O maldito despertador acorda a Sara todas as manhãs do seu sono profundo. O João já saiu, pois o seu trabalho fica a 150 km de distância. A Sara joga o braço para desligar o alarme e volta a adormecer. Acorda 20 minutos mais tarde e quando se apercebe que já está atrasada, salta da cama, a tremer, despacha-se rapidamente, veste os miúdos e prepara-lhes o pequeno-almoço. Quer sair de casa, mas o seu filho mais velho ainda não tem a mochila pronta. Sara ajuda-o e procura as chaves da porta, que não encontra em lado nenhum. Lembra-se então que as deixou no bolso do casaco que vestia no dia anterior, e, já nervosa, sai finalmente de casa. Deixa os miúdos na escola e enfia-se no trânsito que a leva ao seu trabalho, onde chega 45 minutos depois.
O dia de trabalho é igual a todos os outros. Sara tem demasiadas tarefas, demasiadas solicitações e demasiadas obrigações. Faz várias coisas ao mesmo tempo, mas chega ao fim do dia com a sensação que não avançou nada. Pensa muitas vezes que o trabalho não lhe dá prazer nenhum, mas agrada-lhe o ordenado que recebe ao fim do mês, que lhe permite contribuir para os vários empréstimos que ela e o João contraíram nos últimos anos. A moradia e os dois carros de alta cilindrada. A Sara ainda faz horas extraordinárias para poder pagar a nova televisão e o sistema de home entertainment que comprou a crédito.
Sai do trabalho, mete-se no carro e no trânsito e, depois de passar no supermercado onde comprou uma refeição já pronta, vai buscar os miúdos e chega finalmente a casa. Dá banho aos miúdos e aquece o jantar no microondas, para estar na mesa quando o João chega do seu trabalho, a 150 km de distância. É longe, mas precisam do dinheiro para pagar os empréstimos que contraíram. Jantam apressadamente, e enquanto o João ajuda o filho mais velho com os trabalhos de casa, a Sara arruma a cozinha. Entretanto, já são horas de pôr os miúdos na cama. O João, como tem que se levantar muito cedo, vai também dormir. A Sara senta-se então um pouco no sofá para relaxar e ver televisão, e adormece. Acorda umas horas mais tarde e arrasta-se para a cama. Passado umas horas, o despertador toca e o ciclo repete-se.
Quando chega o fim-de-semana, a Sara e o João vão ao centro comercial. Como receberam um pouco mais o mês passado devido às horas extraordinárias que fizeram, faz todo o sentido comprarem qualquer coisa, seja o que for, como recompensa pelos seus esforços e dedicação ao trabalho. Decidem-se por novos telemóveis; os seus, comprados há pouco mais de 6 meses, já estão completamente ultrapassados. Usam o cartão da loja para fazer a compra, que lhes permite pagar em prestações com juros suaves.
~~
É assim a vida de muitos de nós. Aprendemos desde crianças que o importante é ganhar muito dinheiro, para termos uma casa grande e bons carros e podermos vestir roupa de marca. Esta é a medida do sucesso. Temos que ter mais e melhor que o vizinho do lado. Uma casa melhor, um carro melhor (e de preferência um carro por cada membro da família), um telemóvel melhor e roupas melhores. O dinheiro que realmente temos no banco não interessa, já que isso só nós sabemos. E temos que ser pessoas muito ocupadas, sempre com muitas coisas para fazer, senão passamos uma imagem de preguiçosos e desinteressantes. Quanto mais coisas tivermos nas nossas vidas, mais espectaculares e invejados seremos.
Mas serão estas pessoas realmente felizes? Ou pelo menos mais felizes que as pessoas que têm casas mais pequenas e carros mais modestos? A nossa felicidade está mesmo dependente do número de coisas que possuímos e de vivermos acima das nossas possibilidades?
Sabemos bem que não, embora tal possa ser difícil de admitir, tão enraizados que estão os costumes consumistas e materialistas. Penso que qualquer pessoa prefere passar uma hora de qualidade com os seus filhos do que fazer uma hora extraordinária no trabalho para que possa pagar um qualquer crédito ao consumo que contraiu. Sabemos que não devemos viver a vida desta forma, preocupados com as aparências e o keeping up with the joneses, mas o ter mais e melhor está de tal forma enraizado na nossa cultura que nem sabemos como quebrar o ciclo e começar a viver para nós, e não para os outros.
