Ontem recebi este comentário de uma leitora (ou leitor, não sei, era anónimo), neste post:
Parece-me tudo bem, mas... como fazes para receberes visitas? Um jantar de aniversário com a família mais próxima (mesmo que sejam só mais quatro pessoas). Onde as sentas?
Tal como este leitor/a, nós temos, infelizmente, a mania de assumir que viver de uma determinada forma é que é normal - geralmente a forma como nós próprios vivemos. É por isso que quando compramos uma casa, compramos também a mobília que é suposto ter numa casa. Foi o que eu fiz anos atrás: comprei um aparador para a louça, pois é suposto termos um para guardar a louça que nunca se usa. Comprei seis cadeiras para a mesa de jantar (apesar de sermos só dois nessa altura) para poder sentar os convidados (apesar de nunca ter convidados em casa). Comprei duas mesas de cabeceira, porque o normal é ter mesas de cabeceira ao lado da cama (apesar de, afinal, passar bem sem elas).
Digamos que eu era mais uma ovelha do rebanho, a fazer as coisas porque assim é que é suposto, porque assim é que é "normal". Mas eu quero ser "normal" ou quero ser à minha maneira? A minha casa é para agradar à sociedade ou para agradar a mim?
Respondendo ao comentário:
a) eu raramente recebo visitas (porque não faz o nosso estilo)
b) nós somos mais de ir ao restaurante para celebrar seja o que for
De qualquer modo, se contarmos as cadeiras que descrevi no tal post (2 na mesa da sala, 2 na mesa da varanda, 4 na mesa da cozinha, mais as 3 cadeiras das secretárias), são 11, que podem ser colocadas na sala para receber convidados (juntamente com a mesa de cozinha, o que já aconteceu). É mesmo necessário ter uma mesa na sala com tantas cadeiras de plantão?
Para mim não é, mas para outras pessoas será. E não tem problema nenhum! Cada um sabe de si, do que gosta, do que não gosta, e de que forma quer viver a sua vida. Desde que não prejudiquemos ninguém com as nossas escolhas e, em casa, estejamos todos em sintonia, o que é que interessa se temos 2 ou 10 cadeiras, se recebemos convidados em casa ou vamos ao restaurante? E o que é que interessa o que os outros pensam? O que interessa é sermos felizes, não acham?
Naturalmente ...
ResponderEliminareu cá em casa nem tenho sala de jantar ..
se tenho algum jantar almoço tenho a mesa da cozinha.
:))
o meu quarto resume-se a cama e "dressing".ok preciso de uma estante mas so p arranjar as capas q andam todas espalhadas pela casa.a minha cama e um "simples quadrado"(ou um caixote como o meu pai lhe chama)nem s quer tem cabeceira(ou la como s chama)e simples linha direitas tal como dressing.s podia ter mais coisas?podia mas so iam atrapalhar.
ResponderEliminarPercebo-te perfeitamente! Também eu comprei mais cadeiras simplesmente por causa das visitas e agora não uso metade... Só não as depachei porque infelizmente não depende só de mim, mas pelo menos já as tirei da sala. Acho mesmo que devemos fazer aquilo com que nos identificamos e que para nós fazem sentido, a opinião dos outros, aquilo que é suposto não interessa nada, pois somos nós que definimos aquilo que é suposto para nós! E só isso interessa para nos sentirmos bem :) Acho que este tipo de posts ajuda muita gente a ter uma mente mais aberta e também ajuda aquelas pessoas que por vezes têm receio de pensar de forma diferente do habitual.
ResponderEliminarConcordo a 100% quando refere que o importante é agradarmos a nós próprios e não à sociedade. Devemos encontrar o nosso equilíbrio, para nos sentirmos felizes! Eu também não tenho sala de jantar, porque acho desnecessário uma vez que a cozinha serve perfeitamente para o efeito, mas já tenho recebido algumas críticas em relação a essa minha opção!
ResponderEliminarJá há algum tempo que sigo o seu blogue e na verdade existem publicações com as quais aprendo muito, outras que não representam bem a minha realidade, mas o importante para mim é isso mesmo ver realidades diferentes e delas tirar o maior proveito possível para a minha vida, tentando torná-la ainda melhor! Também faço parte do grupo Bom dia Manhãs, o qual me tem ajudado imenso a manter-me motivada para acordar cedo. Obrigada pela existência do seu blogue e pela criação do grupo Bom dia Manhãs!
http://aminhaalquimia.blogspot.pt/
Bom dia Rita! Estou de acordo! Eu espalhei as cadeiras da mesa da sala pela casa! :) Detestava ver a mesa com as 6 e reduzindo a 4 ficou com muito melhor aspecto. Se bem que, ainda não estou convencida.
