14/01/2016

Assoberbada

É como me tenho sentido nos últimos tempos... Sobretudo desde que comecei a dar aulas regulares de yoga. Assoberbada. Sempre com alguma coisa para fazer. E sem tempo para fazer muitas outras coisas, algumas delas mais importantes... 

Tenho saudades de sair do trabalho e ir para casa... e não sair mais de casa até à manhã seguinte. Fazer um pouco de yoga, verificar os TPCs dos miúdos enquanto o J. trata do jantar, sentar-me no sofá a ver um pouco de tv ou a ler, e ainda ter uma horinha para voltar para o computador para trabalhar ou estudar, antes de ir para a cama a horas decentes. Há uns tempos, este cenário era comum. Agora já não é...

Entre atividades dos miúdos e as minhas aulas de yoga, só tenho 1 dia durante a semana em que não tenho atividades ao fim da tarde. Nos outros dias chego a casa entre as 8 e meia e as 9 da noite. Não dá. Não é esta a vida que quero para mim. 

Por isso, comecei a fazer alterações. Relembrei-me da minimalista que há em mim e comecei a identificar o essencial. O que é essencial para mim? Além da ter tempo de qualidade com a família e tempo para mim própria, tenho o trabalho e o curso de psicologia. Essas coisas são mesmo importantes. Ir ao ginásio, dar aulas de yoga, escrever no blog, e outras coisas, são giras, mas não são essenciais. 

Tive que cortar nalguma coisa. E a primeira coisa onde cortei foi nas aulas de yoga. Dou 4 aulas semanais, o que é demasiado e me impede de estar em casa ao fim da tarde e à hora de jantar. Deixei um dos sítios onde dava aulas e fiquei no outro onde tenho mais alunos; nesse sítio estou a fazer uma substituição até maio, e depois acaba também. Depois, logo se verá.

O que sinto às vezes é que perdi a minha capacidade para dizer "não". Tenho aceite quase tudo o que me aparece à frente... e não pode ser. Quero ter tempo para fazer tudo... incluindo não fazer nada.


8 comentários:

  1. O aspecto positivo é que identificaste o 'problema' e fizeste o que tinha de ser feito.

    Estás outra vez no trilho certo. Aproveita!

    Bjs x

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  2. Como te entendo.. infelizmente o lado monetário da coisa faz com que tenha dois empregos e ainda ande a tirar um curso para professora de yoga... quem sabe depois de acabar o curso consiga escolher bem que tipo de aulas quero dar depois do emprego e quantas vezes por semana...

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  3. Realmente o que importa é teres descoberto o foco do problema, de modo a poderes "atacá-lo".
    Mas aquilo que descreves é o que, geralmente se passa na minha vida e, provavelmente, na de muita gente. E como não há forma de alterar temos de aprender a gerir o tempo para além (ou apesar) disso, fazendo escolhas e deixando coisas de lado.
    Penso que quem lê o blog também deve ter isso em conta, que as vidas e os dias são diferentes, que se há quem consiga trabalhar e ir ao ginásio (ou outra atividade) também há quem não consiga, simplesmente porque não dá e não nos devemos sentir menos capazes ou pior gestores de tempo por isso. Temos é de adaptar à nossa vida. Por exemplo, não dá para ir ao ginásio, então faço exercícios em casa. Pode ser pouco mas é melhor que nada.

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  4. Às vezes precisamos experimentar as coisas para ter a noção real do que realmente sentimos. Aquilo que outrora foi um sonho, talvez não se encaixe mais nos nossos planos de vida. E as nossas decisões ao longo da trajectória pessoal e profissional é que vão desenhando e trazendo para nós aquilo que realmente queremos. Te mantém focada!

    Com o resto da família tão integrada na sociedade atual (me refiro por exemplo aos filhotes cheios de atividades depois das aulas, algo cada vez mais comum) é mais exigente vivenciar tempo de qualidade como antigamente. Mas são pessoas assim, com por exemplo "um lado minimalista lá dentro" que marcam a diferença :-)

    Um Feliz 2016 Rita,

    Fátima
    www.musicacomcafe.net

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  5. Esse é o meu horário todos os dias, sem extras, apenas com casa-trabalho. Fora de Lisboa vive-se, mesmo que não se tenha essa consciência, em Lisboa sobrevive-se...

    Que tudo corra bem e retomes a tua tranquilidade. Bom ano!

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  6. Quando a gente gosta muito de tudo o que faz e tem interesse por tantas coisas legais a gente nem percebe que está abrigando mil coisas. Só quando começa a ficar corrido que a gente percebe que precisa dar uma limpada básica. É uma arte aprender a dizer não para coisas legais.

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  7. Eu amo estar sempre ocupada!
    Bj e fk c Deus.
    Nana
    http://procurandoamigosvirtuais.blogspot.com.br

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  8. Gosto do seu blog, leio a um tempo mas nunca disse nada, mas estou me sentindo assim também, sendo que eu estou sem opção para tirar algumas tarefas, enfim estou fazendo o que posso para dar conta de tudo.
    abraços

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Obrigada pelo comentário!

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