Já aqui muito falei sobre a questão do ter ou não ter... carros. Ou dois carros, como nós temos (mais a mota e bicicletas), sendo que muitas vezes ficam os dois à porta de casa. Pensei seriamente em vender um dos carros. Mas finalmente decidi que, já que os carros estão pagos, não nos compensa vender um deles por tuta e meia.
Decidi então pegar no carro que andava menos e pô-lo bonito. Está neste momento a ser pintado e depois vou arranjar o que for preciso. O carro está bom em termos mecânicos... em termos estéticos é que nem por isso.
Os dois carros aindam duram alguns anos e por isso vamos estimá-los mais. Um carro serve, para mim, para nos levar do ponto A ao ponto B em segurança. Enquanto podermos contar com os nossos para isso, é para mantê-los. Quando morrerem de vez, então compra-se outro (usado, mas novo nas nossas mãos).
É uma questão de prioridades. O J. tem uma qualquer pancada pelo Ford S-Max, mas nós não precisamos de um carro daquele tamanho. Precisamos de um carro que nos leve, aos quatro, onde queremos. E os nossos fazem isso. Em vez de gastar o dinheiro em créditos para comprar uma qualquer bomba para impressionar os outros (como tanta boa gente faz...), prefiro gastar o dinheiro noutras coisas - e a poupar para rainy days. Já comecei a direccionar parte das nossas poupanças mensais para a compra de um carro, quando chegar a altura. Nem pensar pedir empréstimos ao banco! E quando os dois carros morrerem de vez, compramos um só. Um carro chega-nos perfeitamente, mais a mota e as bicicletas.
Claro que se em Faro houvesse ciclovias decentes e um sistema de transportes públicos eficaz, a necessidade de ter carro ainda seria mais reduzida. Não ter carro não seria assim tão grave para nós e neste aspecto temos realmente muita sorte. O J. pode ir de bicicleta para o trabalho (como já o fez durante 2 meses) e eu posso ir a pé ou de bicicleta, como faço muitas vezes. A escola dos miúdos é a 5 minutos a pé de nossa casa. E cá em Faro não faz assim tão mau tempo quanto isso que impeça este tipo de deslocação. Para nós, um carro só é mesmo necessário para ir a algumas das actividades dos miúdos - e não seria, se os transportes públicos fossem melhores.
Para dizer a verdade, às vezes penso no tempo que gasto a ir e vir a pé para o trabalho. É quase uma hora por dia; de carro, são menos de 15 minutos diários... Mas a pé, ando 5 km por dia. A pé, não gasto gasolina. A pé, tenho mais tempo para mim, para ouvir música, para pensar, até para meditar. A pé, passo menos tempo no trabalho, mas tenho mais energia. Tudo somado, as vantagens de ir a pé ultrapassam as desvantagens.
Sim, pus um dos carros a pintar e vou gastar algum dinheiro com ele, o que parece uma contradição em relação ao que acabei de escrever. Mas já que o tenho e não me compensa vendê-lo, ao menos vou aproveitá-lo. Quando um dos carros morrer, ainda temos outro. E assim evito mexer nas poupanças antes do tempo...
(este post serviu, basicamente, para me convencer a mim própria que o dinheiro que vou gastar na pintura do carro é dinheiro bem gasto...)
E vocês, já tiveram estes dilemas? Já pintaram um carro inteiro??
Faz muito bem Rita. Está a conservar aquilo que é seu. Dá-lhe muita alegria andar (quando necessário) num carro todo arranjadinho, não é verdade? e pense está a dinamizar a economia pelo facto de ter mandado pintar o seu carro.
ResponderEliminarBjs Isabel
Olá Rita! A minha casa não tem garagem, logo o sr. D. carro fica à chuva, ao frio, ao sol e por aí...Logo começa a sofrer as suas consequências, a tinta azul está a ficar branca e as borrachas das janelas estão estranhamente inchadas, suponho que seja a ferrugem a dar o seu ar de graça. Aqui em Aveiro, o serviço de transportes públicos, é o que se chama de miserável e deslocar-me a pé para o trabalho ou até mesmo de bicicleta, está fora de questão, para além de ficar longe, o percurso é um pouco perigoso por causa do trânsito. Andei a investigar os preços das pinturas dos carros e ia morrendo de susto quando me apresentaram os valores. Mas lá está voltaria ao mesmo, o bolinhas teria de ficar à chuva e daqui a uns tempos estava com os mesmos problemas. Achei que a única solução era mesmo juntar dinheiro primeiro para uma garagem, que dará um jeitaço, não só para guardar o bolinhas, mas para guardar as bicicletas e lenha, e então depois trataremos da pintura, porque trocar de carro é algo que não me passa pela cabeça nos próximos tempos, só se ele morrer mesmo...