ResponderEliminarNão sou propriamente uma seguidora do estilo minimalista, mas sinto-me bem vivendo com pouco. Até dá jeito, pois assim é tudo mais fácil de arrumar e manter organizado.
Beijinho
Cada um tem que adaptar a sua casa as necessidades reais....
ResponderEliminarsomos um casal com um bebe e a nossa casa é super minimalista.... mas super confortavel :)
adoramos receber amigos!!! acho que não há um fds em que não os receba!!! solução: mesa extensivel, em que fechada cabem 4 pessoas; aberta já coloquei 12 :) os assentos resolvem-se com os bancos desdobráveis!! tenho 4 cadeiras e 5 bancos desses!!! quando foi preciso mais os meus amigos trazem!!!!! :P
no quarto so tenho cama! coloquei um papel de parede a "fingir" de cabeceira; tenho bedpockets como a rita e chega!!! é da maneira que n me stresso com cabeçadas da menina nas quinas!!:P
se sempre fui assim!? nem pensar!!!!! fui-me adaptando.... vendo o que me causava stress....o porquê desse stress.... e alterando coisa em prole de me sentir melhor!!!
beijinhos!!!
Olá Rita! De facto estamos tão presos a convenções que para algumas pessoas é estranho não termos 6 cadeiras na sala de jantar. É o que acontece cá em casa, não por opção inicial mas eu explico: quando viemos para esta casa não tínhamos nenhuma mobília pois o nosso projecto era desenhar e mandar fazer ao nosso gosto. Assim, por exemplo, o nosso quarto era um simples estrado de madeira e um camiseiro. Tenho saudades de quando era assim, confesso. Nessa altura compramos a mesa da cozinha com as 4 cadeiras da praxe. O tempo foi passando (já lá vão 10 anos) e, na sala, acabamos por ter apenas a mesa e passamos as cadeiras da cozinha (que são giras) para a sala, pois é onde fazemos as refeições no dia-a-dia: habituámo-nos a usar mais a sala para as refeições no dia-a-dia depois dos miúdos nascerem pois a nossa cozinha é muito fria e, assim, é mais confortável. E depois sempre me fez confusão ter uma sala de jantar que não se usa... Quando vêm pessoas cá a casa, vamos buscar cadeiras ao resto da casa e já está. A verdade é que no início, tínhamos a intenção de mandar fazer a mesa e as cadeiras para a sala. Ainda bem que não mobilamos a casa toda de uma só vez. Percebemos que para algumas pessoas é estranho não termos cadeiras ou bancos na cozinha, mas se não fazemos as refeições lá, para que precisamos delas? Temos de actuar como a própria natureza: não gastar energia no que é desnecessário às nossas actividades. Neste caso, energia e dinheiro. E ter a coragem de ir contra a corrente. Não sei porquê mas agora estou a lembrar-me daquela formiga do Zeca Afonso: "A formiga no carreiro ia em sentido contrário". Não faz mal :)
ResponderEliminarConcordo contigo Rita (para não variar, diga-se). Na minha casa somos apenas 2. Tenho 2 cadeiras na mesa da sala (só para não ficar excessivamente "despida")e tenho 4 bancos (que estes sim vinham com a mesa quando a comprei e que estão dispersos pela casa conforme a necessidade). Basicamente tenho 6 lugares. E chega.
ResponderEliminarMas...cada um sabe o que é melhor para si, evidentemente :)
Beijinho
Fico feliz por haver pessoas como nós. Pessoas que se preocupam com o que sentem e querem, e não apenas com os estereotipos e feedbacks da sociedade.
ResponderEliminarVivo no * soalheiro * Algarve com os meus filhos, companheiro e vários animais.
ResponderEliminar« - Está um dia muito soalheiro. Dá vontade de passear.
- A casa museu de Egas Moniz tem o aspeto de uma casa solarenga do século XVIII. »
:)
Caro anónimo, obrigada pela correcção. Essa é uma dúvida pertinente da língua portuguesa.
EliminarBjs, muito bom blog ! ( PS - Também eu já fiz esse erro, é comum acontecer ** )
EliminarOlá Rita!!!
