31/05/2012

10 alternativas à televisão para a família

Miúdos a jantar na sala e a ver televisão ao mesmo tempo...

Cá em casa já tivemos 4 televisões!!!! Uma na sala, uma no nosso quarto, uma no quarto dos miúdos e uma na cozinha. A do nosso quarto há muito que não era ligada e tirámo-la definitivamente há uns meses, quando pintámos o quarto. A da cozinha já ficou sem sinal por causa da TDT. Portanto, restam a tv da sala e a dos miúdos, que muitas vezes nem está lá, pois eu tiro-a quando eles se portam mal.

Por mim, nem tinha televisão em casa. É verdade que gosto de ver algumas séries, mas passava bem sem elas. Quando gosto mais de ver televisão é quando estou a passar a ferro - aliás, passar a ferro sem ver televisão seria uma tarefa quase impossível para mim...

Mas tenho tentado vermos cada vez menos televisão em família. A seguir ao jantar, depois da cozinha arrumada, dos trabalhos de casa feitos e das coisas preparadas para o dia seguinte, juntamo-nos na sala e tento desligar a televisão para fazermos outras coisas, sobretudo ler e jogar às cartas. Mas há tantas outras coisas que se podem fazer... Aqui ficam algumas ideias:

1. ler sozinhos ou em voz alta

2. ouvir música (adoro livros que explicam a música clássica às crianças e que vêm com CD para se ir ouvindo)

3. jogar às cartas (Uno, sueca, peixinho...)

4. jogar jogos de tabuleiro

5. fazer puzzles (os miúdos fazem, os pais ajudam)

6. brincar (é mais os miúdos e o pai - brincadeiras de rapazes, claro)

7. fazer desenhos

8. organizar uma caça ao tesouro (é tão giro!!! escrevo as pistas e o mais velho, que está a terminar o 1º ano, tem que as ler!)

9. arrumar/destralhar o quarto (com a ajuda deles, claro)

10. fazer um bolo


E vocês, o que fazem para substituir a televisão?

30/05/2012

Como bem gerir o tempo... e ter tempo para tudo o que é importante



Se seguem este blog há algum tempo, já devem ter percebido que eu sou um bocadinho time-management freak. Adoro e devoro tudo o que tem a ver com gestão do tempo e produtividade e estou sempre a experimentar novas formas de fazer as coisas, de modo a ser mais produtiva, mas tendo tempo para fazer tudo aquilo que é importante para mim.

Há uns dias li um livro sobre gestão do tempo que ADOREI! Chama-se Tell your time - how to manage your schedule so you can live free e a autora, Amy Lynn Andrews é uma blogger americana que escreve sobre... blogging. 

A Amy Lynn apresenta uma forma muito simples e intuitiva de gerir o tempo e de criar um horário que resulte.
Resumidamente, o método tem 4 passos.

Primeiro, devemos definir os vários papéis que desempenhamos, como, por exemplo, mulher (eu, self), esposa, mãe, profissional, dona-de-casa, voluntária, etc. Para cada uma destas funções, devemos responder à pergunta "Que tipo de ______ quero ser?". Por exemplo, no meu papel como mulher/self, eu quero ser feliz, saudável, elegante, autêntica, generosa.

De seguida, devemos listar as actividades que temos que fazer de modo a alcançarmos os objectivos que definimos para cada função, respondendo à pergunta "O que posso fazer como ______ (mulher, esposa, mãe, profissional, etc.), diária ou semanalmente, para alcançar os objectivos que quero atingir?" Por exemplo, o que posso fazer para ser saudável é dormir bem, ter uma alimentação variada e saudável e fazer exercício físico.

Em terceiro lugar, devemos separar as várias actividades em não negociáveis (aquelas que temos ou queremos mesmo fazer) e negociáveis (aquelas que podem ser eliminadas se não houver tempo para elas), e classificá-las consoante o horário em que devem ser feitas, ou seja, horário fixo (ex., trabalho, aulas de ginásio) ou horário flexível (ex., relaxar, ler, escrever, tratar da casa).

