22/09/2015

Novo ano, novas rotinas


O verdadeiro ano novo é em setembro, quando as férias acabam e as crianças voltam à escola. Este ano há novidades. O mais velho está no 5º ano e entra meia hora mais cedo que o habitual. É apenas meia hora, mas muitos ajustes são necessários!

O mais novo quer ir para a escola também a essa hora, e não meia hora mais tarde, para ter mais tempo para brincar. O J. leva-os à escola, mas o que já deu para ver nestes dois dias é que o pequeno-almoço em família (eu e os miúdos, que o J. nunca toma pequena-almoço) perdeu-se...

Eu planeava as minhas práticas de yoga de maneira a acabar até às 8h. Depois despachava-me, fazia o pequeno-almoço, comíamos e eles iam para a escola. Agora, quando estou a arranjar-me, eles já estão a tomar o pequeno-almoço... e eu acabo por comer sozinha...

Ou seja, tenho que pôr todas as minhas rotinas meia hora mais cedo! A hora de acordar tem sido muito inconsistente. Ora é às 6h, ora é às 7 e tal. Não pode ser. Espera-me um ano de muito trabalho, com artigos, projetos, alunos para orientar e os estudos de psicologia... Não posso perder tempo nem deixar de fazer as coisas por falta de organização. O foco para os próximos dias será voltar a ter uma hora fixa para levantar - 6h da manhã. Levantando-me a essa hora, consigo praticar yoga durante quase hora e meia e estar despachada às 7h30, para me arranjar, acordar os miúdos, e tomarmos o pequeno-almoço juntos. Assim, até chego ao trabalho meia hora mais cedo!

Este 2º ano de psicologia está a ser giro e não me parece que vá ser muito trabalhoso. Faço questão de ir às aulas teóricas (excepto às de estatística, pois é uma coisa com a qual eu trabalho no dia a dia e as aulas são a um nível muito básico), e só vou às teórico-práticas se for mesmo importante. Por exemplo, andamos a ver uns filmes em algumas disciplinas durante essas aulas, e o que faço é ver os filmes em casa ao serão. Assim, o tempo da aula a que não vou é aproveitado para trabalhar, e ao serão não vejo porcarias na tv, mas sim os filmes que tenho que ver. Os professores facilitam as coisas aos trabalhadores-estudantes, o que ajuda muito.

O meu desafio de yoga está a correr bem. Tenho praticado quase todos os dias, se bem que têm sido práticas curtas, o que não me agrada muito... Seja como for, essas aulas curtas também têm que ser feitas, por isso não se perde nada. Mais vale 15 minutos de yoga todos os dias do que duas horas ao fim de semana.

As coisas fazem-se Não se faz tudo ao mesmo tempo, claro, mas vai-se fazendo, desde que haja motivação e organização!


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16/09/2015

Aula solidária de Yoga em Faro com gatos


A Pravi de Faro juntou-se a duas professores de yoga, a Sara Santos e eu, e vamos fazer uma (a primeira de muitas, esperemos) aula de yoga cujas receitas revertem a favor da Pravi, para apoiar o magnífico trabalho que esta associação faz em prol dos animais.

Vamos ter gatos para adoção na aula, o que é inédito em Portugal - será algo deste estilo:


Se estiveres na zona de Faro, aparece! A entrada é 2€ (no mínimo) ou 1 saco de areia para gatos. Como os lugares são limitados, confirma para faro.pravi@gmail.com até 25 de setembro.

Se todos ajudarmos um bocadinho, podemos fazer a diferença! Obrigada!


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11/09/2015

Como conciliar o trabalho e o doutoramento?


Recebi um comentário a este post acerca de como conciliar a realização de uma tese de doutoramento com um trabalho full-time (no caso, de 9 horas diárias). Bem, devo dizer que na minha área, com muito trabalho de campo e de laboratório envolvido, fazer um doutoramento em part-time é praticamente impossível. Mas compreendo que há outras áreas em que poderá ser mais exequível. 

