31/05/2013

A vida simples de pessoas reais - Cristina


Há alguns anos para cá comecei a seguir alguns blogs sobre minimalismo, principalmente depois da crise do subprime nos EUA. Nada como uma cultura extremamente consumista como a americana para nos mostrar o que é o consumismo absurdo e extremo (alugar armazéns para guardar coisas que nunca se usam?!). Com o subprime, muitas pessoas perderam o seu poder de comprar, já para não falar das suas casas (e respectivos armazéns alugados). Começaram a surgir imensos blogs sobre finanças pessoais, expressões como decluttering, e a admiração por filosofias como a frugalidade e a vida simples.

Fiquei fascinada pela alteração tão profunda de mentalidades, pelas boas intenções que todas estas pessoas tinham,  deixar o lado mais material da vida e dedicarem o seu tempo, espaço e dinheiro ao que realmente importava.
Se assistir a todas essas experiências me influenciou? Sim. Se me fez moderar os hábitos de consumo e mudar de atitude? Claro que não.

Existe sempre mais uma peça de roupa, mais um par de sapatos, mais uns pratos de cozinha azuis giríssimos a juntar aos 30 que já tenho (eu vivo sozinha), mais um livro para as estantes. Um absurdo. E por mais vendas de Ebay que eu fizesse àquele guarda-fatos, por mais coisas de cozinha que "oferecesse" à minha mãe, a minha casa de 30 (?!) metros quadrados estava sempre cheia, cheia de coisas.
Até que a vida se encarregou de me dar uma lição.

Vim parar à Àfrica. E ao final de 8 meses posso já notar umas diferenças...
Neste momento vivo numa casa de 200 m2 (acho) que está, digamos... arejada. Tenho 2 divisões vazias. Saber que temos de voltar para Portugal e que apenas podemos levar uma mala de 30 quilos limita-nos um pouco as coisas em que queremos gastar dinheiro porque, depois, não as podemos trazer no regresso.

Um sofá. Uma televisão. Uma secretária com a sua cadeira. Não há candeeiros, quadros, cortinados. Na cozinha, para mal dos meus pecados, ofereceram-me uns copos na mesma semana em que tinha comprado os meus. 6 cadeiras, 6 pratos, 6 copos, 6 conjuntos de talheres - o suficiente para dar uma jantarada simpática. Terrinas de servir? Não, temos os tachos. "Ah e tal... olha estes pratos tão giros...." "Não!".
Esperem: pratos giros viram-se na África do Sul, porque onde estou, em Moçambique, não há lojas. Há uma ou outra loja do chinês, uma ou outra drogaria, mas nada que nos dê propriamente vontade de "ir às compras". E nada melhor do que refrear um instinto consumista do que.... não ter lojas!

Roupa: uso 10% do que trouxe. Saltos altos? Impossível. Os passeios são praticamente inexistentes e há demasiada areia e pedras para se conseguir andar de saltos sem se estragarem. Os pés e os sapatos. E há sempre tanto calor e tanta humidade no ar que apenas as roupas mais leves são toleráveis. Para trabalhar aqui é sempre casual friday. Resultado: já dei imensa roupa que trouxe para cá. E também não há cá Zara e afins, por isso... no shopping.

Livros? Desde que tenho um Kindle que a minha vida mudou. E ainda bem: que se quisesse comprar aqui livros tinha de pagar 30 ou 40 euros por um titulo que na Fnac custa 15. Para além de que a oferta é extremamente limitada... Quero ler alguma coisa, faço download (a Amazon tem imensos títulos gratuitos, por exemplo) e fica dentro do meu Kindle, arrumadinho, sem ocupar espaço. Para quem tem mais de 1000 livros em casa e outros tantos em casa dos pais, é realmente revolucionário. 

Comida. Existem imensos legumes e frutas frescas. Mas tudo o que é embalado e não é feito cá é caríssimo - tudo tem de ser importado. Moral da história: menos ingredientes, menos complicações a preparar refeições e, neste caso, mais saudável! Minimalismo culinário é algo de fascinante.

Por isso, passados 8 meses, posso dizer que algumas coisas se alteraram: consigo viver sem os meus 30 pares de sapatos e sem o meu guarda-fatos proibitivamente grande. Sem a minha cozinha cheia de gadgets. Sem Fnac. Passei a gostar da decoração clean e despojada de uma casa sem móveis. Basicamente, passei a gostar de viver com muito menos.

Em dois meses vou regressar a Portugal. Se vou continuar a viver assim, com esta vontade de viver com pouco? Duvido muito: não nego que estou cheia de ganas de mergulhar de cabeça numa Zara. Ou em qualquer centro comercial. Em saltos de 10 centímetros. 

