Voltamos aos testemunhos dos minimalistas...
Não me considero propriamente "minimalista"
- mas esta filosofia de vida tem muitos pontos de contacto com a minha/nossa (o
meu marido pensa como eu...) forma de estar na vida.
Por "estranho" que possa parecer, chegamos a
uma atitude muito próxima do Minimalismo pela tomada progressiva de consciência
religiosa... :-)
A sério: somos católicos convictos - e aos poucos
fomos interiorizando que tudo o que tivéssemos "a mais", de certeza
que estaria a fazer falta a Outros, e/ou a prejudicar o Planeta, ou a
dificultar o nosso progresso Espiritual.
Assim, decidimos fazer várias opções que são
estranhadas socialmente, mas que nos fazem muito felizes!
Reduzimos o nosso guarda-roupa ao mínimo indispensável
- cabe tudo, de ambos, num roupeiro e numa cómoda. Tudo mesmo! Roupa de verão,
de inverno, de praia, sapatos…
Só temos um carro (e trabalhamos ambos a 30 km de casa
sem transportes públicos) - damos boleia um ao outro.
Toda a mobília foi escolhida e comprada em segunda mão
- exceto duas ou três peças do IKEA.
Fazemos "auto-produção" (legumes,
aromáticas, fruta... No próximo ano, vamos avançar para coisas mais
"pesadas": batatas, cebolas e hortícolas - porque terreno não nos falta)
Temos um menino de 3 anos - toda a sua roupa cabe numa
pequena cómoda. Todos os seus brinquedos, material de "artes" e
livros cabem numa única estante. O que não "serve" é doado.
Na nossa sala comum há espaço para comer (família
enooorme, ok? É fácil juntar 20 pessoas...) - e para ver TV, brincar, ler,
trabalhar ("home office"), fazer música (piano incluído!)... Porque
reduzimos tudo ao mínimo: o chão é opção para sentar. E o sofá. E as cadeiras
que vêm do resto da casa!
Os detergentes e os cosméticos são feitos por nós.
"Destralhamos" tudo o que podemos.
Reutilizamos tudo o que conseguimos.
Sentimo-nos cada vez mais LIVRES.
A nossa casa respira!
Não temos empregada doméstica.
Quase não temos electrodomésticos - na verdade, temos
uma máquina de lavar, um frigorífico e um fogão. (Não usamos aspirador, nem
aqueles acessórios de cozinha que nunca mais acabam, nem máquina de café,
nem... pronto! Mais nada!)
Temos um pequeníssimo televisor - não temos canais por
cabo, nem pacotes de Net, nem minutos infindáveis de telemóvel...
O "destralhamento" pessoal chegou também ás
redes sociais: não temos FB, nem Instagram, nem... nenhuma.
Ainda temos muitas coisas que um minimalista
consideraria "a mais" - eu não consigo desapegar-me de certas
coisas que me parecem "fazerem parte da minha vida" - objectos
antigos de família e livros, sobretudo. O meu marido não consegue prescindir do
monte de ferramentas de bricolage... :-)
Talvez um dia o percurso natural nos leve a um
desapego maior!
Mas estamos
verdadeiramente gratos por termos descoberto o seu blog: tem sido fantástico
como inspiração e orientação!
Inspirador
ResponderEliminarUau!! É muito bom quando os dois navegam no mesmo barco...
ResponderEliminarEstou impressionada com a história deste casal!! É incomum achar um casal com a vida minimalista, às vezes é um conflito quando apenas uma das partes pensa desta forma. Espero ter a mesma sorte, quando tiver minha a família
ResponderEliminarUm testemunho verdadeiramente inspirador, Maria José.
ResponderEliminarMuito obrigada!
Quando queremos que a nossa vida seja simples, é nisso que ela se torna.
Uma prova de que o minimalismo e simplicidade vivem no coração, não estando condicionados pelo número de objetos que efetivamente temos.
Tudo de bom.
Mafalda
www.itsnotsosimple.com
=)
ResponderEliminarIncrível! Quero diminuir meus pertences em casa e ver esse relato é inspirador.
ResponderEliminarVerdadeiramente inspirador, fiquei de queixo caído... bjs
ResponderEliminare com isto já não comprei o aspirador que estava convencida que me fazia falta...
ResponderEliminarSério?? Fantástico!!!!
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