ResponderEliminarSó à poucos dias tive conhecimento do seu blog e adorei. Concordo plenamente consigo.
Cá em casa o lema também é tentar reduzir. Somente o que é necessário e com direito a muito mobiliário reciclado, mas por vezes não é tarefa fácil.
Beijinhos e continuação de um excelente trabalho.
Ana
Completamente Rita!! muito mas MUITO bem respondido!! terá sido a minha cunhada que escreveu este post?? que nao concebe que possa existir:
ResponderEliminar- uma casa sem hall de entrada
- uma casa sem tapetes
- uma wc pessoal e outra das visitas (ou seja, uma casa com 1 só wc é inconcebível!!)
- cadeirões na sala alem do sofá, ou sala sem 2 sofas (sim, 2!!)
- uma casa sem arrecadaçao
- resmas de casacos no guarda-roupa, que quase nao se usam de tantos que são
- uma cozinha sem coluna de fornos
- uma cozinha sem bimby
- dar um almoço em casa sem entradas (pra quê???), conduto, e várias sobremesas
- uma casa sem louça Vista Alegre p/ ocasioes especiais +Vista Alegre na cozinha
- um faqueiro Cutipol p/ qd recebe em casa
- um pulso sem Pandora
- um guarda-roupa sem os ultimos gritos da moda
- uma casa diferente das revistas de decoraçao
- uma filha com 11 anos que possa (sequer a possiblidade!!) nao estar na ultima moda
- uma festa de anos infantil sem enfeites, e chapeus em cone na cabeça, e balões e fitas e loiça/toalhas descartáveis, e bolo de anos enfeitado na ultima moda, e mais uma data de nhonhoquices para quem tem paciencia
- em suma, uma casa ou uma pessoa sem qualquer última novidade consumista que tenha sido inventada, ou um mundo que possa ser diferente do seu (que obviamente por ser o seu é O MELHOR sendo todos os outros insuficientes/maus)
ufa! desculpe o desabafo, um bocado off topic, mas faz-me impressao quem acha que SÓ e APENAS a vida que leva é que é normnal, e nao faz sequer ideia que é apenas uma das realidades possíveis e ACEITÁVEIS... abertura de espírito, viagens e parcimónia precisam-se por favor!!
As pessoas podem, de facto, querer viver assim, optimo pra elas!! mas por favor, nao assumam que esta é a (única!) maneira CORRECTA e a que todos deveriam seguir... ha varias realidades, e varias maneiras de se viver, e todas correctas desde que sejamos felizes assim...
bjs e continue!! ha muita gente a quem pode ensinar muita coisa, nota-se bem!!
Adorei o desabafo!!
Eliminarselva urbana, a sua cunhada não pode viver da maneira que bem entende sem ser criticada? para que é que anda a reparar nisso? não vivem na mesma casa, pois não? quando se é fundamentalista é muito dificil ser coerente, tal como a rita que é minimalista mas tem 2 casas (ou serão 3?) e respectivas despesas a multiplicar (água, luz, gás, etc.). não estou a criticar, eu própria tenho 3 apartamentos. só não gosto muito é da mania que todos têm de achar que são um grande exemplo, uns alternativos, e depois vai-se a ver e criticam as opções dos amigos e família ou não seguem a própria cartilha. este é o meu desabafo. apesar disso, gosto muito de aqui vir e já aqui aprendi muito. gostava é que deixassem de cascar nas mesas de cabeceira. vem algum mal ao mundo, ter onde pousar um copo de água, um livro aberto, um rádio :-)? ter mesas de cabeceira (é só um exemplo, ok?) é encarneirar? para mim encarneirar é votar sempre nos mesmos, apesar do que se vê!
Eliminarjoana
Joana, eu tenho 2 (ou 3) casas??? Diga-me onde é que elas são, que eu não sei!
Eliminarhttp://busywomanstripycat.blogspot.pt/2012/06/destralhar-casa-em-7-dias-dia-6-cozinha.html o pequeno apartamento de lisboa não é seu? se não é, peço desculpa, mas da maneira como o destralhou é o que dá a entender. a 3ª é a casa na praia (monte gordo?) que mencionou recentemente. se não é sua, mas de algum familiar ou arrendada ou emprestada, mais uma vez peço desculpa. mas foi o que deu a entender.
