26/12/2016

Destralhando

Eu, quando começo a destralhar, levo tudo à frente! Hoje foi um desses dias. Apesar de este ano não tirar férias na semana entre o Natal e a passagem de ano, ao contrário do que costumo fazer todos os anos, hoje fiquei em casa a descansar da festividades... Compras de supermercado, umas blusinhas novas na Stradivarius, uma bela posta de salmão grelhado ao almoço, um filme de Natal, e depois disto tudo, decidi atacar a minha roupa. 

As regras são sempre as mesmas. Gosto? Fica-me bem? Uso? Tinha uma série de peças que já usei bastante, mas que já não uso, porque... sei lá, os gostos mudam, o estilo muda... foram para o saco. Depois, dei uma volta aos colares, que uso muito pouco, pois prefiro brincos. Mais uns quantos para o saco. O armário do hall, onde tenho os casacos, seguiu-se - dois casacos lindos, os dois da Bershka, foram-se também. Na verdade, pus os dois à venda no olx. 

O mais antigo, que foi usado mas está em ótimo estado, faz-me parecer um urso pardo, graças ao seu pelinho castanho escuro. É quentinho, sim senhora, mas não dá para o meu físico...



O outro, comprado na Bershka online o inverno passado, é lindo, lindo, mas deve ser um M mais apertado, porque não me serve nas costas. Eu tenho as costas largas devido a muito desporto em miúda, natação, musculação... e com aquele casaco quase que não me mexo. Usei-o uma ou duas vezes, até admitir que, apesar de lindo, foi uma má compra. 



No mesmo armário estava o meu saco de ténis. Um saco enorme para raquetes, que usei muito pouco, comprado já próximo do fim da minha "carreira" de tenista amadora, pouco tempo antes de ter partido o pé... a jogar ténis. Guardei as raquetes, mas não preciso do saco para nada. Pus também à venda.


Portanto, espero que este destralhamento renda alguma coisa... O resto da roupa é para dar. Alguma, a que está em melhor estado, vou dar à loja solidária da Pravi de Faro, para ajudar os animais abandonados. O resto da roupa vai para uma instituição.

Como sempre disse, o minimalismo é um processo. O destralhamento não é feito numa só vez - volta e meia, temos que reavaliar o que temos, o que se vai acumulando. Nos próximos dias quero ver os livros e os armários da cozinha... E apesar desta semana não ser uma semana de reflexão como era costume, pelo menos consigo abrandar um pouco e riscar alguns itens da minha to-do list...



18/12/2016

Um fim de semana livre!!!!!!!!!!



Finalmente!!!!!!!! Eu já nem penso em férias... ter um fim de semana sem trabalho, sem nada para estudar, é o meu sonho! E esse fim de semana chegou finalmente!!

É claro que eu não sou capaz de ficar um fim de semana em modo vegetativo... O meu desejo de fins de semana sem trabalho é precisamente para poder fazer outras coisas que são negligenciadas... E foi o que fiz este fim de semana!

Ontem, sábado, acordei bem cedo para levar um dos miúdos a um jogo de futebol. Como o campo é ao lado das piscinas, aproveitei e fui nadar um pouco (não muito, que ainda estava dorida do dia anterior). Depois, umas compras, peixe para o almoço, e fomos para casa. Fiz uma limpeza, pus roupa a lavar, tirei roupa do estendal, estendi mais roupa, dobrei roupa... De seguida, ataquei o monte de papel que tenho para digitalizar - a maior parte são os apontamentos que faço das várias disciplinas do curso de psicologia, que digitalizo sempre no final do semestre. Ainda arrumei ficheiros no computador e depois ataquei o email - recebo tanta coisa que não leio que decidi fazer unsubscribe da maior parte. Depois do jantar ainda fiz uma arrumação à cozinha enquanto ouvia podcasts, e depois li um livro, estendida em frente à lareira...



Hoje, domingo, acordei cedo também. Não fiz yoga, porque sinto que os meus músculos estão a pedir descanso (mas daqui a pouco vou fazer uma prática leve). Tratei das minhas contas, fiz o orçamento da casa para janeiro, atualizei dados nas listas de documentos que guardo no computador. Aproveitei e encomendei a nova versão deste livro, que é a minha bíblia! Fomos almoçar fora e depois fui ao meu supermercado favorito, o Apolónia, em Almancil, para comprar umas prendas de Natal - eu gosto de oferecer chás, biscoitos e coisas dessas, coisas que se usam e que não são tralha, e foi isso que comprei. Cheguei a casa, vi um episódio antigo do House enquanto bebia um dos meus novos chás, o Chai Nero. Agora estou a escrever, entretanto encomendei este livro para oferecer à minha mãe, depois vou arrumar qualquer coisa, talvez tirar a roupa do estendal, ler um pouco, praticar yoga, ler um pouco mais, passar roupa a ferro depois do jantar... e planear o dia de amanhã, que é dia de trabalho! Ah, que bem que me sabe um fim de semana assim...

17/12/2016

Madrugadores na revista Sábado



Este reportagem já saiu há algum tempo, mas só agora me lembrei de a partilhar aqui (e só agora tive tempo de digitalizá-la e organizar uma série de coisas em casa - já há muito tempo que não tinha um fim de semana livre...).

A reportagem é sobre os madrugadores... estou lá eu, a Magda, e outras pessoas que se levantam cedo para aproveitar melhor as manhãs... Espreita a reportagem aqui.

16/12/2016

Fui para a natação



Em miúda fiz muito desporto... Natação foi um deles. Andava no Sporting, nas piscinas do Campo Grande. Aprendi os 3 estilos, comecei a aprender mariposa, mas depois pedi para voltar para a classe anterior para estar com a minha amiga Sara - e por isso, nunca aprendi a nadar mariposa. Quando vi para a Universidade, ainda andei uns tempos nas aulas de natação nas piscinas de Loulé. Quando abriram as piscinas cobertas em Faro, ia de vez em quando lá nadar. Quando os meus filhos começaram com as aulas de natação, aproveitava e nadava também. Nunca era grande coisa, claro. Meia dúzia de piscinas, devagar e a descansar muito pelo meio.

Já há uns quantos anos que não nadava a sério. Este verão decidi que a natação é, provavelmente, o melhor desporto para mim. Não tenho que lidar com outras pessoas, não há música horrorosa aos altos berros, não sinto o suor a escorrer pela cara, e tenho aquela sensação incrível de liberdade que só a água proporciona. Para não falar do impacto mínimo nas articulações, que já são massacradas com o yoga.

As piscinas de Faro andaram em obras e reabriram em novembro. Com as frequências e o stress todo, só esta semana fui fazer o teste de aferição e pelos vistos nado melhor do que pensava, porque me puseram na classe de aperfeiçoamento, a mais avançada. Hoje à hora de almoço tive a primeira aula.

