O ano passado, depois de abraçar um estilo de vida minimalista, mudei também a minha maneira de pensar acerca das prendas que invariavelmente oferecemos no Natal e aniversários, por obrigação.
Transcrevo aqui o que escrevi o ano passado:
Nesta sociedade consumista e materialista em que vivemos, comprar e oferecer (e receber) prendas no Natal e aniversários é quase uma obrigação. Todas as pessoas à nossa volta estão à espera que o façamos. Não interessa a prenda, não interessa se é uma coisa útil ou não - interessa, sim, oferecer.
Oferecer prendas significa, para a maioria das pessoas, que gostamos ou nos preocupamos com a pessoa a quem oferecemos a prenda. Como muito bem referem The Minimalists, então só nos preocupamos/gostamos dos outros dois dias por ano (Natal e aniversário)? Então e nos outros trezentos e sessenta e tal dias? Como é que mostramos a nossa preocupação e afecto durante a maior parte do ano?
Mostramos com acções, com experiências, com conversas, com momentos - não com coisas. E daqui a uns anos é mais provável lembrarmo-nos de uma conversa interessante que tivemos com alguém do que lembrarmo-nos de quem é que ofereceu a tralha que se vai acumulando pela casa (porque deitar fora as coisas que nos oferecem não passa pela cabeça de ninguém, não vá a pessoa que ofereceu ficar ofendida...).
Este ano, 2012, só comprei prendas para os miúdos: dois kits do Science4You para cada um. Não uso o Natal como desculpa ou como obrigação para oferecer prendas. Se quiser oferecer alguma coisa a alguém, ofereço, independentemente da altura do ano. O minimalismo libertou-me do consumismo e deu-me esta liberdade.
rita aqui no brasil é a época do endividamento.
ResponderEliminarde comprar coisas inuteis para ofertar a quem nunca as usará.
repenso muito o significado do natal...nao é consumismo é uma data religiosa...
abraços
lilian
Concordo totalmente! Este ano combinei com a minha família que será um natal sem prendas :) Apenas (e já é muito pois é o mais importante) daremos a nossa companhia uns aos outros e eu farei comidinha vegana para toda a família experimentar. Para mim, o Natal é estar em família, tão simples quanto isso :)
ResponderEliminare tens toda a razao!!! eu aproveito a epoca para oferecer uns miminhos a pessoas que gosto ou para oferecer o que faz falta. por exemplo o meu pai dificilmente aceita alguma coisa fora do natal ou dos anos, pq fica chateado de gastarmos dinheiro com ele, mesmo q sejam coisas q lhe facam falta.
ResponderEliminar100% de acordo
ResponderEliminarVery good text
ResponderEliminarMinha mãe sempre tentou me passar isso, mesmo ela nem tendo muita consciência de que essa atitude pode ser considerada minimalista =)
ResponderEliminareu sempre gostei de criar coisas e fazer presentes handmade (e também presentear independentemente da época do ano), acho muito mais caloroso e sincero!
Concordo contigo. O minimalismo e a vida simples nos libertam desse consumismo desenfreado natalino e também nos desobriga das amarras e de alguns dogmas sociais. Deixamos de nos preocupar com a moda, com o status social, com o que os outros pensam e com as aspirações ditatoriais do mundo corporativo. Essa liberdade permite-nos ser o que de fato somos.
ResponderEliminarprendas para os miudos por aqui também, mas sem esquecer de um mimo para pais, sogros, avó, irmão e marido! como geres os presentes com os familiares mais proximos (pais,avós, marido...)?
ResponderEliminarDou presentes quando me apetece! Vou oferecer uma bicicleta ao J. em Janeiro, porque me apetece, não por ser natal ou aniversário. Quando me apetece dar coisas, dou. É uma opção, não uma obrigação. E na minha família ninguém liga a isso...
EliminarRita,
ResponderEliminarme sinto totalmente em sintonia com este texto. Também estou me libertando deste peso de oferecer algo somente por oferecer, mesmo sendo algo vazio de significado. O mesmo para decoração natalina e enfeites da casa. Algo que vai ficar acumulando poeira e vai ser descartado logo depois, indo para no lixo ou numa caixa de tralha.
Beijos e obrigada pelos textos, sempre tão motivadores.
Olá Rita!
ResponderEliminarConcordo plenamente......li o post do ano passado e também concordo......temos que marcar a diferença numa sociedade consumista e mostrar que o Natal não tem nada a ver com ofertas e outras coisas mais.......Natal é celebrar o nascimento de Jesus e relembrá-lo simplesmente em paz e harmonia e se possível, com a família reunida!
Beijinho!
Na minha família já não damos presentes de natal há vários anos, afinal, qual o sentido disso? É uma tradição que pra nós não faz sentido... Pra nós, basta nos reunirmos, fazermos uma ceia, celebrar mesmo todos juntos...
ResponderEliminarRenata
E relativamente à decoração de natal, qual a tua posição?
ResponderEliminarObrigada,
Subscrevo na íntegra as palavras da Rita. Faço tal e qual.
ResponderEliminarBeijo
Quem me dera...
