06/12/2021

Muitas coisas, pouco tempo... uma reflexão


Muitas vezes acordo a pensar em mudança de vida - mudança de vida profissional. O futuro dos investigadores contratados, como eu, é incerto. O futuro da própria investigação científica em Portugal é incerto (mas isto são outras conversas...).

Acordo a pensar no tempo (e dinheiro) que gastei para aprender mais, para aprender coisas diferentes, coisas que foram muito úteis para mim e que poderiam ser também para outros. Em 2013 fiz o curso de 200 horas de instrutora de yoga. Adorei. Durante algum tempo dei aulas de yoga. Parei por falta de tempo devido à minha atividade profissional principal (a tal de futuro incerto). Em 2017 fiz o curso de Primal Health Coach. Este curso foi a solidificação das experiências que vinha a fazer nos últimos anos, não só em relação à alimentação, mas em relação a todo o nosso estilo de vida (completamente desajustado das expectativas dos nossos genes). Foi um curso completíssimo e exigente - de 2 em 2 anos tenho de fazer um exame de recertificação. Ah, ainda fiz uma licenciatura, um mestrado e um doutoramento em Psicologia - aqui foi mesmo só para aprender mais, que nunca quis ser psicóloga. E estas coisas todas coexistem com a minha formação principal, em biologia marinha, que exige atualização contínua.

Acordo muitas vezes a pensar se não seria possível conciliar as minhas várias paixões. Dar aulas de yoga, fazer coaching de saúde ancestral, usar os meus conhecimentos de psicologia como coadjuvantes. E, quem sabe, daqui a uns anos, fazer desta mélange a minha atividade principal, caso faço sentido.

Não sei. Acordo muitas vezes a pensar nisto.

O que fazer? Por onde (re)começar? Valerá a pena? Terei tempo? Serei útil?

(este é um desses dias em que acordo a pensar nisto e tenho de por as coisas no papel - bendito blog que está cá para isto!)


01/11/2021

Hoje apeteceu-me


Hoje acordei às 07h30, como é hábito (já não sou madrugadora, na verdade...). Cumpri o meu ritmo matinal, já super enraizado - dei o stick dos dentes aos cães, fiz um café para mim, e fui para a sala.

O portátil estava em cima da mesinha. Geralmente, arrumo-o na secretária, que é o seu sítio. Mas ontem não. Sentei-me no sofá, o sol a iluminar a sala (finalmente voltámos ao horário de inverno, que eu tanto adoro!), olhei para o portátil... e apeteceu-me. Apeteceu-me escrever. Aqui, no blog.

Escrever sobre o quê? Não sei, veremos, à medida que teclo... Muitas coisas me passaram pela cabeça.

O estado atual do minimalismo em Portugal e no mundo. A história do minimalismo na última década. O que mudou na minha vida nos últimos 10 anos, desde que me tornei minimalista. Pois, é que este ano fez 10 anos desde que me tornei minimalista. 

Lembro-me claramente. Setembro de 2011, ilha grega de Rhodes. Foi aí que li o The Simple Guide to a Minimalist Life, do Leo Babauta, e foi aí que decidi tornar-me minimalista. Nessa altura não se falava em minimalismo em Portugal. Este blog foi o primeiro a fazê-lo. Outros se seguiram e o movimento ganhou expressão. Ter deixado de escrever não significa ter deixado de ser minimalista. Como disse no post anterior a este, um minimalista elimina o que não interessa - o blog deixou de ser uma prioridade e, por isso, deixei de gastar tempo com ele. Isso foi há 2 anos.

Mas... as saudades, às vezes, são muitas. Sei que muitos de vós, leitores, também sentem saudades de me ler (recebi muitas mensagens nesse sentido, as quais agradeço).

Voltar a escrever aqui regularmente? Não sei. Qual é a minha posição na blogosfera? Ainda posso dar um contributo significativo para o minimalismo? Aliás, ainda existe blogosfera? Digam-me, ainda leem blogs? Eu leio muito poucos...

Veremos...

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