Finalmente, é só começar a preencher o horário que a Amy Lynn fornece. Como exemplo, aqui fica a divisão das tarefas e o horário semanal da autora, que ela disponibiliza no site do livro, juntamente com printables em branco para usarmos nos quatro passos descritos acima:


Resumindo, adorei o livro, lê-se rapidamente pois tem apenas 32 páginas, e já fiz estes exercícios. Eu sempre gostei de fazer horários semanais, mas a novidade deste método é não tentar enfiar tudo o que queremos fazer no horário, mas sim focarmo-nos no que é importante, definindo tempo para relaxar, dormir, e fazer outras coisas que geralmente não agendamos. Ou seja, é o método ideal para os minimalistas ou para qualquer pessoa que busca uma vida mais simples, com menos stress e mais tempo para o que é importante (e o livro custa apenas 4,99 USD, o que não chega a 4 euros!).

29/05/2012

5 regras de ouro para controlar o dinheiro


Em poucos anos a minha relação com o dinheiro passou de completamente desorganizada para absolutamente controladora. Saber que sou eu que controlo as minhas finanças e não elas que me controlam a mim dá-me uma paz de espírito que não tem preço. E mesmo assim ainda tenho muito que melhorar, mas os progressos que vou fazendo todos os meses dão-me cada vez mais motivação. 

Aqui ficam as minhas 5 regras de ouro para controlar o dinheiro.

1. Estabeleço objectivos financeiros
O meu grande objectivo é vivermos com metade do que ganhamos. Neste momento vivemos com 55-60%, por isso estamos no bom caminho.

2. Pago-me a mim própria em primeiro lugar
Quer isto dizer que, mal recebemos, tiramos logo o montante que vai para a poupança. Não devemos cair no erro de poupar o que sobra no fim do mês, porque se assim for, o mais certo é não sobrar nada...

3. Pago as contas mal as recebo
Eu pago tudo online e não gosto de débitos directos. Mal recebo uma conta, pago-a logo. O separador "pagar" de que falei aqui está sempre vazio.

4. Faço orçamentos mensais
E já não saberia viver sem eles. Recentemente comecei a usar o PearBudget e falarei sobre isso num próximo post.

5. Dou uma mesada a mim própria
E gasto-a no que quiser. Na verdade, não me abstenho de comprar as coisas que quero - desde que precise mesmo delas e não sejam meros caprichos ou algo para impressionar os outros. 

E vocês, quais são as vossas regras de ouro? Não ligam muito ao dinheiro, são controladores q.b. ou são frugais?

28/05/2012

Um minimalista ocupado é um oxímoro?


Isto pode parecer contraditório. Um minimalista que é uma pessoa ocupada?

Um dos objectivos do minimalismo não é eliminar tudo o que é supérfluo para nos focarmos no que é mais importante?
Mas e se o que é mais importante nos mantém extremamente ocupados?

A mim parece-me que os minimalistas têm o desejo de trabalhar menos, de preferência a partir de casa, de preferência a fazer aquilo que mais gostam - escrever parece ser a actividade preferida da maioria dos minimalistas que "conheço". Mas, lá está, eu conheço-os através dos seus blogs. Existem provavelmente muitos outros minimalistas que se focam noutras actividades.

Bem, eu sou cientista. Bióloga marinha, para ser exacta. E trabalho muito. Todos trabalhamos. Por várias razões. Como pós-docs (o nosso pomposo título), não temos um contrato de trabalho a sério. Temos que provar constantemente o nosso valor para que os contratos sejam renovados. E isso implica investigar, escrever, publicar bons artigos científicos. Muitas vezes, trabalhar 8 horas por dia não chega.

Mas o minimalismo ajudou-me a focar. Em vez de me envolver em vários projectos ao mesmo tempo, comecei a dizer não. Digo não a coisas que não valorizam o meu currículo. Acabei com o multitasking. 

Tenho lutado para não estar sempre a verificar o email. A Terra não pára de girar se ficar uma hora sem ir ao facebook. E ler blogs ou escrever posts durante as horas de trabalho simplesmente não dá, tirando um bocadinho à hora de almoço ou em períodos pré-estabelecidos.

Mas então, um minimalista pode ser uma pessoa ocupada? Se eu estou ocupada a fazer uma coisa que adoro, por que não? Não é o objectivo do minimalismo eliminar o excesso e ter tempo para aquilo de que gosto? Bem, eu gosto de ciência e gosto do que faço. Trabalhar muito vem no job description. Adicionam-se duas crianças ao quadro e, sim, temos uma pessoa ocupada.

