30/12/2017

Palavra para 2018 - consistência

Os últimos anos têm sido os mais ocupados de sempre (nunca o título deste blog expressou tão bem o que se passa na minha vida!). Felizmente que tenho apenas mais um semestre de aulas (do mestrado em psicologia clínica) e depois voltamos à programação normal!

Há uns dias encontrei uma imagem que exemplifica na perfeição aquilo com que me confronto diariamente, em todas as áreas da minha vida:


Não é só na minha vida profissional, mas em tudo... eu tenho imensas ideias e quero implementá-las a todas!! Naturalmente que querer fazer tudo, e tudo ao mesmo tempo, não resulta. Já escrevi aqui várias vezes que temos tempo para fazer tudo, mas não tudo ao mesmo tempo, mas parece que tenho vindo a esquecer-me dessa grande verdade.

Também me esqueci que, como minimalista, devemos fazer um exercício regularmente: identificar o essencial e eliminar o resto (como mostro aqui).

Em 2018, quero atacar de frente estes problemas e começar pelo que me perturba mais - a minha falta de consistência. Eu costumava dizer que sou indisciplinada, ou não sou tão disciplinada como gostaria, mas após refletir, percebi que até sou disciplinada, mas nem sempre. Por isso, o que me falta é consistência - ser disciplinada de forma consistente. 

A minha palavra para 2018 é, portanto, consistência.

2018 vai ser um ano de mudanças - literalmente! Vou mudar de casa no fim de janeiro. Comprei um apartamento em Faro e tenho este à venda (é no Montenegro, arredores de Faro, e está na Remax, para quem tiver interesse). Sempre quis viver na cidade (afinal, sou de Lisboa...) para poder andar mais a pé, e por outros motivos; uma boa oportunidade surgiu e aproveitei-a. No fim de janeiro espero partilhar aqui todo o processo de mudança e, sobretudo, como fazer um lar minimalista de raiz. Aliás, esta vai ser uma excelente oportunidade para minimizar ainda mais - apesar da casa nova ser um pouco maior que esta, muita coisa não vai lá entrar!

A minha prática de yoga também encontrou um rumo. Cancelei todas as subscrições em sites de yoga online, desisti da ideia de fazer o curso de yogaterapia (o que me interessava mais no curso era a parte da saúde mental, mas tendo formação em psicologia, parece-me estranho aprender com pessoas que não são psicólogas como é que o yoga pode ser usado como psicoterapia...), e decidi que todo o dinheiro que tiver disponível para o yoga vai ser usado para estudar ashtanga - seja em Milfontes com o Tarik e a Lea, em Cascais com a Vera, ou com muitos outros professores que viajam pelo mundo a ensinar ashtanga. 

A minha prática em casa também se simplificou. Pratico ashtanga. É isso. Não preciso de videos, aulas online, aulas diferentes todos os dias. O ashtanga não precisa de nada disso. Preciso do tapete e de força para acordar cedo todos os dias para praticar. É só isso. À tarde também pratico um pouco, mas em vez de querer fazer tudo e mais alguma coisa, limito-me aos planos de força, através de movimentos de yoga, do Dylan Werner no CodyApp.

Cancelei o ginásio. Este ano abriram dois ginásios grandes em Faro e eu inscrevi-me no primeiro, e depois desisti e fui para o segundo. E depois desisti e fui para um ginásio familiar aqui ao pé de casa. Os ginásios aborrecem-me. Não gosto de aulas de grupo e não gosto de ter que pagar uma mensalidade, quando só vou lá uma vez por semana. Por isso, quando me mudar para Faro, vou voltar para o meu ginásio preferido, que só tem máquinas e um sistema de senhas, e assim só faço o que gosto e só pago o que uso. Aliás, tenho feito muita coisa ao ar livre - até comprei um TRX para usar nas árvores (ou onde der para o prender). Estando no Algarve, há que aproveitar este sol em vez de me enfiar num ginásio!

Continuo com a natação - não falha! Mesmo quando não me apetece ir, pego em mim e vou. Se me tivessem dito há um ano atrás, quando comecei, que iria ser assim tão dedicada, não acreditava! Em termos de evolução, é incrível! Há um ano atrás ficava completamente despachada ao nadar apenas 1 piscina (25 metros). Agora consigo nadar 45 minutos sem parar (ou mais, mas quando vou nadar sozinha marco 45 minutos no relógio). A natação é, sem dúvida, das melhores coisas que faço na vida. 

Em relação ao trabalho, tenho as coisas arrumadas em caixinhas temporais. Ando envolvida em três áreas de estudo diferentes e perturba-me andar sempre a saltar de uma para outra. Por isso, decidi dedicar-me a cada área em exclusivo e só passar para outra quando estiver tudo feito da primeira. Em princípio, este ano também vai ser de grande mudança na minha situação profissional (já ouviram falar da contratação dos doutorados?) e não sei bem o que me espera... Aliás, já nem faço planos para o futuro... Concentro-me e planeio semana a semana. Tenho uma visão geral mais a médio prazo que me orienta, mas sem planos ou objetivos concretos. É como diz no livro Goal-free living do Stephen M. Shapiro - usar uma bússola e não um mapa.