A solução para este problema é um estilo de vida minimalista.
É sem duvida o estilo de vida de hoje, principalmente nas cidades, médias grandes!
ResponderEliminarFelizmente não vivo para os outros e roupa, telefones e afins duram-me vários anos em bom estado!
Gostei de ler este post, pena que ainda se vê famílias como esta!
ResponderEliminarAdorei o texto!! Não trabalho para pagar coisas grandiosas mas sim para pagar bens básicos/essenciais mas, mesmo assim, sinto que passo a vida a trabalhar. Aos fins-de-semana quero fazer sempre tudo o que não faço à semana e disso resulta uma grande frustação, porque é impossível! Tudo isto pq, em todos os trabalhos que tive, nunca saio a horas, pq "parece mal", pq ninguém sai, pq sp foi assim. Mas vou fazer o que? Há alguma alternativa? Ainda por cima nos dias que correm? Preciso trabalhar para sobreviver!
ResponderEliminarA Sara que se dê por feliz que ao fim-de-semana ainda vai para shoppings! :D Pq eu passo-o quase todo a "arrumar". :S
Como aplicar uma vida minimalista no meu caso? Há alguma receita? :)
Gosto mto do teu blog!! Não leves a mal, isto foi um desabafo...no seguimento do post.
Beijinhos
Que texto tão ilustrativo do que se passa principalmente nas casas portuguesas.
ResponderEliminarSim, porque não vejo os ingleses (que têm roupas da era dos afonsinhos), os alemães (que andam sempre à vontade, pelo menos os turistas) e outras nacionalidades a fazerem o que nós fazemos. Nós se vamos de férias, temos de ir com as nossas melhores roupas...e para quê?
O meu marido trabalha com colegas de várias nacionalidades e eles próprios lhe dizem que vivem com o mesmo carro até o mesmo não andar mais e isto apesar de ganharem muito melhor que nós.
Cá não, temos de ter Mercedes, BMW's e outras marcas que dão "estilo". Temos de ter uma vivenda e Iphones...
American Dream!
Felizmente, não me revejo na vida da Sara.
Temos 2 carros (Saxo e Clio) com mais de 10 anos e andam :) é o que basta.
Temos empregos a 10 min. de casa.
Chegamos a casa às 18h e pouco e temos muito tempo para brincar com a nossa pequena.
Não ligamos nada à roupa (nada mesmo). Podemos usar as mesmas peças de roupa (alternado todos os dias, claro :P) anos seguidos, que não nos faz diferença.
O que posso querer mais? Será que as pessoas que têm coisas novas todos os meses/anos são mais felizes do que eu?
Também acho que o segredo da felicidade não está aí.
Beijinhos
Há uns meses atrás se lesse este texto da Sara e do João ia achar um texto normal, uma vida normal, é assim e ia concordar.
ResponderEliminarHoje ao leu o texto da Sara e do João a primeira palavra que me veio à cabeça foi: Que grande estupides!!!
Graças a ti e ao teu blog nasceu em mim uma vontade de mudar, uma vontade de viver a vida de forma diferente e comecei mesmo a ve-la de outra forma. Era materialista, aliás era muito materialista como a Sara e o João, gostava de boas marcas de roupa, de ter um telemovel recente, entre outras coisas.
Agora não... O meu telemovel já ameaçou varias veres que estava a chegar ao fim de vida e eu so peço que ele continue a funcionar porque chega-me perfeitamente. A roupa, essa, agora sou feliz com o essencial!
Acho muito mais interessante passar o meu tempo com a familia, a passear ao ar livre, a estar simplesmente em casa juntos, do que enfiar-me em shoppings. O meu tempo é para as pessoas, para os sentimentos... Não é para as coisas!
Eu acho que pessoas assim tentam manter-se sempre ocupadas para não terem de parar para pensar e assim cair na dura realidade que, apesar de terem tudo, não têm absolutamente NADA. E, assim, são infelizes.
ResponderEliminarEu tenho doces recordações da minha infância porque, felizmente, tive pais presentes.
Ana, era o mesmo que falávamos no teu post de há uns dias.
EliminarExactamente isso!