Mas como é que o minimalismo pode ajudar uma pessoa ocupada?

1) Menos tralha para atrapalhar o espaço de trabalho
Os meus espaços de trabalho, tanto em casa como na Universidade, são limpos e sem tralha. Na minha secretária na Univ tenho apenas o essencial: computador, impressora (que uso muito pouco), caneca para o chá, garrafa de água e papéis que preciso para o trabalho que estou a fazer no momento. Em casa tenho os portáteis e a máquina de costura. Já nem tenho a caneca com canetas e outro material de escrita - está tudo numa das gavetas da secretária. 
Uma superfície arrumada e livre de tralha permite-me focar no trabalho, pois não vou procrastinar para limpar e organizar as coisas. Uma secretária sem tralha também evita distracções visuais e ajuda-me a focar no monitor do computador.

2) Começar a dizer "não"
Eliminar o excesso para me focar no mais importante também se aplica ao trabalho.
Há uns meses fui "forçada" a fazer parte da organização de um simpósio e fiquei super chateada por não ter conseguido dizer "não", pois a organização de um simpósio não interessa nada para o meu currículo. Depois despachei um aluno de mestrado que não aparecia - não sei se ele estava à espera que eu fizesse o trabalho por ele... Também sou alérgica a reuniões nos gabinetes. Reuniões com telefones a tocar, emails ligados e pessoas a bater à porta não são produtivas e recuso-me a perder tempo desta maneira - afinal, para alguma coisa existem salas de reuniões.

3) Acabar com o papel
A maior parte da papelada que temos não serve para nada. É tão simples quanto isso. Evito ao máximo imprimir seja o que for, jogo fora o que não interessa, digitalizo coisas mais importantes e guardo em papel apenas coisas muito, muito importantes, cujos originais em papel poderão ser necessários. 
Agora estou a livrar-me das centenas de artigos científicos que tenho no gabinete. Aqueles que tenho também em pdf foram logo para a reciclagem. Os que não tenho em pdf ando a tirar da net e os que não consigo tirar da net, digitalizo. O meu objectivo é ter toda a minha literatura do trabalho em formato digital - e não ter nada em papel.

4) Mais foco
Ainda tenho que trabalhar mais nisto. Evitar, eliminar as distracções.  Eu distraio-me muito facilmente com a internet... e não posso desligar o cabo pois preciso da net para procurar coisas do trabalho... Este mindmap ajuda. Estabelecer pequenas tarefas e usar programas que bloqueiam a internet também.

25/05/2012

Da Alemanha

Aqui ficam algumas fotos tiradas no norte da Alemanha. Gosto muito mais da luz lá do que a nossa cá (para tirar fotos, claro). Estas são praticamente SOOC, só lhes diminui o tamanho.

 Experiências no fiorde de Kiel

 No jardim




 O fiorde de Kiel

A vista

24/05/2012

Planear viagens ao estrangeiro

Já aqui falei de como fazer a mala para andar de avião. Mas antes disso há que planear toda a viagem. Eu gosto de planear as coisas, não ao pormenor, mas em linhas gerais, para depois não ter surpresas nem perder tempo. Aqui ficam algumas dicas...

1. Marcar a viagem de avião
Eu gosto de viajar na TAP e só escolho outra companhia se for para um destino não servido pela TAP. A primeira coisa que faço quando planeio uma viagem é comprar os bilhetes de avião, pois quanto mais cedo, mais baratos são (geralmente). Compro os bilhetes online e prefiro os voos da manhã aos da tarde, por um motivo. Já trabalhei no aeroporto de Faro e quando havia algum problema com algum voo, por exemplo, quando um voo era cancelado por problemas técnicos, os passageiros poderiam viajar no voo seguinte (no caso de de haver mais que um voo diário da companhia para o mesmo destino). Se o voo cancelado fosse o último do dia, os passageiros tinham que ficar em terra e passar a noite no hotel. Por isso, prefiro ir sempre no primeiro voo, pois se acontecer alguma coisa, ainda tenho outros voos no mesmo dia (não para todos os destinos TAP, mas para muitos).