E basicamente, para 2018 é isto. Agora vou estudar, pois tenho dois exames no início de janeiro... ;)

E tu, qual a tua palavra para 2018?

14/12/2017

Entrevista no jornal i

Aqui fica a entrevista que dei ao jornal i sobre... minimalismo, what else? (espero que dê para ler, senão logo tiro fotos melhores...)



16/10/2017

Não quero saber do Feng Shui!


Não é bem assim, eu até gosto de muitos dos princípios do Feng Shui, mas quando isso nos torna um bocadinho obsessivo-compulsivos... é porque algo está errado...

Vem isto a propósito do espelho que tenho no quarto. Há muitos anos que tapo o espelho com um lenço antes de me deitar... Às vezes esqueço-me, e já estou na cama quando me lembro que não tapei o espelho, e levanto-me para o tapar, pois não consigo dormir sem o espelho estar tapado. What?? Isto começou a parecer-me um início de perturbação obsessiva-compulsiva... Então, decidi cortar o mal pela raiz... e livrei-me do lenço! Agora durmo sempre com o espelho destapado!

Na verdade, o problema dos espelhos, de acordo com o Feng Shui, é só quando estão virados para a cama, ou seja, quando refletem a cama - não é o caso do meu, que está ao lado da cómoda e não reflete a cama (a cómoda é que está em frente à cama).

Ser minimalista é isto - perceber o que nos puxa para baixo, o que está a mais, o que não faz falta... e o lenço a tapar o espelho não é necessário... portanto, tirei-o, lavei-o, arrumei-o com os outros, e se não o usar (que é o mais provável), irá fora. E no quarto, é menos uma coisa a acumular pó!

E tu, tapas os espelhos do quarto durante a noite?

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13/10/2017

Grande destralhamento de roupa... outra vez

Destralhar é um processo contínuo. Ou a pessoa é muito disciplinada e não deixa nunca entrar tralha em casa, ou então tem que ir destralhando de vez em quando para eliminar a tralha que conseguiu entrar pela porta. Pela minha porta ainda entra alguma tralha... sobretudo pela porta do roupeiro...

Inspirada pelos videos que vejo no youtube sobre o armário-cápsula, lá fui destralhar mais um pouco a minha roupa... Desta vez, sem apelo nem agravo... às vezes não sou tão corajosa, sinto-me mais apegada às coisas, mas desta vez, fria que nem um cubo de gelo!

Enchi esta mala de viagem com roupa que já não quero. A própria mala também é para ir fora. Lá dentro, além de roupa, estão sapatos e um tapete branco lindo do Ikea que, sendo branco, está sempre sujo, e eu sempre a lavá-lo, e tenho mais que fazer. As coisas não vão propriamente para o lixo, é para dar...


Também enchi um saco com roupa que vou guardar durante algum tempo... se não usar, vai fora.


Nesta gaveta tenho roupa de praia (a que tem a peça branca no topo) e roupa que penso que não vou usar mais, nomeadamente leggings (só preciso de umas pretas boas) e blusas de gola alta (fazem-me impressão no pescoço). Se não usar nos próximos tempos, vai tudo fora também.



Tirando sapatos, casacos e malas (e roupa interior, de dormir e de desporto), a minha roupa cabe agora numa gaveta da cómoda, numa prateleira e num varão do roupeiro.

Na gaveta estão tops e blusas de verão e inverno.


Na prateleira, camisolas de outono/inverno. A prateleira de cima tem roupa do J. e a de baixo tem o cesto com roupa para passar a ferro.


Por fim, vestidos e casacos de verão e inverno pendurados no varão de cima do roupeiro. Também fiz um grande destralhamento aos colares e sobraram os que se vêem na imagem.


Ah, é tão bom destralhar! O conceito do armário-cápsula atrai-me imenso, mas penso que ainda não estou preparada para isso... Veremos... Agora, o que quero é usar toda a roupa que tenho; de certeza que ainda tenho peças que não vou usar e assim ainda vou poder eliminar mais coisas!


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11/10/2017

Roupa de cama minimalista

Lençóis e toalhas que não estão a ser usados cabem nesta gaveta.
Só uso um conjunto de cada vez, por isso para quê ter dúzias de coisas?

No outro dia, em conversa com uma amiga, ela contava-me que tinha sacos e sacos cheios de roupa suja para lavar, incluindo sacos com lençóis da cama dela e da cama do filho; às vezes, dizia ela, nem tem lençóis lavados para mudar as camas, apesar de ter imensos conjuntos de roupa de cama, porque está tudo em sacos para lavar (sacos esses que, juntamente com mais tralha, ocupam uma das casas de banho da casa, de tal forma que essa casa de banho funciona como despensa, e não como casa de banho!). Eu respondi-lhe que se eu fosse assim, estava lixada, porque só tenho 2 conjuntos de lençóis para cada cama... E nisto, fez-se luz na cabeça da minha amiga.

Só dois conjuntos? Mas assim é muito mais fácil! É só mudar os lençóis e pôr os sujos logo na máquina a lavar! Claro, disse eu! A ideia é essa! Assim, só tenho o necessário e o que tenho, ocupa pouco espaço!

