06/08/2015

Como ser mais feliz? Passa tempo na Natureza


Rita B. Domingues & Márcio C. Santos

Passar mais tempo na Natureza é uma outra técnica frequentemente aconselhada como forma de apurar os sentidos e esvaziar a mente. Embora seja uma área relativamente recente, a psicologia ambiental tem fornecido uma visão sobre as relações existentes entre as pessoas e os ambientes que as rodeiam, quer naturais como construídos (Gifford, 2014). Os ambientes naturais revelam de facto uma riqueza de características restaurativas que melhoram o funcionamento cognitivo, o humor, a vitalidade e que ajudam a reduzir o stresse e a agressividade (Kaplan, 1995). Por exemplo, o envolvimento em atividades recreativas ao ar livre, tais como o surf, tem um impacto significativo no bem-estar, principalmente quando o envolvimento é elevado (Cheng, Tsui, & Lam, 2015); um simples passeio por um espaço verde, como um parque ou o campo, tem uma maior influência na recuperação da fadiga física e mental relativamente a um passeio por um ambiente urbano (Hartig & Staats, 2006). De facto, ambientes naturais como a praia ou o campo têm um efeito positivo na felicidade e no bem-estar físico e mental (MacKerron & Mourato, 2013).

Próximo post: pratica Yoga!


Referências

Cheng, S.-T., Tsui, P. K., & Lam, J. H. M. (2015). Improving mental health in health care practitioners: randomized controlled trial of a gratitude intervention. Journal of Consulting and Clinical Psychology, Vol 83(1), Feb 2015, 1277-186., 83(1), 177–186. Retrieved from http://psycnet.apa.org/?&fa=main.doiLanding&doi=10.1037/a0037895
Gifford, R. (2014). Environmental psychology matters. Annual Review of Psychology, 65, 541–579. doi:10.1146/annurev-psych-010213-115048
Hartig, T., & Staats, H. (2006). The need for psychological restoration as a determinant of environmental preferences. Journal of Environmental Psychology, 26(3), 215–226.
Kaplan, S. (1995). The restorative benefits of nature: Toward an integrative framework. Journal of Environmental Psychology, 15(3), 169–182. doi:10.1016/0272-4944(95)90001-2
MacKerron, G., & Mourato, S. (2013). Happiness is greater in natural environments. Global Environmental Change, 23(5), 992–1000. doi:10.1016/j.gloenvcha.2013.03.010



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6 comentários:

  1. Adoro seu blog, mas esse formato de colocar referência bibliográfica em post - na minha humilde opinião - não combina com a informalidade inerente ao formato de um blog, pois fica meio impessoal. Não posso falar pelos outros leitores mas eu gosto de saber a suas percepções, experiências e visão pessoal sobre as coisas.
    No mais, concordo com o post, fico mais feliz próxima à natureza. Também pretendo cursar psicologia um dia. Você mostra que é possível ser mãe/profissional, etc e perseguir outros sonhos. Adoro! Beijos

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    1. Olá Deborah, o objetivo desta série de posts é precisamente mostrar que estas coisas que se lêem em todo o lado têm (ou não) fundamento científico. Para tal, as referências a estudos científicos são necessárias. Eu expliquei isto no primeiro post da série: http://busywomanstripycat.blogspot.pt/2015/07/como-ser-mais-feliz-moda-ou-facto.html
      O objetivo aqui não é mostrar a minha visão pessoal - isso é o que faço nos outros posts todos... Aqui o objetivo é mostrar, através dos estudos científicos, os efeitos das várias práticas...

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    2. Entendo. Obrigada pelo esclarecimento. Um abraço

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  2. Olá, Rita.

    Sobre este tema, acho muito interessante o trabalho do Richard Louv, que se não estou em erro, cunhou o termo "Nature Déficit Disorder" e da sua "Children & Nature Network" (https://www.facebook.com/childrenandnature?fref=ts; http://www.childrenandnature.org/learn/news-center/).

    Deixo aqui também o link para um artigo seu na Orion Magazine (que é uma revista fantástica aliás, caso não conheças já): http://www.orionmagazine.org/index.php/articles/article/240/.

    Se tiveres oportunidade, explora. Acho que valem muito a pena.

    :)

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  3. Olá, Rita. Era só para lhe dizer que gostei tanto do post que o partilhei na minha página do FB (flarity4life). Tudo de bom para si.

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