2. Marcar o hotel
Geralmente marco o hotel através do site booking.com. A escolha é enorme, a informação acerca dos hotéis é bastante completa e as críticas de outras pessoas são muito úteis para ajudar a escolher um hotel. Normalmente valorizo a localização do hotel e proximidade a transportes públicos. Uns dias antes da partida, telefono sempre para o hotel para confirmar a reserva.

3. Ver os transportes do aeroporto para o hotel
Com o voo e hotel marcados, vejo as maneiras de me deslocar do aeroporto para o hotel. Por exemplo, quando vou a Kiel, tenho que voar para Hamburgo e à porta do aeroporto pára um autocarro que vai para Kiel. Vejo os horários e o preço dos bilhetes. Para o regresso, vejo de novo a que horas tenho que apanhar o autocarro para chegar a tempo ao aeroporto. Por fim, vejo de que forma posso ir do autocarro para o hotel - a pé ou de transportes públicos. Se for a pé, imprimo um mapa do google maps com o caminho.

4. Ver o que vou visitar
Por fim, não faço planos rígidos, mas vejo mais ou menos o que é que quero visitar no sítio para onde vou viajar. Museus, monumentos, jardins, seja o que for. Vejo a localização, maneira de lá chegar a partir do hotel, horários de funcionamento e preços de entrada. Como a maior parte das vezes que viajo é em trabalho, não me sobra muito tempo para fazer turismo, mas tento marcar sempre um dia a mais no meu destino para passear!

E vocês, planeiam as viagens ou vão à aventura?

18/05/2012

Free e-books on minimalism and simple living

Tal como me pediram, aqui ficam alguns links para e-books grátis sobre minimalismo, vida simples, organização, etc. Não vou disponibilizar os pdfs aqui no blog, pois não vos custa nada ir aos sites originais fazer o download dos livros, pois não? E penso que assim é mais justo para os autores - e até ficam a conhecer outros blogs sobre estas temáticas!
Então aqui vai...
















17/05/2012

Ser Savvy


Este é um livro que comprei pela capa: "Living the savvy life: a savvy woman's guide for smart spending and rich living", da Melissa Tosetti e Kevin Gibbons. Olhei para a capa e fiquei imediatamente cativada. Foi a calçada, foi a saia da mulher, os chinelos e o seu cesto de compras, e a sensação de paz e felicidade que a imagem me transmite.

Este livro não ensina mil e uma maneiras de poupar, nem é um guia para a frugalidade. Este livro tem a ver com bom senso e equilíbrio. E, portanto, adequa-se perfeitamente à minha filosofia de vida. Já referi várias vezes que o objectivo de um estilo de vida minimalista não é poupar dinheiro, embora isso seja uma consequência do minimalismo. Eu continuo a comprar açúcar amarelo e mascavado em vez do branco, embora sejam muito mais caros - mas fazem menos mal. Continuo a almoçar fora quase todos os dias de semana, pois prefiro comer peixe grelhado do que os restos do jantar. Compro sílica para o caixote dos gatos, que é muito mais cara que a areia normal, mas cheira muito menos mal. Para mim não faz sentido viver com menos qualidade só para poupar uns tostões. Tudo com conta, peso e medida. 
Este livro é sobre isso. 

Se quiserem ler os dois primeiros capítulos, basta subscrever a newsletter. Mas já agora, ficam aqui uns parágrafos do livro com os quais me identifiquei de imediato. E savvy é uma palavra que eu adoro. E, de facto, o que eu quero é ser savvy em todos os aspectos da minha vida. 
(Já agora, savvy em português não tem tanta piada... significa experiente, conhecedor, pessoa com bom senso, com juízo.)





Ah!

16/05/2012

Planear a leitura

Contei os meus e-books, incluindo versões pdf e kindle. Tenho mais de 120. 
Muitos deles comprei, outros foram grátis.
Muitos deles já li, outros não tenciono ler, outros quero voltar a ler.
Isto tudo para dizer que, tal como muitas outras coisas na vida, se não planear a leitura dos ebooks, não os leio.