Mas não nego que há coisas que se alteraram: a sensação de leveza e de liberdade que se ganha. Porque temos menos coisas às quais temos de olhar, arrumar, dar atenção e dedicar tempo. É inegável. E isso não quero, decididamente, deixar de ter.

Cristina

~

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30/05/2013

As superfícies horizontais atraem tralha

É mesmo. As superfícies horizontais são como ímans para a tralha. Quanto maior a superfície, maior a quantidade de tralha que lá se acumula. Não acreditas? Olha em redor. Olha para a tua mesinha de centro. Para a mesa de jantar. Para as mesas de cabeceira e as cómodas da roupa. 
Eu tenho tentado diminuir a quantidade de coisas que se vão instalando nas superfícies horizontais cá de casa. 

não tenho mesas de cabeceira. A roupa interior que tinha nas gavetas das mesinhas coube numa cómoda grande que substituiu 1 cómoda e 2 camiseiros (muita roupa foi fora, claro). As poucas coisas que preciso junto de mim durante a noite cabem perfeitamente nos bed pockets que fiz.


E o candeeiro de leitura não precisa de uma superfície horizontal...


Outra superfície que acumulava tralha (copos, pratos, brinquedos, livros, etc.) era a mesinha de centro da sala. Cheguei a ter uma mesa grande, com prateleira por baixo...


que foi substituída por uma mesinha mais pequena...


que foi substituída... por nada.

(ok, a sala parece mais feia aqui, mas esta foto foi tirada com o telemóvel...)

Já não tenho a mesa para pôr os pés, mas agora ponho-os ou na parte da chaise-longue do sofá ou na bola de pilates (que é muito mais confortável que a mesa). Os copos e pratos colocamos num tabuleiro com pés que está ao lado do sofá. Os livros, brinquedos e outras coisas que ficavam em cima da mesa... são arrumados depois de usados.

Mais recentemente, tratei de outra superfície horizontal que me preocupava... pois era tão grande que facil e rapidamente se enchia de papéis meus, desenhos dos miúdos, lápis, canetas, material de costura e por aí fora... a minha secretária.
A minha secretária era um tampo de mesa de jantar que foi pintado de branco, levou umas pernas novas e assim foi convertido em secretária. Era grande, pois eu queria espaço para o portátil e para a máquina de costura. Mas, claro, rapidamente apercebi-me de que não precisava de tanto espaço horizontal. E esse espaço a mais era um íman de tralha.

Assim, a minha secretária enorme...


foi substituída por um tampo muito mais pequeno... 


igual às secretárias dos meus filhos.


Outra superfície horizontal que desapareceu já há algum tempo foi esta prateleira no hall de entrada...


A prateleira era usada para colocar as chaves e esse tipo de coisas ao entrar em casa. O resto da prateleira servia para acumular pó.
Tirámos a prateleira, os quadros e pintámos o hall para tapar os buracos... (continuou cinzento)


Encurtei a almofada que tinha no banco e coloquei uma taça branca grande para servir de apanha-tudo. A prateleira de cima também já anda a incomodar-me, mas os camarões na parte inferior são muito usados para pendurar casacos e malas...
A parede está agora demasiado vazia (vê-se reflectida no espelho), mas queria aproveitar esse espaço para escrever e pintar a frase do Thich Nhat Hanh "Smile, breathe and go slowly". Essa parede é a primeira e a última coisa que vejo quando entro e saio de casa - seria, portanto, um bom lembrete para começar e terminar o meu dia...

E vocês, como estão as vossas superfícies horizontais?

28/05/2013

Duas ferramentas para organizar a vida

Eu já perdi a conta à quantidade de ferramentas, digitais e de papel, que já experimentei para organizar o meu dia, as minhas listas de coisas a fazer, os meus projectos... Há já algum tempo, porém, que uso apenas duas ferramentas e aquela vontade de experimentar coisas novas não se tem manifestado (felizmente).

Não são ferramentas novas nem desconhecidas nem complicadas. São o Google Calendar e o Google Tasks. As duas têm dois aspectos que me atraem muito: o design é simples e não têm muitas opções/definições. Mas como é que as uso?

Google Calendar

É a minha agenda. Não uso agenda de papel, mesmo a Moleskine de que tanto gosto. Agora que tenho um smartphone com internet, não preciso mais de andar carregada com papel. A agenda do google é suficiente para mim e para a família. Já não tenho não sei quantos calendários diferentes na agenda. Tenho um calendário para cada membro da família. Sim, um calendário para mim, com coisas pessoais e profissionais. Eu sou só uma, por isso não faz sentido dividir a minha vida em calendários diferentes...

Que tipo de coisas é que aponto na agenda? Compromissos, tarefas que têm que ser feitas num determinado dia, aulas de yoga, ginásio. A novidade na forma como utilizo o GCal é esta:


Comecei a usar o campo da descrição para apontar as tarefas de trabalho que tenho para esse dia.