EliminarA história que contaste é exatamente o oposto do que quero para mim! Prefiro não ter tantos sinais exteriores de riqueza mas não ter de me preocupar com empréstimos. Prefiro passear, ir a espetáculas conviver com a família e amigos, divertir-me...Viver para trabalhar e para sustentar um ciclo vicioso é uma boa maneira de envelhecer cedo e sem realmente viver...
ResponderEliminarInfelizmente a maioria das pessoas vive assim, felizmente não me revejo nesta Sara :)
ResponderEliminarTenho um carrito com quase 15 anos que ainda hoje veio da oficina, mas só de pensar em pagar uma prestação para um carro novo quando este ainda anda...naaaaaaa, já bem basta a da casa porque não há outro remédio! Felizmente por aqui é a única que existe!
Gostei.
ResponderEliminarGostei!
ResponderEliminarNão me considero minimalista, pelo menos não nos seus fundamentos básicos, mas tento simplificar a minha vida e sou acima de tudo racional - não compro telemóveis de última geração, porque apenas os uso para fazer e receber chamadas, resumindo não faço compras daquilo que sei que não irei usar... mas sou capaz de perder a cabeça na compra de tecidos "a mais" para o tempo útil que tenho na utilização dos mesmos. Todos temos as nossas perdições...
ResponderEliminarGostei imenso deste teu post!
excelente post!! mas sabes, só depois de passar por isso, contrair vários empréstimos, querer, querer, querer... só depois de um "click" qualquer é que temos noção que este tipo de vida não é nada... aconteceu-me isso! agora sim, dou graças por ter aprendido a dar valor à vida, à família, às pequenas coisas não materiais... e quando olho para pessoas com este estilo, olho com pena e vejo-as tão perdidas e infelizes... mas o caminho é delas, e são elas que tem de o percorrer para aprender, como aconteceu comigo...
ResponderEliminarBeijinho grande
Educaram-me para ter ambição, para lutar pelos meus objectivos... mas sempre soube que a família e o amor deviam vir primeiro.
ResponderEliminarSó tenho pena que quem te lê sejam as pessoas que se interessam e que querem ser assim como tu.
ResponderEliminarEu sei que não há milagres mas o que eu gostava era de poder fazer mais, de saber como se pode fazer mais. Estou longe de ser uma minimalista, nem sei se isso me faria mais feliz, mas sei que não sou consumista. Pegando nos exemplos dados, somos uma família que o único empréstimo que contraiu foi a casa que é quase impossível de o contornar pois na altura que o fizemos a mensalidade da compra é mais baixa do que o seu arrendamento. Telemóveis cá por casa, cada um tem apenas um e o mais recente tem 3 anos custou 30€. Roupa não se aplica, como estou em fase de dieta tenho imensa roupa nova que está novamente a servir-me não compro nada desde à 1 anos e 5 meses quando engravidei. E podia continuar com esta lista... mas agora pergunto eu, quando já somos "relativamente bem comportados" e ainda assim nos vão ao bolso diariamente que mais podemos fazer?
Obrigado pela tua criatividade e ajuda em tornar a minha vida mais fácil com as tuas dicas e trazer uma lufada de ar fresco a uma família que nos chama a nós (a mim e ao meu marido) utópicos por sermos assim.
Uma inspiração, este texto!
ResponderEliminarSinceramente, não acredito que pessoas com estilo de vida assim sejam verdadeiramente felizes. Não têm tempo enquanto casal, não têm tempo para os seus filhos e se necessitam todos os dias de comprar comida pronta no supermercado, algo está mal. Uma vez por outra não há problema (até sabe bem ter uma pequenina folga) mas por sistema não é bom. Tanto para a carteira como para a saúde. E ter de trabalhar todos os dias a 150km também não me parece, de todo, a melhor opção. Acho que, antes de mais, as pessoas apenas devem comprar aquilo que efectivamente necessitam e não comprarem apenas para fazerem figura. Ter menos objectos mas mais qualidade de vida é, sem dúvida, o mais importante! E ver que, com o dinheiro que conseguiram juntar com as horas extraordinárias, vão logo a correr comprar telemóveis novos para substituir os que têm apenas 6 meses parece-me totalmente descabido. Ainda para mais quanod o fazem recorrendo a crédito. Se se precisa de um telemóvel, é aquele tipo de coisa que é para comprar a pronto e mais nada. Nada de luxos, há que pensar é efectivamente nas potencialidades que utilizamos mesmo e mais nada. Tudo o que vier a mais significa mais euros na factura.