Aaaaahhhhhhh!!!!!!!!! Sim, nado melhor e tenho mais resistência do que pensava. Fizemos saltos e nisso até sou relativamente boa. Acho que nadei um total de 24 piscinas, nos 3 estilos, o que para quem não nadava a sério há muitos anos, foi um milagre... Por mais preparação física que uma pessoa tenha por causa de outros desportos, não é suficiente para a natação. Ao fim de de 3 ou 4 piscinas, já me doíam os peitorais e as pernas. Continuei, fiz tudo, aldrabei um pouco no fim de cada piscina... Mas nadei. Tomei atenção aos reparos do professor, tirei dúvidas, tentei melhorar a técnica. O professor disse que na segunda semana toda a gente quer desistir, mas que as coisas melhoram a partir da terceira, e depois já não querem outra coisa. 

Espero mesmo que isso aconteça comigo. Eu gosto de nadar. E os outros desportos que tenho experimentado têm sempre coisas que me fazem desistir... Por exemplo, apesar de gostar de power jump, de spinning, e de algumas outras aulas de ginásio, não suporto a música e os gritinhos. Gostei de quase tudo no crossfit, mas não da filosofia que o professor é que sabe; e infelizmente, não gosto nada da parte do halterofilismo... nem de ficar toda suja, suada, cheia de magnésio nas mãos e na roupa e até na cara (lembrou-me os tempos de ginástica acrobática).

Quero nadar. Agora quero mesmo nadar. Não quero mais andar a saltitar de desporto em desporto, de ginásio em ginásio. O bom de fazer isso, de ir experimentando, é que cada vez conheço-me melhor e sei o que gosto e o que não gosto.

Gosto de yoga - ashtanga yoga, vinyasa flow, estilos mais atléticos de yoga (se bem que uma prática yin ou restaurativa sabe e faz muito bem de vez em quando). Gosto de treino calisténico, trabalhar o corpo com o seu próprio peso - elevações, flexões, agachamentos, coisas dessas, que também se usam muito no yoga. Gosto de andar a pé e de bicicleta, mas como meio de transporte e para passear. Em vez de ir de carro, ir a pé. Em vez de passear ao fim de semana com a família de carro, passear de bicicleta. 

E gosto de nadar. Espero mesmo que este seja o início de uma duradoura paixão...

E tu? Se andas na natação, se começaste ou recomeçaste, conta-me a tua experiência!



28/11/2016

Tempos ocupados

É hora de almoço, acabei de comer, em casa, em frente à televisão. Apeteceu-me pegar no computador e escrever um pouco no blog... coisa que, desde que me meti no curso de psicologia, tenho feito muito pouco...

Esta é uma daquelas alturas terrivelmente cheias. É frequências, é trabalhos para acabar e apresentar. É artigos para alterar, melhorar, escrever, é teses para corrigir, é artigos pendentes para rever, é resumos de congressos para escrever. A juntar a tudo isto, como se eu não fosse já suficientemente ocupada, um professor convenceu-me a fazer um segundo doutoramento, desta feita em psicologia, usando parte do meu trabalho de pós-doutoramento em ciências do ambiente, mas que já tem uma componente importante de psicologia... Portanto, como agora os doutoramentos também têm aulas no 1º ano (quando fiz o meu doutoramento em ciências do mar não havia esta parte letiva), tenho mais aulas, mais trabalhos e mais coisas para fazer.

A coisa vai-se fazendo, a verdade é essa. E a verdade é que em alturas de muito trabalho, eu consigo ser super produtiva e ando cheia de energia (mais do que quando tenho pouca coisa para fazer) - isto é uma qualquer hipomaniazinha que eu devo ter (os psicólogos percebem do que estou a falar...), mas ainda bem que assim é, senão não sei como é que aguentava...

Tenho praticado yoga, bastante até, e decidi finalmente abraçar o desapego na minha prática - não me preocupar com o resultado, com a flexibilidade, com a força. Praticar, apenas, sem ter um objetivo pré-definido em mente. 

Voltei ao chocolate preto, depois de umas semanas em que devorava uma tablete de chocolate de leite com avelãs praticamente todos os dias ao pequeno-almoço. Voltei a ter cuidado com a alimentação e tento fazer uma alimentação primal/paleo a maior parte do tempo.

Não vou tirar férias na semana entre o Natal e a passagem de ano. Tenho demasiado trabalho. O que mais quero agora não são férias, mas sim fins de semana livres. Fins de semana de inverno passados em frente à lareira com um livro nas mãos, uns petiscos para o jantar e um filme ao serão. É com isso que agora sonho. De resto, está tudo bem!...


30/10/2016

Ainda estou viva! E a praticar ashtanga!


A sério, estou mesmo!! Acho que nunca tinha ficado tanto tempo sem escrever... praticamente 2 meses... Alguns de vós manifestaram saudades de ler (obrigada!) e a verdade é que eu também sinto saudades de escrever... Por isso, vou aproveitar agora, que estou sozinha no Monte Velho, sentada numa sala linda, enquanto os meus companheiros deste retiro de ashtanga foram à praia surfar...

Então, o que é que tenho andado a fazer? Basicamente, a trabalhar. É o meu novo projeto de trabalho (uma coisa muito interdisciplinar entre a gestão costeira e a psicologia ambiental), as aulas do último ano da licenciatura em psicologia, e ainda outro projeto que implica aulas às sextas ao fim da tarde... Depois, há a família, a casa, a prática de yoga, o crosstraining que comecei a fazer duas vezes por semana (porque gosto de coisas puxadas e de fazer força!), as leituras... o mesmo de sempre.

Mas este fim de semana larguei tudo e vim praticar ashtanga - num sítio lindo, com uma professora que adorei (se estiveres em Cascais e quiseres conhecer esta prática, aproveita!). Saio destes retiros sempre com imensa vontade de começar a levar a minha prática mais a sério - comprometer-me, ser mais disciplinada, praticar todos os dias e não arranjar desculpas. Já percebi que isto, para mim, não é uma prática física - a parte física para mim é fácil. Para mim, esta é uma prática de disciplina - é nisso que tenho que trabalhar e é isso que ganho com a prática.

Eu sou a de cor de rosa de cabeça para baixo... (foto roubada à Verinha)

Ao longo deste fim de semana, conheci pessoas muito interessantes - uma delas até me reconheceu do blog!! (sim, Diana, és tu!) É sempre muito bom! Vim com a minha querida amiga Maria João, que está a apaixonar-se pelo ashtanga - é o que acontece com a maioria das pessoas que experimentam esta prática! (a Vera explica isso muito bem aqui) Conheci mulheres com histórias de vida fantásticas, com carreiras, com famílias - mas também com tempo para se dedicarem à sua prática de yoga. Porque, quando queremos, fazemos por isso. Não arranjamos desculpas. Porque, quando queremos as coisas, temos não só que agir, mas também sonhar, planear e acreditar que é possível!




01/09/2016

Setembro vida nova

Adoro setembro!! Já escrevi isso aqui muitas vezes, mas é mesmo verdade - setembro é dos meus meses preferidos (ao contrário de agosto). É o início do ano letivo, o fim das férias, o regresso às rotinas que eu tanto gosto! Quando penso em setembro lembro-me de ser pequena, em Lisboa, da azáfama de comprar o material escolar, de me deliciar com o cheiro dos livros e dos cadernos, do início das aulas no Colégio - sim, eu gostava da escola! Recordo-me também, lá mais para o fim do mês, das primeiras chuvas, do cheiro a terra molhada, do caminho pelo Campo Grande para ir para as aulas... Do recomeçar das atividades, do ballet, da ginástica, da natação. Ver os amigos de novo, conversas, brincadeiras... Adoro setembro!

