Nesta sociedade consumista e materialista em que vivemos, comprar e oferecer (e receber) prendas no Natal e aniversários é quase uma obrigação. Todas as pessoas à nossa volta estão à espera que o façamos. Não interessa a prenda, não interessa se é uma coisa útil ou não, interessa sim oferecer.
Oferecer prendas significa, para a maioria das pessoas, que gostamos ou nos preocupamos com a pessoa a quem oferecemos a prenda. Como muito bem referem The Minimalists, então só nos preocupamos/gostamos dos outros dois dias por ano (Natal e aniversário)? Então e nos outros trezentos e sessenta e tal dias? Como é que mostramos a nossa preocupação e afecto durante a maior parte do ano?
Mostramos com acções, com experiências, com conversas, com momentos - não com coisas. E daqui a uns anos é mais provável lembrarmo-nos de uma conversa interessante que tivemos com alguém do que lembrarmo-nos de quem é que ofereceu a tralha que se vai acumulando pela casa (porque deitar fora as coisas que nos oferecem não passa pela cabeça de ninguém, não vá a pessoa que ofereceu ficar ofendida...).
Pois bem, este ano, mudei toda a minha maneira de pensar acerca das prendas de Natal.
Tirando duas prendas para os miúdos, não vou oferecer prendas a ninguém. Ainda tinha pensado em fazer uns biscoitos e dar umas amostras do meu detergente para a roupa, mas a minimalista em mim diz-me que não. Quanto muito, faço um bolo para levar para a ceia de Natal.
E claro que também não estou à espera de receber nada - nem quero! Olhando bem para mim, para a minha casa e para a minha vida, já tenho tudo o que preciso. Não preciso de mais nada. Não preciso que me ofereçam coisas para mostrarem que gostam de mim. Isso mostra-se todos os dias com acções, e não duas vezes por ano com coisas.
Mais leituras sobre este assunto:
Getting rid of gifts
The case against buying Christmas presents
35 gifts your children will never forget
Mais leituras sobre este assunto:
Getting rid of gifts
The case against buying Christmas presents
35 gifts your children will never forget
Concordo plenamente! Depois de uma infância em que o Natal não significava "prendas", passei para o inverso e gatava horrores de dinheiro no Natal. Agora estou cada vez mais "minimalista" no sentido de destralhar e simplificar a minha vida (e a dos outros também!)
ResponderEliminar:)
Adorei o post!
também concordo. por norma só dou prendas se achar úteis e necessárias às pessoas. o que me acontece é que compro com imensa antecedência, ao longo de todo o ano mesmo. mas se não der nada não há qualquer problema: é porque não encontrei nada de util/necessário para dar. é esse o meu critério.
ResponderEliminar***
Nem mais!
ResponderEliminarEstá muito bonita a tua sala. Beijinhos. Feliz Natal :)
Realmente ....eu pensava que era a única que pensava assim...
ResponderEliminarNa minha família pelo menos sou... eu detesto dias especiais disto e daquilo .... gostei bastante do texto parabéns
Já eu adoro simplesmente o natal.Adoro passá-lo com a minha familia,comer aquelas comidinhas saborosas da minha avó.O perú ou frango assado no forno a lenha,a broa de milho,os risos,o frio,a abertura das prendas em frente à lareira,as lágrimas do meu avô que se sensibiliza sempre com aquela prenda feita especialmente para ele.Concordo que o natal não deve ser uma obrigação de dar prendas,sempre fomos uma familia que sempre deu uma pequena lembrança pensada para aquela pessoa. Não dou prendas a toda a gente,não por causa da crise,mas porque nunca dei. Dou apenas aqueles que estão comigo nessa noite e que são importantes todo o ano e que por estarem longe,estamos juntos apenas umas 3 vezes por ano,mas a quem telefono para saber como estão. Adoro pensar em cada uma das prendas com carinho e dar coisas uteis. Aos meus pais e sogros vamos oferecer um jantar a dois que infelizmente já não fazem com a frequência que deveriam,a uma prima vou oferecer um livro que sei bem que vai adorar,com um marcador feito por mim,as minhas 2 primas mais novas vou oferecer um perfume da zara que adorei. Aos meus avós um calendário com fotos nossas feito por mim e pela princesa e aos tios um postal feito pela pequenina. São tudo coisas que sei que vão guardar e adorar. A minha filhota que tem 2 anos vai receber um brinquedo,roupa que faz falta e livros que é a melhor prenda que lhe podem dar.
ResponderEliminarDesculpa o testamento,mas era apenas para mostrar que nem sempre oferecer uma prenda tem a ver com consumismo.
Este ano vai ser muito diferente dos outros.
ResponderEliminarAntes oferecia presentes á cunhada, cunhado, sogra, sogro, sobrinhos (matulões), mulheres dos sobrinhos... ufa! Era uma dor de cabeça para mim, e um gasto em dinheiro que este ano não ia suportar. Este ano, não posso nem quero oferecer nada sem ser aos meus filhos e marido. As prendas que oferecia, eram deixadas na casa de alguém , que depois seriam entregues, ou seja: nem via as pessoas receber os presentes, nem recebia um agradecimento. Não faz sentido nenhum! Eu nem passo o Natal com eles!
Além disso, os meus filhos vão receber apenas um brinquedo cada um, que escolhi muito bem porque já têm muita coisa (embora tenham muito menos do que as outras crianças que conheço...). Também vão receber coisas giras e úteis que precisam e gostam de usar (a minha filha gosta muito de acessórios, por ex).