ResponderEliminarO problema dos maus transportes é geral. Quem vive fora de Lisboa pode pensar que por cá os transportes são maravilhosos, mas nada disso! E quando se têm miúdos pequenos, moramos longe do trabalho e das creches é complicado gerir as deslocações. Durante muito tempo optámos por ter só um carro, mas as coisas estavam a tornar-se tão complicadas na nossa vida do dia a dia que tivemos de comprar outro para nos facilitar a gestão diária, e foi uma bela decisão. vidasdanossavida.blogspot.pt/2013/01/segundo-carro.html
ResponderEliminarE se é para teres o carro, faz todo o sentido estar arranjadinho
Os transportes públicos aqui no Brasil são abaixo da crítica. São um de nossos grandes problemas, estão sempre lotados, são discutidos em todas as eleições, e nada de solução.
ResponderEliminarHá pouquíssimas ciclovias. Então, andar de bicicleta não é viável, a não ser para um reduzido numero de pessoas que mora e trabalha nas regiões mais centrais, não tem filhos, e se dispõe a enfrentar as variações do clima. Aqui em SPaulo, pode-se usar o metrô, se a pessoa tiver a sorte de morar e trabalhar perto das estações, e não tiver que usá-los nos chamados "horários de pico".
Aqui em casa temos 2 carros. Sei que é péssimo do ponto de vista ambiental, mas não vejo mesmo outro jeito. Tento reduzir o uso do veículo no que está ao meu alcance: faço compras sempre perto de casa, vou a pé em pequenas distâncias, a filha estuda em escola próxima. Mas trabalho a 12 km de casa, e uso o carro principalmente para isso.
E se a decisão é por ter carro, então vamos cuidar dele, não é mesmo?
Sim, e aproveito para dizer que adoro o modo de falar dos portugueses! Gosto quando leio "tuta e meia", "arranjadinho" "lá está".... Parece-me que estou ouvindo! :)
Eu também andava a pensar trocar de carro, pricipalmente porque o meu é comercial, só tem dois lugares, e, às vezes, dava-me jeito ter mais lugares. Entretanto, desisti da ideia, porque não estamos em tempo de gastar dinheiro e tinha pensado precisamente em mandá-lo pintar, mas ainda não tinha procurado preços. Com estes comentários, fiquei um pouco assustada...
ResponderEliminarA pintura não vai ser tão cara como eu estava à espera... é a crise, têm que baixar os preços!
Eliminaro problema de ter dois carros não é só o gasto em gasóleo/gasolina:
ResponderEliminarmas são as revisões e inspecções; e obviamente o seguro!!!
A maioria das pessoas quando pensa em ter um carro pensa no custo dele e do gasóleo mas, infelizmente por experiência proporia é muito mais do que isso =S
Se achas que não precisas de um segundo carro será que compensa ter gastos extras com ele nesta altura do campeonato? E pagar seguro, inspecções, revisões, eventuais peças de desgaste, bateria caso esteja muito tempo parado,etc? É que os carros parados também se desgastam! :( Já foste ver o valor que dão por ele?
ResponderEliminarMuito pouco... o problema é que os dois carros que temos não durarão muito mais. O outro até pode morrer primeiro que este... assim, quando um dos 2 morrer, ainda temos o outro mais uns tempos. Se o outro carro fosse semi-novo, se calhar não valeria a pena gastar dinheiro com este... mas como não é o caso... assim, ficamos com os dois, quando um morrer temos o outro e quando o segundo morrer, então compra-se um para substituir!
EliminarObrigada pela dica de "como meditar", usei-a no unico momento silencioso cá de casa, depois da Cria estar a dormir, e se até agora achava uma treta, desta acho que tive sucesso, e gostei! Bora mais dicas que eu nesta alinho!