Um dia típico no meu Gcal será qualquer coisa assim (dia inventado, só para terem uma ideia):


No topo, tarefas importantes para esse dia (dar a leitura da luz, pagar os almoços da escola, coisas desse género) ou lembretes (um dos miúdos não tem aula de ginástica, por exemplo).

Coloco as horas de trabalho (work) no Gcal e é lá dentro, na descrição, que aponto as tarefas para esse dia específico. Isto permite-me não me esquecer de pequenas coisas que tenho que fazer em certos dias, pois todos os dias de manhã (e na véspera, antes de sair) abro o Gcal para ver o que me espera. Não posso pôr um visto numca caixinha depois de completar cada tarefa, mas posso escrever OK à frente de cada tarefa - que é o que faço.

Como disse, cada um de nós tem um calendário e cada calendário tem uma cor diferente (o do J. é cinzento). Assim, visualmente, é mais fácil ver as actividades de cada membro da família (se bem que com o Gcal podemos escolher qual ou quais calendários queremos visualizar).


Google Tasks

Simplicidade é cada vez mais a palavra de ordem e, portanto, simplifiquei as várias listas que tinha no Gtasks (falei do Gtasks nesteneste post).
As primeiras quatro listas entendem-se - são listas de coisas para fazer, mas sem data específica. Não ordeno as coisas por prioridades nem objectivos. Quando se simplifica a vida e elimina-se o que não interessa, não se fica assim com tanta coisa para fazer que seja necessário ordenar as coisas por ordem de importância (eu sei bem o que é mais importante - o que não é importante, é mais certo ser eliminado). 

As duas listas seguintes são coisas de trabalho ou pessoais que têm que ser feitas numa data específica. No início do mês verifico a lista respectiva e agendo as tarefas no google calendar.

groceries list - sim, é a lista de compras. Usei o Out of Milk durante algum tempo, mas o Gtasks serve perfeitamente - e assim é menos uma app que tenho no telemóvel.

reading list - eu quero ler tantos livros, que tenho que fazer uma lista, não me vá esquecer de algum...

someday/maybe e waiting - funcionam como descrito no GTD, mas não as separo em listas diferentes por contextos. Em vez disso, uso dois contextos apenas (work e others) que coloco como tarefas e as coisas de que estou à espera ou que estou a pensar fazer um dia, como sub-tarefas:


 (como vêm, só estou à espera de coisas de trabalho... é o que dá simplificar...)

Além destas duas ferramentas, continuo fã do Gmail e do cronograma em excel para planear o trabalho a médio prazo. E é isto!

24/05/2013

A vida simples de pessoas reais - Débora


Meu nome é Débora, sou brasileira e estou lhe escrevendo para lhe contar um pouco sobre minha jornada de busca de uma vida mais simples. Eu comecei a me interessar pelo minimalismo ainda adolescente quando eu me deparei com uma cena descrita no livro Brida do escritor Paulo Coelho. Nesse livro, um dos rituais que Brida tem que cumprir é doar tudo aquilo que ela não usava.

A explicação do livro é que se você tem coisas que não usa sua energia fica parada e tendo menos objetos você começa a direcionar sua energia para o que é realmente importante para você. Infelizmente, esse não é
o pensamento do mundo moderno que valoriza tanto os excessos. Depois disso muita coisa aconteceu, mas o pensamento de simplificar sempre ficou na minha mente, mesmo que eu não tivesse muito sucesso em aplicá-lo. Eu sempre gostei do assunto organização (fixação é a palavra) pesquisava em blogs sobre o tema até descobrir o seu blog. Agradeço a você pela simplicidade e empenho com que conduz o Busy Woman and the Stripy Cat.


A primeira coisa que eu comecei a diminuir foi os meus pensamentos. Como eu consegui isso?  Meditando!  Como foi difícil meditar, ainda é. Pode parecer fácil ficar em silêncio e de olhos fechados, mas essa é a única forma de minimizar o barulho da nossa impulsividade, aquele inquilino barulhento que fica na mente incentivando a  comprar objetos que não vai usar, comer por impulso.

Meditar fez grande diferença na minha vida. Antes, imperava o caos. Eu não tinha ordem ao fazer as atividades. Começava algo e logo em seguida, começava outra coisa. E algo que a desorganização me trouxe foi a frustração por não conseguir alcançar os projetos que me propunha.