Esta alegria com o mês de setembro tem-me atingindo todos os anos, e este ano não é diferente. Quero fazer planos, organizar as coisas, ser mais eficiente, menos procrastinadora, ser o melhor possível - os sonhos do costume. Mas a experiência já é muita e sei bem que o que funciona melhor é manter as coisas simples... não querer demasiado e focar-me no essencial.

Hoje é dia 1 de setembro e é dia de Lua Nova - o dia não podia ser melhor para refletir, para fazer planos, para começar coisas novas!

Já há muito tempo que não faço listas de objetivos, mas este mês apetece-me! Aqui ficam então os meus objetivos para este maravilhoso mês de setembro...

Trabalho

> Este mês quero sobretudo ler. Vou iniciar um novo projeto e tenho que ler muito para me pôr a par das coisas, para fazer planos e para ter novas ideias.

> Tenho também um artigo para acabar de escrever, um que está com os co-autores e espero que venham as respostas de três que estão submetidos...

> Por fim, quero fazer umas arrumações e limpezas no laboratório, coisa rápida...

Curso de psicologia

> As aulas começam a meio do mês. Não haverá muito para fazer ou estudar este mês, mas quero avançar logo com os trabalhos, para não deixar tudo para a última da hora.

Yoga

> Quero praticar ashtanga 6 dias por semana como manda a tradição e não arranjar desculpas. É só isto.

(outras) Atividades físicas

> Ando muito numa de street workout. Sinto-me novamente criança quando me penduro nas barras e dou cambalhotas! Mas a sério, adoro o street workout - o treino calisténico, apenas com o peso do corpo. Tenho um sítio bom ao pé de casa para praticar e quero começar a levar isto mais a sério!

> Quero também ir para as aulas de natação. Vou inscrever-me e ficar à espera de uma vaga.

> Relativamente ao ginásio, pretendo fazer apenas uma aula de power jump, e apenas porque tenho que lá ir por causa do judo dos miúdos...

> De resto, muita atividade não estruturada - brincar, jogar jogos, raquetes, mergulhos para a piscina (enquanto o tempo permitir), andar a pé, ou seja, divertir-me ao mesmo tempo que mexo o corpo!

Brincando...

Casa

> O que mais quero é planear sempre os menus semanais e ir ao supermercado uma só vez por semana. A sério! Não quero perder tempo com estas coisas...

> Relativamente às limpezas e restante gestão da casa, acho que as coisas estão bem orientadas. Tenho empregada que vai uma vez por semana e deixa a casa impecável. Damos uma aspiradela ao fim de semana, passo o pano do pó aqui e ali e fica bom. Os miúdos já estão mais crescidos e responsáveis e ajudam com as coisas deles... E mantenho a regra de não começar a semana de trabalho com roupa para passar - é a minha atividade preferida de domingo, sobretudo quando chove,.. passar a roupa enquanto vejo um filme...

Para este mês acho que é tudo... Tenho coisas pontuais que quero fazer (como pintar um quadro de ardósia na parede do escritório, ou aumentar o tampo da minha secretária), mas coisas grandes são estas... Vamos ver como corre! Mas tenho um feeling que este vai ser um excelente mês!!


22/08/2016

5 motivos para parares de procrastinar o teu desenvolvimento pessoal

Um guest post da Mafalda do blogue It’s (not)so simple! Obrigada Mafalda!

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Tenho a certeza de que a ideia já cruzou o teu pensamento dezenas, quiçá centenas, de vezes. E, de todas essas vezes, reprimiste-a. Razões como “agora não é momento certo”, ou “onde vou arranjar o dinheiro?”, ou ainda “para quê cansar-me se depois o meu patrão não me vai valorizar?”. Cada pessoa tem os seus motivos, sejam eles estes, ou outros, mais ou menos complexos.

Não estou aqui para julgar os teus motivos. O meu único intuito é fazer-te pensar, dar-te mais razões para considerares a hipótese de aprenderes novas coisas e de desenvolveres o teu eu.

Afinal de contas, sei que te sentes imensamente inspirada pela nossa Rita e pelo seu exemplo de força, determinação e dedicação: ser mãe, investigadora, yogini, blogger e estudante universitária é uma bela carga de trabalhos, não é?

Então, vamos falar das razões mais comuns que damos (seja a nós, seja aos outros) para não investirmos no nosso desenvolvimento pessoal e de como podemos contrariá-las e deixar de procrastinar o investimento na nossa própria formação.

1. Não tenho tempo! Bom, isto é algo que dizemos muitas vezes e não só a propósito deste tema. “Tenho filhos pequenos.” “Tenho uma casa para cuidar.” “Estou cheia de trabalho…” Aquilo que eu acho, aquilo que eu tenho aprendido, é que, se realmente quisermos fazer determinada coisa, arranjaremos tempo para ela. O exemplo clássico: quantas pessoas conheces que tiraram a carta de condução enquanto estudavam, ou trabalhavam? Arranjaram tempo para ir às aulas, estudar o manual, fazer testes, fazer o exame de código e ter aulas de condução em tempo quase record. A grande lição é: quando realmente queremos muito uma coisa, ou quando algo nos faz muita falta e tem um grande impacto na nossa vida, encontramos tempo. Mesmo que para isso tenhamos de pedir ajuda, deixar coisas menos importantes de parte, roubar ao sono (esta não recomendo, mas cada um faz o que for preciso), parar de ver televisão, pôr as saídas à noite em standby… Vale tudo para atingirmos os nossos objetivos!

2. Onde é que vou arranjar o dinheiro? Não pretendo intrometer-me na carteira de ninguém. Porém, investir em formação pode trazer grandes benefícios pecuniários no médio/longo prazo. Cada um tem de saber o que é que valoriza mais e ter a capacidade de gerir os seus rendimentos da melhor forma. No entanto, aquilo que quero aqui destacar é que podes aprender mais, descobrir novas coisas, sem ter de gastar rios de dinheiro em manuais, sebentas, aulas ou propinas. Sobretudo nos dias de hoje. Podes escolher, na biblioteca da tua cidade, por exemplo, um livro que te ensine uma nova capacidade. Ou procurar uma versão digital, normalmente menos dispendiosa. Pedir emprestado. Ou comprar em segunda mão. E, claro, podes encontrar na nossa amiga Internet uma grande aliada: procura informação fiável sobre o tema do teu interesse, lê tudo o que puderes e coloca em prática o que fizer mais sentido. Se a tua “cena” forem línguas estrageiras, experimenta uma alternativa como o Duolingo (https://www.duolingo.com/). Se procuras algo mais ligado aos negócios, ou às ciências socias, e nem queres sair da frente do PC, tens de espreitar o Coursera (https://www.coursera.org/). Depois agradeces-me… Aumenta os teus conhecimentos sem gastar um cêntimo!