Eliminarjoana,
Eliminara minha cunhada pode (e deve!) viver como bem entende! mas se leu (bem) o meu post, deve ter reparado no:
"a minha cunhada [] que não concebe que possa existir uma casa sem [todos aqueles items listados]"... ênfase no "NÃO CONCEBE".
Quanto ao modo de vida dela, (já vi que atingi algum ponto nevrálgico), quem sabe eu até o sigo também? quem sabe eu até ADORO esse estilo de vida e todos os items listados?? aqui o cerne da questão (que acho que não entendeu) é "não conceber que outros vivam de maneira diferente da nossa"... Quanto ao reparar, é difícil não reparar nas coisas quando nos são ditas ou mostradas directa e efusivamente (nem eu mesma, distraída crónica, consigo esse tipo de alheamento “alternativo”).
E em defesa da Rita, nunca a vi "atacar" ou criticar os outros estilos de vida (nem quem tem mesas de cabeceira, por favor!!): apenas mostra o seu e porque tomou estas escolhas. Se indirectamente se sente atingida, deve-se exclusivamente aos seus olhos... aconselho algum tipo de auto-análise para descobrir o porquê. Mais ainda, se perde tempo a ler e comentar os “alternativos” com os quais não concorda nada… Mas isso já de si é muito pouco minimalista (perder tempo!), deve ser por isso, coisa de “alternativos”.
Ah! E pasme-se! Tenho mesas de cabeceira, veja la esta incoerência!! Mas consigo conceber que outras pessoas não tenham!! Ou tenham!! Eis o busílis da questão!
Parece-me é haver aí muito preconceito e especialmente quanto aos que a joana apelida de "alternativos"...
Dada a resposta, não vou andar em bate-bocas :)
E Rita, desculpe este abuso (meu e não só) no seu blogue, no seu espaço. Da minha parte, não vou abusar mais :) Se preferir não publicar esta minha resposta para não alimentar polémicas, compreendo perfeitamente e aceito de bom grado.
selva urbana
Joana, já agora, a casa da praia não é em monte gordo, é na praia de faro. Mas também existe uma casa em monte gordo, de facto. Por isso, afinal são 4 casas!! Ah, também já falei aqui no blog de uma casa nas Caldas da Rainha... afinal são 5!
EliminarMuito bom, selva urbana!!! Adorei o seu desabafo. Eu percebo o que é estar perto de pessoas que nos querem encaxair nas suas definições de vida! Mas se nós não implicamos a forma de viver dos outros pq é que implicam com quem apenas quer SER ele próprio!
EliminarOla Rita...
EliminarHa ja uns anos que a "sigo" e tenho admirado as suas mudanças (algumas bem que gostaria de "imitar", tal como o destralhar...pois sou uma "acumuladora").
Nunca li qq critica da Rita quanto aos gostos e escolhas de outros!!
E tb nao me parece que para ser minimalista se tenha de abdicar das casas que se tem, ou que se herdam, ou o que for...enfim!!!
Mas Rita, adorei saber que tem ligação a uma cidade onde vivi a minha infância e onde tenho ainda fortes ligações, Caldas da Rainha. E bem pena tenho de não ter uma casinha por lá, para onde "fugir" de vez em quando!
Selva Urbana, tb gostei do desabafo...parecia que estava a ler sobre algumas pessoas q conheço :)
Beijinho
Lu
Elá! Nunca tinha passado por aqui, por este post e comentários... Isto está agreste!!
EliminarNão entendo porque há pessoas que visitam este blog para se indignarem com o que cá lêem e regressam para se voltarem a indignar e confrontam o autor com o facto de não aceitarem o seu estilo de vida... Há por aí um infinito número de blogs, cada um do seu estilo e com dicas de vida o mais variadas possíveis, era só deixar de passar por aqui, pôr um napereronzinho na mesa de cabeceira e ser feliz!
Exato! Nós cá em casa somos muitos já por si, e quando fazemos jantares para comemorar aniversário ou só para nos juntarmos já que durante o ano é dificil, para viver um pouco a vida, é muita gente na nossa pequena casa. Mas não é por isso que temos uma mesa com não sei quantos metros e infinitas cadeiras. Junta se tudo que há pela casa. Até os bancos de madeira das mesas do jardim vem para dentro para sentar tudo. E eu por mim a minha mãe é que não é lá mt de acordo, até sentavamos nos sofás ou mesmo buffet :) Mas pronto. Eu digo isto sempre : não temos todas as mesmas prioridades de vida, gastamos o dinheiro onde cada um acha mais importante, fazemos o que queremos da forma que queremos de forma a satisfazer a nossa forma de vida e ninguém pode criticar.
