18/12/2012

O minimalismo, o budismo e uma vida sem esforço

Há tempos recebi um comentário que me pedia para falar um pouco sobre como é que o minimalismo se relaciona com a religião e a espiritualidade. Nunca falei disso aqui no blog por um motivo muito simples: não sou religiosa. Metade da minha família é católica, metade é ateia, e eu segui a via do ateísmo.

Do budismo, nunca soube muito. Sempre associei os monges budistas a pessoas carecas, que se levantam cedo, passam horas a meditar, são auto-suficientes, vegetarianos, e são das pessoas mais calmas e pacíficas do mundo. E sabia que Dalai Lama é um título, não o nome da pessoa.

Comecei a ler mais sobre o budismo, sobretudo o budismo zen (um dos muitos ramos do budismo), quando percebi que o autor do "Smile, breathe, and go slowly", um mantra muito presente no Zen Habits, é um monge zen, Thich Nhat Hanh. E comecei a perceber que os princípios do minimalismo são, de facto, princípios do budismo. É como se o minimalismo fosse uma adaptação do budismo à vida moderna.

Em primeiro lugar, o budismo não é apenas uma religião. É uma filosofia, um estilo de vida. O que me agrada no budismo é que não há uma adoração a entidades sobrenaturais; apesar do budismo não negar a existência desses seres, não lhes confere poderes de criação, de julgamento ou de salvação. O budismo baseia-se no ensinamentos de Siddhartha Gautama, um príncipe hindu que viveu algures entre os séculos VI e IV A.C. O budismo zen é um ramo do budismo que nasceu na China no século VI D.C. e foi fortemente influenciado pelo taoismo (os conceitos de yin e yang e aquele círculo metade preto e metade branco, sabem?).

Muitos dos ensinamentos do budismo estão bem patentes no minimalismo moderno. Devemos ter o essencial, viver de forma simples, fazer uma coisa de cada vez, desacelerar, fazer menos, mas fazer o que é importante, criar rituais (ou rotinas, ou hábitos). 
Não devemos sentir apego às coisas (de acordo com o budismo, esse apego é a fonte da infelicidade, pois nada é permanente). 
Devemos viver de forma atenta e consciente. Viver no presente, e não no passado ou no futuro. Sermos felizes com o que temos agora, neste momento, em vez de abdicarmos da felicidade agora para perseguir objectivos que nos poderão trazer felicidade no futuro. Aliás, o viver sem objectivos que vários minimalistas têm abraçado não é nada mais que focar no presente, tal como ensina o budismo. 

Indo um pouco mais além, o budismo fala das quatro meditações ilimitadas: o amor, a compaixão, a alegria e a equanimidade. O amor é querer que os outros sejam felizes. A compaixão é querer que os outros não sofram. A alegria é ficar feliz pela felicidade de outrém. E a equanimidade é ter um estado de espírito tranquilo que não seja regido pela agitação ou pela ilusão. O Leo Babauta refere que cultivar a equanimidade não é fácil (embora melhore com a prática) e é o que lhe permite manter a mente sã. 

Mas afinal o que é que isto tem a ver comigo?

Eu planeava ao pormenor o que queria fazer nos próximos 12 meses, fazia resoluções de Ano Novo, até fiz um 5-year plan! A maioria dos objectivos não eram, obviamente, cumpridos, tal como acontece com a maioria de nós. E aqueles que cumprem todos os seus objectivos, geralmente conseguem-no à custa de outras coisas. Portanto, em vez de ter objectivos definidos e mensuráveis, tenho áreas de foco. Sigo pela vida com uma bússola, não com um mapa. Sei para onde quero ir, mas em vez de ir por um caminho pré-definido, vou ao sabor do vento e das marés. Em termos práticos, em vez de uma to do list, tenho uma could do list.

Comecei a meditar
A meditação ajuda a combater o stress, a sentirmo-nos mais felizes, mais calmos e mais presentes. Até já pus os meus filhos a meditar com a ajuda deste video e o J., o mais céptico, segue-se.

Vivo mais no presente.
Deixei de me atormentar por coisas do passado e deixei de preocupar-me demasiado com o futuro. Foco-me mais no momento, no presente. Olho para o que tenho e sinto-me feliz. Tenho andado constantemente com um sorriso nos lábios e até sou mais simpática para as pessoas (nem sempre é fácil, claro...). Em vez de deixar que seja o comportamento dos outros a ditar a minha resposta, sou fiel a mim própria, independentemente dos outros. Ou seja, não é por alguém ser antipático ou mal educado para mim que eu também o vou ser.