De facto, continuo a ter apenas 2 conjuntos de lençóis por cama. Os lençóis da minha cama são em branco e cinzento, o que permite comprar as peças em separado, à medida que preciso. O Ikea é o meu lugar de eleição para essas compras. Ao contrário de há uns anos atrás, já nem uso lençóis de cima. É só a capa de edredão (que serve de lençol de cima no verão), o lençol-capa para baixo e as fronhas das almofadas. Nas camas dos miúdos é a mesma coisa. Quando uma das peças já não está em condições, é substituída (e a velha vai fora ou guardo para fazer de resguardo nas pinturas).

Em relação às toalhas de casa de banho, é a mesma coisa. Cada um de nós tem 2 toalhas de banho e eu tenho mais 2 pequenas para o cabelo; para cada casa de banho temos 2 toalhas para as mãos, 2 toalhinhas para a banheira (para pôr os pés), e nenhuma toalha de bidé (temos bidés, mas não vejo necessidade em ter aquelas toalhas tão pequeninas). Eu tenho ainda uma toalha de banho e uma de cabelo para levar para a piscina. Toalhas de praia, uma por cada pessoa, e o J. não tem nenhuma.

Dito isto, a minha roupa de cama está a precisar de ser substituída... Em agosto substituí um dos conjuntos por uma capa de edredão e fronhas cinzentas (penso que foi este) e agora preciso substituir o outro, que está mesmo encardido... Depois, seguem-se as tolhas de casa de banho. Se for fazendo aos poucos, custa menos...


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09/10/2017

Que atividades extracurriculares para os meus filhos?



Um dia uma leitora perguntou-me como escolher as atividades extracurriculares para os miúdos, no meio de tanta oferta... Os meus tiveram sempre as AECs na escola, além de outras atividades fora da escola. Agora que estão no 2º e 3º ciclo, fazem desporto escolar e desporto fora da escola.

Para mim, uma das mais importantes atividades é o inglês. Eu tive aulas de inglês desde os 3-4 anos até ao 11º ano. Graças a isso (e a uma avó que era professora de inglês), quando tinha a idade do meu filho mais velho, 12 anos, já falava inglês. Fui ao Egipto nessa altura e ao longo da excursão preferi sempre as explicações em inglês do que em espanhol. Até fiz uma amiga americana que também estava na excursão - com a qual falava sempre em inglês.

Por isso, aproveitei sempre as oportunidade que tive para pôr os miúdos no inglês. Tiveram um pouco no infantário, mas não durou muito porque a maioria dos pais não queria - alguém até disse "mas o meu filho nem português sabe ainda falar, quanto mais inglês!"... enfim... Pois, é que é em pequenino que se aprende línguas, não é depois de velho... No 1º ciclo tiveram inglês como AEC e só a partir do 5º ano é que têm inglês obrigatório. Seja como for, o inglês deles é... muito básico... Daqui a uns aninhos gostava de mandá-los para Inglaterra nas férias para aprenderem inglês decentemente... O meu pai ia no verão para uma espécie de colónia de férias/trabalho, onde trabalhava nos campos de morangos e aprendia inglês (outros tempos...)

Além do inglês, fazer desporto é essencial a tantos níveis (físico, psicológico, social...), que penso que nem é preciso explicar! Os meus sempre fizeram muito desporto, tanto na escola como fora. Atualmente fazem desporto escolar (um ténis de mesa, o outro basquete), um anda na natação e o outro no futebol (com muita pena minha, este já não quer mais fazer natação...). O desporto é fundamental, e nunca me passaria pela cabeça dar-lhes castigos que implicassem deixarem de fazer desporto ou tirá-los do desporto para terem mais tempo para estudar (como infelizmente acontece). 

Além do inglês e do desporto, outra área que penso ser importante para um desenvolvimento equilibrado e para trabalhar outro tipo de competências, é... as artes! As artes ajudam os miúdos a pensar de forma criativa e inovadora - mesmo para aqueles que, como eu, não têm jeitinho nenhum (a não ser para a música)... 
Infelizmente, as únicas artes que os meus têm agora são as aulas na escola, mas já andaram no conservatório nas aulas de formação musical e no piano. Aliás, eu toco piano e tenho um piano em casa, mas... não há tempo para tudo...

Assim, as atividades extracurriculares que para mim são fundamentais são desporto, inglês e artes. O ideal é ver e aproveitar a oferta da escola e completar com atividades que eles gostem forem da escola! E, claro, nós podemos escolher por eles até um certo ponto (enquanto são pequeninos), mas depois mais vale serem eles a decidir o que é que querem fazer... não adianta andarem no futebol obrigados, quando o que querem mesmo é fazer judo... ;)


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08/10/2017

Ultimamente... via instagram

Pronta para ir votar!! 

Os meus treinos de natação em setembro, numa ferramenta chamada Speedo On.

Chá e um livro. Das melhores maneiras de passar uma tarde ou um serão.

Esta semana andei em destralhamento de roupa.

Qualquer recipiente ou superfície horizontal acumula tralha! Escondido debaixo dos perfumes, todas aquelas coisas... até uma mola de roupa!!

Conheço a Bea há anos, claro, mas só agora comprei o livro - e já comecei a ler. É daquilos livros que vou devorar!

O destralhamento continua. Estes são os vestidos de inverno que estou desejosa de usar mas ainda não posso porque ainda está imenso calor no Algarve!!! O vestido verde foi fora, a cor não me fica bem...