3. O meu patrão não ia valorizar-me mais por isto. Isto, para mim, levanta duas questões: A) Queres fazer isto por quem, realmente? Não o faças pelos motivos errados, por favor. Fá-lo por ti! Para te sentires bem contigo, para te levar mais além. Adicionalmente, poderás querer fazê-lo para inspirar os que te rodeiam, ou para dar um bom exemplo aos teus filhos. O teu patrão e o teu emprego vêm, quando muito, em terceiro lugar. B) Achas mesmo que o teu chefe não te vai valorizar? Ainda que a tua decisão implique estares menos disponível para o trabalho (porque tens aulas, por exemplo), tenho a certeza de que o teu patrão vai ver a tua decisão como algo positivo. Pode até não o demonstrar, mas todos os chefes gostam de empregados pró-ativos, interessados e que vão à luta. E, em alguns casos, pode até acontecer que o teu chefe tenha apenas medo de te perder: capacidades aumentadas equivalem a progressão de carreira potenciada, ao seu lado, ou longe dele. Portanto, seja para te sentires bem contigo própria, ou para aumentar as tuas hipóteses no mundo do trabalho, investir na tua formação compensa SEMPRE!

4. Não sei o que estudar! Isto, minha amiga, é um excelente problema para se ter. Podes decidir enveredar por temas que te seduziam na infância, ou na adolescência, e que tiveste de deixar para trás por achares que não tinham futuro, ou por algo que só agora descobriste. Avalia várias hipóteses, pesquisa um pouco sobre cada uma e decide. E, lembra-te, nada tem de ser definitivo: hoje podes ler sobre física quântica, e amanhã ter aulas de crochet. E depois avançar para a filosofia. Ou para uma qualquer arte marcial. O céu, caríssima, é o limite!

5. Já não tenho idade para isso! Hum… Sinceramente, já ouvi desculpas melhores! Se há algo que eu considero absolutamente extraordinário no ser humano é a sua capacidade para aprender, para mudar formas de agir e de pensar. Tudo, com a orientação mental certa, poder ser (re)aprendido. Certos temas com maior facilidade, outros com menos, é certo, mas, se realmente te interessa, tu chegas lá. Não te esqueças que um cérebro em movimento é um cérebro que envelhece mais devagar. Portanto, deves isto a ti própria: estuda, para o teu bem!

Confia em mim: este é o momento certo para fazeres algo mais por ti e para aumentares os teus conhecimentos. Tudo conta: os cinco minutos a ler enquanto esperas pelo autocarro, aquele bocadinho da tua hora de almoço para completar mais uma unidade de Espanhol, acordar 30 minutos mais cedo para estudar contabilidade financeira… Tu lá sabes.

Tu mereces o investimento que vais fazer em ti própria. Por todos os motivos e também por mais este: por teres a hipótese de provar a ti própria, uma vez mais, que vales muito, que tens grandes capacidades, sejam estas intelectuais, de organização, culturais, técnicas, motoras, analíticas ou de julgamento.

E isto parece-me importante sobretudo se te debates frequentemente com uma sensação de que estás a estagnar, de que te faltam conhecimentos importantes para o teu dia-a-dia, ou que precisas de te levar mais além e ocupar-te com novas aprendizagens.

Portanto, e inspirada pela nossa Busy Woman, segue em frente e começa já a aprender algo novo.
Já agora, se precisares de informação sobre esta temática e, mais particularmente sobre o Estatuto do Trabalhador-Estudante, passa pelo meu cantinho. Será um gosto ter-te por lá.

Atreve-te a ser feliz!

Não posso terminar sem agradecer à Rita por me ter recebido tão bem aqui no seu blogue. Foi uma honra poder partilhar com quem a lê estas minhas singelas dicas. Continuação de imenso sucesso, Rita!

21/08/2016

Como aproveitar o tempo quando os miúdos estão nas atividades e outras cenas

Os meus dois filhos sempre foram muito desportistas. Desde pequenos que fazem desporto e ao longo destes anos já experimentaram várias modalidades, enquanto nós nos desdobramos para os acompanhar a todo o lado... Nunca fui pessoa de ficar sossegadamente sentada a olhar enquanto eles têm aulas de natação ou treinos de judo. Gosto - preciso! - de aproveitar essas horas para fazer alguma coisa útil!

Já fiz caminhadas, já fui nadar, já fiz aulas de ginásio, musculação, já levei o portátil para trabalhar, já levei livros para ler... No último ano letivo fazia aulas de power jump e pilates no ginásio, enquanto eles estavam no judo. Outros dias, dava as minhas aulas de yoga enquanto o pai andava com eles para trás e para a frente.

Este ano, as coisas vão mudar. Já não vou dar aulas de yoga porque não dá mesmo - o tempo não estica e prefiro dedicar-me a mim, à minha prática, às minhas coisas, do que ter esse compromisso. Um dos miúdos vai voltar para a natação, o que me deixa muito entusiasmada - será que é agora que vou também inscrever-me nas aulas, em vez de ir nadar só 5 minutos de vez em quando? Eu fiz natação em miúda, mas nunca aprendi a nadar mariposa, só os outros 3 estilos...

Gosto de setembro e do início do ano letivo. Novas atividades, novos horários, novas rotinas... Vai ser um ano diferente, muito bom, de certeza, com mudanças - os dois miúdos no 2º ciclo, eu com um novo projeto de trabalho, o último ano da licenciatura em psicologia e, espero, mais tempo para mim!

Mas que atividades físicas fazer quando acompanho os miúdos? Por agora tenho duas opções: aulas de ginásio ou aulas de natação. A segunda hipótese agrada-me muito mais, mas tudo depende dos horários. Ah, já me imagino de fato de banho, touca e óculos a deslizar pela água e a aprender, finalmente, a nadar mariposa!

O cross-fit seria outra opção. Experimentei duas aulas em julho, adorei, mas... senti que uma prática de cross-fit iria afetar negativamente a minha prática de yoga. E não gostei daquela filosofia que os treinadores é que sabem e temos que fazer o que eles mandam - sou muito má a cumprir ordens...

As aulas de ginásio aborrecem-me. Não gosto das músicas, não gosto dos gritinhos, não gosto de ver pessoas a fazer aulas atrás de aulas atrás de aulas sem noção do que andam a fazer, como se isto fosse quanto mais, melhor. Gosto do power jump. O pilates não me desafia, o piloxing é sempre a mesma coisa, zumba nem morta me apanham numa aula dessas. Mas, sobretudo, não consigo estar uma hora a ouvir aquelas músicas naquele volume ensurdecedor.

A musculação já era. Já não faz sentido para mim o isolamento de músculos, o treinar com pesos, o olhar-me ao espelho para ver os músculos inchados. O que gosto agora e faço de vez em quando, em casa, é treino calisténico, com o peso do corpo - flexões, elevações, agachamentos, pranchas - e suas variantes. 

A minha prática de yoga também tem evoluído. E está mais simples. Nada de grandes planeamentos, de muita diversidade. Praticar ashtanga é o que eu gosto de fazer. E é nisso que me tenho focado.

Enfim... são as minhas divagações de agosto, este mês que não me agrada nada, enquanto espero ansiosamente pelo setembro!...

15/08/2016

Das férias, do trabalho, de Agosto

Não gosto do mês de agosto. Em criança, agosto significava férias (claro) um pouco aqui e ali, em Faro, nas Caldas da Rainha, em Lisboa. No fim do mês aparecia sempre aquela alegria e ansiedade pelo regresso às aulas. Era bom.