Pensamento positivo.
Eu sempre fui uma pessoa optimista, mas agora ainda mais! Acredito que as coisas boas vêm na minha direcção e que há sempre um lado positivo em tudo. Por exemplo, o J. vai ficar 2 meses sem carta de condução (por causa de uma multa de há mais de 8 anos atrás... mas já sabemos que é assim que as coisas funcionam neste país). Em vez nos queixarmos da desgraça que é estar 2 meses sem conduzir (que não é desgraça nenhuma para nós, embora para alguém que dependa mesmo do carro possa ser), vimos o lado maravilhoso da coisa: é agora que ele vai começar a ir de bicicleta para o trabalho!! Já fomos comprar uma bicicleta nova e acho que se não fosse isto de ficar sem carta, ele nunca tomaria a iniciativa de se deslocar de bicicleta. E embora isto implique mais condução para mim, porque terei que levar os miúdos aqui e ali, estou muito contente!

O último livro do Leo Babauta, The Effortless Life, que li numa noite e vou voltar a ler, aborda estes tópicos e muitos mais. A vida é tão difícil quanto nós a fazemos, diz ele. E é verdade. Nós é que complicamos as coisas, somos negativos e adoramos queixarmo-nos, em vez de sermos gratos e felizes com o que temos. As orientações que o Leo nos dá para uma vida sem esforço são simples (e derivam dos ensinamentos do budismo, claro): não causes mal, não tenhas objectivos ou planos fixos, não cries expectativas, não cries falsas necessidades, não faças coisas de que não gostes, não te apresses e não cries acções desnecessárias. Em vez disso, sê compassivo e apaixonado, encontra contentamento, desacelera, sê paciente, está presente e prefere a subtracção.

E não, não estou a pensar tornar-me budista - mas toda a sua filosofia faz imenso sentido para mim. E é inegável que é do budismo que veio o minimalismo tal como hoje o conhecemos.

(e devo dizer que nunca um post me deu tanto prazer a escrever como este)

40 comentários:

  1. o texto está excelente Rita! e muito esclarecedor!
    já há uns tempos que leio coisas sobre o budismo zen e já me tinha parecido que havia muitos pontos comuns com o que escrevias por aqui sobre minimalismo. quando falavas de listas, nem sempre concordava com a ideia de planificar assim tanto as coisas, pois comigo não resulta! há listas necessárias, claro (faço listas para ir às compras, do que tenho nos armários e de aniversários) mas, para mim, servem somente para me orientarem e para não me esquecer.
    posso propor que sugiras aqui alguns livros, sites ou outras fontes de leitura para quem quer saber mais sobre este assunto? eu proponho uma espreitadela ao http://zenportugal.blogs.sapo.pt.
    beijinhos da costa alentejana, Xana

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  2. Olá Rita!

    Obrigado pelas tuas ideias e sugestões, e acima de tudo pela partilha da tua filosofia de vida.
    Nem sempre concordo com o que escreves, mas acho que isso faz parte... Inspiraste-me em algumas pequenas mudanças que fui fazendo no meu dia-a-dia, que, apesar de não terem um efeito imediato, aos poucos vão-se notando...

    Quanto ao budismo, em si, como religião, não conheço muito, mas conheço alguns dos princípios... e sim, são inspiradores.

    Mais uma vez obrigada pela tua partilha.

    Beijinhos.

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  3. Identifiquei-me com quase tudo. Eu acho que já vivo um pouco assim... e digo mais, sinto que muitas vezes sou puxada para baixo pelas pessoas que tenho á volta. Porque eu sou normalmente uma pessoa optimista que se concentra mais no presente, no momento do que no passado ou no futuro... Cada vez me sinto menos consumista, cada vez mais sinto que as coisas não têm assim tanto valor (como um carro por exemplo), embora tenha os meus pontos fracos, claro (como a roupa por exemplo)....
    Adorei ler este post...

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  4. Gostei bastante deste post.