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06/10/2017

A minha rotina de limpeza da casa

Na verdade, não sou eu que limpo a casa... é a minha Glauciene. Pediram-me para falar das tarefas da minha empregada, portanto aqui vai! Raramente estou em casa quando ela está cá, mas acho que é mais ou menos isto que ela faz, uma vez por semana, em 4 horas.

Começa no meu quarto, muda os lençóis da cama e limpa o pó. Depois, vai para o quarto dos miúdos, muda os lençóis, arruma e limpa. De seguida, o escritório. Às vezes deixo a máquina a lavar para ela estender a roupa. Depois de mudar os lençóis, coloca os sujos na máquina de lavar (as tolhas das casas de banho e têxteis de cozinha sou eu que mudo e lavo, ao sábado). 

De seguida, limpa os vidros. Depois, as casas de banho. Depois disto tudo limpo, aspira o chão destas divisões (quartos, escritório, casa de banho, varandas) e lava com a esfregona. A seguir, passa para a sala e varanda da sala. Limpar pó, limpar vidros, a mesma coisa. A cozinha é a última divisão; limpa as bancadas, o fogão, o microondas, lava a louça. No fim, aspira e lava o chão. Enquanto o chão da cozinha seca, estende os lençóis, que entretanto a máquina já lavou.

Em linhas gerais, penso que é isto que ela faz... Quando chego a casa, sinto sempre aquele cheirinho a lavado maravilhoso! 
De vez em quando faz limpezas mais a fundo, como lavar as persianas, lavar os cortinados, esfregar as juntas do chão da cozinha, coisas assim...

Ela não passa a ferro, pois isso faço eu, geralmente ao domingo depois do jantar. Houve uma altura em que vinha duas vezes por semana, e da segunda vez vinha só duas horas dar uma geral e passar a ferro, mas achei que podia poupar dinheiro e fazer eu essas coisas. Geralmente à sexta-feira ou sábado de manhã damos uma aspiradela pela casa toda e um speed cleaning. Também ligo a máquina da roupa sempre que há roupa suficiente - pelo menos 2-3 vezes por semana. E sempre que alguma coisa está suja, limpamos na hora. Por exemplo, se algum gato vomita ou se o sofá está cheio de pêlos ou se o chão da cozinha fica sujo, limpa-se logo. E funciona bem assim!

A minha casa tem pouca tralha e portanto é fácil de limpar... Quatro horas dá na boa para fazer isto tudo e fica bem limpo. Claro que quanto mais tralha tivermos em casa... mais sujidade se acumula e mais tempo demoramos a limpar... Uma maneira de não perdermos muito tempo ou gastarmos muito dinheiro em limpezas é... claro, destralhar!!

Estive uns 3 ou 4 anos sem empregada e nessa altura fazíamos nós todas as limpezas, claro. Aqui ficam os posts que escrevi sobre as nossas rotinas de então:



05/10/2017

Ideias desorganizadas

Eu sou grande fã do Leo Babauta, minimalista-mor, o homem por trás do grande Zen Habits. Foi através dos seus escritos que me tornei minimalista, que comecei a meditar, que me tornei mais produtiva... Conhecer o Zen Habits abriu todo um mundo novo para mim. Quando me sinto mais stressada, desalinhada, sem rumo, é para os escritos do Leo que me viro. Adoro o homem, pronto!

Mas ele tem uma ideia que sempre me deixou irritada (porque não quero que isto seja assim como ele diz!) - um hábito de cada vez. Mudar uma coisa de cada vez. Fazer mudanças pequenas. Acordar 15 minutos mais cedo. Meditar apenas 2 minutos para começar. Pequenas mudanças, small steps, one breath at a time. 

O meu problema com esta filosofia é que eu quero tudo! E agora! Quero implementar todas as mudanças, quero ler todos os livros, quero fazer todos os cursos, quero mudar tudo de repente. E, claro, depois fico assoberbada com tanta coisa e acabo não fazer quase nada. Reli este post que escrevi sobre os meus planos para 2015 - aí falo em um hábito de cada vez, mas depois planeio montes de coisas em simultâneo... mas onde é que eu tenho andado com a cabeça?? 
(tenho este problema também em relação ao exercício físico e falei sobre isso aqui)

Enfim... comecei a pensar que se calhar devia acreditar mesmo no Leo e focar-me numa coisa de cada vez.

Então, o que é tenho andado a fazer nesse sentido? Em primeiro lugar, não posso comprar mais livros, nem cursos, nem ebooks, nem nada! Já tenho material de leitura, no qual gastei dinheiro(!), para muitos meses! Também cancelei todas as minhas subscrições em sites de yoga (EkhartYoga, YogaGlo, OmStars...) e cancelei a Netflix. Quase que subscrevi o programa Sea Change do Leo, mas recuei a tempo - tenho muita coisa dele ainda por ler, não preciso de mais! 

Isto tudo porquê? Quero manter as coisas simples. Quero ter uma vida simples. Ter muitas opções deixa-me assoberbada, mesmo. Deixa-me cansada. Aliás, eu noto esta falta de clareza e, desculpem-me a repetição, noto o meu assoberbamento (eu prefiro overwhelm) até na minha escrita! Sim, aqui, neste post! Parece que tenho mil e um coisas a bombardear-me o cérebro e não consigo passar tudo de forma clara para o papel. 

