duas vezes para fazer xixi não é o melhor para quem quer adormecer...

Leitura proibida antes de dormir!

>> Ler na cama

Um velho e bom hábito que tenho, mas que ultimamente tem sido esquecido. Adoro ler na cama, mas não pode ser qualquer tipo de livro. Livros que me façam pensar (como livros mais teóricos ou livros práticos e de auto-ajuda) e livros que não consigo largar (como policiais) são proibidos à noite. Livros agradáveis, simples, confortáveis... esses sim.

>> Garantir um ambiente propício ao sono

Escuridão, temperatura mais para o frio que para o quente, uma boa almofada, pijama confortável... Mais dicas aqui e aqui. Ultimamente comecei a pôr tampões nos ouvidos quando estou especialmente sensível ao barulho. Há barulhos que não me incomodam, como o barulho dos carros (cresci numa rua movimentada de Lisboa, por isso habituei-me), mas com outros não consigo mesmo adormecer (uma televisão ligada, por exemplo). Os tampões abafam esses ruídos e permitem-me adormecer mais rapidamente.

>> Contar carneirinhos ou visualizar cenas agradáveis

Às vezes recorro aos carneirinhos. A sério. Mas descobri que as visualizações ajudam mais. Visualizo que estou no meio da natureza, por exemplo... é relaxante e bloqueia-me os pensamentos. Outras vezes foco-me na respiração, como se estivesse a meditar. Mas as visualizações são mais agradáveis!


Nos dias em que uso algumas destas técnicas consigo de facto adormecer mais rapidamente, que é o que tanto quero... O pior é que quando não consigo dormir, nem faço o que é aconselhado, que é levantar-me e fazer outras coisas - muitas pessoas levantam-se e vão passar a ferro, ou põem os pensamentos no papel... Eu não, eu fico às voltas na cama, cada vez mais chateada por não conseguir dormir... Mas estas técnicas têm-me ajudado bastante!


E tu, o que é que fazes quando não consegues adormecer?


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07/12/2014

Como estudar - as técnicas que eu relembrei...



Agora que voltei a ser estudante, tive que relembrar algumas das técnicas mais eficazes para estudar a muita matéria das várias disciplinas que tenho no curso de psicologia. Na minha primeira frequência tive 19,7 - por isso acho que estes métodos resultam! Aqui ficam eles:

1 || Ir às aulas

Se há coisa que estou a fazer de forma diferente nesta segunda licenciatura, é ir ao máximo de aulas que consigo. Quando tirei a minha primeira licenciatura, em biologia marinha, estabeleci como objectivo acabá-la com média de 16 e fiz os mínimos para tal - e consegui, mesmo com muitas baldas às aulas. Agora que sou mais velha, mais experiente e tenho uma motivação diferente, tenho feito questão de ir às aulas, sentar-me na fila da frente e estar com atenção - e tem feito toda a diferença, porque parte da matéria fica logo na cabeça.

2 || Começar a estudar para as frequências ou exames com antecedência

E não nas vésperas, como era o normal. Como só posso estudar cerca de 1 hora por dia, começo o estudo para uma frequência com uma semana ou mais de antecedência. Assim, tenho tempo suficiente para ver e rever a matéria toda.

3 || Fazer apontamentos da matéria, à mão

Estudos mostram que os apontamentos tirados à mão, com papel e caneta, são mais eficazes que apontamentos no computador. Nas aulas faço apontamentos no computador, directamente nos pdfs dados pelos professores, mas para estudar faço os meus próprios apontamentos em papel. Assim, ao escrever, consigo compreender e assimilar muita coisa.

4 || Fazer e responder a perguntas sobre a matéria

Esta é a parte mais importante. Enquanto faço os apontamentos, elaboro também questões sobre a matéria numa folha à parte. A fase final do estudo é responder, no papel, a essas questões, como se fosse um exame. Assim é que percebo bem a minha compreensão da matéria e o que tenho que estudar mais. A primeira vez respondo sempre por escrito e corrijo se necessário. De seguida, respondo oralmente e verifico se as respostas estão certas. Pode também fazer-se isto com cartões que têm de um lado a pergunta e do outro lado a resposta. Nas disciplinas que metem matemática, é fazer muitos, muitos, muitos exercícios.

5 || Tirar todas as dúvidas com os professores

Quase ninguém liga a esta parte, mas é mesmo importante - tirar as dúvidas, preferencialmente com os professores. Os professores estão sempre abertos a esclarecer dúvidas e muitos deles valorizam mesmo quem os procura. No último exame que fiz (como professora) os únicos alunos que tiveram tudo certo foram os que vieram ter comigo para tirar dúvidas... Quando estou a estudar, aponto o que não percebo bem e se continuar a não perceber mesmo depois de fazer uma pesquisa nos livros, vou ter com os professores. E tem funcionado!

E tu, que estratégias usas para estudar?


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