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  5. Maravilloso Rita, simplemente maravilloso. Si quedaste feliz al terminar de escribir este post, yo quede requetefeliz al leerlo. Como dice Elix no comentario anterior, son muchas las personas a nuestro alrededor que ven todo al contrario. Eso es algo que en los 8 anos que llevo viviendo aca em Portugal intento rebelarme continuamente. Soy de Colombia, trabaje algunos anos en una ong que apoiaba gente pobre, MUY pobre, en salud y educación, y esa gente, indigenas, tenian una filosofia del dia a dia, de la felicidad de las pequenhas cosas y de la futilidad de lo material que me marco mucho. Creo q esa ideologia no viene de religiones, viene de la contemplacion de la naturaleza, condensada en culturas mucho mas introspectivas q las nuestras. Quisiera poder traducir tu post al espanhol y publicarlo en mi blog con sus respectivos creditos. Siento q es algo q necesito leer y releer varias veces e compartir con los mios. Si puedo hacerlo te agradeceria q me avisaras . dicarla75@gmail.com. Obrigada, por tanto y por todo :-)

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  6. Oi Rita! Maravilhosos seu post. Amei! Me identifiquei e concordo totalmente!
    Parabéns e muita paz e alegria nessa nova fase.
    Abraço

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  7. Que maravilhoso esse texto. Me sinto muito mais feliz por ter a oportunidade de conhecer pessoas como você.

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  8. Interessante... mas não é fácil não criar expectativas.

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  9. Sigo esse estilo de vida desde há 2 anos. Fui aprendendo e lendo sobre o budismo nessa altura, por influencia de uma grande amiga que me ensinou bastante sobre o assunto, numa das piores fases da minha vida.
    "Agarrei-me" a esses ensinamentos e senti-me sempre bastante confortável com tudo o que lia e aprendia. Quando comecei a conhecer mais do minimalismo foi como se essas duas coisas se encaixassem e complementassem tudo aquilo em que acredito.

    O post está muito sucinto e bem explicito. Era algo que eu já queria explicar no meu blog mas nunca fui capaz de o fazer tão bem.

    Obrigada Rita.

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  10. Pois para mim foi um dos melhores posts.

    Tudo de bom

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  11. Adorei o post Rita. Sou católica praticante e estes ensinamentos budistas fazem todo o sentido em qualquer religião. Tenho a certeza que podemos ser muitos mais felizes praticando tudo isso. Beijinhos

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  12. Adorei este post, acho mesmo que é o meu favorito. :)
    Houve uma fase que seguia o Zen habits com alguma frequência mas dificilmente punha algo em prática. Agora sem dúvida que me sinto mais motivada para seguir esses ensinamentos e aplicar-me mais ao estilo de vida que o Leo e o Budismo propõem. Gosto especialmente de perceber como pode funcionar no dia a dia e quais os benefícios palpáveis (seguir o zen habits é excelente, mas uma pessoa não se esquece que o Leo vive lá longe, noutra realidade, noutro contexto diferente do nosso). Vou ler o livro dele, parece-me repleto de informação valiosa.
    Muito obrigada por esta partilha. :)

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  13. Muito bonito o texto, e muito inspirador. Sempre quis saber um pouco sobre o budismo e voce explicou de forma clara e simples sobre os ensinamentos. Adorei.
    Bjs
    Yara

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  14. Olá Rita!

    Este post está muito, muito interessante!! Parabéns!!
    Eu também não sou católica. Não tenho nenhuma religião, aliás. Mas sou cristã. A fé cristã fortalece-se a cada dia que passa e sinto-me feliz e apoiada assim.
    E sou uma organizadora - compulsiva! Se alguém me quer ver feliz é darem-me algo para organizar, planear e programar.
    Creio que cada um encontra a sua forma específica de felicidade.
    Mas adoro ler o seu blog e adoro a sua forma de viver!!!
    Beijos

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  15. Maravilhoso,com muito a se refletir...
    Obrigada!
    N.

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  16. Brilhante, este post! A Rita escreve muito bem, de uma forma simples e clara.
    Sigo o seu blog desde o início e adoro. Apenas não compreendia muito bem a forma acelerada e programada como vivia e perguntava a mim mesma se se pode ser feliz assim.
    Tenho aprendido muito consigo, tenho posto em prática muitos ensinamentos, apesar de ter o dobro da sua idade, mas não sou minimalista. Digamos que sou frugal. E não era. Estou a mudar aos poucos graças a si. E também quero mudar nesta área.
    Muito obrigada por nos dar tanto, sem esparar nada em troca.
    Um beijinho e um Feliz Natal para toda a família.
    Celeste

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  17. Parabéns Rita, escreveu um ótimo post! Sigo-a há pouco tempo, mas devo dizer-lhe que adoro o seu blogue. Faz com que eu fique com imensa vontade de seguir os princípios minimalistas. Creio que necessitamos de mais pessoas como a Rita, otimistas, que vivem o presente, que não se apegam às coisas. Obrigada por esta transmissão de energia! :)

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  18. Este com certeza, foi um dos post que mais gostei de ler.Sou minimalista e identifico me com os ensinamentos budistas.Hoje sinto me mais leve e mais feliz com o que tenho e com as coisas que faço, sou ateísta porém com muita fé, sou otimista e acredito que o amor por si mesmo e pelos outros é a força que move o universo.
    Agradeço por este lindo post que veio para deixar meu final de dia melhor do já estava.