Agora, agosto é mês de muito calor e trabalho, enquanto a maioria das pessoas à minha volta parece estar em modo de férias - enquanto eu estou desejosa que chegue o outono (outono esse que praticamente já não existe no Algarve). Não gosto do mês de agosto. Gosto de julho, o mês das minhas férias e do meu aniversário, gosto de setembro, que me sabe a Ano Novo com o regresso à escola, às atividades, às rotinas que tanto conforto me trazem. Mas não gosto de agosto.

As férias em julho foram boas. Consegui livrar-me do vício do chocolate. A sério! Já não sinto aquela necessidade psicológica de comer chocolate depois do almoço. Atualmente, não toco em chocolate nem em nada com açúcar adicionado há 1 semana. Uma semana inteira sem comer chocolate! Um feito totalmente inédito para mim!!

Estas duas semanas de trabalho correram bem. Fiz tudo o que tinha planeado, 2 artigos acabados, 1 deles para submeter amanhã, o outro enviado para os co-autores. Mais um artigo para acabar de escrever até ao fim do mês e depois entro numa nova fase da minha carreira profissional. Estou um pouco assustada, mas muito entusiasmada!

Amizades. Estou a fazer novas amigas. Nos últimos meses conheci duas raparigas com quem me entendo muito bem. A verdade é que, infelizmente, eu acho a maioria das pessoas... uma seca, desinteressantes... não consigo ter conversas mais profundas com quase ninguém... Mas com estas duas parece que nos conhecemos desde sempre. É bom e espero continuar a atrair pessoas assim para a minha vida.

Casa. Ando numa de destralhamentos. Quando começarem as aulas deixo de ter tempo para estas coisas, por isso estou a aproveitar agora. Já enchi sacos de roupa para dar. A roupa que fica tem que cumprir apenas este critério: gosto de me ver com esta roupa? Estou farta de roupa que uso só porque tenho, mas que na verdade não me favorece grande coisa ou com a qual não me sinto gira. Quero sentir-me fabulosa sempre! Portanto, roupa que não me faz sentir assim vai fora.

Setembro. Desejosa que chegue. Vou 4 dias para Vila Nova de Milfontes praticar ashtanga com uma professora americana que foi a primeira mulher ocidental a aprender ashtanga, no início dos anos 70. Devido à minha lesão nas costas, em julho recomei a praticar devagarinho e tenho levado as coisas com calma. Quero estar em plena forma para esses 4 dias de prática, para poder aproveitar ao máximo.

Dieta. Estou no 8º dia do Whole30 - e, incrivelmente, tenho conseguido cumprir. Sinto-me super bem, cheia de energia, acordo antes do despertador e não me dá aquela quebra após o almoço. A maior parte do tempo não tenho apetites de chocolate, apenas quando vou ao supermercado e os vejo! Por isso, estou muito feliz comigo! E os efeitos na balança já se notam...

De resto, está tudo bem! Os fins de semana têm sido de piscina em casa dos meus pais - que as praias estão impossíveis!! Aqui ainda ninguém chegou ao ponto de deixar as toalhas e sombrinhas a marcar o lugar, mas no sábado passado às 9 da manhã já não havia lugar para estacionar o carro na praia de Faro... Ah, agosto, agosto... Vem depressa, setembro, que eu prevejo um maravilhoso ano à minha frente!

19/07/2016

NEVOAZUL – Uma revista sobre menos e mais

Um guest post da Inês sobre o seu novo projeto, uma revista sobre minimalismo!


Era Abril e a amena primavera prometia alegria às horas de trabalho que se avizinhavam pela frente. Que loucura! - pensei. Não só quero sensibilizar para a importância do minimalismo, da sustentabilidade e do consumo consciente como quero fazê-lo através do meio mais ingrato (e mais belo) que conheço, o papel. Mas eu estava determinada. Farta de folhear revistas sem conteúdo, onde a publicidade é rainha e os leitores são meros consumidores, vi no meu fascínio pelo meio editorial uma oportunidade de criar uma revista onde o minimalismo perde a sua pureza e se mistura com a arte, o consumo cede à literatura e a sustentabilidade à cultura. Tudo em nome deste meu desejo de criar um futuro melhor do que o presente.

Houve dias em que acordei às quatro da manhã para filmar o reflexo da lua cheia na água e para estrear a areia da praia antes do início do verão. Houve noites em que escrevi até às duas da manhã, quando os olhos já pediam descanso mas o entusiasmo exigia trabalho.
Cedi assim ao idealismo e rendi-me às artes. Sujei as mãos de tinta azul e fiz gravuras do Stonehenge. Escrevi sobre técnicas de restauro ancestrais, elogiei a impermanência e entrevistei aqueles que encontram equilíbrio no minimalismo e na simplicidade.
Apesar de vivemos numa era onde a velocidade, a abundância e o desperdício dominam, eu acredito que chegou a hora de dar uma nova oportunidade à eficiência, à criatividade e à qualidade.

Este foi o início da NEVOAZUL - uma revista sobre menos e mais, onde o consumismo, o minimalismo e a sustentabilidade se cruzam com a cultura, a literatura e a arte.
Numa cultura motivada pelo consumismo e pela memória, o primeiro número da NEVOAZUL reflete sobre as vantagens de aceitar a impermanência como catalisadora da simplicidade. Nas suas páginas vão poder descobrir como o algodão orgânico melhora a vida dos agricultores em redor do mundo, as razões porque o Einstein era um minimalista,  a arte ancestral do Kintsugi, pinturas feitas com materiais vulcânicos que simbolizam a beleza e a fragilidade da natureza, um artigo sobre uma rede social onde tudo  o que partilhamos expira em 24 horas, a história da youtuber Aileen Xu responsável pelo canal Lavendaire e muitos mais artigos, entrevistas e ensaios.


Com esta revista eu quero sensibilizar sobre a importância da responsabilidade social, da sustentabilidade e do consumo ético. Podemos viver numa era frenética em que os humanos invejam a velocidade das máquinas em prol de um futuro que consome o presente. Podemos comprar de forma cada vez mais rápida e barata, desprezando séculos de sabedoria e tradição. Mas eu acredito que as coisas não precisam de ser assim. A mudança está nas pequenas escolhas que fazemos diariamente e a minha escolha foi criar a NEVOAZUL, uma revista sobre menos e mais, um convite ao equilíbrio e uma ode à mudança. O meu maior desejo é que esta revista seja um porto de abrigo para todos aqueles que aspiram a uma vida mais simples mas significativa.
  
APOIA A NEVOAZUL: igg.me/at/nevoazul

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18/07/2016

Aproveitando as férias para destralhar

Apesar de estar de férias na praia, tenho vindo a casa de vez em quando, para ir às compras ou tratar de coisas... Tenho aproveitado para ir destralhando roupa, acessórios, utensílios de cozinha... enfim, tudo aquilo que durante o ano não consegui fazer, por causa do trabalho e curso de psicologia, estou a aproveitar agora para fazer. Afinal, destralhar não é uma coisa que se faz uma só vez na vida - há que manter!