Num desses ebooks, o "101 ways to simplify your life" da Laura Aridgides, a autora define dois tipos de leitura: a leitura por prazer e a leitura para desenvolvimento pessoal. A Laura sugere que devemos ler por prazer à noite e ler para o desenvolvimento pessoal de manhã. Trinta minutos de manhã e trinta à noite são suficientes para conseguirmos ler vários livros por mês. Achei fantástica esta ideia de ler diferentes tipos de literatura de manhã e à noite, e para mim faz todo o sentido, pois quando leio livros de desenvolvimento pessoal (que no meu caso são sobretudo sobre minimalismo, simplificação, organização, gestão do tempo, etc.) gosto de tirar apontamentos, o que não dá jeito nenhum quando leio à noite na cama. À noite prefiro ler policiais, hardboiled e ficção noir

O meu maior problema com os ebooks é que quero lê-los todos ao mesmo tempo... e depois acabo por ler bocadinhos de cada um, mas nunca o livro completo. Ora, como isto tem que mudar, vou seguir o conselho da Laura e começar a ler um pouco todas as manhãs, no ebook reader e não no computador, para não me distrair com a internet, e com o bloco ao lado para tirar apontamentos!

Para ser mais fácil seleccionar os livros para ler, organizei-os em pastas por assuntos:


Também normalizei os nomes dos ficheiros para ficarem todos no mesmo estilo:


E agora vou comprometer-me a ler pelo menos dois ebooks por semana! Quanto aos apontamentos que tiro, o que costumo fazer (e também faço isto com coisas de trabalho) é digitalizar os apontamentos para pdf e assim fico com as informações importantes no computador e o papel pode ir fora! 
Tudo em nome do minimalismo... e do ambiente!

15/05/2012

Mais foco: pequenas tarefas

Voltando ao tema de encontrar o foco na era da distração, o Leo Babauta acabou de publicar um artigo sobre três pequenos hábitos que ajudam a encontrar o foco.

Um deles é o que eu costumo fazer para me conseguir focar nas tarefas que tenho em mãos, sobretudo quando são tarefas que não me apetece nada fazer... Quando tenho tarefas dessas para fazer, acabo por procrastinar. Abro o reader, leio os últimos posts dos meus blogs favoritos, dou uma espreitadela ao facebook... já sabem como é. E é preciso muita força de vontade para combater este comportamento.

Uma coisa que me ajuda é estabelecer pequenos intervalos de tempo em que me comprometo a trabalhar apenas nessa tarefa. Por exemplo, trabalho 1 hora na tarefa e depois posso perder 10 minutos a navegar na internet (também gosto de sair do gabinete e dar um passeio a pé pelos corredores, para esticar as pernas e pôr o sangue a circular!). Uma hora passa num instante e assim não custa nada. E depois sou devidamente recompensada pelo meu esforço!

É claro que para dar resultado, tenho que fechar o browser e fazer um esforço para não me distrair com mais nada. Mas compensa e geralmente acabo por fazer imenso nessa hora. E vou fazendo isto ao longo do dia. Blocos de trabalho concentrado de 1 hora e pequenas pausas de 10 minutos. Resulta!

12/05/2012

Roupa simplificada

Já escrevi aqui várias vezes que gosto de roupa e sapatos, mas já fui muito mais consumidora do que sou agora. Desde que iniciei a minha jornada no minimalismo, livrei-me de mais de metade da minha roupa, sapatos e acessórios, com alguma dor no início, mas sem remorsos.
Agora só compro roupa se realmente precisar de alguma peça. Já não faço compras por impulso nem como forma de combater os dias mais cinzentos. 

Uma das coisas que mais me ajuda a escolher roupa é ter descoberto as minhas cores, de acordo com o season colour analysis. Desde que me apercebi que as cores que me ficam melhor são o branco, cinzentos e preto (e também azuis escuros e vermelhos escuros), só olho para peças dessas cores quando estou numa loja. Logo aí diminuo imenso as possibilidades de compra. É que dantes, se gostava de uma peça, era capaz de a comprar em todas as cores disponíveis. Já tive umas calças em preto, branco, rosa e laranja...