Quando eu consegui me controlar melhor foi possível descobrir o porquê de guardar tantos objetos. Descobrir os sentimentos envolvidos no processo de comprar e guardar. Depois disso eu consigo parar e pensar antes de comprar: Nossa, isso é tão bonito. Porém, eu não preciso disso. Aprendi a me conhecer melhor e o que me faz sentir bem de verdade. Descobri o que é realmente importante para mim. E claro, eu
ainda tenho muitos pensamentos, mas a minha mente está mais vazia e focada. E agora eu consigo aos poucos descobrir o que é importante, o que vale a pena focar, a colocar cada coisa em seu lugar. Tento construir um hábito. Sempre penso sofá é para sentar e não para guardar livros. E coloco os livros na estante e não no sofá. Tento pensar na utilidade básica de cada coisa.


Outra coisa importante foi diminuir o padrão de exigência. Tento não gastar tanto tempo fazendo arrumação ou sofrendo com isso. Separei os dias da semana que devo fazer a limpeza e faço o mais rápido possível. Faço o que eu posso. Tento fazer a limpeza um lugar por vez e não fazer mais nada enquanto estou limpando. Como não posso limpar a casa todo dia (fico muito cansada e tenho outras coisas para fazer) eu dividi a limpeza pelos dias da semana. E só limpo no dia designado. E vamos levando a vida. 

Ainda falta muito para me tornar uma pessoa realmente organizada, mas agora me sinto bem mais próxima de ser. O primeiro passo eu já tomei que é procurar a cura.


Quem quiser saber um pouco mais sobre o processo é só procurar mais informações no blog: existecura.blogspot.com.br

Abraço

Débora Ramos (Gaia)



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21/05/2013

Repensando o vegetarianismo

Nos últimos dias tenho andado a pensar nisto de ser vegetariana... e se vale a pena impôr-me este rótulo. Apesar de, no geral, me sentir bem desde que deixei de comer carne e peixe, há mais de 3 meses, há certos aspectos do vegetarianismo que são menos positivos:

- Tenho andado com o estômago inchado, sobretudo quando como mais feijão, o que não é nada agradável.

- As opções vegetarianas que encontro fora de casa nem sempre são, a meu ver, saudáveis. A verdade é que sinto que a minha alimentação era mais saudável quando comia carne e peixe do que agora.

- Essas opções vegetarianas incluem lasanhas, tortilhas, quiches (de legumes, alho francês, bróculos, etc.), com imensos ovos e molhos; eu não comia lasanha de carne porque achava aquilo uma bomba, e agora tenho que gramar com lasanhas de outras coisas... e os ovos então, já não os posso ver à frente...

- Como em casa temos que fazer duas refeições diferentes (o J. faz para ele e para os miúdos e eu faço para mim), as duas refeições não costumam ficar prontas ao mesmo tempo. O que acontece é que como tenho que esperar pela minha comida enquanto os homens da casa estão a comer, não comemos todos juntos à mesa, o que me chateia bastante.

- Como não tenho feito menus semanais, visto que o J. está totalmente responsável pela comida dele e dos miúdos, as refeições que ele prepara costumam ser acompanhadas de... batata frita - coisa que também me chateia. Quando eu fazia menus semanais, planeava refeições mais equilibradas...

- Não sei se está relacionado, mas é um facto que desde que deixei de comer carne e peixe tenho imensa dificuldade em levantar-me cedo como costumava fazer. Dantes, mesmo no inverno, noite cerrada lá fora, não tinha qualquer problema em levantar-me às 5 da manhã. Agora, às 6h o sol brilha e os pássaros cantam e eu só penso em dormir...

Por estes motivos, vou largar o rótulo de vegetariana. 

Vou comer carne e peixe, de preferência grelhados, quando me apetecer, e vou fazer refeições vegetarianas quando me apetecer.
Vou continuar a não comer pão, cereais e laticínios (só um pãozinho com queijo muito raramente), eliminar/diminuir o arroz (que é sempre integral) e diminuir nos feijões, lentilhas e coisas do género. 
Vou voltar a comer poucos ovos (entenda-se, gemas) e eliminar lasanhas, tortilhas e similares da minha alimentação.
Vou aumentar mais as verduras frescas e não exagerar na fruta por causa do açúcar. 
Vou fazer salame de chocolate e bolos em casa (faço com farinha integral e açúcar amarelo) e não comprar já feito. 
Vou substituir a farinha de trigo (mesmo sendo integral) por outras farinhas (de amêndoa, alfarroba ou côco). 
Vou deixar de beber chá preto e talvez chá verde (por causa da cafeína) e beber apenas chás de ervas. E muita água.

Do vegetarianismo ficou-me uma maior consciência do sofrimento dos animais que são criados em condições terríveis para a nossa alimentação. Como não quero contribuir para isso, vou começar a comprar carne e ovos biológicos - mesmo sendo mais caros. 

Não consigo ler mais o rótulo dos ovos que costumo comprar, que falam em gaiolas melhoradas - essas gaiolas melhoradas têm que ter uma área mínima de 750 cm quadrados por galinha. Isto corresponde a um quadrado com menos de 28 cm de lado - por galinha... Não, eu quero ovos de galinhas felizes, criadas ao ar livre! 

