28/07/2025
Start-Stop-Start e recomeços
20/06/2022
Vinted, a minha loja favorita!
Adoro o conceito de economia circular - reutilizar, reaproveitar, recuperar, reciclar... Bom para o ambiente e para a carteira, claro! Em relação à roupa, nunca tive problemas em usar coisas em segunda mão, embora não fosse frequente comprar peças usadas. No passado, cheguei a comprar algumas coisas no miau.pt, que entretanto desapareceu. Voltei a interessar-me pela segunda mão graças a umas colegas, muito dadas a estas coisas... Foram elas que me mostraram a Vinted... e que grande rabbit hole que aquilo é!
Para quem não conhece, a Vinted é uma plataforma de compra e venda de roupa, livros e outras coisas em segunda mão. Tem um sistema de avaliação tanto do vendedor como do comprador, o que é ótimo pois responsabiliza as partes envolvidas e ajuda a tornar o processo muito mais confiável. Para o vendedor não há custos com comissões ou portes de envio, ficando tudo a cargo do comprador; para o comprador, ao preço da peça acrescem os portes e o seguro de proteção do comprador, que garante o reembolso caso o negócio não se concretize. A plataforma é muito simples e intuitiva.
Estou na Vinted desde fevereiro e logo de início consegui vender várias peças de roupa e livros; com o dinheiro ganho já comprei roupas lindas! Aliás, a minha estratégia, para a coisa ser sustentável, é só gastar o dinheiro que ganho com vendas. A Vinted tem sido a minha primeira opção para quando preciso de alguma peça em específico. Primeiro procuro na Vinted; se não encontrar, então vou procurar nas lojas. A aplicação tem uma boa função de procura, por categoria, tamanho, cor, marca, estado, palavras, e é fácil encontrar aquilo que procuro. Admito que já fiz compras por impulso, mas também já comprei as sapatilhas Converse brancas que procurava ou a mala de verão que precisava. Agora ando à procura de umas Converse pretas, que as minhas estão num estado deplorável; se não encontrar até ao fim do verão, então comprarei novas - mas a Vinted tem sido, de facto, o sítio de eleição para procurar o que preciso.
Para vender (e comprar) os preços devem ser baixos. Já vi blusinhas da Zara a 25 euros - é para esquecer! Para terem uma ideia, vendi uns sapatos em pele da Aldo, usados 2 vezes, por apenas 20 euros (e eles custaram-me 80...). Mas com o dinheiro desses e de outros da Parfois que nunca usei, ou seja, por uns 30 euros, consegui comprar 1 vestido da Zara novo, 1 jumpsuit da Massimo Dutti (esse da foto) e outro vestido da Massimo Dutti lindo! Portanto, sim, vale mesmo a pena!
A minha última compra foi um jumpsuit da Zara, novo, ainda com a etiqueta:
14/06/2022
Já não sou madrugadora - e ainda bem!
Ser madrugadora fazia parte da minha identidade.
Fartei-me de escrever sobre isso aqui no blog. Escrevi sobre estratégias para adormecer mais depressa, partilhei métodos para acordar mais cedo, justifiquei-me por ser madrugadora, questionei as 8 horas de sono, admiti a minha inveja das pessoas que precisam de dormir menos... Enquanto madrugadora assumida, apareci na revista Sábado e na Visão, e até criei um grupo no Facebook para madrugadores.
Ser madrugadora permitiu-me fazer muitas coisas para as quais não teria tido tempo, se me levantasse a horas "normais". A minha prática de yoga, a escrita deste blog (que foi muito fértil nos primeiros anos), e muitas outras coisas só aconteceram devido a esse hábito de me levantar às 5 ou às 6 da manhã.
Mantive o hábito de madrugar, de forma mais ou menos consistente, dependendo das alturas, durante anos... até que veio a pandemia.
A pandemia e aquele primeiro confinamento não me afetaram de forma significativa (felizmente). As primeiras 3 semanas souberam a férias, com o trabalho em "serviços mínimos", e pus em dia todas as séries que queria ver. Descansei, li, fiz yoga, fui sempre à rua, várias vezes por dia, porque tenho um cão (agora tenho 2), comi bem, não me stressei por ter os miúdos em casa porque eles já são grandes, e... dormi maravilhosamente bem!
Deixei de por o despertador, claro. Para mim, começar a trabalhar às 9h ou às 12h, é indiferente. E comecei a acordar naturalmente, quando o corpo sentia que já tinha dormido o suficiente. Devo reiterar - dormi maravilhosamente bem nessas semanas. Tão bem, que nunca mais pus o despertador!! (exceto quando tenho algum compromisso mais cedo, não vá dormir demasiado e atrasar-me)
E outras coisas maravilhosas aconteceram a seguir. Por exemplo, nunca mais estive doente. Vá, as minhas doenças eram só 2 ou 3 constipações por ano. Nunca mais aconteceu. Nada! Outro exemplo, raramente me sinto cansada - e nada que uma boa noite de sono não resolva. Sinto-me com muito mais energia. Nunca mais senti sonolência durante o dia. Nunca mais tive de me deitar um pouco após o almoço (como fazia nos meus tempos de madrugadora). E, muito importante para mim, que sempre tive dificuldades em adormecer... comecei a adormecer muito mais facilmente.
Claro que, pensando um bocadinho, não há aqui nenhum segredo... O sono é fundamental para o sistema imunitário, para a longevidade, para a performance física e cognitiva, e por aí fora. A falta de sono crónica está associada a muitas alterações metabólicas, a problemas cardiovasculares e até mesmo a alguns tipos de cancro (ver, por exemplo, este estudo).