Ter demasiadas escolhas complica-me a vida - porque eu quero todas elas. E isto tem que acabar!
Quero focar-me no mais importante!

Huum... estou aqui a pensar que vou fazer um daquele mapas mentais para organizar as minhas prioridades. Estão a ver como estou overwhelmed? Nem vou acabar este post decentemente. Vou ali organizar as minhas ideias e já volto!

E vocês, também se sentem assim às vezes?

04/10/2017

A minha vida simplesmente perfeita - parte II

Há uns anos escrevi um post sobre todas as mudanças que fiz na minha vida e cheguei à conclusão que tinha uma vida perfeita! Esse post era falso, uma brincadeira, um sonho - era, no fundo, como eu gostaria que as coisas fossem... Umas coisas eram verdade, outras (ainda) não.

E hoje, passados 4 anos, onde é que estou? Vou revisitar essa lista de coisas perfeitas e ver se correspondem à realidade...

- Sou madrugadora. Venci a preguiça, levanto-me às 6h da manhã (ou mais cedo), pratico yoga e meditação durante quase 2 horas e consigo despachar-me a mim e aos miúdos nas calmas de modo a chegarmos todos a horas à escola e ao trabalho.

Com muita pena minha, nos últimos tempos não tenho nada de madrugadora... Deito-me tarde e, portanto, não consigo acordar cedo. É uma coisa a mudar, porque sinto-me muito melhor quando funciono ao contrário. Obviamente não tenho tempo para quase 2 horas de yoga e meditação, mas quero mesmo voltar a tornar isto verdade em breve...

- A minha prática diária de yoga não falha; quando me levanto antes das 6h estudo, escrevo, leio, e aquelas duas horas de yoga, relaxamento e meditação são prioritárias na minha vida - e graças a esta prática, nunca andei tão calma e focada como agora.

Muitas vezes pratico à tarde. Tenho praticado menos porque faço natação e musculação e às vezes estou cansada e o corpo pede mesmo descanso. Mas, como já referi, o yoga voltará a ser prioritário em breve.

- Estabeleci vários menus semanais e respectivas listas de compras. Agora, em cada dia da semana sabemos exactamente o que é que vai ser o jantar, quem é que o vai cozinhar e sabemos que temos todos os ingredientes necessários em casa. E como agora vou sempre almoçar a casa (porque descanso meia hora depois do almoço, coisa que ajuda muito os madrugadores), os restos já não vão para o lixo.

Sim! Tenho feito os menus e respetivas listas de compras! Ajuda imenso! E sim, também costumo ir a casa almoçar restos - aproveito tudo! Mas já não descanso meia hora depois do almoço... porque já não me levanto cedo...

- No trabalho sou um ninja da produtividade. Uso o sistema do Zen To Done, o Google Calendar e o Evernote para me organizar, os Pomodoros para me focar, e a motivação de ver as coisas feitas para continuar a trabalhar concentrada e com vontade. Não trabalho horas a mais e consigo fazer imenso - porque já venci a procrastinação e as distracções.

Tem dias. Visto de fora, podem dizer que sim, que eu faço imenso, mas eu, como me cobro sempre muito, acho que... tem dias... Continuo a usar o GCal, os pomodoros, diversas ferramentas digitais, e há dias em que trabalho feita maluca, mas outros dias não faço nada... bipolaridades...

- A minha casa está sempre decentemente limpa e arrumada. Estabeleci uma rotina de limpeza simples (fazemos um pouco todos os dias) e com muito pouca tralha em casa conseguimos deixar tudo a brilhar em pouco tempo. E nem pensar fazer limpezas ao fim de semana.

Estive uns anos sem empregada (quando escrevi o post original não tinha), mas ela voltou e trata das limpezas. Ao fim de semana costumo dar uma aspiradela e vou fazendo as rotinas da roupa. Tenho pouco trabalho nesta área e a casa costuma estar sempre em condições...

- Os fins de semana são para a família. Fiz listas de actividades para fazer com os miúdos em casa e uma de sítios novos que queremos visitar. Assim, há sempre coisas para fazer ao fim de semana. A actividade física ao fim de semana é muito importante para nós, e isso inclui passeios de bicicleta e yoga em família (sim, todos a praticar yoga!).

Ah, ah, os fins de semana são para estudar e fazer trabalhos da psicologia! Mentira, geralmente ao sábado é descanso total, mas ao domingo trabalho. Passeamos de bicicleta (quando está menos calor) e fazemos coisas juntos. Os miúdos já não alinham em certas coisas porque estão naquela fase da pré-adolescência, mas continuamos a fazer atividades em família.

- Cada vez se vê menos televisão em casa. Em vez disso, jogamos mais às cartas e jogos de tabuleiro, ponho os miúdos a fazer desenhos ou a brincar um com o outro, sentamo-nos na varanda a ver o mar lá ao fundo... 

Continuamos com uma televisão na sala, mas agora os miúdos também têm uma no quarto... pré-adolescência. Eu vejo muito pouca; atualmente é só a Teoria do Bing Bang e o Mayday Desastres Aéreos; estou ansiosamente à espera da última temporada do Scandal.