Adorei este post da Ema (e todos os outros posts dela sobre produtos biológicos) - diz ela: "De qualquer maneira se este é o preço (2.44€ por 6 ovos) para não cortarem o bico às galinhas que põem os ovos que como, nem para as encafuarem em espaços mínimos e fechados, nem para matarem os pintainhos machos de formas horríveis, eu aceito-o." E isto resume o que eu penso. Vamos ver como corre...

19/05/2013

É tão bom saber costurar!

Há mais de 3 anos descobri a costura e desde então não parei mais. Aprendi sozinha, com a ajuda da internet, a fazer malas, sacos, cortinados, babetes, estojos, marcadores de livros, bases para copos e outras coisas para a casa. Cheguei a fazer coisas para vender, através da Etsy, mas quando simplifiquei a minha vida, percebi que gastava demasiado tempo com isso, os tecidos e produtos ocupavam demasiado espaço em casa, e o retorno financeiro não compensava. Mas continuei a fazer tudo o que posso para mim e para casa...

Há dias, em cerca de 1 hora, fiz uma coisa muito gira - um saco para o meu tapete de yoga! Quando vou às aulas de yoga no ginásio gosto de levar o meu tapete, mas não dava jeito nenhum levá-lo enrolado na mão ou dentro do saco com as outras coisas. Então, fiz um saco só para o tapete!



Assim, posso transportá-lo facilmente! Usei dois tecidos fortes de algodão (o branco e o xadrez), fiz uma costura em baixo, outra de lado, adicionei a alça e em cima fecha com cordão. Fácil, rápido e o custo - zero (usei restos de tecidos que tinham sobrado de outros projectos).

Ao longo destes três anos fiz imensas coisas para mim, para a casa, para amigos e familiares, para vender, até aceitei encomendas personalizadas. Sempre que preciso de alguma coisa em tecido, antes de comprar, penso se é coisa que eu posso fazer - e geralmente é. Assim, uso no dia a dia imensas coisas feitas por mim, o que obviamente é muito mais especial que comprar e usar coisas feitas em série.


Duas malas que fiz para mim e uso no dia a dia.

Fiz o cortinado para a porta e a almofada para o banco da entrada (e mala que está pendurada, mais uma que uso no dia a dia).


Transformei uns corsários de ganga em mini-saia.


Capas para almofadas é das coisas mais fáceis de fazer! Já fiz muitas...


Fiz também a saia para a cama...


E os bed pockets que substituem as mesas de cabeceira.


Mais almofadas feitas por mim...


E um dos meus sacos preferidos (este tecido foi um sucesso - tive várias encomendas de sacos iguais a este, incluindo da minha mãe).


Até fiz umas calças de pijama para o J.


Uma clutch de girassóis que está sempre na minha mala - onde guardo a escova de dentes, pente, perfume, e essas coisas que as mulheres levam sempre consigo...


Suporte para rolos de papel higiénico que fiz para a casa de banho. 


Uso também um saco de compras bem resistente feito com um tecido muito giro!


E este é o saco, grande e reversível, que levo para o ginásio e para a praia!

17/05/2013

A vida simples de pessoas reais - Paula

Desde 2012 que estou curiosa com este estilo de vida minimalista, “mais simples”, mais recheado de experiencias do que de bens materiais. Nunca fui de gostar muito de ter a casa atolhada de coisas, mas confesso que quando me oferecem ou compro algo muito dificilmente consigo (ou melhor conseguia) dar, apesar de não fazer de todo falta. Graças a alguns amigos compreendi que não há nada melhor do que partilhar. Por isso, aderi ao Freecycle. E todos os anos organizo um momento de ofertas espontâneas aos amigos: bijutaria, livros, roupa!

Finalmente encontrei o teu site e a partir daí tenho tentado sistematicamente aprender com outras experiencias e aprofundar o tema.

Desde 3 anos para cá, a vivencia com pouco tem sido mesmo experienciada ao máximo! Quando só se pode levar 20 kg numa mala de viagem e temos de aprender a viver durante 9 meses com esses bens que tão cuidadosamente escolhemos, compreendemos como é absurdo ter um guarda-roupa a abarrotar de roupa que nunca vestimos.

Vivo “aos saltos” de um país para o outro, como “trabalhadora humanitária” por isso a minha vida tem de caber numa única mala (mais fácil de transportar às costas).

O proximo passo é mesmo melhorar o planeamento/organização. Será o meu objectivo para 2013.. espero ansiosa por dicas e "lessons learned" que me possam ajudar.

Mesmo no Sudão do Sul, tento acompanhar o blog!