    Bjs

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  19. Tem piada que eu também tenho estado a ler sobre o budismo zen, aliás, Thich Nhat Hanh tem livros excelentes para crianças que vou comprar para o Samuel. Acho que vais mesmo gostar como a tua vida vai mudar para o melhor com esta nova perspectiva de vida.

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  20. Post sensacional! Foi tanto o prazer que tiveste a escrevê-lo como eu a lê-lo! Estive sem internet mais de uma semana e acabei por ler muito mais que o normal... tudo isto, todos estes temas, têm vindo num momento muito propício da minha vida, parece que cada peça está a encaixar-se... e este post foi simplesmente perfeito.

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  21. Gostei muito do post, como de todo o blog.
    Obrigada por partilhares connosco. Tenho reflectido e mudado alguns aspectos da minha vida. Para melhor. Bjns

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  22. Faz total sentido pra mim.
    As vezes me prendo tanto a listas para me organizar, que acabo listando COISAS demais e vivendo no modo automático.

    Beijos!

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  23. Como católico e olhando para o NT estão lá todos estes princípios que se forem seguidos tornariam este mundo um lugar bem melhor!

    Ouvi dizer que andaste pela FCUL? ;-)

    Obrigado pelo post
    Beijinhos

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  24. Paulina Reys18/12/12, 23:28

    Olá Rita!
    As portas da filosofia budista e do minimalismo foram-me abertas há algum tempo por Dominique Loreau e o seu "L'art de la simplicité".Depois veio do blog da Rita, que não mais deixei de acompanhar. Pus em prática alguns conselhos da Rita mas há no entanto, algo que nunca consegui compatibilizar. A questão das agendas e facto de se ter o dia-a-dia programado ao minuto.O tema da gestão do tempo atrai-me, mas ter de despender diariamente algum tempo precioso a agendar coisas que com a maior das facilidades não consigo cumprir...Além de que no meu caso se tornou grande causador de stress e me manteve algum tempo escrava do relógio. Acho que me dou melhor com pequenas To-Do lists...
    Obrigada pelo seu blog
    Bjs

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  25. Muitos parabéns pelo post !Está muito bem escrito e faz todo o sentido nesta pré nova fase da minha vida :)
    Que pena não encontrar os livros do Leo Batauta em português ( procurei na fnac e não encontrei ) . Alguma sugestão, nessa linha, em português ?
    Obrigada e Boas Festas !

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  26. Texto maravilhoso! Instintivamente, há algum tempo, comecei a pôr em prática o minimalismo sem ao menos saber o que era. Vim a saber e a melhorar a prática ao descobrir o seu blog. Apesar de ainda estar começando, sinto pequenas revoluções em minha vida. Parece uma desintoxição interior, que faz a gente ver a vida de outras maneiras, de forma mais leve. Baixei a guarda! Consigo ver mais beleza nas outras pessoas. Consigo ser mais amorosa, mais compreensiva, mais verdadeira, mais eu! Dou mais changes a mim mesma. Destralhar-me materialmente também está fazendo parte da mudança, tinha muito apego material, agora já nem tanto, e é incrível como faz diferença esta limpeza, esta "faxina geral"! Estou me redescobrindo!

    Elaine Faustino (Brasil)

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  27. Todos os teus Posts são bons...mas este foi com o que me identifiquei mais...
    Mt bom, anseio já por um próximo ebook teu :)

    Feliz Natal entretanto :)

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  28. Eu devo dizer que nunca um post me deu tanto prazer ler :) Li ontem na diagonal e li agora novamente!!! Tudo faz muito sentido para mim e cada vez mais caminho no sentido do minimalismo ... Obrigada pelos "ensinamentos", tem sido muito util e importante seguir o blogue quase diáriamente ;)

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  29. Adorei o texto, era mesmo de isto que andava a precisar :)

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  30. Não me recordo como vim "aqui" parar, mas dou graças por ter conhecido o seu blog.
    Obrigada :)