ResponderEliminarBeijos
Sofia G
Olá, gostei muito do post!
ResponderEliminarTambém não recebo muitas visitas, e inspirada pelo seu blog, já estou pensando em me desfazer de algumas coisas desnecessárias aqui em casa, que pouco utilizo. E é como você disse, o que importa é que sejamos felizes com as nossas escolhas.
Um grande abraço. =)
Olá Rita!
ResponderEliminarFinalmente decidi deixar um comentário. Tenho uma casa que até é grande, tendo em conta que vivo nela sozinha, mas que é a casa que eu gosto e parece que está feita para mim :)É a casa onde me sinto bem e onde adoro receber os meus amigos. Tenho uma mesa com 4 cadeiras, que se abre e pode acolher mais outros quantos. Na dispensa tenho 2 cadeiras para "emergências".
Na minha sala pequena já tive a jantar 15 pessoas. Pessoas não, amigos, e por isso não se importaram nada de comer sentados no sofá, por exemplo. Acho que quando as pessoas estão em nossa casa porque são nossos amigos, estão lá pela companhia que fazemos uns aos outros e não pelo serviço de cristal em que servimos as bebidas ou pelos pratos que eram da nossa avó. E isso acho que é o mais importante.
Eu prefiro receber os amigos em casa, por mais simples que seja a ementa e mesmo que tenhamos que "picnicar" no chão da sala :). Aliás, a maioria das vezes que tenho amigos em casa acabamos sempre por passar o tempo...na cozinha! Ali de pé, à conversa e como se costuma dizer "em amena cavaqueira".
Sublinho.
EliminarÉ precisamente isto :)
Eu e os meus amigos (e os do marido) acabamos a noite de passagem de ano, no chão da sala, de volta dos brinquedos dos nossos filhos a brincar e a divertir-mo-nos com eles, a partilhar o momento e histórias.
Incrivel como esta foi uma das melhores passagens de ano de que tenho memória e não teve a nada a ver com a louça, nem a qualidade do serviço ou o jantar elaborado, com a roupa que vestimos, nem o sitio onde estávamos...
D.
Faz cerca de 30 dias mais ou menos que ando pela sala a pensar mas porque raio tenho eu isto se não tenho visitas por aí além?
ResponderEliminarMas ando a pagar as telhas ao banco para ter os móveis a ganhar pó?
Disparate!!! e os móveis foram borlas!!! mas para os ter preciso da casa e preciso de trabalhar (demasiado) para pagar a casa!!!
Sempre fui rebelde, não sei quando me convenci que precisava disto até porque a outra casa ( minuscula ) onde vivi cabia lá toda a gente.
Beijinhos e que se acabe com o excesso material!
Num video da família que demonstra como o Zero Waste faz parte da sua vida, Bea comenta que um amigo se questiona porque ela usa maquilhagem se isso gera lixo..ao qual a resposta dela é óbvia.
ResponderEliminarO zero waste é uma forma de vida, não um modo de faze-la infeliz...
Devemos condicionar o estilo de vida(seja zero waste, minimalismo, maximalismo, etc) á nossa comodidade não ser escravos do mesmo.
É isto que eu acho tão interessante no minimalismo, o facto de ser não um clube, ou uma seita, com regras pre-definidas, mas antes um modo de estar na vida que se pode (e deve) adaptar à realidade de cada um. O que é suficiente para uns pode não ser para outros porque - lá está - somos todos diferentes. Eu não sou minimalista (embora a maioria das pessoas da família me chamm assim há já vários anos), e se tenho 8 pares de sapatos (incluindo as galochas de ir à horta, as botas de campo e os chinelos de tomar duche no ginásio), porque não gosto de ir às compras nem de perder demasiado tempo a decidir o que vestir/calçar, por outro lado, tenho 14 cadeiras (6 são de jardim). O que para alguns seria um exagero, para mim está bem, porque apesar de sermos só 4 todos os dias, praticamente todas as semanas passamos a 8 e muito frequentemente tenho visitas em ainda maior número.
ResponderEliminarPosto isto, sei que tenho muita tralha acumulada ao longo de anos, que não faz falta e só serve de empecilho. Mas devagar se faz o caminho. E é bom ter um sítio como este, para falar destas coisas em português.