Como em tudo, há que saber, em primeiro lugar, o que é mais importante, e eliminar o resto. Acredito que conseguimos fazer tudo, mas não tudo ao mesmo tempo... Trabalhar full-time, fazer um doutoramento e querer acabá-lo a tempo, e ainda saídas à noite, jantaradas com amigos, idas ao cinema, muito tempo em família, tempo para relaxar e viajar... esqueçam! Por definição, o doutoramento é das fases mais trabalhosas da vida académica. 

Por isso, o que proponho em primeiro lugar é eliminar atividades e responsabilidades que não interessam. Depois, a semana tem 168 horas. Se trabalharmos 9 horas, 5 dias por semana, e dormirmos 8, ainda sobram 67 horas. Se tirarmos 3 horas por dia para refeições, higiene e cuidar da casa, ficamos ainda com 46 horas livres. Mas também temos que descansar... se tirarmos 2 horas por dia para o relax, ainda ficamos com 32 horas semanais  - é quase uma jornada semanal de trabalho. Em cada dia de trabalho ficam 2 horas livres para o doutoramento e 11 horas nos dias de folga. Claro que ninguém quer passar 11 horas num sábado de sol agarrado ao doutoramento, mas é assim que os doutoramentos funcionam. Não é pêra doce, mesmo.

Claro que há coisas que têm que ser eliminadas. Sugadores de tempo como televisão, internet, beber cafezinhos aqui e ali, isso tem que, temporariamente, acabar. Ninguém disse que fazer um doutoramento é fácil, por isso tem que haver um esforço real e intencional para tal. A vida durante o doutoramento não pode ser a mesma que era antes.

Claro que um esforço destes durante muito tempo pode-nos afetar fisicamente e psicologicamente. Há que saber equilibrar as coisas. Se passei o sábado inteirinho de volta da tese, será que tenho que fazer o mesmo no domingo ou será melhor descansar e recarregar baterias? Mas se durante a semana só trabalhei e não peguei na tese, então o fim de semana será dedicado inteiramente a ela. 

Estabelecer dealines também ajuda. O problema deste tipo de trabalho académico é que não costumamos ter deadlines reais, ou as que existem são a longo prazo. É por isso que muitas teses se arrastam durante anos e anos... Podemos estabelecer deadlines para acabar cada capítulo, ou escrever um número mínimo de palavras por dia. 

Quando fiz o meu doutoramento, era doutoranda a tempo inteiro, e teria sido muito complicado de outra forma, mas agora estou a tirar uma segunda licenciatura e também me debato com este tipo de problema - ter tempo para tudo. Eu tenho a vida muito facilitada porque, como investigadora, não pico o ponto, mas de qualqur modo tenho trabalho para fazer e produtividade para mostrar. E, como aluna, comecei logo de início a ter muito boas notas e agora sinto essa pressão para só ter de 18 para cima.

Eu comecei simplesmente a aproveitar melhor todos os momentos. Almoço rápido, não faço pausas para ir ao café (mas faço para esticar as pernas e descansar os olhos, usando o Pomodoro), aponto tudo o que tenho para fazer para não me esquecer de nada, aproveito as horas depois do jantar para estudar ou trabalhar e aproveito os fins de semana. Não gosto de estudar nos dois dias de fim de semana (gosto de ter 24 horas inteirinhas para descansar), mas em altura de frequências já aconteceu. E, sobretudo, mesmo nas alturas mais complicadas, não deixo de tratar de mim e de fazer coisas que são importantes para o meu equilíbrio, como o yoga.

O doutoramento é só uma fase da vida, importante, sim, mas é uma fase. Trabalhosa, às vezes desesperante e frustrante, mas acaba por passar. Nada é permanente...


E tu, fizeste um doutoramento enquanto trabalhavas a tempo inteiro? Como foi?