Então, comecei com as malas. Os critérios para decidir o que vai e o que fica são simples: gosto? uso? fica-me bem? uso mesmo? ou só guardo porque gosto, mas na verdade não uso?
Quero ter apenas coisas de que gosto E que uso. Com isso em mente, passei destas malas (não as contei):


para estas:


e arrumei-as:



estas são para dar:



Fiz o mesmo aos lenços e gorros. Destes todos:


passei para estes:



E ainda juntei esta roupa toda para ir embora:


Ah, fico sempre tão mais leve quando destralho!!

13/07/2016

Uma relação saudável com o chocolate

Estive 4 dias inteiros sem tocar em chocolate. Tinha gelado de chocolate no congelador e chocolate preto no frigorífico. Não toquei em nenhum. Nos primeiros 3 dias passei a tarde a pensar em chocolate. Não fiquei zangada nem triste por não poder comer, como da primeira vez que fiz isto. Mas pensei bastante no chocolate. No quarto dia já não pensei muito. E no quinto menos ainda. E aí percebi: será que já me consigo controlar em relação ao chocolate?

Para quem acha que estou a ser demasiado dura comigo própria por querer acabar com este vício, ou que não se pode comparar o vício do chocolate com outros vícios, tem razão até certo ponto. Claro que o vício no chocolate não provoca os problemas de saúde e sociais que o alcoolismo ou a toxicodependência provocam. Mas os problemas psicológicos e comportamentos desadaptivos que já vi em mim... são assustadores. Comer chocolate às escondidas para ninguém ver e para não ter que partilhar, comer chocolate dos meus filhos sem lhes pedir, ir de propósito ao supermercado, todos os dias, para comprar chocolate, arranjar desculpas super racionais para justificar o chocolate, devorar todo o chocolate que vejo à frente... e depois sentir-me imensamente culpada por isto tudo... desculpem, mas para mim isto É um problema. E os problemas são para ser resolvidos, e não tolerados, comendo à mesma uns quadradinhos de chocolate preto por dia (que era a minha dose mínima diária), porque não faz mal nenhum.

O que eu pretendo em relação ao chocolate é ter com ele a mesma relação que tenho com o chá. Adoro chá, sou capaz de estar sempre com uma chávena de chá na mão, dá-me imenso prazer beber chá - mas se não tiver chá disponível, nem penso nisso. Quando não tenho chá, não vou ao supermercado de propósito nem fico o tempo todo a pensar nisso. Adoro chá e tenho com ele uma relação saudável. É o que pretendo para o chocolate.

E acho que estou mais perto dessa relação saudável. Ontem, no 5º dia sem chocolate, estava imenso calor aqui na praia. Apetecia-me mesmo uma coisa fresca. A única coisa fresca que tinha era o tal gelado de chocolate. Comi um pouco, o equivalente a pouco mais de 1 bola. Consegui controlar-me, não comi demasiado, fiquei satisfeita com a quantidade que comi, e não fiquei com nenhum peso na consciência. 

Podem ter passado apenas 5 dias, mas sinto que consigo controlar isto. Hoje vou ao supermercado e vamos ver como me comporto...

11/07/2016

Armário-cápsula?

Ultimamente tenho lido tanto sobre o armário-cápsula que decidi investigar o assunto mais a fundo.

A ideia partiu de Caroline, uma blogger americana, que no seu blog Un-fancy começou a falar de um guarda-roupa minimalista, com poucas peças, mas todas elas "usáveis" e versáteis, a que chamou de armário-cápsula. O conceito pegou e muitos bloggers começaram a criar o seu armário-cápsula, com poucas peças, mas peças de qualidade que são de facto usadas de várias maneiras diferentes e ficam bem.

Eu já não tenho tanta roupa como tinha há uns anos, antes do grande destralhamento, mas mesmo assim tenho peças que não uso. De vez em quando dou uma volta à roupa toda e ponho de parte o que não uso ou o que já não gosto... mas fico sempre com peças no armário que gosto mas não uso, ou que só consigo usar de uma maneira, ou, pior, peças que gosto, ficam-me bem, mas não sei como as devo usar... Então agora decidi experimentar este conceito do armário-cápsula.

Inicialmente, a Caroline estabeleceu várias regras para o armário-cápsula, se bem que depois alterou-as. A ideia inicial era escolher 37 peças de roupa para usar durante 3 meses (uma estação do ano). Mais tarde, ela flexibilizou a sua abordagem, focando-se num pequeno número de peças (não necessariamente 37) que ficam bem, são adequadas ao estilo de vida e à estação do ano.

A história das estações do ano é difícil aqui no Algarve. Basicamente já não temos Outono (a minha estação preferida...); o calor (não tanto calor como no Verão, mas mesmo assim, calor) prolonga-se até meados de novembro, e depois começa o inverno. Depois do Inverno vem o novamente o calor e o Verão. Portanto, está aí a primeira dificuldade - não ter estações do ano bem definidas onde vivo.

Mas lá tirei a roupa toda do armário e fotografei-a, peça a peça. Peguei num caderno e para cada peça de roupa escrevi várias maneiras de usá-la. Há peças de roupa que consigo usar de várias maneiras, outras que só me vejo a usar de uma única maneira.

Depois ataquei as gavetas. Lá foram mais umas quantas peças de roupa para dar e outras, aquelas que me deixam indecisa, guardei numa caixa de plástico no armário. São peças que se não forem usadas nos próximos meses, irão fora também.

Por fim, os sapatos. Tenho pouco mais de 20 pares, incluindo chinelos e ténis de desporto. Mesmo assim tenho 2 ou 3 pares de sapatos que não calço, mas como cabem no armário, por enquanto ficam lá.

Depois de fazer esta arrumação e de olhar com outros olhos para a roupa, percebi que não tenho assim tanta roupa quanto isso (já tive muita, mas muita mais...) e uso a maioria das peças que tenho. O meu desafio daqui em diante será, sim, tentar usar as poucas peças que não uso - essas que não uso é porque não sei como usá-las. Por exemplo, tenho uma camisa branca que adoro, mas só me vejo a usá-la com calças de ganga. No entanto, só uso jeans no inverno, quanto já está frio para a camisa branca. É este tipo de problemas que tenho que resolver...

Vou tentar seguir estas regras: para cada parte de baixo, devemos ter 5 partes de cima e basicamente tudo no armário deve ser coordenável entre si. Quero simplificar mais um pouco as coisas e libertar espaço - se bem que continuo a obedecer às minhas regras dos limites: a minha roupa continua a caber toda no espaço a ela destinado. Esta coisa do armário-cápsula atrai-me e em agosto quero dedicar-me mais seriamente a este projeto!

09/07/2016

Eu, viciada, me confesso

A confissão que se segue foi escrita há pouco mais de 1 mês. Em baixo, atualizei.

Escrito no início de junho

Eu sou viciada em chocolate. Mais precisamente, no cacau. Não é o açúcar; posso comer um doce, um bolo, qualquer coisa com açúcar, que não me satisfaz tanto como uns quadrados de chocolate preto. 

