16/05/2014

A vida simples de pessoas reais - Inês Catarina Pinto

Acredito que uma das principais razões porque uma pessoa integra um estilo de vida minimalista é porque atingiu um ponto de exaustão em relação às posses materiais, pelo menos foi o que me aconteceu a mim, especialmente no que se refere às posses materiais relacionadas com a moda.

Eu acordava cansada só de pensar que não ia ter nada para vestir, apesar de ter o armário cheio de roupa, gastava dinheiro em coisas que se revelavam inúteis assim eu chegava a casa e começava a ficar farta de ler revistas e blogues de moda em que o consumo era a palavra de ordem.

Tudo isto levou-me a querer combater o consumismo desenfreado com um minimalismo consciente, resumindo, eu queria encontrar um equilíbrio, queria provar que é possível termos um estilo bonito, cuidado e de acordo com os nossos ideais de beleza sem termos de gastar fortunas em peças de roupa novas todos os meses.

Quando comecei a ser mais organizada e a estruturar melhor as coisas que eu usava em função do meu estilo pessoal, decidi que tudo o que eu precisava era de comprar menos roupa mas de melhor qualidade. Só assim podia ajudar a combater o consumismo enquanto mantinha um estilo bonito e cuidado. Passado algum tempo apercebi-me que estava a comprar uma nova peça de roupa por estação, sem ter de fazer nenhum sacrifício. Ao apostar em coisas que realmente gostava, em vez de comprar roupa apenas por ser barata ou por estar na moda, consegui diminuir a quantidade de “tralha” no meu armário e tornar o meu estilo melhor do que alguma vez esteve. Com isto acabaram-se as manhãs sem nada para vestir, as gavetas desarrumadas e os gastos desnecessários em peças de roupa!

Contudo, apesar de estar feliz com a minha mudança, continuava a ficar desiludida quando folheava algum blogue ou revista de moda. A ideia de que ter um estilo melhor está associada a comprar mais e mais parecia estar sempre presente. Aí apercebi-me que talvez devesse partilhar aquilo que sei e mostrar que um estilo melhor pode ser conseguido mais facilmente se seguirmos valores minimalistas do que valores consumistas. Foi neste contexto que criei o blogue Minimal, um local onde tento provar que a simplicidade pode ser o melhor caminho para uma vida e um estilo melhor.

Inês Catarina Pinto, Minimal



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2 comentários:

  1. Inspirador! Obrigada! :)
    Parece que estão mesmo a responder às minhas dúvidas :)

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  2. Olá!
    Achei a mesma coisa do outro Anônimo. Vi-me totalmente retratada na primeira parte do texto! Tenho muitas roupas que, ou não combinam em nada, ou não me deixam visualmente proporcional. Sempre tenho a impressão de que não tenho o que vestir. Além disso, percebo que acabo sempre usando as mesmas roupas e hoje mesmo pensei: "Por que eu não dou as roupas que não uso e fico apenas com as que sei que visto sempre?".
    Antes eu comprava muitas roupas em crises de ansiedade, agora não mais. Mesmo assim ainda ganho muitas roupas, porque minha tia tem o mesmo problema de compulsão e acaba me dando roupas praticamente novas, que ela compra e depois não consegue usar porque não se sente bem nelas. Faço generosas doações de roupas a cada dois meses e mesmo assim ainda sobra muita coisa.

    Com relação aos sapatos, já tive uns 40 pares. Hoje tenho 15. Mas acredito que este final de semana irei diminuir a quantidade, pois pelo menos uns 5 pares eu não uso há pelo menos 1 ano. E os que ficarão farei de tudo para usá-los ao máximo!


    Fernanda - Brasil.

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