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10/09/2015

Como organizo o trabalho científico

Vários leitores já me perguntaram como é que organizo o trabalho académico. Para começar, a vida académica é bastante diferente das outras. Geralmente, os investigadores não têm horários de trabalho, não picamos o ponto, e não temos um chefe atrás de nós a exigir coisas (geralmente!). O investigador tem que gerir o seu tempo e o seu trabalho e saber priorizar as tarefas. Esta falta de estrutura claro que complica as coisas, e se uma pessoa não for bem organizada pode acabar por perder muito tempo a fazer coisas que não interessam...

Neste post vou então partilhar a minha maneira de organizar o trabalho académico. Já falei sobre isso em posts anteriores, mas como sabes eu estou sempre à procura da melhor maneira de fazer as coisas. Por outro lado, agora que voltei a ser aluna, tenho que planear e gerir o trabalho com mais cuidado para ter tempo para fazer tudo.

É geralmente no fim de agosto, início de setembro que planeio o ano letivo que começa, usando o Workflowy. Divido os meus objetivos de trabalho para esse ano em vários tipos:

> artigos para escrever (inclui também candidaturas a projetos)
> trabalho de campo/laboratório
> outras coisas 

Para cada um destes tipos de atividade, listo os artigos ou o trabalho específico que tenho para fazer, como se vê na imagem:


Geralmente dou-me 2 meses para cada artigo, o que inclui toda a análise de dados e a escrita propriamente dita. O trabalho prático, de campo e laboratório, já deverá estar todo feito quando começo a escrever o artigo.

Uma leitora falou-me na escrita de vários artigos ao mesmo tempo. Isso é coisa que nunca faço! Nunca escrevo mais que um artigo ao mesmo tempo. Posso combinar a escrita de um artigo com trabalho de laboratório, mas escrever dois artigos ao mesmo tempo drena demasiada energia, e acaba por não ficar nada de jeito. Tenho que concentrar os meus recursos mentais numa coisa só. Por exemplo, se estou a trabalhar num artigo e entretanto chegam as revisões de outro artigo, dedico-me completamente a este e o outro fica em espera. 

Atualmente estou numa fase de muita escrita e dou-me 2 meses para escrever um artigo. Já consegui escrever um artigo inteiro (este) em apenas 2 semanas, mas agora tenho aulas, tenho que estudar, tenho outras coisas para fazer, e 2 meses é um período de tempo mais realista. 

Pelo meio da escrita de artigos, tenho também trabalho de laboratório para planear e executar. Faço o mesmo tipo de planeamento no Workflowy (mais sobre o Workflowy aqui, aqui e aqui):


Depois, vão surgindo outras coisas pelo meio, que não estavam planeadas, como escrever resumos para congressos, dar aulas, rever artigos, que vou enfiando no planeamento semanal.

Com base neste plano anual, planeio depois o trabalho para fazer em cada mês. Aqui já considero trabalhos que tenho que fazer para o curso de psicologia e o estudo para frequências. 

Por fim, no início de cada semana decido o trabalho que quero completar nessa semana, e em cada dia planeio detalhadamente as tarefas que tenho para fazer.

Não é nada complicado, e ter um plano detalhado e realista ajuda imenso. De resto, ferramentas como o Workflowy, o Google Calendar e a agenda em papel ajudam imenso!


E os leitores que também fazem investigação científica, como planeiam o trabalho?


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08/09/2015

Ultimamente...

Ao serão, gosto de me sentar no sofá e ver a casa arrumada.

No trabalho, os livros de biologia marinha convivem amigavelmente com os de psicologia ambiental. 

 Deitada na cama, tenho esta vista.

 E esta também, se virar a cabeça para o lado.

 A minha Soraia também gosta de aulas de yoga online.

 Quem leva um artigo científico para ler na piscina? Eu...


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03/09/2015

Um grande desafio de Yoga


Ultimamente tenho sentido a necessidade de me comprometer com um desafio de Yoga, mas uma coisa a sério, a médio prazo, que não seja demasiado restritiva. Eu gosto de planear a minha prática de yoga, mas muitas vezes, sobretudo quando pratico à tarde, só me apetece fazer uma prática restaurativa e calma, mas o que tenho na agenda é algo mais vigoroso...