Este método da cor foi o meu principal aliado para me livrar de mais de metade da minha roupa. Fiz um esquema em papel para me ajudar, do qual falei aqui


Resumidamente, uma peça de roupa, se quer manter-se no meu armário, tem que estar de acordo com os seguintes critérios:

A cor é uma das minhas cores.
A peça fica-me mesmo bem.
A peça combina com outras coisas.
Costumo usar a peça.
Gosto muito da peça.

Este critérios aplicam-se tanto às peças que já tenho, como às peças que quero comprar. E devo dizer que ter reduzido o meu guarda-roupa a basicamente três cores simplifica imenso as coisas na hora de escolher peças para vestir e quando as vou comprar. 

Já não preciso de casacos de várias cores para combinar com as várias blusas, nem sapatos e acessórios de todas as formas e feitios para combinar com tudo o resto. 

As malas então, que tinha dezenas em várias cores (preto, castanho, cinzento, rosa, vermelho, etc.) e vários formatos, sofreram um corte radical. Tenho apenas duas, uma preta mais formal e de boa qualidade e uma castanha mais rasca que será substituída por uma melhor quando se estragar. De resto, tenho algumas malas em tecido feitas por mim, que uso sobretudo na primavera e verão. 

Descobri que acessórios castanhos bonitos, como umas botas ou um cinto, ficam bem com tudo, e fiz as pazes com o castanho, apesar de esta ser uma cor que não posso usar em demasia nem perto da cara, pois dá-me um ar mais velho.

Continuo a não usar brincos com colares, pois parece-me demasiado, nem colares compridos com cintos, e adoro a máxima da Coco Chanel "When accessorizing, always take off the last thing you put on".

E continuo a achar que menos é mais, e que o menos, o simples, é o oposto da vulgaridade e do excesso.

10/05/2012

Mais foco: controlar e bloquear a internet



Voltando ao assunto de encontrar o foco na era da distração... ajuda para viciados na internet (que é o meu caso, obviamente).

Há duas técnicas, que podem ver na imagem acima. Existem programas de escrita simples e minimalistas que não têm tantos botões e distrações como o Word. Na minha opinião, estes programas devem funcionar bem para tem apenas que escrever texto, mas no meu caso, em que preciso de funcionalidades mais avançadas, não dá. 

A segunda técnica é controlar e bloquear o tempo que passamos na internet. Esta foi uma grande descoberta e estou a adorar. Basicamente, há extensões para os browsers que bloqueam certos endereços após um determinado tempo de navegação (escolhidos pelo utilizador, claro). Eu, como só uso o Google Chrome, instalei o Stay Focusd. Existem outros para o Firefox e aplicações específicas para os Mac.

Para usar o Stay Focusd, escolhi os sites que quero bloquear, que são os que podem ver na figura abaixo:

O tempo permitido de navegação diária nestes sites é de 10 minutos, mas podemos alterar o tempo. Escolhi 30 minutos para o computador do trabalho e 60 minutos para o de casa.


De cada vez que entramos num destes sites, o tempo começa a contar. Quando se esgota o tempo, a aplicação simplesmente não abre mais essas páginas. E não há maneira de alterar as configurações, só no dia seguinte. É mesmo bom para viciados!


Há ainda uma opção de bloquear também os sites para onde vamos através de links em sites bloqueados. Por exemplo, eu tenho o Google Reader na lista de sites bloqueados, mas se entrar nalgum blog através do Reader, o tempo continua à mesma a contar. Esta opção pode desmarcar-se na caixinha abaixo, mas eu gosto dela!

A aplicação instalada um botão ao lado da barra de endereços, que é azul quando estamos num site não bloqueado, e fica vermelho em sites bloqueados.



Carregando no botão podemos ver quanto tempo de navegação nos resta nesse dia e podemos alterar as configurações (sites bloqueados, tempo permitido, etc.), mas só se ainda tivermos tempo disponível para esse dia (se o tempo já se estiver esgotado, não dá para desbloquear nenhum site nem alterar o tempo!).




09/05/2012

Adeus livros de receitas

Não, não me livrei dos meus livros de receitas que, já agora, são apenas cinco: o livro que veio com a Bimby, "O livro completo da alimentação saudável", "Receitas escolhidas" da Maria de Lurdes Modesto, "Jantares em 30 minutos" e "Feito em casa" da Joana Roque.

