03/02/2014

Os espíritos livres


Acho que nunca escrevi aqui, preto no branco, que sou um espírito livre, uma free-spirited (não em tudo, mas em muitas coisas), talvez porque às vezes esse termo tem uma conotação negativa, sobretudo para as pessoas "normais", as que seguem todas as regras da sociedade e vivem a vida como a sociedade lhes diz. Mas agora é altura de falar nisso.

Um espírito livre é, para mim, um inconformista, uma pessoa que vive a vida como quer, à sua maneira, e que é sempre verdadeiro consigo e com os outros, independentemente dos problemas da vida. Um espírito livre está bem consigo e com os outros, não faz as coisas só para provar algo a alguém e não se deixa influenciar pelas opiniões alheias. Um espírito livre não vive como "é suposto" ou tal como é ditado pela sociedade; vive da maneira que faz mais sentido para si, mesmo que a sua maneira de viver faça pouco sentido para outros (como não ter mesas de cabeceira ou comer no chão). Um espírito livre não, é, no entanto, um bandido que comete crimes ou prejudica as outras pessoas - afinal, a minha liberdade termina onde começa a dos outros. 

Gostei desta definição, que encontrei aqui:
Uma pessoa que vai com a maré. Sente-se geralmente bastante confortável consigo mesmo. Aceita as coisas como elas são e segue com o seu dia. Geralmente é uma pessoa muito positiva. Os espíritos livres costumam fazer aquilo que os deixa felizes; são pessoas satisfeitas com o que têm e conseguem manter a calma. A maioria dos espíritos livres vê as coisas de maneira diferente.

Um minimalista é também, em muitos aspectos, um espírito livre - livrou-se do consumismo e materialismo impostos pela sociedade e está muito mais satisfeito consigo e com o que tem do que as pessoas normais. Um madrugador é um espírito livre - não se importa que gozem consigo por se levantar quando todos ainda dormem, mas ele continua a fazê-lo e aproveita muito melhor o dia que as pessoas normais. Um yogi é um espírito livre - a sua disciplina e dedicação à prática não são geralmente compreendidas, mas ele continua a praticar e é muito mais feliz e consciente do que as pessoas normais.

E para ti, o que é um espírito livre?




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14 comentários:

  1. sonia luciano03/02/14, 07:40

    Ja tinha comentado no FB k aqui muitas vezes nao consigo. Mas umas das queixas da prof da minha filha é k ela ajudava os companheiros e depois nao terminava ela as suas coisas. Toca a castigar a chavala por ser assim. Ficou um mes sem cadeira por nao se sentar . Aulas no chao seriam mais produtivas seguro. Dá pena k tentem moldear as crianças para k lhes seja mais facil dar classe. Todo o k descreve faz lembrar a minha peke. Agora cabe-me a mim como mãe encontrar um modo para k a sociedade nao a marginalize por ser "diferente" segundo eles.

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  2. Adorei esta definição. e faz mm pensar o quanto Às vezes queremos "agradar" estupidamente...

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  3. Não me considero um espírito livre, porque com o tempo fui-me deixando amarrar. No entanto, ultimamente considero que cada vez mais procuro essa libertação e se nunca me deixei levar no rebanho, cada vez mais começo a bater o pé e a não ter medo de fazer as coisas como os outros. E o revirar dos olhos de terceiros incomoda-me cada vez menos.
    Também já faço ioga (um pouco influenciada por este blog) e começo cada vez mais a ser coerente com as minhas opções alimentares mesmo que isso incomode os outros (não sei bem porquê).

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  4. Conseguiu passar em palavras o que tenho em meu íntimo...Muito obrigada!!! Abraços de luz

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  5. Ui, esta é uma pergunta realmente dufícil. Vou pensar nela ;)

    ww.prontaevestida.com

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  6. excelente post e da que pensar. as vezes considero-me mais livre do que outras. quer queira, quer nao acabo por ficar muito presa ao rebanho e a fazer o q e socialmente aceite. Mas tento sempre ser fiel a mim mesma, nem que seja em pequenas coisas. dizer o que penso, rir sempre que tenha vontade e mesmo q esteja o chefao a frente. Vestir-me ao meu proprio estilo quando o esperado e que esteja tudo quase de fato no escritorio. almocar nas reunioes pq e contra o meu principio passar um dia inteiro sem comer.
    quanto mais penso nisso mais penso que temos de ser nos mesmos e quebrar preconceitos.
    e devo dizer que nao ha nada mais liberador do que ser nos proprios :)

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  7. saiu agora mesmo num post de um blog que costumo seguir um livro sobre este mesmo assunto.. como ser indivíduos genuínos que lutam pelos SEUS sonhos mesmo que isso signifique ser diferente dos demais. aqui fica o link http://www.raptitude.com/2014/02/my-new-book-out-today/ eu própria também ando a tentar ser um melhor ser humano :)

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  8. Somos poucos os espíritos livres, mas na verdade somos aqueles que fazem a diferença, que fazem as pessoas pensarem, que não se conformam quando vêm violação dos direitos humanos, que embora estejam adaptados à sociedade, serão uns eternos incompreendidos, vivendo à sua margem.
    Desde pequena que sou identificada como a "hippie". Mas o que é ser hippie? é vestir colorido? é ser vegetariana? é não tomar banho? Eu sou quem sou e não preciso de Labels ou Etiquetas (impostas pelos estereótipos da sociedade)
    Fiz um post há uns dias do que é ter 30 anos e refiro a parte da "obrigatoriedade" da parte da sociedade de teres filhos, seres casada, etc etc aos 30 anos. http://www.shantifreebird.blogspot.pt/2014/02/welcome-thirty.html

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  9. Adorei o post, Rita. Acho que a cada dia tenho vivido mais a liberdade de ser quem eu sou e de me preocupar menos com os outros. Cobro menos de mim, não tenho tido muitas neuras e parei de me comparar com os outros! Sou única, assim como cada um nesse mundão também o é. Então pra que diabos querer ser como outra pessoa? A liberdade de consciência e de mente é impagável e me sinto muito feliz por, a cada dia, me libertar mais das coisas!

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  10. Olho para a Sociedade e penso: não quero mesmo ser assim! Afinal, se reparar-mos bem, se observar-mos mesmo bem, a sociedade está moribunda! Então, por que raio haveremos de seguir e replicar o que é comum, o que a Sociedade faz se ela está moribunda?!! Não critico quem o faz, aliás, gostava imenso de conseguir um dia ajudar estas pessoas que, vítimas da ilusão do dia a dia em que vivem, mergulham-se em problemas sem se aperceberem que uma das razões é tão só o "seguir o que todos seguem, fazer o que todos fazem, comprar o que todos compram...", ou seja, viver de acordo com a sociedade (infelizmente).
    Para quem gosta de música, ouvir a música "society" do Eddie Vedder é, ou pode ser, o inicio deste desprendimento.

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  11. Rita, já sigo o seu blog há bastante tempo e este post foi o que mais me deu que pensar. Obrigado!

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  12. Rita, nos mostre como você conseguiu chegar nesse nível de "espírito livre" pois para mim me parece algo muito custoso. Não deve ter sido um caminho fácil a percorrer.

    Tais

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    1. Custoso?? Claro que não! Custoso seria preocupar-me com o que os outros pensam e viver a vida consoante aquilo que os outros estão à espera. Isso é que seria muito difícil!!

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  13. Pois eu gostei mto do post, Rita. E busco, diariamente, manter-me um espírito livre!
    Um beijo pra vc!

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