- Leio pelo menos 1 livro por semana; readquiri o hábito de ler um pouco antes de dormir. Também comecei a escrever um diário com os meus pensamentos e reflexões.

Este ano ando a ler menos que o normal, mas leio sempre à noite na cama. Agora estou a fazer uma maratona de João Tordo. Raramente escrevo no diário - só quando estou mesmo preocupada com alguma coisa (por isso, deve ser bom sinal não escrever nada...)

- Sou implacável com o orçamento, que é bem planeado e cumprido. Procuro sempre maneiras de poupar, mas sem perder a qualidade (na comida, por exemplo, prefiro pagar mais por produtos biológicos da região) e priorizando certas coisas (actividades culturais, por exemplo) em detrimento de outras (como roupa...).

Sim, continuo implacável!! É um dos hábitos mais antigos que tenho! Acho que é desde 2010 ou 2011 que faço um orçamento mensal e aponto as despesas todas! Já nem saberia viver doutra forma... Continuo a preferir pagar mais pela qualidade e continuo a investir em experiências e não em coisas.

- Temos ritmos e rituais diários bem definidos e realistas. Mesmos nos dias em que chegamos mais tarde a casa, o jantar já está pensado e nunca mais andámos com correrias de um lado para o outro. Os miúdos também têm os seus ritmos diários, e nunca deixar para amanhã o que se pode fazer hoje é o mote. Todos os membros da família têm tarefas diárias bem definidas e todos as cumprem.

Sim, podemos dizer que sim. Uma máquina bem oleada, mas há sempre espaço para melhorar.

- Destralhei ainda mais a casa e neste momento não tenho nada que não precise ou que não use. E sei o sítio de tudo!

Ando sempre a destralhar! Sou completamente alérgica a tralha. Às vezes custa-me separar-me de certas coisas (como livros ou roupa), mas depois lembro-me do desapego...

- Apesar de ter muito menos roupa do que antes, tenho sempre coisas para vestir. Só compro roupa quando preciso e só uso roupa com a qual me sinto fabulosa. Quando está descosido, arranjo, e penso sempre em maneiras diferentes de usar a mesma peça de roupa - quanto mais versátil, melhor!

Sim, raramente compro roupa e geralmente é quando preciso de alguma coisa. Arranjo o que está estragado e tento usar as mesmas peças de formas diferentes. Voltei ao método sazonal de análise de cores e, portanto, às minhas cores (preto, branco, cinzentos, azul...), o que torna tudo muito mais fácil.

E é isto! Este exercício é giro - pensar em como seria a nossa vida perfeita, pôr no papel, e depois, claro, tentar tornar essa vida realidade, passo a passo...

28/08/2017

Resultados do estudo - Yoga em Portugal

Aqui há uns meses fiz um estudo sobre a prática de yoga em Portugal. Muitas das pessoas que participaram mostraram muito interesse nos resultados e eu prometi que divulgava quando conseguisse. Os artigos científicos ainda não estão terminados, mas optei por mostrar já os resultados mais descritivos do estudo.

Então, vamos começar!













O questionário também pretendia avaliar algumas características da personalidade e da motivação dos praticantes de yoga. Os gráficos seguintes são apenas distribuições de frequências. A escala de 1 a 5 significa que quanto mais perto do 5, mais forte é essa característica nos participantes. Os dados não foram relacionados uns com os outros, que é a parte mais interessante do estudo, mas que vai ser alvo dos tais artigos.

Por exemplo, uma das características da personalidade é a gregariedade. Vemos que os praticantes de yoga não são propriamente as pessoas mais gregárias do mundo, o que é esperado, visto o yoga ser uma atividade mais solitária... (mesmo em aulas de grupo, é suposto estarmos voltados para dentro)



Outra é o altruismo. Como seria de esperar, os praticantes de yoga consideram-se altruistas... claro que certas respostas vão estar contaminadas pela desejabilidade social, que é quando damos um resposta que achamos que é a mais indicada socialmente (ou seja, eu até posso ser a pessoa mais egoísta do mundo, mas se calhar penso duas vezes antes de dar essa resposta num questionário).


Avaliei também a auto-disciplina, pois queria ver se os praticantes que praticam sobretudo em casa e os praticantes de ashtanga vinyasa são mais auto-disciplinados que os outros. Essa análise ainda não fiz, mas em termos gerais, os yogis portugueses são auto-disciplinados.


O locus de causalidade avalia se as pessoas sentem que fazem yoga porque querem ou porque acham que tem que ser (por exemplo, por recomendação médica, mas se pudessem escolher, não fariam). Os praticantes de yoga têm, como também era esperado, um locus de causalidade mais interno, ou seja, praticam yoga porque querem e não porque tem que ser...


Avaliei também o tipo de motivação que leva as pessoas à prática de yoga. De acordo com a teoria da auto-determinação (uma teoria da psicologia muito famosa), a nossa motivação varia entre a amotivação, ou seja, falta de motivação, e a motivação intrínseca , que é quando fazemos uma coisa porque nos dá prazer. A teoria é bem mais complicada que isto, mas também aqui não houve surpresas. A motivação para a prática de yoga é sobretudo intrínseca, ou seja, as pessoas fazem yoga porque gostam.