Querida Rita, é mesmo isso. Eu acho que estás certíssima na forma como ages. Por pensares "fora da caixa" tens de estar preparada para a incompreensão e as críticas (afinal, as pessoas criticam sempre aquilo que não conseguem perceber), mas a forma como respondes a isso acaba por se tornar uma lição para pessoas como eu, que não são minimalistas, mas compreendem o conceito e um dia talvez acabem por seguir o mesmo caminho, quando o coração estiver pronto. Tens-me inspirado imenso, isso é um facto.
ResponderEliminarP.S. - Não te aborreças com os anónimos contundentes e sem "charme". Eles não compreendem, nunca irão compreender. Keep on rolling, baby!
Eu acho que sou minimalista e tenho uma cozinha grande e, num louceiro, louça para 40 pessoas. Adoro receber gente, faço festas e grandes almoços - isso para mim é algo importante e que me dá alegria. Eu estou certa com os meus 40 pratos e a Rita está certa com as suas 4 cadeiras. A coisa bonita da simplicidade é termos o que a cada um melhor serve e faz feliz, sem comparações.
ResponderEliminarParbéns pelo post Rita!
ResponderEliminarSem dúvida que a liberdade passa também por cada um viver como quer, desde que não prejudique ninguém ! Eu nunca me defini como minimalista, mas depois de falar com algumas pessoas percebi que sou, pelo menos nas roupas e sapatos !! E cada vez mais me identifico o conceito e percebo que sempre fui atrás do que era a norma...Ter uma casa maior, mais coisas, mais, mais, mais...E até há pocuo tempo nunca refletira sobre o pq de querer sempre mais !
Obrigada por este espaço em podemos falar à vontade. Sabe tão bem ...:)
Concordo em pleno :)
ResponderEliminarO mal da nossa sociedade é que as pessoas vivem para os outros e em função dos outros, em vez de viverem para elas próprias.
Infelizmente, não consigo ser minimalista, mas no que concerne à minha casa, ela tem que ser para eu e o meu marido vivermos, e não para os outros opinarem, ou gostarem, bem como a nossa vida tem sido em função de nós dois e não em função do que os outros pensam.
A diferença é essa,conseguirmos cada um à sua maneira, SER FELIZ.
Bjns
Romã :*
Bom, relativamente ás cadeiras, era um "problema" que eu resolvia rapidamente, ou era jantar volante ou estilo japonÊs, mantas no chão e afins :)
ResponderEliminartal e qual eu comecei a minha vida de casada com as mesmas ideias e até hoje mantenho a mesma teoria a casa é para mim não é nenhuma montra.bjs
ResponderEliminarOláa, adoro o seu blog e o estilo minimalista que abraçou. Também me sinto minimalista mas em vez de destralhar a «torto e direito» estou a fazê-lo a pouco e pouco, destralhando também a cabeça, com yoga, meditação, contemplação da natureza (do mar essencialmente, mas não só) e silêncio, muuuito silêncio. Na visita que fiz ao blog vi que a sua opção vegetariana parece estar um pouco periclitante, não? Já pensou no crudivorismo (raw food)? É uma forma de alimentação fantástica, super simples, nutritiva e, parece-me, muito adequada à sua mentalidade, pois também ela tem uma filosofia de base «minimalista». Há alguns anos que sigo a dieta krud (não totalmente) e cada vez me sinto melhor e mais entusiasmado com ela. Uma simples sopa (com abacate, amêndoas, bróculos, alho, cebola, sal e água, tudo batido no liquidificador) é quase uma refeição completa, nutritiva e saborosa, podendo depois fazer-se mil e uma outras coisas para acompanhar. É simples, barato (e não suja o fogão nem panelas!!!) e o resultado é extraordinário!
ResponderEliminarBjs e parabéns por todas as suas magníficas ideias e ideais.
MR
Rita, o que importa mesmo é estares bem contigo própria, assim poderás estar bem com os outros. Somos todos seres únicos / diferentes. Podemos respeitar sem concordar.
ResponderEliminarBjs, parabéns pelos temas dos teus posts
Queria partilhar isto: com vontade e necessidade tudo se consegue :)
ResponderEliminarEm casa dos meus pais quando éramos emigrantes, éramos 4 numa casa. Pelo que, apesar de haver bancos, cadeiras, cadeirinhas, etc suficientes, supostamente não havia mesa.