ResponderEliminarLevantar cedo é outro objectivo mas que ainda não consegui lá chegar, mas, ...uma coisa de cada vez! Obrigada pelas top tips. descreveste de uma forma brilhante. Aguardo as cenas dos proximos capitulos. Obg
Margarida
Estou num dilema semelhante ao seu aqui no Brasil. Para fugir de seguradoras que nunca assumem o que prometem, tive seguro por mais de 10anos e quando algo acontecia, nunca a seguradora assumia a parte dela, vinha sempre um porém. Assim adquiri um carro forte e bem velhinho e barato para assim não precisar de seguro. É um Suzuki 92, muito bom, espaçoso como gosto para transportar meus cachorros, principalmente, só que aqui no Brasil-il-il o povo rejeita trabalho, quero fazer uma revisão nele, pois ele andou 2anos sem que nenhum problema sério aparecesse, o motor está ótimo, mas sei que alguns acessórios precisam de revisão e troca certamente,e os profissionais não querem pegar meu carro, dizem que peças são difícieis de encontrar e blá,blá...e estou num dilema se vendo ou se saio aos quatro cantos a procura de um que se habilite pegá-lo, ainda que gaste muito nele, sinto que vale a pena, mas enquanto isso ando pouco com ele meio insegura. E se não fossem meus cachorros iria abolir carro da minha vida, afinal, aqui no Brasil-il-il ele pouco adianta, as ruas estão cheias demais de carros e engarrafamentos, e preciso mesmo é de andar a pé pra perder umas calorias. Pelo que você expôs, na minha opinião está certíssima em recuperar o que tem, e certamente vai durar bastante, porque também vender a preço de banana, não vale,e pode usar alternadamente,pra não ficar muito tempo parado e ainda dá serviço a quem precisa e assim continua a prestar essa mão-de-obra, porque aqui,com vendas só de carros novos,é difícil achar um mecânico hoje em dia interessado em resolver seu problema, horrível isso.
ResponderEliminarAh essas letrinhas desanimam qq comentário...
Olá Wilma,
Eliminaras letrinhas tem mesmo que ser, pois andava a receber imenso spam...
Olá Rita,
ResponderEliminarApesar do custo que vai ter, parece-me boa ideia manter e conservar o que já possui. Ser minimalista é ser eficiente e nem sempre deitar fora, ou até vender é a melhor solução. Até porque o custo de nova aquisição pode ser, será com certeza superior ao que terá agora.
beijinhos
Sandra Cunha
Rita, se precisares de ajuda para ires de bicicleta para o trabalho ou para outro sítio podes sempre recorrer ao Bike Buddy da MUBi: bikebuddy.mubi.pt
ResponderEliminarSe quer um carro em mesmo muito bom estado por fora, aconselho-a a pesquisar o seguinte: detalhe automóvel.
ResponderEliminarGostei do blog.
Cumprimentos.
Oi Rita, eu tenho um Fiat Panda de 1991 que comprei em 1993, em segunda mão, não tenho garagem pelo que estes anos todos esteve sempre as intempéries, e o meu Bairro é muito húmido, devido a proximidade do Rio douro, mas apesar de tudo ainda esta bem conservado.
ResponderEliminarClaro que já fui gastando ao longo dos anos algum dinheiro para o conservar, principalmente a parte mecânica…também estava apensar dar-lhe um “banho de tinta”, porque adoro o meu carrinho….
É económico, já entrou para o Club Fiat (carros com mais de 15 anos são considerados Clássicos e podem entrar de sócios, parece-me que também existem Clubs doutras marcas)… o que entre a quota de sócio do Club, o seguro contra terceiros e ocupantes, não chega a 100€ que gasto, o Imposto de circulação também não é muito porque só tem 770 de cilindrada……enfim está ótimo principalmente para os tempos que correm……já varias vezes me disseram que devia trocar, mas sinceramente nunca entendi porque se devia trocar os carros ao fim de 3 ou 5 anos, eles foram feitos para durar anos, dizem desvaloriza sim mas mesmo com a troca ainda se tem de gastar muito dinheiro com o novo, …..para quê descartar carros em bom estado? …. Sempre achei que era só maneira de ganharem dinheiro…..enfim
Moro no centro de Gaia e estou perto de tudo, não faltam transportes públicos e com o metro chega-se a vários pontos rapidamente….. eu pessoalmente ou utilizo os transportes ou vou a pé…… o meu carrinho é mais para ir as compras ou levar a minha Rita às consultas hospitalares, as perninhas dela estão muito massacradas pela idade, as artroses não permitem que ela caminhe muito, já para não falar na cabecinha que fica muito desnorteada sempre que tem de sair da rotina e do sossego do lar, com a rapidez do carro, diminui o tempo de deslocação e aconchega da confusão….e claro que também o usamos para dar-mos uns passeiozinhos ao fim de semana, leva-la até um parque natural ou até a beira mar respirar a natureza.
Quanto a pintar, perguntei há pouco tempo numa garagem a onde o mandei limpar, embora eles não pintem então dentro desses assuntos, disseram-me que como ele está bom, não tem grande ferrugem que bastava dar um Banho de tinta e que isso me ficaria a volta de 300€ a 350€…não sei era isso que tinha em mente Rita, mas aqui lhe deixo a dica.
Bjokas Glória