Paula


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15/05/2013

Relaxamento para crianças

Hoje em dia as crianças vivem dias agitados com a escola, as actividades extracurriculares, a sua vida social (muitas vezes mais activa que a dos pais)... Os meus filhos chegam muitas vezes a casa cansados, desmotivados e só querem sentar-se em frente à televisão. Como sou apaixonada pelo yoga, tenho feito algumas posturas (asanas) com eles. À noite, antes de dormir, fazemos uma sessão de relaxamento que envolve algumas asanas simples e um pouco de meditação. A meditação para crianças é diferente da meditação que os adultos geralmente fazem. Não é pôr as crianças a observar a sua respiração nem a entoar o OM. É com exercícios de visualização - histórias em que eles são os protagonistas.

Em primeiro lugar, a criança deita-se na cama de barriga para cima para fazer algumas asanas simples, que mantém durante alguns momentos. Aqui está um dos meus filhos a demonstrá-las.

1. Joelhos ao peito - com os joelhos juntos, puxá-los em direcção ao peito e abraçar com os braços.

2. Bebé feliz - a criança agarra os pés pelo lado de dentro e abre as pernas, levando os joelhos em direcção ao chão.

3. Pés ao alto - levar as pernas para o alto; também pode usar-se a parede para encostar as pernas.

4. Shavasana - pose de relaxamento com as pernas estendidas e os braços ao longo do corpo, todo o corpo relaxado. A criança fica nesta posição durante a história.

Depois destas posturas de relaxamento, chegou a vez da história. No quarto fica apenas uma luz suave (para que eu consiga ler a história) e gosto de pôr música a tocar. Adoro este album Indigo Dreams: Kid's Relaxation Music (há excertos no you tube e o album completo no Spotify).

Aqui fica uma história (adaptada deste livro), que deve ser lida pausadamente com uma voz calma e relaxada.

Um dia na praia

Imagina que estás na praia, a caminhar na areia. Sente a areia quente nos teus pés. A areia está seca ou molhada? Aproxima-te da beira-mar e continua a caminhar, sentido a água salgada a molhar os teus pés e pernas. De vez em quando páras para observar as conchas que o mar traz consigo. Apanha um concha e observa-a. Leva contigo a concha e continua a andar pela praia.
Agora encontraste um sítio bonito na praia e estendes a tua toalha na areia. Deita-te na toalha e sente o sol quente na pele. Sentes também uma leve brisa, suave e refrescante.
Ouve as ondas a rebentar na praia. Ouve as crianças que brincam lá ao fundo, divertidas, e ouve as gaivotas que cantam. Ouve o som das ondas do mar. A onda vem até à costa e depois volta para trás, para o oceano. 
Continuas deitado na areia. Agora, coloca a mão na tua barriga. Sente a barriga a subir quando o ar entra pelo teu nariz. Sente a barriga a descer quando o ar sai. Para cima, para baixo, tal como as ondas do mar.

No fim da história, a criança permance na cama e eventualmente acaba por adormecer...


namaste,
Rita

10/05/2013

Hazel-inspired

Quem lê este blog há mais tempo sabe que eu sempre tive um problema com a roupa - excesso de roupa. E sabe que nos últimos anos, graças ao minimalismo, consegui livrar-me de mais de metade da minha roupa, incluindo sapatos e acessórios. E sim, arrependi-me de ter jogado algumas coisas fora, como umas sabrinas vermelhas que eram super confortáveis e uns colares mais coloridos que ficam bem agora na primavera-verão com os meus vestidos brancos.

Também já referi algures que o meu estilo mudou imenso ao longo dos anos. Na adolescência era a típica surfer girl - jeans, t-shirts e sweat-shirts de marcas de surf (e fazia surf, também), sapatilhas ou chinelos. Quando entrei na universidade, para um curso famoso por os seus alunos serem detectados à distância (a roupa, os chinelos, o cão, a bicicleta, eram imagens de marca do pessoal de BMP - quem andou na UAlg sabe do que falo), fui na onda e nunca me vesti tão mal como nessa altura (imaginem calças de fato de treino velhas e t-shirts largas). 

Depois a coisa lá melhorou, mas nunca soube exactamente qual era o meu estilo. Houve uma altura em que vestia muita roupa da Bershka e fazia conjuntos giros e coloridos q.b. (nada de exageros, que eu nunca gostei de muitas cores misturadas). Depois de ter sido mãe, comecei a usar mais saltos altos, blazers, camisas - roupas que não têm nada a ver comigo e com as quais nunca me senti particularmente confortável ou gira. Passada esta fase, comecei a explorar roupas mais coloridas (cheguei a ter as mesmas calças em branco, preto, laranja e rosa), mas também não me sentia 100% eu. Tive os meus problemas com o castanho, larguei os saltos altos no dia-a-dia (tenho alguns pares que raramente são usados), percebi quais as cores que me ficam bem e livrei-me do resto. Comecei a reconstruir o meu guarda-roupa à volta de algumas cores (branco, cinzento, preto, azul) e a adicionar, aos poucos, cores que ficam bem com estas. (todos os posts sobre roupa aqui)