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  31. Olá, Rita! É a primeira vez que escrevo aqui, apesar acompanhar intensamente seu blog.
    Eu tentei durante muito tempo fazer planos, listas, GTD, agenda da casa, método Flylady, e tudo o que conseguia era ficar mais estressada. Sempre tinha a sensação que as coisas em casa escorriam entre meus dedos, diferentemente do meu trabalho, onde eu conseguia administrar tudo com precisão.
    Depois de quebrar a cabeça várias vezes, me desgastar, ler tudo sobre organização (que foi quando caí no seu blog), resolvi me interessar pelo minimalismo (aconteceu um pouco depois de conhecer aqui, mas não sei exatamente onde foi o start). Resumindo, eu joguei a toalha e comecei a fazer as coisas mais no meu momento. Claro que me sentia super culpada quando lia o seu e outros blogs que gosto e admiro, com mulheres super organizadas e fazendo listas e projetos. Mas, sinceramente, acho que nunca fui tão feliz! Fui destralhando a casa (ainda estou), fui vendo o que realmente interessava, fui me cobrando menos... E fiquei, finalmente, ALIVIADÍSSIMA, quando você escreveu que vai apagar suas listas! rss
    Claro que sei que seu contexto é outro, mas também concordo que viver mais o presente é mais interessante. No meu caso, as coisas estão mais sob controle, mas não estão mais me controlando. E as prioridades também têm sido outras. Realmente, livrar-me das "to do lists" foi a coisa mais tranquila que fiz. Porque percebi que realmente nem precisava de tanta coisa assim, nem tudo precisava ser tão perfeito assim (coisa que meu marido já me falava há anos... rs)
    Parabéns pelo blog. Obrigada pelos textos, pela companhia e pela inspiração.
    Feliz Natal e que 2013 seja cheio de descobertas!

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  32. Rita, AMEI este post. Já li várias vezes e ainda vou reler muitas. Como é bom poder ter acesso ao seu blog!!!!!!
    Abraços e feliz natal a vc e sua família.
    Carolina

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  33. "Nós é que complicamos as coisas, somos negativos e adoramos queixarmo-nos, em vez de sermos gratos e felizes com o que temos."
    Não podia estar mais de acordo!
    Existem 5 principios do Reiki que tento seguir para que a frase acima deixe de existir na minha vida.

    Só por hoje...
    não me preocupo
    não me irrito nem critico
    agradeço as minhas bênçãos e sou humilde
    ganho a vida honestamente
    sou gentil e amável com todos os seres vivos

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    Respostas
    1. Nem de propósito! Antes de ver este comentário, estava a consultar informações sobre cursos de Reiki!

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  34. Meditação, reiki...são tudo mais valias para quem quer seguir uma filosofia de vida calma e tranquila e por conseguinte, mais feliz! :)
    Namáste

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  35. Olá Rita!
    Curiosamente, penso fui eu que escrevi o comentário (29/02-09:48).
    Gostei especialmente do post por, após quase 1 ano, teres refletido sobre a minha questão.
    Só quero realçar que a espiritualidade não está ligada à religião...E ser espiritual não é ser religioso!
    Pode consultar:
    http://www.zeitgeistportugal.org/zwiki/index.php?title=Conceito_de_Espiritualidade
    Espero que continues nessa descoberta de autoconhecimento!
    Obrigada,
    Ana

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  36. Meditar é mesmo muito bom, pratiquei durante muito tempo em paralelo com yoga e quero voltar a incorporar isso na minha vida e aprender a ser positiva, apesar dos nossos objectivos serem um pouco diferentes (no meu caso um dos objectivos principais é aprender a viver com a ansiedade e tornar-me funcional).

    Gostei imenso do post! Obrigada pela inspiração :)
    Sara

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  37. Olá
    Conheci o blog através de uma conhecida e este post esclareceu-me imenso já que ando a tentar reduzir no que consumo e no que tenho em casa. Eu digo tentar pois é raro conseguir cumprir com os objectivos que estabeleço. Vou passar a seguir o teu blog e torna-lo numa das minhas inspirações e também para relembrar que é fácil viver com menos.
    Obrigada
    Liliana

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  38. Parabéns Rita!
    O texto é excelente e inspirador, tens todos os motivos para se orgulhar deste post.
    Obrigada,

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  39. Rita, acabei de conhecer seu blog e estou maravilhada! Gosto muito do minimalismo e também já conhecia o trabalho do Leo Babauta. Vejo que seu blog será de grande utilidade nessa minha caminhada para uma vida mais leve e simples! Obrigada!

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Obrigada pelo comentário!

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