Além dos livros, tinha um dossier A5 cheio de papelinhos com receitas, recortes de revistas, etc., e finalmente passei as receitas que me interessam (porque a maior parte nunca tinha experimentado nem tencionava fazê-lo) para o Evernote (e joguei os papelinhos e o dossier fora, claro).

Ora, ter as receitas no Evernote não é para todos, pois implica ter o computador ligado na cozinha quando queremos seguir alguma receita - mas para mim não tem qualquer problema e prefiro isso a ter mais papel em casa! 

Ah, cada vez gosto mais de ter menos! 


07/05/2012

O foco na era da distração


Sento-me ao computador para trabalhar em algo muito importante, mas antes de começar vou só ver se recebi algum email desde a última vez que verifiquei, há meia hora atrás. Já que estou na internet, não custa nada abrir o facebook e ver se tenho alguma notificação. Já agora, abro também o reader e vejo que alguns dos meus blogs favoritos têm novos posts – que tenho mesmo de ler agora. Entretanto já se passou mais de meia hora e ainda não comecei a trabalhar na tal coisa muito importante. Apercebo-me disto e fico chateada, tão chateada que perco a vontade e a concentração para fazer o tal trabalho.

Nunca vos aconteceu algo deste género? A mim acontecia muito. Procrastinar, perder o foco e prejudicar o trabalho importante que tinha para fazer.

O Leo Babauta escreveu um livro inteiro só sobre este assunto: “Focus - a simplicity manifestoin the age of distraction”. Vou partilhar algumas dicas, dele e minhas, que me têm ajudado a focar-me mais no trabalho, a procrastinar menos e a ter tempo para navegar na net sem sentimentos de culpa. Falo mais na internet porque é ela a minha grande fonte de distração, mas quem diz internet diz televisão, telemóvel, etc.

Mas hoje quero só deixar aqui um mindmap (que é agora o meu fundo do ambiente de trabalho) que diz tudo. (cliquem para ver melhor; a imagem veio daqui)


04/05/2012

Simplificar e organizar papéis em casa


Bem sei que tenho andado um pouco desligada do blog e do facebook, o que se deveu à falta da internet em casa (agora já tenho de novo), o que por sua vez me deixou com mais tempo para fazer outras coisas... como ler. E devo dizer que me soube muito bem ter lido dois livros numa semana e estar agora a meio do terceiro. Por outro lado, a minha cabeça tem andado completamente focada numa viagem que vou fazer daqui a umas semanas à Alemanha que pode mudar a minha vida (para muito melhor, claro).

Tenho também aproveitado para destralhar e minimizar ao máximo os meus pertences. Já cheguei ao ponto de ter gavetas e prateleiras vazias, e é viciante. É viciante deitar fora coisas que não preciso e manter apenas aquilo que é realmente necessário. É bom minimizar e simplificar e aperceber-me que finalmente sei onde estão todas as minhas coisas.

Estes dias tenho andado de volta dos papéis, tanto em casa como no trabalho. A Tsh Oxenreider tem vários projectos relacionados com a simplificação e organização dos papéis no seu e-book One Bite at a Time. Ela fala de como organizar e arquivar os papéis (projecto nº 21), de como criar um arquivo para os documentos mais importantes (projecto nº 17) e de como organizar os recibos (projecto nº 9). Bem, eu agora tenho isso tudo organizado numa caixa de cartão Kassett. Decidi que todos os nossos papéis tinham que caber lá dentro (a caixa mede 33x38x30 cm).

Os papéis que lá tenho e que ocupam a maior parte do espaço são papéis que tenho que guardar mas os quais provavelmente não me vão servir para nada, como declarações de IRS e papeladas e papelinhos que as acompanham, papéis das finanças e da segurança social, recibos de ordenado, contratos de trabalho, avaliações da escola dos miúdos, documentos da casa,  e coisas assim; estes papéis constituem o que a Miss Minimalist chama de deep storage, tal como expliquei aqui.

Dentro da caixa tenho também uma pasta plástica de elásticos que tem documentos importantes que levaria comigo em caso de incêndio ou de alguma catástrofe natural. Tenho os boletins de nascimento, certificados de habilitações (só tenho o da licenciatura, mestrado e doutoramento; certificados de outros cursos, workshops, formações e coisas do género estão digitalizados), boletins de vacinas, passaportes, fotocópias dos cartões de cidadão e de outros documentos.