ResponderEliminarMuito obrigada pelas tuas dicas, Rita. Espero que cada vez mais pessoas adiram a este estilo de vida porque irão, garantidamente, ter muito mais qualidade de vida e serem muito mais felizes.
Já pensei em tempos que a primeira opção era a que me fazia feliz, mas agora sei que o tempo de qualidade é bem melhor, mesmo que o meu telemovel já tenha 3 anos.
ResponderEliminarRita, estou no meu 2º telemóvel. Compro sempre o que gosto mas fico com eles uma média de 6 anos. O que tenho já precisa de ser substituído e estou de olho num iphone mas não compro antes de me certificar que me será útil para muita coisa. O mais certo é nem comprar, porque como é costume em tudo em mim, penso muito e chego à conclusão de que não me faz falta! O problema é que em certas coisas demoro tanto tempo para comprar que quando vou ver já não há, roupa por exemplo.
ResponderEliminarOutro assunto, eu uso o Toodledo mas precisava que este não tivesse de ter ligação à Net, porque não estou sempre com o PC. O ideal era a tua antiga agenda mas digital de forma a que eu registasse as horas dos compromissos e to do list, tudo na mesma página LOL
Anuskas
Rita adorei o seu post e adoro o seu blog. Posso dizer-lhe que é com a leitura do mesmo que tenho mudado muito os meus hábitos. Penso que por vezes o que nos faz falta são pessoas como a rita para nos chamarem à razão. Desde que encontrei este seu blog passei a ser leitora assídua. Íniciei a minha vida a dois há cerca de dois anos, e felizmente tive a capacidade de ponderar o que era realmente necessário. A casa não estava mobilada mas mesmo assim não contraí nenhum emprestimo para a mobilar. Posso dizer que não tive moveis na sala, sofás, moveis na entrada, microondas, batedeiras nem muitas outras coisas durante largos meses, mas isso não atrapalhou a minha felicidade. Ínicialmente comprei só uma cama das mais baratas que encontrei para poder gastar mais um pouco no colchão. Uma cama velhota e já com o estrado partido serviu como sofá, arranjando umas tábuas para resolver o problema. Aínda hoje as reuniões de amigos são feitas na minha casa à volta de duas mesas plásticas, que servem na perfeição. Não tenho grandes quadros nem carpetes nem grandes objectos de decoração, e muito sinceramente, não me fazem falta nenhuma. Já chega o que tenho para limpar todos os dias, e retirar dinheiro da conta para comprar uma ''bujiganga'' qualquer que só me vai dificultar ainda mais a vida... não, obrigada!
ResponderEliminarNão é por não ter tantas coisas como alguns amigos e conhecidos têm que sou menos feliz, pelo contrário. Tenho uma pessoa muito proxima que está sobrendividada, quando num mês não consegue pagar uma prestação de um crédito, contrai outro. Acaba neste momento por ter um valor a pagar mensalmente muito superior aos seus rendimentos. Eu prefiro poupar o meu dinheirinho e ser feliz, sem andar com ''a corda ao pescoço'' todos os meses.
Rita desculpe o testamento
Desejo-lhe as maiores felicidades e muito obrigada por me fazer crescer e amadurecer!
Bj,
S
Já comentei este post e ao voltar a visitá-lo, lembrei-me de um "exercício" que o meu marido me costuma propôr:
ResponderEliminar-Pensa no que queres comprar e no preço dessa coisa;
-Agora, pensa no tempo que tens de trabalhar para comprar essa coisa (do tipo, se ganhares 500€ e quiseres comprar um telemóvel no mesmo valor, passaste 22 dias a caminho do trabalho, a aturar chefes e colegas e dar cabo da cabeça);
-Isto analisado e o que te custou trabalhar para conseguir esse dinheiro, vale a pena gastá-lo de uma vez nesse objecto?
Dá logo que pensar não é?