Só me apercebi da realidade e da magnitude deste problema no fim de maio, quando comecei a fazer o Whole30. Resumidamente, o Whole30 é uma dieta paleo de eliminação, a ser seguida por 30 dias, com o objetivo de identificar intolerâncias alimentares e melhorar a saúde de forma geral. Claro que se perde peso no processo, mas esse não deve ser o objetivo principal. Eu queria eliminar os laticínios para ver se melhorava os meus problemas com a rinite alérgica e produzia menos muco. Como disse, é uma alimentação tipo paleo, mas mais restritiva. Eliminam-se cereais, leguminosas, laticínios e açúcares adicionados. Por mim, tudo bem. Eu já faço uma alimentação paleo a maior parte do tempo, por isso não achei que fosse difícil (e foi assim que perdi 3 kg num mês, o ano passado).

Mas... não podia comer chocolate. Nem os dois quadradinhos de chocolate preto que como sempre depois do almoço. Nos dois primeiros dias do Whole30 comi o chocolate preto. Depois, joguei o resto da tablete pela sanita abaixo. Segui a dieta durante 5 dias, 3 deles sem chocolate. 

Em 5 dias, perdi 1 kg e senti-me bem, tirando uma ligeira dor de cabeça a seguir ao almoço, que dizem ser normal no início. Psicologicamente, foi horrível. Os desejos de chocolate eram imensos. Só pensava na quantidade de bolos que iria fazer e comer no fim dos 30 dias. Um dia fiquei mesmo muito zangada por não poder comer chocolate. Nos outros dias ficava triste. Ao 6ª dia, o desejo de chocolate era tanto que... enchi-me de pão com manteiga (não tinha chocolate em casa). Pão com manteiga!! Uma coisa que raramente como, e só em restaurantes! E depois, claro, veio o chocolate.

Isto revela que tenho uma relação emocional completamente tóxica e disfuncional com o chocolate. Eu sinto-me muito bem com uma alimentação baseada em proteína animal, frutas, verduras, sementes, frutos secos e coisas dessas. Não sinto falta de pão nem de doces... Mas o chocolate... é como uma droga. Se não como os 2 quadrados depois do almoço, não consigo pensar em mais nada. É horrível. 

Isto é um problema e tenho que começar a resolvê-lo. Poderia, com grande esforço, eliminar de vez o chocolate preto, mas não o quero fazer durante este mês de junho, pois tenho imenso trabalho e 3 exames. Em julho vou estar de férias e logo vejo.

O que quero fazer agora é voltar ao Whole30, mas manter os 2 quadrados de chocolate preto depois do almoço. Quero ver se os laticínios influenciam mesmo as alergias e a ranhoca... E quando não como cereais nem leguminosas, os meus intestinos trabalham de forma fantástica. 

Em julho logo verei o que fazer em relação ao chocolate. Mas admito que tenho um problema - e sei que tenho que lidar com ele...

Escrito hoje, a 9 de julho

Estou no 2º dia sem chocolate (nem outros açúcares adicionados, claro). Tenho que resolver este problema e como estou de férias, pode ser que consiga! Hoje tenho um jantar, com muitas sobremesas... e espero conseguir resistir.

Sinto falta do chocolate, sobretudo durante a tarde. Estou sempre a pensar em chocolate. Nem quero ir ao supermercado para não me sentir tentada (ontem fui e consegui resistir!). E apercebi-me que o vício é também de açúcar. As bolas de Berlim que comi esta semana em substituição do chocolate mostraram-me isso; não fiquei completamente satisfeita, mas ajudou bastante.

Continuo a seguir uma alimentação paleo quase 100% (hoje ao almoço, por exemplo, comi umas fatias de pão com as sardinhas), que não me custa nada (não tenho partilhado porque não tenho apontado...). Mas não comer chocolate custa imenso. Mesmo. Mas depois penso nalgumas pessoas que conheço que conseguiram largar vícios bem piores de um dia para o outro - e estou eu aqui a queixar-me por causa do chocolate? Eu consigo!

04/07/2016

Hoje

Acordei com o despertador às 7 horas. Fui à casa de banho, vesti-me, abri a porta da rua e encontrei um dia cinzento... Não me importo, estes dias fazem-me lembrar o outono e eu adoro o outono. E depois do calor que esteve ontem, um dia mais fresco e sem sol é muito bem-vindo. Estendi o tapete de yoga no pátio e pratiquei durante 45 minutos. A minha prática tem andado pelas ruas da amargura por causa da lesão nas costas. Tenho que recomeçar com calma. Depois, já de casaco vestido, pequeno-almoço: omelete, salada e fruta. Enquanto comia, naveguei na net. Redes sociais, blogs. Demorei-me no blog da Lénia e pesquisei alguns posts antigos que me marcaram e fizeram pensar quando os li, como este e este e este. Agora estou a escrever isto. Daqui a pouco vamos para casa, porque é dia de anos (dos meus anos) mas tenho imensas coisas a fazer. E, de qualquer modo, está demasiado frio para estar na praia.

19/06/2016

Os mitos que comemos



É o título do livro de Pedro Carvalho, nutricionista. Ao passar pelo livro no supermercado, gostei da capa e das questões: Qual a melhor dieta? Um ovo por dia é demais? Leite: sim ou não? Comprei o livro e devorei-o enquanto Portugal jogava contra a Islândia.

Este livro tem, ao contrário da maioria dos livros sobre alimentação e dietas, uma coisa que eu, como cientista, valorizo muito - referências bibliográficas. O que o Pedro escreve está devidamente suportado por centenas de estudos científicos. 

Depois, pareceu-me ser uma pessoa com muito bom senso. Do estilo, se tolera bem o leite de vaca e o bebe moderadamente, continue. Em relação ao glúten, não precisa ser radical, mas quanto menos melhor. Ou ainda, coma fruta na altura em que lhe sabe melhor.  E a minha preferida: o chocolate é algo demasiado precioso para passar a vida a resistir-lhe, por isso, se gostar faça por comê-lo todos os dias mas em quantidades muito moderadas.

Ou seja, bom senso, moderação, fazer escolhas mais saudáveis. Nada de fundamentalismos nem radicalismos.

O livro está dividido em várias partes. Para começar, o Pedro escreve sucintamente sobre os principais nutrientes (proteínas, gorduras e hidratos de carbono) e depois analisa algumas dietas famosas. Fiquei feliz por ler mais uma vez acerca dos benefícios de uma alimentação paleo e gostei que ele referisse várias vezes que carnes vermelhas não é o mesmo que carnes processadas (porque há quem ponha tudo no mesmo saco). 

Depois, um capítulo dedicado ao leite e ao glúten. Em Portugal estima-se que a intolerância à lactose seja de 40%, bastante menor que os valores a nível mundial; portanto, se gostas de leite e não te faz mal, bebe à vontade mas sem exageros. Gosto desta abordagem. O mesmo em relação ao glúten: se conseguires passar sem pão, melhor ainda, mas se gostas mesmo do pãozinho ao pequeno-almoço, não faz assim tão mal quanto isso.

De seguida, os mitos clássicos. A investigação científica mostra que não há nenhuma relação entre o açúcar e comportamentos hiperativos (embora o açúcar e as outras coisas lá misturadas façam mal a outras coisas, claro), os suplementos vitamínicos não abrem o apetite, pode-se comer fruta e beber água sempre que nos apetecer, antes, durante e depois das refeições, os testes de intolerância alimentar não têm qualquer suporte científico, e, outra das minhas preferidas, não é por comer menos ovos que o colesterol vai baixar (não são as gorduras saturadas dos alimentos de origem animal os grandes culpados, mas sim gorduras trans, açúcares e cereais refinados - enchidos, fritos, salgados, bolachas, e coisas dessas).