Não que fossem muito habituais muitas visitas mas houve um natal em que se contaram mais de 10 pessoas numa só mesa: a porta da sala!!
A "nossa" mesa de 4 serviu de base. E a mesa/porta foi colocada por cima - retirou-se o punho, colocou-se uma toalha bonita e ainda me lembro do espanto da minha tia a dizer se tinhamos comprado uma mesa nova só para aquele dia ;)
E o teu post fez-me recordar isto.
E concordo contigo, tenho uma casa para ser vivida por mim. Sempre detestei ir àquelas casas de emigrantes e afins que têm uma (pequena) parte da sua casa destinada a viver (com sabe deus que condições) e depois têm a zona XPTO para se "ver", e ser usada em épocas especiais.
Para mim, todas as épocas são especiais e a minha casa está feita à minha medida.
É como a questão da sala de estar com sala de jantar - se não preciso, se uso só de ano-a-ano porque vou ocupar uma grande área que me serve para eu VIVER? Amigos, familia...tem sempre espaço - basta querer!
D.
Muito giro o Blog :) Se aparecer muitas pessoas sente-as no chão em contacto com a terra :) Vou seguir, boa sorte e muita luz**
ResponderEliminarDesde que descobri este blog passei a ver os bens materiais de outra forma. Não sou minimalista nem pretendo ser, ainda assim, considero a temática interessante e desde há 1 ano que tenho vindo a aplicar algumas medidas em minha casa. Ainda tenho um longo percurso a fazer e o facto de a casa não ser só minha (o marido também tem uma palavra a dizer) por vezes restringe algumas mudanças. A temática deste post tem sido uma constante na minha casa. Inicialmente quando comprámos e mobilámos a casa, na cozinha tínhamos uma mesa de vidro com 4 cadeiras, consegui vender a mesa para trocar por uma de madeira com apenas 2 cadeiras, na sala tínhamos um sofá mas depois o marido quis comprar outro para quando temos visitas (discordo desde sempre e argumento sempre da mesma forma, a minha casa é para nós não é para as visitas), tenho a esperança de o conseguir vender algum dia e voltar a ter só um. Entretanto está super arrependido de ter uma mesa na sala com tampo em vidro enorme (para ter lugar para as visitas), que é linda sem dúvida mas não faz sentido para o nosso estilo de vida porque não recebemos assim tantas visitas. Já pensou em desfazer-se dela mas iria perder muito dinheiro se a vendesse e depois iria ser complicado arranjar outra que ficasse bem na sala. Enfim, um dilema pois o bebé passa a vida lá a bater com a cabeça.
ResponderEliminarApesar de tudo isto já doei imensa roupa, calçado, malas, acessórios e livros, e a sensação é espantosa.
Cumprimentos.
Andresa Costa
Acho belas casas como a da Rita, com menos coisas, gosto do espaço livre... Minha casa é também leve e desimpedida. Mas gosto de receber pessoas, e a casa está sempre pronta para isso: em minha sala podem se sentar 8 pessoas confortavelmente, sem que eu tenha que ir buscar assentos em outro comodo. É uma sala para as visitas? De forma nenhuma: é o lugar que mais usamos. Se estão só os de casa, aproveitamos: a filha se deita no sofá e o ocupa todo. Eu me acomodo numa poltrona, e coloco os pés sobre outra...:)
ResponderEliminarEste post fez-me relembrar o meu serviço da Villeroy-Bosch. Eu sou daquelas que acha que se tenho coisas bonitas é para eu usufruir delas e o serviço tem estado arrumado por diversos motivos. E sempre me acharam maluca por, a cada ocasião, tirar para fora pratos tão caros. Foi-me oferecido por pessoas muito especiais e é para usar.
ResponderEliminarTambém não tenho tapetes em casa (tenho saídas de banho no WC e um tapete para a minha filha brincar no quarto dela e outro na sala.
Eu (ainda) tenho de me livrar de muitos monos. Mas há uma regra preciosa lá em casa: a casa é minha, do meu marido e da minha filha. E por isso temos brinquedos na sala, usamos os pratos bonitos e os melhores lençóis e toalhas são para nós e não para as visitas imaginárias. E assim é que somos felizes.
Ah, e esqueci-me de dizer que não temos mesa de centro na sala.
