Já nem sei dizer ao certo como cheguei neste
blog. Mas posso dizer que hoje não passo um dia sem dar uma espiada
nele...rsrs.
Moro em São Paulo, Brasil – e
aqui em casa somos em três: eu, o marido e uma filha de 15 anos.
Minha aproximação com o minimalismo se deu
pelo caminho da ecologia. Acho que nosso modo de viver é extremamente
consumista. Sempre me pareceu insano que as pessoas trabalhem loucamente apenas
para comprar coisas que não lhes trarão felicidade, nem bem-estar. É como
naquele livro “Delírios de consumo de Becky Bloom” (há também o filme). O ato
de comprar traz uma alegria momentânea que passa assim que a coisa comprada é
levada para casa. Aí é preciso comprar de novo...
E, definitivamente, a Terra não agüenta
tantas pessoas sempre querendo mais roupas, mais carros, novos celulares,
sempre mais e mais coisas. É preciso
repensar nossas escolhas, pelo bem dos que virão depois de nós.
Com essas preocupações, acabei chegando ao
minimalismo. E aprendi muito aqui, com a Rita. Percebi que, além do bem ao
meio-ambiente, reduzir o que temos,
focar no essencial, são coisas que de fato tornam nossa vida mais leve, mais
feliz.
Não me considero, de modo algum,
minimalista. Mas estou caminhando a
passos largos, sim, em direção à simplicidade...e que bem que isso me faz!
Para não ficar aqui só em elogios gerais,
vou falar de algo bem concreto em que este blog me auxiliou: minimizar a roupa.
Sempre fui organizada, nunca guardei
tralha, minhas gavetas e armários nunca ficaram em polvorosa, acreditem! Mas ainda assim tinha muita roupa, e na hora
de me vestir era sempre uma dificuldade: colocava uma saia, e não achava blusas
que combinassem com ela. Ou vestia uma roupa até bonita, mas não me sentia bem.
Quando li os posts da Rita sobre o assunto (há
vários ótimos, na aba Roupas e Acessórios, ali à direita), vislumbrei uma
maneira de simplificar minha vida nessa área. Gostei em especial do Método de
Análise de Cor. Entrei nos links, fiz uns testes, e descobri as cores que de
fato combinam comigo. Fico bem de tons escuros, e azuis, e brancos! O
interessante é que intuitivamente eu já sabia disso...
A partir daí ficou tudo muito fácil.
Eliminei as peças de outros tons. Não fico bem de amarelo ou laranja, e era
sempre um esforço achar combinações para as peças nessas cores, que eu me
achava na obrigação de usar porque as tinha comprado. Então, fora com elas! E fora com tudo que
estava sem uso! Ainda que fossem peças bonitas, não eram peças para mim. E lá
se foram elas, ter novas oportunidades, com novos donos!
Fiquei com um guarda-roupa enxuto, onde
tudo combina entre si, e onde todas as peças me caem bem. E meus armários
respiram, o espaço sobra...
Apesar das sacolas cheias que saíram aqui
de casa, não me falta roupa: contei 35 “looks” que posso fazer com as peças que
tenho. Sim, senhores! Trinta e cinco combinações
de roupas, todas para verão ou meia-estação, que é o que de fato usamos aqui.
Consigo sair de casa todos os dias, durante mais de um mês, sem repetir o
visual. E antes não tinha o que vestir...rsrs.
Fora isso, ainda guardei um sobretudo de
lã, duas malhas mais pesadas, um par de luvas de couro e dois vestido de festa. Embora essas coisas eu use muito pouco, há
ocasiões em que são necessárias, e não hei
de querer comprá-las de novo quando precisar...
Tudo que leio aqui, vou adaptando à minha
realidade, nem tudo aplico ao pé da letra. Mas
sempre aprendo algo. E me acostumei a visitar o blog, sinto como se houvesse uma amiga ali do outro
lado da tela, com quem gosto de “conversar” um pouquinho...
Vânia Lacerda
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