Vai ser assim o Natal em nossa casa ;) Obrigada pelas tuas dicas. Embora nunca pense em tornar-me minimalista, mostras conceitos que me fazem pensar que não preciso de tanta coisa.
Beijinhos
Rita, para começar a tua sala está simplesmente LINDA. Adorei. Quanto ao assunto em causa até já tinha referido noutro comment de outro post que há 3 anos que não ofereço NADA a ninguém. Concordo contigo em absoluto. Nem é pela questão do objecto em si...que realmente podemos sempre tentar arranjar algo útil...mas é mais pelo "timing". Que raio...dou coisas se me apetece, quando apetece, quando posso. Acho mais natural e causa de facto mais impacto...quando não se espera.
ResponderEliminarResumo: não há prendas no meu Natal. Há beijitos e risos (assim espero).
Aproveito para te desejar não só uma quadra feliz, como uma vida inteira feliz (sim...que também vivemos para além da quadra) bem como a toda a família e aliás...a TODOS.
Muita PAZ e saúde.
por aqui sempre foi assim. somos muitos irmãos e cresci numa instituição. no natal apenas quero reunir-me com os meus- nem ligava muito a isso, só desde que o meu irmão emigrou. felizmente somos uma familia que se encontra todas as vezes possiveis durante o ano. só o meu sobrinho é que vai receber prenda.
ResponderEliminarbeijinhos
Não poderia concordar mais contigo. Não é pelas prendas que damos, que mostramos a nossa amizade/amor pelas pessoas.
ResponderEliminarÉ isso e quando se tem namorado/marido ter de se dar uma prenda no São Valentim e no aniversário, só porque as outras pessoas perguntam o que recebemos em troca... Eu não ligo a isso. Para mim nada melhor que poupar o dinheiro e fazer férias juntos.
P.S. A tua sala está simples e bonita.
Bjs
Anuskas
Não poderia concordar mais quando dizes que parece uma ofensa para a maior das pessoas quando não recebem uma prenda nas duas datas anuais que consideram importantes. E é pena que se estejam a incutir determinados hábitos às crianças desde pequenas que não fazem o menor sentido. Estão a perder-se determinados valores e isso é o mais preocupante. Cá por casa, as prendas não se dão somente no Natal. Aliás, nem considero que sejam verdadeiramente prendas. Trata-se de estarmos atentos e de irmos vendo aquilo que as pessoas de quem gostamos precisam e aproveita-se para se dar as coisas que são verdadeiramente necessárias. Porque roupa, por exemplo, acaba sempre por ser necessário comprar.
ResponderEliminarE adorei a tua sala! Está linda!
Concordo até certo ponto. Dai este ano ter decidido dar biscoitos, bolachinhas e doce de maçã a toda a gente tirando o marido e o filho.
ResponderEliminarConcordo a 100% que todos os dias podemos fazer algo, por mais pequeno que seja, para mostrar que gostamos!
Beijinhos
os ultimos 3 paragrafos podiam ser escritos por mim. é que é mesmo assim. "nem quero" !
ResponderEliminareu mesma
Olá Rita, sempre pensei assim.Presentes ( para mim) deveriam ser só para as crianças, de preferencia poucos utéis e bons.
ResponderEliminarDe minimalista não tenho nada, nem pretendo ser mas aproveito as tuas dicas e acredita que graças a elas todas as semanas tem saido "toneladas" de coisas desta casa que guardava porque "um dia ia precisar delas" :) e tem-me feito bem à alma.
Obrigada pelas tuas dicas.
Bj
Este ano só comprei para as crianças e, além do dinheiro que poupei, poupei também em canseiras e no pensar em que é que vou dar a tal pessoa.
ResponderEliminarSem dúvida uma experiência a repetir.;)
A tua sala está linda!
Aceito uma chávena de chá, obrigada.
da nossa parte as crias só vao receber um presente, de resto vamos ofertar aos sobrinhos pijamas e filhos de amigos caixas de lapis. aos crescidos compotas caseiras e foto da famelga ;)
ResponderEliminareu sou daquelas q ainda gosta de presentear os amigos/amigas, mas tento sempre fazer algo em casa ;)
ps - adoro a tua sala!
ResponderEliminarWow! Que coragem! que também é, não é apenas a minimalista que há em ti!
ResponderEliminarEstou inteiramente de acordo contigo [a dar, é aos miúdos] embora não faça como tu. Por vários motivos: é a tradição, as pessoas estão à espera mas também pq me parece que o Natal é a festa de quem dá (pelo prazer de dar, seja lá o que se der - uma boa conversa, por exemplo, um apoio numa acção de solidariedade, umas bolachas home-made, uma carteira da Louis Vuitton... Lol!)e não tanto de quem recebe. Mas agora que escrevo, admito que não quero nada receber prendinhas que vão directas para uma caixa pq só me ficam a ganhar pó ou a ocupar espaço.
Essencialmente dou [bolachinhas e compotas home-made] porque adoro dar. É um prazer para mim.
Mas... à conta de ler o teu blogue e de ler as leituras que recomendas... ainda vou mudar de opinião, entretanto! Terei coragem o suficiente? Conseguirei colocar o meu prazer de lado e fazer sair a minimalista que há em mim?
Vamos ver... :)
It looks great! I love all the lights!
ResponderEliminar