Por fim, uma capítulo dedicado ao novos super-alimentos - será que são mesmo super ou banha da cobra? Por exemplo, da próxima vez que estiver no hipermercado, em vez de ir ao corredor das bagas goji, experimente ir ao das nossas amoras, mirtilos e morangos. As sementes de chia são interessantes, mas não virá mal ao mundo se não as ingerir diariamente.  Há uma série de cereais que agora estão na moda e que são vistos como super alimentos mas apenas por serem diferentes, como o bulgur, o couscous e o millet. Na verdade, são apenas versões mais caras do arroz, esparguete e batata... E o Pedro dá-nos uma tabela com a composição nutricional de várias fontes de hidratos de carbono e... super alimento é mesmo a batata-doce!

Concluindo, gostei do livro. Gosto destas abordagens que primam pelo bom senso e pelo suporte científico, ao contrário daquelas que proibem a ingestão de fruta mas permitem salsichas e presunto... Por isso, se queres tirar algumas dúvidas em relação a estes mitos que estão tão enraizados na nossa cabeça, este livro é excelente!


02/06/2016

Minimalismo na LuxWoman

Só agora consegui ver a entrevista que me fizeram o ano passado, sobre minimalismo, claro.

Está fixe! (tirando o pormenor da minha idade... tenho 36, não 38 anos!! sou muito sensível a estas coisas...) :)

Podes ler aqui. (obrigada, Marta, pelo link!)





Há meio ano que não mudo o meu sistema de organização!!

No passado escrevi muito sobre agendas e como organizo as coisas que tenho a fazer... Ao longo dos últimos 4-5 anos experimentei sistemas diferentes, softwares, agendas em papel, fiz umas, comprei outras, voltei ao digital... sempre na tentativa de encontrar o que melhor se adequa a mim, à minha vida neste momento, às minhas necessidades.

Sou conhecida por mudar com frequência os sistemas. A cada 2-3 meses, lá estava eu a experimentar uma coisa nova. Mas apercebi-me que uso a mesma agenda e o mesmo sistema desde o início deste ano; se o uso há tanto tempo, então é porque parece que funciona!

Mas qual é este maravilho sistema? Muito simples:

> Agenda em papel tamanho A6 (1 dia por página)

Quando a comprei, fiquei com muitas dúvidas por causa do tamanho. A6 parecia-me pequeno demais para todos os meus afazeres... Mas tem funcionado! Percebi que não dava ter uma parte para as coisas com hora marcada e outra parte com as coisas a fazer (como aqui ou aqui); preciso de ter tudo junto para perceber quando é que posso fazer as diferentes tarefas, sobretudo agora que tenho aulas e tenho que encaixar as coisas nos buracos.



Esta agenda tem um dia por página e as horas marcadas. Aponto os compromissos com hora marcada, como aulas e reuniões, e nos espaços livres aponto as tarefas que tenho para fazer. Tem funcionado muito bem! Há uns meses pensei trocar esta agenda por uma igual mas maior, tamanho A5, mas não me parece necessário... Tenho treinado a escrita com letra mais pequena...

> Google Calendar

Continuo a ser completamente dependente do GCal. Uso-o mais ou menos como descrevi aqui. No início de cada semana passo o que tenho marcado no GCal para a agenda, e estão os dois sempre sicronizados.

> Workflowy

Este programa continua a ser o meu preferido para organizar projetos e listas de coisas a fazer. Falei sobre ele aqui.


É um sistema bastante simples - mas tem funcionado muito bem!





20/05/2016

Revisitando os meus sapatos

Só agora me apercebi que este blog fez 5 anos no passado dia 18, há 2 dias atrás! Bem sei que já não escrevo como escrevia, não por falta de vontade ou por não ter nada para escrever, mas sim por falta de tempo... Desde que me meti na licenciatura em Psicologia, o tempo que eu dispendia a pesquisar e a escrever para o blog é agora passado a estudar, a fazer trabalhos... enfim, vida de trabalhadora-estudante, mãe, e outras coisas é assim...

Mas agora que tenho um tempinho vou relembrar um dos posts que mais gostei - aquele em que mostrei como diminuí a minha coleção de sapatos. Ora, na altura, em setembro de 2011, tinha 55 pares de sapatos. Estava a iniciar-me no minimalismo, entusiasmada em simplificar as coisas, e consegui desapegar-me dos sapatos e livrar-me daqueles que não usava ou que não eram confortáveis. Nessa altura, reduzi o número de sapatos para 33 pares.



Pouco tempo depois, minimizei ainda mais os sapatos.

Desde essa altura, nunca mais deixei acumular. Perdi o interesse em comprar sapatos para colmatar outras coisas... perdi o interesse em gastar dinheiro em coisas que não preciso... Abracei mesmo o minimalismo e isso tem-se mantido até agora.

Atualmente, tenho 24 pares de sapatos. Ei-los na foto abaixo (as sapatilhas em baixo à direita foram fora; estavam demasiado velhas e as solas descoladas; tenho ainda umas botas castanhas de cabedal que estão guardadas e não aparecem na foto).



Quando olho para as fotos antigas, sim, tenho saudades de alguns dos sapatos. As sabrinas vermelhas, por exemplo. Mas se bem me lembro, faziam doer os pés... Pelo menos 8 pares já tinha na foto de 2011 e ainda os tenho - estão a durar!! Livrei-me de muitos outros sapatos e fui comprando alguns pelo caminho. Destes 20 e tal pares, não calço todos. 

Os 2 pares de sapatos fechados de salto alto e as sandálias castanhas de cunha não uso (os pares 3, 4 e 5 da fila de cima, da esquerda para a direita). As sandálias pretas ao lado raramente... 
Passei o inverno praticamente todo com os dois pares de botas da fila de trás, umas pretas, outras beges. 
As sabrinas, uso e gosto, mas este ano parece que passámos da chuva diretamente para o verão, ou seja, das botas para as sandálias. 
E quando é preciso um calçado mais fechado, a minha escolha vai a para sapatilhas - essas duas all star da frente são as minhas preferidas. 
Relativamente às sandálias, vejo um par que não uso e dois que precisam de substituição (as sandálias castanhas e brancas da fila do meio). 
E só tenho 2 pares de chinelos, os azuis e os pretos do lado direito da foto.

Olhando para a foto, reconheço que preciso de ir às compras. Mas agora, em vez de comprar só por comprar, compro porque preciso mesmo. Para ser mais exata, as sandálias castanhas e as brancas  (ao lado das sabrinas) estão em muito mau estado; duvido que aguentem mais um verão. Também preciso de um par de chinelos; os chinelos pretos da foto (no lado direito, fila do meio) foram comprados no Jumbo há uns dois anos e têm-se aguentado muito bem, mas é hora de arranjar outros; estes ficam para a praia.

Vinte e poucos pares de sapatos, é isto. E não os uso todos! Será que consigo minimizar ainda mais??
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