ResponderEliminarConcordo em genero, numero e grau... Gosto de dar um presente de vez em quando, mas nunca no Natal, para não entrar nessa roda-viva de consumo que envolve todo mundo. Dou presentes nos aniversários - ainda não me libertei disso! Gosto de dar algo que "acabe": chocolates, bolos, vinhos, flores, sabonetes. Assim, ninguém precisa ficar guardando em casa um objeto de que talvez nem goste tanto assim...:)
ResponderEliminarA exceção são minhas filhas e marido. Como esses, não há risco em comprar uma peça de roupa ou algo que de fato queiram.
Concordo em genero, numero e grau... Gosto de dar um presente de vez em quando, mas nunca no Natal, para não entrar nessa roda-viva de consumo que envolve todo mundo. Dou presentes nos aniversários - ainda não me libertei disso! Gosto de dar algo que "acabe": chocolates, bolos, vinhos, flores, sabonetes. Assim, ninguém precisa ficar guardando em casa um objeto de que talvez nem goste tanto assim...:)
ResponderEliminarA exceção são minhas filhas e marido. Como esses, não há risco em comprar uma peça de roupa ou algo que de fato queiram.
Por cá também só dou prenda à Letícia e aos meus pais. A estes últimos só dou coisas que realmente sei que vão utilizar e não tralha. Por exemplo ao meu pai vou oferecer uns ténis novos, pois ele estava a precisar (até o levei à loja e foi ele que escolheu). À minha madrasta vou oferecer uns produtos da The Body Shop, que sei que ela utiliza. Aos restantes adultos não vou dar qualquer prenda. Até com o meu marido, combinei de não trocarmos prenda (isto não quer dizer que não o façamos uma vez por outra, mas pelo menos, quando nos lembramos de o fazer, não é por obrigação... ah,e também nunca trocamos tralha entre nós, só coisas úteis ou que pura e simplesmente gostamos).
ResponderEliminarÉ assim, cá por casa.
Eu passo o ano oferecendo miminhos as duas pessoas mais importantes da minha vida. E não considero consumista. Se vejo algo que me faz lembrar estas pessoas (ou outras muito queridas) ou se simplesmente estou afim de dar um bombom daqueles redondinhos como miminho e quebra de rotina, eu dou em qualquer altura. O mesmo do meu parceiro, em qualquer altura ele me oferece algo que vê que eu estou precisando, seja pessoal ou profissional. No Natal já há muitos anos que não existe tradição de presentes: as circunstancias da vida assim conduziram. Mas isto já me passa ao lado e agora que me identifico tanto com o estilo minimalista me valorizo por ter sido assim. O que ainda não ultrapassei é ver as familias se juntando na noite de Natal, o que é optimo, mas novamente sao as circunstancias da vida que eu espero e luto para que mudem algum dia. Se souberem de alguma organização de voluntariado ou algo assim me avisem.
ResponderEliminarNem 8 nem 80. Amo o Natal pelo seu aspecto religioso, sagrado e simbólico. Mas também pelas suas tradições, por quê não? Também gosto do minimalismo e da frugalidade (no sentido que você já explicou tão bem aqui nesse maravilhoso blog). Gosto de presentear nesta época tão linda e não considero isso uma obrigação ou algo que se é feito sem real sentimento. Aliás amo tanto este período do ano que gostaria que este espírito de confraternização se estendesse para além do Natal!
ResponderEliminarGrande beijo para você!
Viviane
Rita, concordo, principalmente com o facto de se poder fazer uma demonstracao de carinho a qualquer altura do ano, e as ocasioes nao faltam em que genuinamente se pode oferecer algo a alguem, seja porque motivo for. Mudando um bocado de assunto mas ainda relacionado com o consumismo, estava ha pouco a ler outro dos meus blogs favoritos, lembrei-me que a Rita era capaz de achar interessante. A Janice, que escreve o blog, tambem so usa preto, cinzento, branco, vermelho e denim, e de vez em quando, uma outra corzita...
ResponderEliminarhttp://theviviennefiles.blogspot.com/?view=classic
Obrigada Rita, por ter respondido no meu blog acerca da sua vinda ao norte para uma sessão. Tenho pena mas vou seguindo por aqui.:)
ResponderEliminarRita, apesar de concordar contigo, não consegui me "livrar" dos presentes de Natal. Meu marido já disse que quer o dele; não tive coragem de dizer não à vaquinha que fizeram para o presente da minha mãe e terei que mandar presentes aos sogros (ainda via correio). Eu não suporto esta obrigação comercial de ter que dar presentes no Natal, mas realmente ainda não consegui me libertar. Sou de Belém, Brasil.
ResponderEliminarGostei muito do seu texto, e penso da mesma forma.
ResponderEliminarAbraços.
Adorei o texto e estou 100% de acordo. Por isso, gostaria de te apresentar um projecto do qual estou a ajudar a organizar chamado "The First Christmas". Estou a viver em Inglaterra no momento , daí estar em inglês.
ResponderEliminarEis o link da página no facebook: https://www.facebook.com/TheFirstChristmas
Aí encontras mais pormenores. Em breve haverá uma versão em português.
Obrigada! :)