Como já referi várias vezes, adoro sites de yoga online, pois a variedade é imensa em termos de professores, estilos, nível de dificuldade e duração. Eu pratico sobretudo ashtanga vinyasa yoga e no YogaGlo há uma professora de ashtanga que eu adoro, a Jodi Blumstein. Lá estão mais de 120 aulas dela; já fiz bastantes e gosto mesmo muito da maneira dela ensinar. Então tive uma ideia luminosa! Vou fazer todas as aulas da Jodi! Mas preciso de um prazo... até ao fim do ano, pouco mais de 4 meses para mais de 120 aulas (que estão sempre a aumentar)!

E é este o desafio que tenho andado a fazer com muita motivação há uma semana. Para não encher este blog com posts diários de yoga, criei um novo onde escreverei enquanto durar o desafio. Cada aula que faço merece um post onde explico como foi a aula e como me senti. Coisa simples.



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01/09/2015

Implementando o GTD || As ferramentas

O David Allen refere uma série de material de escritório que eu não uso e não tenho. Como faço a maioria do trabalho no computador, não tenho muito papel nem material de escrita.

A gaveta da minha nova secretária/estante tem muito espaço livre e num dos armários tenho papel, blocos, folhas A4 para a impressora, capas transparentes e pouco mais.


Em relação às caixas de entrada, no trabalho tenho dois tabuleiros de papel transparentes. Um diz IN - é, portanto, a caixa de entrada. O outro é onde coloco papéis para guardar ou para digitalizar.


Em casa não tenho tabuleiros de papel, mas sim estas duas caixas. Uma é a caixa de entrada, a outra é onde ponho papéis para arquivar, papéis para digitalizar (eu só guardo em papel aquilo que tem mesmo que ser - o resto é digitalizado), recibos para o IRS e uma capinha que funciona como tickler, mas sem divisórias.

O sistema é simples e tem funcionado. O segredo, claro, é esvaziar com frequência as caixas de entrada que incluem, além desta física, o telemóvel, o email e outros meios por onde recebemos informação.

A agenda... ah, eu adoro agendas e experimentar novos sistemas, novos designs e layouts... Desde julho que estou a usar uma Hobonichi, vinda diretamente do Japão. Adoro o papel, o toque, a qualidade, e tem imenso espaço para escrever. É que eu não uso a "agenda" apenas como agenda... A minha agenda verdadeira, no sentido que lhe dá o GTD, é o Google Calendar. É aí que tenho vários calendários onde aponto tudo aquilo que tem uma data específica. É assim há muitos anos e funciona lindamente. 

A agenda em papel tem várias funções: agenda propriamente dita, lista de coisas a fazer, diário de despesas e comida, caixa de entrada, enfim... está sempre comigo, por isso, quando preciso de apontar alguma coisa ou tenho alguma ideia, é nela que escrevo.

O meu sistema de arquivo é sobretudo digital. Uso o Evernote e o Dropbox e, como já referi, digitalizo tudo o que posso. O que tem que ser arquivado em papel está guardado nestes dossiers de argolas:


O David Allen ainda fala em caixotes de lixo (só tenho uma caixa pequena para a reciclagem de papel), máquinas etiquetadoras (tenho uma mas raramente uso) e coisas pequenas como post-its, clips e agrafadores...

Ora, uma coisa que gosto muito é fazer pequenos bloquinhos de papel usado para apontar seja o que for que me vier à cabeça. Por exemplo, estou no computador a escrever esse post e de repente lembro-me que quero pesquisar um determinado assunto na net. Como vou acabar primeiro de escrever o post, o mais provável é esquecer-me desse assunto... mas em vez disso aponto essa ideia num papelinho! Tenho bloquinhos destes em casa (no escritório, na sala, no quarto e na cozinha) e no trabalho e adoro-os! Faço uns maiores, outros mais pequenos, e assim despejo tudo o que tenho na cabeça para o papel - que afinal é uma das bases de todo o GTD!



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