Independentemente do que dizem os estudos, não há nada como uma experiência n = 1, isto é, uma experiência para testar uma hipótese, onde o sujeito experimental é só uma pessoa, que sou eu mesma! E comprovei ao longo dos últimos dois anos que dormir bem é uma das componentes mais importantes (talvez mesmo A mais importante) de um estilo de vida saudável.
Portanto, já não sou madrugadora. Tenho o meu ritmo circadiano muito mais alinhado com a natureza, o que significa que no inverno durmo naturalmente mais - vou mais cedo para a cama (21h30-22h00) e levanto-me mais tarde (por volta das 8h00), e no verão deito-me mais tarde (23h00) e acordo mais cedo (6 e tal da manhã). Basicamente, vou para a cama quando tenho sono e acordo quando o corpo já descansou o suficiente. Há dias em que tenho de por o despertador, mas são raros.
Voltar a ser madrugadora? Não está nos meus planos para o futuro próximo. Viver mais em harmonia com a natureza e de acordo com as expectativas genéticas do Homo sapiens? É o meu objetivo!
06/12/2021
Muitas coisas, pouco tempo... uma reflexão
Muitas vezes acordo a pensar em mudança de vida - mudança de vida profissional. O futuro dos investigadores contratados, como eu, é incerto. O futuro da própria investigação científica em Portugal é incerto (mas isto são outras conversas...).
Acordo a pensar no tempo (e dinheiro) que gastei para aprender mais, para aprender coisas diferentes, coisas que foram muito úteis para mim e que poderiam ser também para outros. Em 2013 fiz o curso de 200 horas de instrutora de yoga. Adorei. Durante algum tempo dei aulas de yoga. Parei por falta de tempo devido à minha atividade profissional principal (a tal de futuro incerto). Em 2017 fiz o curso de Primal Health Coach. Este curso foi a solidificação das experiências que vinha a fazer nos últimos anos, não só em relação à alimentação, mas em relação a todo o nosso estilo de vida (completamente desajustado das expectativas dos nossos genes). Foi um curso completíssimo e exigente - de 2 em 2 anos tenho de fazer um exame de recertificação. Ah, ainda fiz uma licenciatura, um mestrado e um doutoramento em Psicologia - aqui foi mesmo só para aprender mais, que nunca quis ser psicóloga. E estas coisas todas coexistem com a minha formação principal, em biologia marinha, que exige atualização contínua.
Acordo muitas vezes a pensar se não seria possível conciliar as minhas várias paixões. Dar aulas de yoga, fazer coaching de saúde ancestral, usar os meus conhecimentos de psicologia como coadjuvantes. E, quem sabe, daqui a uns anos, fazer desta mélange a minha atividade principal, caso faço sentido.
Não sei. Acordo muitas vezes a pensar nisto.
O que fazer? Por onde (re)começar? Valerá a pena? Terei tempo? Serei útil?
(este é um desses dias em que acordo a pensar nisto e tenho de por as coisas no papel - bendito blog que está cá para isto!)
01/11/2021
Hoje apeteceu-me
Hoje acordei às 07h30, como é hábito (já não sou madrugadora, na verdade...). Cumpri o meu ritmo matinal, já super enraizado - dei o stick dos dentes aos cães, fiz um café para mim, e fui para a sala.
O portátil estava em cima da mesinha. Geralmente, arrumo-o na secretária, que é o seu sítio. Mas ontem não. Sentei-me no sofá, o sol a iluminar a sala (finalmente voltámos ao horário de inverno, que eu tanto adoro!), olhei para o portátil... e apeteceu-me. Apeteceu-me escrever. Aqui, no blog.
Escrever sobre o quê? Não sei, veremos, à medida que teclo... Muitas coisas me passaram pela cabeça.
O estado atual do minimalismo em Portugal e no mundo. A história do minimalismo na última década. O que mudou na minha vida nos últimos 10 anos, desde que me tornei minimalista. Pois, é que este ano fez 10 anos desde que me tornei minimalista.
Lembro-me claramente. Setembro de 2011, ilha grega de Rhodes. Foi aí que li o The Simple Guide to a Minimalist Life, do Leo Babauta, e foi aí que decidi tornar-me minimalista. Nessa altura não se falava em minimalismo em Portugal. Este blog foi o primeiro a fazê-lo. Outros se seguiram e o movimento ganhou expressão. Ter deixado de escrever não significa ter deixado de ser minimalista. Como disse no post anterior a este, um minimalista elimina o que não interessa - o blog deixou de ser uma prioridade e, por isso, deixei de gastar tempo com ele. Isso foi há 2 anos.
Mas... as saudades, às vezes, são muitas. Sei que muitos de vós, leitores, também sentem saudades de me ler (recebi muitas mensagens nesse sentido, as quais agradeço).
Voltar a escrever aqui regularmente? Não sei. Qual é a minha posição na blogosfera? Ainda posso dar um contributo significativo para o minimalismo? Aliás, ainda existe blogosfera? Digam-me, ainda leem blogs? Eu leio muito poucos...
Veremos...
22/11/2019
O fim
03/11/2019
Soluções de arrumação no hall
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Armário visto da porta da sala. |
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Casacos, malas, sapatos, acessórios de yoga, coisas do dia-a-dia... Até o aspirador, para fácil acesso. |
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O lado direito serve de "escritório", mas raramente uso. É mais para guardar os poucos papéis e dossiers que ainda temos. |
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Cadeira mais velha que eu e o Holstee Manifesto. |