Tenho imensa sorte por não ter um dress code no trabalho (se há sítio onde não se liga minimamente à roupa, é o sítio onde trabalho). E isto permite-me ser eu mesma. Vestir-me com o que gosto, usar o que me deixa confortável e me faz sentir gira. Gosto de poucas peças de roupa, em não mais de 2 ou 3 cores; não uso colares e brincos em simultâneo (mas posso usar vários colares ao mesmo tempo); os sapatos querem-se confortáveis e, para mim, saltos altos não se enquadram nesta categoria (sabrinas e chinelos sim); castanho só na forma de cintos e calçado em pele, ou colares e brincos de madeira.

Eu tinha outra regra: se uso uma saia ou calças largas, a parte de cima deverá ser justa; se uso uma blusa larga, a parte de baixo deverá ser justa. Era impensável vestir uma saia larga com uma blusa largachona, com medo de parecer um saco de batatas, ou umas calças justíssimas com um top ainda mais justo. Mas deixei de ser tão rígida. E eis que chegamos ao conjunto a que chamo Hazel-inspired....


Vamos por partes:

A Hazel é a minha querida Hazel Claridade, que há uns anos propôs um desafio giríssimo às suas leitoras: durante o mês de Maio usar apenas saias e vestidos para celebrar o sagrado feminino. No fim do mês, a Hazel colocou fotos das suas 31 fatiotas (vão ver, vale a pena). Eu, na altura, adorei, mas não pensei mais no assunto. 

Há uns tempos voltei a esse post e fiquei inspiradíssima! Abri os olhos e apercebi-me que eu posso vestir o que quiser! Não preciso vestir-me de uma determinada maneira por causa do trabalho, o que é óptimo. Não me interessa o que os outros pensam de mim ou da minha roupa (se me visto mal ou bem). Só há uma coisa que me interessa: sentir-me eu! Gira e confortável! E então revi a minha regra da parte de cima justa, parte de baixo larga - mas qual é o problema em usar uma saia larga com um top largo? 

Ontem fui assim como mostra a foto. Uma saia (que dá para fazer vestido cai-cai) dos indianos com um top largo. Muitos colares (um deles o japamala feito pela referida Hazel). A mala não está na foto, mas costumo usar sempre um dos tote bags feitos por mim.

Ah, bliss! Admito que certas roupas não são muito indicadas para o laboratório. Ontem via-se mais saia que bata... Mas o que interessa é que me sinto casa vez mais eu - e menos preocupada com a opinião dos outros em relação à minha imagem. Sim, é verdade que nas festas de anos e reuniões da escola sinto-me diferente das outras mães (abundam as calças e as camisas), mas who cares?...

No lab...

A vida simples de pessoas reais: Daniela


Sou casada e mãe de duas meninas, adoro o meu marido mais que tudo, e as minhas filhas são as coisas mais bonitas que fizemos ....


Apesar disso tudo ... não era feliz... Estava stressada, cansada, nunca descansada na minha mente: sempre com coisas por fazer e pensar, sempre coisas a anotar, sempre... sempre... sempre... !!!!! Quando me sentava no sofá não estava em paz ... não gozava do momento presente....
E passei assim anos a passar através da minha vida sempre a pensar que o amanhã seria melhor ....



Li muitas coisas sobre este assunto : ORGANIZAÇÃO!!!! Tentei várias coisas, acções... mas nada dava...



Mas o segredo a Rita é que o encontrou .... Simplicidade ....



Fui devagarinho mas como se diz : devagar se vai ao longe !



E o tempo passou....Continuei a destralhar e a realizar que a minha vida estava muito complicada com muitas coisas, compromissos, e tralha !!!!



O fim de semana passado um amigo nosso veio passar o fim de semana à casa, não estava previsto, e ao princípio era só uma noite, e depois duas ... Passámos 3 dias óptimos !!!! Rimos muito, divertimo-nos muito!!!! E no domingo à noite pensei que há algum tempo isto nunca teria sido possível! Quando tinhamos pessoas em casa eu precisava de fazer a limpeza a fundo, tinha que estar tudo arrumado, e só depois é que podiam vir as pessoas... Meu marido dizia-me: deixa-te disso!... mas eu ficava magoada por deixar ver a minha casa tão desarrumada ... pois minha casa é o reflexo da minha mente... pensava eu !



Neste fim de semana tudo estava arrumado (pois tenho muita coisa a menos e então é muito mais fácil de arrumar no dia a dia), só o chão é que tinha algums cabelos (somos 3 a ter o cabelo comprido então vejam!), a roupa é que ficou um pouco atrasada com a passagem a ferro mas foi rapidamente recuperada!!!!