Só para perceberem um pouco melhor, a motivação é um continuum, como mostra a figura. A motivação dos praticantes de yoga é sobretudo intríseca (eu pratico porque gosto), mas também integrada (pratico porque gosto, mas também quero atingir objetivos com a prática) e identificada (pratico yoga porque valorizo esse comportamento). As motivações/regulações mais externas (amotivação, externa e introjetada) são muito menos frequentes nos praticantes de yoga. 


Além do tipo de motivação, também perguntei acerca dos motivos que levam as pessoas a praticar yoga. As pessoas praticam yoga sobretudo porque é um desafio e é divertido, mas também para evitar problemas de saúde, para gerir o stress, para relaxar, para aumentar a flexibilidade, a força e a resistência, e, claro, por motivos espirituais e de bem-estar. Os motivos menos importantes para a prática de yoga são o reconhecimento social, a afiliação, a aparência e a gestão do peso.

Apesar das necessidades de afiliação não serem um motivo para a prática, são uma das coisas que as pessoas ganham com a prática de yoga. Outros ganhos importantes que vêm da prática de yoga é tudo o que tenha a ver com saúde e melhoria das capacidades físicas, e até a aparência.

Por fim, as atitudes em relação ao ambiente também foram avaliadas. Sem surpresa, os praticantes de yoga (tal como a população portuguesa em geral) têm uma visão mais ecocêntrica, ou seja, estão mais preocupados com a conservação do ambiente e são mais apáticos em relação à utilização do ambiente para as necessidades humanas. Na figura, a Preservação está no eixo dos yy (valores sobretudo positivos) e a Utilização no eixo dos xx (valores sobretudo negativos).




Pronto, isto são resultados muito preliminares (e nem estão aqui todos). À medida que for publicando os dados em artigos científicos ou comunicações em congressos, vou divulgando aqui também - mas quem é da área sabe que isto pode demorar muitos meses ou mesmo anos!! (mas esperemos que não!)

Resta-me agradecer de novo a todos os que participaram neste estudo e espero continuar a contar com a vossa colaboração em estudos futuros (sim, vêm aí mais!!).

MUITO OBRIGADA!!!



01/08/2017

Agosto!!!

Finalmente estamos em Agosto, o que para mim significa regresso a casa e ao trabalho!!

Este mês quer-se (e vai ser) muito cheio e produtivo. Milhões de coisas para fazer na universidade, mas isso é o normal; mas como ainda não tenho aulas (começo em setembro o mestrado em psicologia clínica), tenho que aproveitar bem estas semanas!

Ginásio novo em Faro! Abriu o Pump aqui na terra e eu já me inscrevi. É grande, luminoso, barato e perto de casa. Quero experimentar várias aulas, nomeadamente TRX que nunca fiz e acho que deve ser muito giro, e também HIIT (e outras com nomes estranhos)... Depois da lontrice que foram as minhas férias, é agora que vou entrar na linha!

E por falar em entrar na linha, decidi não me stressar mais com o chocolate. Sim, posso comer chocolate à vontade - desde que seja eu a fazê-lo! Os bolos que eu faço em casa são tão melhores que os que compro na rua!!... Por isso, ao fim de semana vou fazer coisas de chocolate. Ontem, ainda de férias, fiz um salame de chocolate delicioso. No próximo fim de semana ou faço novamente salame, que ainda fiquei com chocolate em pó, ou uns brownies. Logo se vê.

Agora, vou nadar. Não tenho aulas de natação até meados de setembro, mas tenho a piscina olímpica aberta ao público - uma chatice, montes de gente, mas como vou à hora do calor, tenho esperança de conseguir uma pista para mim, sem jovens a atravessarem-se no meu caminho...

Mais logo, tenho que levar o carro à oficina, depois vou ao ginásio. Tenho o menu semanal feito, as compras quase todas feitas e só me falta comprar carne (se bem que hoje no menu temos alho francês à Brás). Depois do jantar, tenho uma cesta cheia de roupa para passar a ferro... e talvez faça mais umas coisinhas!

Ah, estou cheia de energia, não se nota? (isto é de vir fresca das férias, não é do tempo - estou farta do calor... quero é que chegue o outono, que é a minha estação do ano favorita...)

31/07/2017

De volta!!

Era suposto virmos para casa esta manhã, mas as (minhas) saudades eram tantas que viemos ontem à noite. Hoje, orientar a casa, pois amanhã volto ao trabalho. Já fiz e estendi 4 máquinas de roupa e a 5ª está a bombar. Fui ao supermercado abastecer-me para a semana (depois de ter feito o menu e a lista de compras), fomos almoçar ao Ikea e comprar lençóis novos para a minha cama (os que tenho estão todos rotos...), fiz um salame de chocolate (não compro mais chocolates fora de casa! se é para comer porcarias, prefiro ser eu a fazê-las!), arrumei roupa, arrumei o topo do meu roupeiro com as malas, mantas e afins, comecei a fazer o jantar (miúdos estufados), entretanto destralhei e limpei umas gavetas da cozinha, estou a ouvir um jazzezinho no spotify e daqui a pouco vou ao ginásio (o novo ginásio que abriu a semana passada, o Pump).
Mais logo, jantar, arrumar o resto da roupa que está a secar, costurar umas fronhas para a almofada 65x65 cm que um dos meus filhos quis comprar (tenho duas na minha cama para enfeitar e ele está sempre a levá-las...), fazer o orçamento para agosto, arrumar mais qualquer coisa, e logo se vê o que consigo fazer mais.
Amanhã, back to work! Planear o trabalho - basicamente, tenho muitos artigos pendurados para acabar... e mais uns questionáriozinhos para vos chatear... ;) ;)