Tenho ainda um dossier A4 fininho, que não costuma estar dentro da caixa, mas perto dela, na estante, que funciona como uma agenda da casa e da família. Lá dentro estão as seguintes capinhas transparentes:
- fazer/resolver (por exemplo, neste momento tem uma ficha de inscrição no ATL para preencher);
- pagar (contas para pagar; não tem lá nada, que eu pago as contas mal as recebo);
- pago (tem o último recibo do condomínio e o último da água - só guardo o último recibo, pois se houver algum problema, tenho o extracto do banco, em pdf, claro, para provar que as contas foram pagas; as outras contas recebo em pdf);
- arquivar (papéis para arquivar na caixa ou para digitalizar);
- IRS 2012 (onde ponho todos os papelinhos para o IRS; depois de entregue o IRS, a capinha com respectivos papelinhos toma o seu lugar permanente dentro caixa);
- tickler (papéis que vou precisar numa data específica; neste momento tem os bilhetes de avião para a tal viagem e a confirmação da reserva do hotel, assim como um voucher de 2 noites para um hotel em Setúbal a aproveitar em breve).
Tenho também papéis que consulto às vezes, como informações da escola, informação de emergência, números de contas bancárias, etc.

Outro tipo de informação que muitas pessoas colocam dentro da agenda da casa, como menus semanais, inventários da despensa, listas de compras, orçamentos mensais, etc., eu não tenho. Uso o mínimo papel possível e tudo o que possa fazer no computador, faço. De resto, tenho o quadro magnético para escrever os menus e outras coisas.

Resumindo, o sistema que descrevi aqui e aqui foi alterado e simplificado.
Todos os papéis importantes cabem agora nesta singela caixa de cartão branca! Ah, bliss!

02/05/2012

Destralhando ainda mais

Aproveitei o feriado cinzento e chuvoso para organizar (de novo) as minhas papeladas (cada vez tenho menos!) e para fotografar coisas que vou pôr à venda. O ano passado vendi as coisas maiores, que ocupavam mais espaço -  a mobília. Agora é a vez de coisas mais pequenas, cuja presença não incomoda assim tanto, mas que não são usadas e poderão fazer outra pessoa feliz. 

A primeira dessas coisas é a máquina de fazer pão.
Finalmente aceitei o facto de que cá em casa ninguém gosta do pão feito na máquina. Se quiserem a minha máquina, que funciona na perfeição e está em bom estado (foi pouco usada), por metade do preço de uma nova, podem ver o anúncio aqui. A entrega é em mão (não vou enviar uma máquina deste tamanho pelo correio).



Ontem aproveitei também para destralhar o meu bloco de gavetas Vika Alex, de tal maneira que até ficou uma gaveta vazia! Uma das gavetas estava ocupada com coisas da costura e material para fazer bijutaria. Aceitei também o facto de que nunca irei pegar nas contas, tanto novas como de colares antigos, para fazer brincos para vender. A verdade é que, se tiver tempo livre, prefiro passá-lo a ler do que a fazer brincos (isto de ter ficado sem internet em casa uns dias foi maravilhoso - agora já tenho de novo). 

Assim, juntei o material que tinha e gostava muito que algum de vós ficasse com ele e o usasse para fazer peças únicas e bonitas! Por 10 euros (já inclui os portes em correio normal), o material que vêem em baixo pode ser vosso, incluindo as caixas de plástico, tal como está na foto. Se estiverem interessados, mandem-me um email para rita.busywoman(at)gmail.com. (já está vendido, obrigada!) Tal como foi com os tecidos, é por ordem de chegada. E mais uma vez, muito obrigada por me ajudarem a livrar-me da tralha. Tralha para mim, tesouro para outra pessoa.



Tenho ainda livros técnicos para vender que irei colocar nos sites de venda online, mas depois aviso aqui. Vou também pôr à venda algumas das malas em tecido que fiz, que estavam à espera de ser levadas a uma feira de artesanato - mas a verdade é que eu não estou a pensar em ir a feira nenhuma, por isso mais vale vendê-las pela internet...
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