Então digo: obrigado Rita, mostraste-me o caminho para o bem estar e agora gozo do momento presente!!

Daniela

~

Queres participar? Envia-me um texto a contar a tua jornada em direcção a uma vida mais simples para o email rita (at) busywomanstripycat.com, com o assunto "guest post". Obrigada!

08/05/2013

A arte e a ciência de educar crianças felizes

A querida Magda, aka Mum's the Boss, tem vindo a realizar workshops de grande sucesso sobre "A arte e a ciência de educar crianças felizes". As datas dos workshops de 2013 já estão definidas e estou muito contente porque vai haver, finalmente, um workshop no Algarve!!!


As edições de 2012, em Lisboa e no Porto, foram um sucesso. Podes ler testemunhos aqui.

O workshop é 1 dia, das 9h30 às 17h00. Estão já programados cinco workshops para 2013, em Lisboa, Porto e Faro. Aqui ficam as datas:

Lisboa
8 de Junho
9 de Junho

Porto
29 de Junho
30 de Junho

Faro
28 de Setembro (eu vou lá estar!!)

Podes consultar mais informações no blog da Magda ou através do email info(at)parentalidadepositiva.com


Ultimamente... via instagram


Preto e branco com detalhes vermelhos 

 O meu gato persa adora deitar-se em caixas e cestos pequenos demais para o seu tamanho...

 Um dos meus favoritos

 Colorida

 Preto e vermelho

 Ah, este fim de tarde algarvio...

 Branco, claro.

Delicioso jantar vegetariano

06/05/2013

40 dias de yoga

Eu nunca fui muito amiga de programas ou dietas do tipo 30 dias disto, 7 dias daquilo, 4 semanas de assado. Até o dvd da Jillian Michaels, Ripped in 30, que eu adorava, não consegui cumprir. Não gosto dessas obrigações, ter que fazer isto ou aquilo durante um certo período de tempo predefinido.


No entanto, meti-me num programa de 40 dias de yoga... e estou a cumpri-lo! Comprei o livro do Baron Baptiste, 40 Days to Personal Revolution - o Baron Baptiste é um guru do yoga americano, que criou um estilo de yoga, Baptiste Power Yoga (é vinyasa flow yoga à maneira dele, muito dinâmico e aeróbico). O livro é um programa de 40 dias com sequências de yoga que mudam todas as semanas. Na primeira semana são 20 minutos de yoga e na última semana são 90 minutos. Para acompanhar o programa, no site dele estão disponíveis podcasts com as práticas semanais de yoga - é mais fácil ouvir e fazer do que ler no livro e fazer ao mesmo tempo...

Comecei a fazer este programa porque um verdadeiro yogi pratica yoga diariamente. Eu adoro fazer aulas online e no ginásio, mas sentia falta de uma prática minha, feita ao meu ritmo, que possa fazer sozinha. Queria levantar-me de manhã cedo, estender o tapete e fazer a minha prática, sem ter que ligar o computador e escolher uma aula para fazer. Claro que as aulas são importantes para aprender as ferramentas do yoga, mas como diz Kara-Leah Grant no seu livro Forty days of yoga - Breaking down the barriers to a home yoga practice, o yoga é coisa pessoal que uma pessoa faz sozinha, de acordo com as suas necessidades; quando praticamos yoga sozinhos, somos forçados a confiar em nós próprios, a ouvir o nosso professor interior, e com o tempo, aprendemos o que é preciso ser feito.

Ao longo dos últimos meses fui experimentando vários estilos de yoga e sem dúvida que o que mais me atrai é o power vinyasa yoga, que tem as suas origens no exigente ashtanga yoga, mas não segue uma sequência  fixa de asanas (posturas). De acordo com essa chave aqui em baixo, o meu estilo de yoga é mesmo o power!


Comprei então o livro do Baron Baptiste, Journey into Power, onde é apresentada uma sequência de mais de 50 asanas diferentes que ele considera serem as essenciais para uma rotina de yoga completa. A sequência toda leva cerca de 90 minutos, mas antes de me aventurar em 90 minutos de uma prática de yoga exigente, achei melhor começar devagar... e daí os 40 dias do 40 Days to Personal Revolution. As sequências vão aumentando em duração em cada semana, até aos 90 minutos na sexta semana do programa. Como as sequências vão sendo construídas tendo como base a sequência da semana anterior, acabo por saber a sequência de cor - eliminando a necessidade de computador, podcast ou livro... e assim fico com a minha prática diária de yoga (além das aulas, que ajudam imenso para corrigir o alinhamento e outros pormenores).

Há por aí yogis a lerem-me? Praticam diariamente em casa ou só nas aulas?

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