17/07/2017

Farta de férias e lontrices

Pois é, passaram-se 15 dias e eu já estou pronta para voltar para casa. A verdade é que sou muito caseirinha e gosto de estar na minha casinha... Já tenho imensos planos de coisas para fazer, mas aqui na praia não posso fazer nada... Aqui é só dormir, estender-me na areia, estender-me na espreguiçadeira, fazer comida, comer, umas caminhadas, e pouco mais... O J. está a trabalhar e os miúdos passam o dia com os amigos; portanto, eu estou quase sempre sozinha... Tenho o Primal Health Coach para acabar, alguns livros para ler, e pouco mais... 

E, ainda por cima, ando feita lontraPasso a explicar. 

Altura de frequências e exames é sempre um stress para mim. Maio e junho foram assim.
A juntar ao stress, a minha tendinite no ombro deu sinais de si, de tal maneira que tive que ir para a fisioterapia. Entretanto, tendinite acalmada, venho de férias e arranjo um torcicolo do pior (mesmo, nunca tinha tido um tão mau como este).
Stress e dores resultam em lontrice muito chocolate para lidar com o stress, pouquíssimo yoga por causa das dores, mais stress por causa de não fazer yoga, mais dores porque mesmo com dores não falto à natação.
Resultado - estou uma lontra. E isto tem que acabar AGORA!

Na verdade, a lontrice não é total. Estou a fazer um curso de iniciação ao crossfit (se bem que já fiz crossfit, mas queria aprender bem os movimentos), duas vezes por semana, durante 4 semanas. 
Tenho feito caminhadas depois do jantar, 45 minutos (é o caminho que tenho aqui, cerca de 4 km).
As aulas de natação já terminaram, infelizmente... em setembro há mais.
O que quero agora, enquanto estou de férias, é recomeçar a prática de ashtanga yoga, devagar. Não me vou aventurar a praticar 90 minutos logo assim de repente. É começar com 30 minutos e depois logo se vê. (esta manhã só fias saudações ao sol que já era tarde). À conta de tanta natação, perdi alguma da flexibilidade que tinha, mas isso recupero facilmente.
Ah, e vou fazer um curso de windsurf aqui no Centro Náutico da praia de Faro! O J. faz (fazia) windsurf, um dos miúdos já fez o curso (o outro preferiu canoagem), e eu pensei, já fiz vela e já fiz surf, portanto o windsurf não deve ser assim tão difícil! Portanto, daqui a uns dias lá estarei para um curso de 4 dias!

Estou muito entusiasmada com a abertura de um novo ginásio aqui em Faro, o Pump. Abre no fim deste mês e já me inscrevi. É perto de casa, é barato, e tem uma coisa que acho fantástica as aulas são quase todas de meia hora! Adoro! Curto e intenso! Vai ser perfeito para quando os miúdos estiverem nas atividades. Vou começar em agosto, quando voltar de férias. Eu não sou muito de ginásios e aulas de grupo, mas estou entusiasmada com este - espero não me desiludir!



De resto, só tenho que aprender a fechar mais a boca - sobretudo quando o que tenho à frente é chocolate...

Ah, agosto, vem depressa!

12/07/2017

not so fast

Não sei porquê, mas quando estou de férias na praia de Faro dá-me para reler o blog da Lénia. Aconteceu há dois anos, aconteceu o ano passado, e está a acontecer agora. Não é só por adorar o estilo de escrita dela, mas também porque muito do que ela escreve faz-me pensar. Às vezes estamos a passar por situações muito semelhantes nas nossas vidas, quer a nível pessoal ou profissional (embora eu raramente escreva sobre isso), o que ajuda a cimentar este fenómeno de identificação. Eu conheci a Lénia pessoalmente e tenho pena de não a conhecer melhor. É uma gaja porreira, sem merdices, despachada, inteligente - e eu gosto de pessoas assim.

Da sua escrita, estou na mesma onda em quase tudo o que ela diz. Por exemplo, concordo absolutamente com a posição da Lénia relativamente ao aborto, e também há músicas que me deixam nauseada... mas, ao contrário dela, eu gosto da M80 (e da Antena 2) e não suporto cenas mais dançáveis ou mais "suburbanas", como ela diz (os links são da série Frente & Verso que ela escrevia com a Margarida). Já me fartei de rir, já me vieram as lágrimas aos olhos, já fiquei a pensar, já comecei a olhar para certas coisas de forma diferente, já aprendi com a escrita da Lénia.

Adiante. Gosto de ler a Lénia porque a Lénia é uma inspiração. A Lénia vai à luta, cai, anda por ali perdida durante uns tempos, ergue-se de novo e consegue subir ainda mais alto. Inspira-me a ser melhor, a não desistir. 

Portanto, se de vez em quando também precisas de uma dose de inspiração, aqui tens muita.

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