13/12/2011

Minimizando a roupa (ainda mais)

Ontem dei mais uma volta à minha roupa e aos sapatos. Apesar de já me ter livrado de cerca de 50% da roupa que tinha, ainda fiquei com muitas peças que não uso.

Enchi uma caixa grande com roupa. Não a vou dar para já. Quero primeiro ver se lhe sinto a falta. Fiz o mesmo com mais de 10 pares de sapatos. Feitas as contas, tenho agora 20 (vinte!!) pares de sapatos (há 1 ano atrás tinha 55, e entretanto já comprei mais uns 5 pares, portanto tenho agora um terço do que tinha).

Os meus 20 pares de sapatos. Há uns meses atrás era assim.

Quando vejo o armário e as gavetas cada vez mais vazios sinto-me bem, sinto-me liberta. Mas o pior é quando estou de volta da roupa a decidir o que vai e o que fica. Penso no dinheiro que gastei e isso perturba-me bastante. Fico chateada comigo mesma por ter feito tantas compras impulsivas. E penso novamente no dinheiro que dei em troca daquelas coisas de que já não preciso (de que nunca precisei, para dizer a verdade). 

Este sentimento é normal quando se destralha e a melhor forma que tenho de lidar com ele é ignorá-lo. Também ajuda tirar as coisas da frente, ou seja, tirá-las de casa o mais depressa possível. Depois, sim, sinto-me bem.

Esta caixa vai por enquanto para a cave. No seu interior está roupa de inverno e de verão. Se no fim do próximo verão não lhe tiver mexido, já sabem o que lhe acontece. O mesmo para os sapatos.

Adeus...

A partir de agora, a roupa que comprar tem que obedecer aos seguintes critérios:

~ preciso mesmo dessa peça de roupa
~ a cor é uma das minhas cores
~ o tecido é de boa qualidade
~ posso conjugar a peça de várias maneiras diferentes
~ a relação qualidade/preço é boa
~ a peça assenta-me super bem e não precisa de arranjos (bainhas pode ser) 
~ e mais uma vez, preciso mesma dessa peça

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12 comentários:

  1. Não tenhas remorsos por todo o dinheiro que gastastes. Isso fez-te aprender uma lição: a partir de agora vais pensar sempre 2 vezes (ou 3 ou 4) antes de adquirires alguma coisa e certamente será algo que realmente irás usar.

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  2. Meu deus, é muita quantidade...
    Se todas as pessoas fizessem como tu e se consciencializassem do desperdício, seriam mais felizes.
    Comprar consciente é sempre melhor para o ambiente:)

    boa continuação

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  3. Pensa antes no que vais poupar daqui para a frente...

    Anuskas

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  4. d. ritinha não a conheço, mas é uma inspiração para mim. ♥

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  5. Gosto muito do blog acho que é uma ajuda muito importante e eu que estou desempregada tenho aproveitado todas as dicas para melhor a minha qualidade de vida e conseguir viver bem com menos.
    Uma coisa que faço para além dos passos que referis te é antes de comprar alguma coisa não me limito a uma loja, pois no passado já aconteceu comprar uma camisola numa loja (mais cara) e na loja ao lado era igual em tudo e mais barata. óbvio fiquei frustrada.

    Beijinhos e obrigada pelas dicas :D

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  6. Eu também faço isso quando troco a roupa de Verão para a de Inverno e vice-versa. Dou sempre muita coisa. Também fico com remorsos do que gastei e nem gasto muito porque não compro marcas... mas custa sempre. ;-)

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  7. Pois... eu compro / comprava / comprei marcas boas, muito boas de ótima qualidade... hoje são clássicos que combino com tudo. Mas comprei sempre pouco, com muita reflexão e por isso nunca enchi os armários. Gosto muito de andar bem vestida e com essas peças estou sempre bem, basta alterar um ou outro acessório e os sapatos. Não tenho os roupeiros cheios, nem a sapateira, mas chega-me perfeitamente e não me sinto menos feliz por poder comprar menos. Com os cortes nos ordenados, deixei de poder comprar essas marcas, no entanto o que tenho no roupeiro é suficiente para me sentir linda, segura e confiante no dia a dia... (perdoem-me a falta de modéstia, rsrsrs)
    Mas, como já disse noutro post, sou minimalista (mesmo sem saber que existia esse conceito) há mais de 10 anos e por isso pus em prática tudo o que diz nos posts, que têm sido uma delícia de ler! Obrigada!
    Bejinhos, Carla Bordalesa

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  8. Gosto imenso do teu blog tem me ajudado muito mas mesmo muito em termos de organização e principalmente de destralhamento!
    Queria sugerir-te uma coisa ( uma vez que és a principal motivadora do minimalismo em Portugal :) pelo menos na minha opiniao sincera) que tal criar um grupo a que todos os minimalistas de portugueses pudessem colocar coisas que tem para destralhar a vender? podia ser uma boa opção para esse sentimento de se pensar no dinheiro que se gastou, pois assim parte do dinheiro gasto é recebido de volta. O que achas?

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  9. Sei que este é um post muito antigo, mas não consigo deixar de comentar: como é que ter 25 pares de sapatos é ser minimalista?! Eu acho demais. Eu só tenho 10 pares. Para mim, ser minimalista é ter 2 pares por cada estação do ano, isso sim é reduzir o excesso ao essencial.

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    Respostas
    1. Caro anónimo, é essa a beleza do minimalismo: não há regras. O que é essencial para uma pessoa não é para outra, e vice-versa. 25 pares de sapatos são demais para si, mas se calhar você tem uma mesa de jantar com cadeiras e mesas de cabeceira, e eu não tenho nada disso - porque, para mim, não é essencial. Cada um é que sabe o que é ou não essencial para si, não são os outros...

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    2. Bem, confesso que também fiquei chocada com a quantidade de pares de sapatos... Como é que alguém que se diz minimalista pode achar necessário ter tantos sapatos? Essencial como? Só o espaço que ocupam! Não tem mesa de jantar nem cadeiras? Comem, portanto, no chão? Realmente, o que é essencial para uns, não é para outros, não quero pôr isso em causa, mas lá que é estranho que se chame minimalismo a se passar de 55 (!) pares de sapatos para 25, lá isso é! Ao ler este blog descobri que sou minimalista e nem tinha consciência disso, apesar de ter uma mesa e cadeiras e duas mesas de cabeceira, não preciso de passar por nenhum processo de destralhamento porque simplesmente não tenho tralha e não sou consumista. Deve ser bem complicado ocupar tanto tempo a destralhar! Ufa...

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    3. Tenho pena que alguns leitores ainda não tenham percebido qual é a mensagem e a finalidade deste blog... O minimalismo é uma viagem, não é um destino. Fico feliz por si por já ter nascido minimalista e não ter precisar de destralhar. Para mim e muitos outros, que não nasceram minimalistas, passar de 60 pares de sapatos para menos de metade é, na minha opinião, um grande passo. Mas o que me entristece mais, além de pelos vistos a mensagem não chegar a alguns leitores, é a rapidez com que julgam e criticam a vida dos outros, como se fossem donos da verdade e da razão. E volto a dizer: o que é essencial para uns não é para outros. Eu também podia dizer que não percebo como é que esta leitora se diz minimalista quando tem duas mesas de cabeceira - pois para mim não são necessárias. Mas se para si são essenciais, você é que sabe, não eu!

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Obrigada pelo comentário!

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