Uau! adorei esta visão da vida urbanas das pessoas. Vim ter ao seu blog através de um outro e quando aqui cheguei, pensei, bem isto tem tudo haver comigo e com a minha vida neste momento. Nunca fui tão feliz, larguei o meu emprego que odiava de morte, parece estranho mas o meu sonho a certa altura era demitir-me, um genero de grito do Ipiranga (logo numa altura como esta, eu sei!) mas a sério não precisamos assim de tanto dinheiro nem de tantas coisas para viver. Tenho um carro velho claro, uma casa pequena (mas muito quentinha:)) não compro roupa há meses nem sinto falta, ando com umas botas rotas (juro, tenho de meter supercola!) e sempre que posso resumo a minha alimentação a vegetais (muito mais barato e saudável),se pensarmos bem, o que é mais caro nos supermercados são os produtos supertransformados que ainda por cima só nos fazem mal. Com esta vida simples, tenho muito tempo para mim, para as minhas coisas e para me sentir estupidamente feliz sempre que o sol me bate na cara quando vou correr ao fim do dia. O mais estranho é que todos me vêem como uma doida, o que muitas vezes me faz questionar se realmente não o serei... É claro que não quero com isto dizer que todas as pessoas deveriam passar a ter uma vida frugal nem nada disso, cada um vive como quer, e compreendo que existam pessoas felizes com o genero de vida que descreves. Mas eu sinto-me abençoada por ter conseguido dar a volta à minha vida para a transformar neste sonho (às vezes ainda não acredito bem).
ResponderEliminarMas a verdade é que quando eu vivia na cidade, comprava para me sentir melhor, os meus dias eram tão cinzentos, tão mediocres que muitas vezes saía do emprego e ia directa para o shopping ver trapos e guess what muitas vezes saida de lá mais deprimida do que entrava, por isso comigo não resultava e a continuar assim, eu ia morre de tristeza.
O problema é que olho para a vida das pessoas à minha volta e vejo que a maioria delas tem vidas que não gosta, mas acha que não tem outra opção, bem, pela minha experiência tem sempre, lutem e deixem para trás toda a parafrenália de tralha que só nos atrapalha o caminho.
Amei este texto e é de lamentar que muita gente viveu assim muitos anos e continuam -de aparencias...
ResponderEliminarEu considero-me uma pessoa priveligiada -trabalho a 2segundos tenho escola e infantário a 1minuto-tenho uma casa de bom tamanho e 2 carros.. . mas posso dar-me ao luxo de ir ver o mais velho á escola á hora de almoço, almoçar com o marido alguns dias na semana ou tomar um café -e durmo descansada...mas não tenho topos de gama nem roupas de marca ...não interessa o que realmente importa nem se vê
Olá Rita,
ResponderEliminarAdorei o post!
Posso-me gabar, mas o único crédito que tenho é o da casa.
É dificil manter as contas em dia, mas é uma questão de disciplina e bom senso.
Ás vezes olho para o lado e vejo pessoas com mais ordenado que eu e não têm a casa que eu tenho e passam algumas dificuldades, sem falar nos que estão sobreendividados.
Se o vizinho tem um telemóvel novo... não me importo!...
O telemóvel que tinha tinha um ano... o meu irmão deu-me um telemóvel que lhe tinham dado; quando este pifar... vou voltar a usar o que já tinha. Cá em casa só se muda de telemóvel quando já não dá mais, até se chegam a mudar é as baterias.... mas enquanto der... aguenta.
Não me identifico com a família do post, mas conheço pessoas assim!...
Bjs,
Teresa C.
Para mim, este foi o melhor post para eu me "encontrar" no minimalismo. Sinceramente não me achava muito minimalista à uns anos, mas a vida fez-me perceber muitas coisas.
ResponderEliminarPrimeiro aprendi a viver um dia de cada vez e como se fosse o último. Deixei de viver stressado e passei a encarar a vida sempre com um sorriso, mesmo que o dia seja o pior do ano. Depois comecei a organizar-me, pois percebi que apesar de admitir que tenho um toque feminino em mim (adoro decoração por exemplo) sou um verdadeiro homem, logo desorganizado por natureza e "one task man". Em casa, comecei a organizar-me mais. Aos poucos estou a reduzir papelada, a diminuir os apontamentos, a concentrar documentos. Como informático, o computador é a minha ferramenta do dia a dia e isso ajuda muito. Sem o meu portátil sinto-me vazio, pois tenho aqui tudo!
Viver assim como neste post... nunca mais! Podemos não ser minimalistas ao limite, mas temos de simplificar a nossa vida ao máximo para desfrutarmos mais dela e termos tempo livre para... nós!