ResponderEliminarRita, me desculpe por usar seu blog pra isso, mas tenho uma dúvida e gostaria de opinião de pessoas com mais experiência (sua e das leitoras do blog). Me casei há 7 meses mas ainda estou mobiliando a casa. Recebo muitos amigos em casa e não estou conseguindo acomodar todos confortavelmente. Minha casa é pequena, na sala tenho um móvel com tv, um sofá e uma mesa dessas que abrem e dobram de tamanho. Essa mesa está quebrada e é emprestada. Nesse tempo de casa nunca recebi nenhum convidado para almoço ou jantar, é sempre para uma coisa mais casual, com lanches e petiscos, então só usamos a mesa para apoiar as bandejas. Estou pensando em comprar outro sofá e ficar sem mesa. É estranho uma casa não ter mesa? Minha cozinha tem 90cm de largura também não cabe uma mesa. Pensei em comprar um aparador, colocar na sala e usar para apoiar as bandejas nesses encontros, mas tenho medo que fique com visual poluído se colocar um sofá novo mais o aparador. O que faço, escolho: mesa ou sofá ou sofá+aparador?
ResponderEliminarObrigada, Fávia
Não sou a Rita mas vou dar a minha opinião.
EliminarPessoalmente, acho que deves fazer aquilo com que te sintas bem e que aches que te vai fazer feliz.
Se achas que a mesa é algo que te faz mesmo falta (p.ex como apoio na cozinha ou sitio para comer) podes optar por este género de mesa:
http://static.habitissimo.com.br/photos/quotation/big/mesa-embutida-na-parede-11-52081_52081.jpg
http://bimg1.mlstatic.com/mesa-de-parede_MLB-F-2930147662_072012.jpg
http://www.webjundiai.com.br/classic/imagens_dos_clientes/imagens_solucao/produtos/image_mesa_de_parede.jpg
Estas podem ser disfarçadas e estão lá mesmo "sem estarem".
(existem algumas soluções do género no IKEA também)
Quanto ao ser estranho, (pessoalmente) acho que não é isso que importa mas sim se te faz falta ou não, se sentes que queres ter ou não, se achas que isso te vai fazer mais feliz ou não.
D.
Obrigada pela resposta!
EliminarSou apaixonada pelo IKEA mas infelizmente não tem no Brazil! Adorei a primeira mesa!
Depois que escrevi pensei justamente nisso... deveria agradar a mim mesma e não buscar aprovação. Estou passando por um momento difícil porque minha sogra (e outras pessoas) estão cobrando netos e me chamando de velha (tenho 28 anos) e como não pretendo engravidar agora, me sinto culpada, de certa forma não queria arrumar mais formas de ser cobrada e julgada. Tenho que aprender a me agradar! rs
Bjos,
Flávia
Olá:
ResponderEliminarAntes demais, quero dar os parabéns à Rita. Já aprendi algumas coisas consigo, e por isso o meu obrigado.
Não sou minimalista e nem o pretendo ser... a minha filosofia de vida é tentar, porque o ser é difícil, ser equilibrada. O que quero dizer com isto é que não tenho que ter 50 pares de sapatos, e nem dois roupeiros de 4 portas cada um com roupa, entre muitas outras coisas que poderia enumerar. No entanto, faz-me um bocadinho confusão uma coisa: diz que não convida amigos... e como faz quando os seus amigos a convidam? não retribui o gesto de carinho e amizade dos seus amigos ao quererem partilhar da sua companhia?? não estou a criticar... apenas tenho curiosidade de saber qual a sua opinião. Eu para mim quando recebo os meus familiares e amigos faço de tudo para os agradar, e a minha forma de demonstrar o meu carinho é preparar uma mesa bem bonita ( por isso gosto tanto de loiças e toalhas) e fazer uns pratos bem apetitosos e assim desfrutar da companhia e do convívio.
Resumindo... acho que o equilíbrio deve ser a palavra do dia...
obrigado
O que acontece é que vivemos numa sociedade alienada que segue os parâmetros que os media nos dizem e por isso concebem conteúdos programados. Porem ainda há pessoas que vivem fora do sistema (sou um caso) que não trabalham 8h diárias, que não são infelizes com o seu trabalho, sim porque TENS de ter um trabalho. Ehhh Marta, com quase 30 anos não tens casa, nem filhos, nem és casada, nem um carro, nem um trabalho? Não! Mas sou muito feliz assim :D
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