01/07/2015

Estas coisas das dietas dão sempre muita conversa...

Talvez por ser um tema tão próximo de todos nós, que nos afeta tanto, física e psicologicamente, falar (ou, neste caso, escrever) sobre dietas e alimentação gera sempre muita conversa (comentários aqui, no facebook, emails, etc.). Portanto, achei melhor esclarecer bem o que é que estou a fazer, para ninguém ficar preocupado comigo.

Como escrevi aqui, a dieta paleo atrai-me imenso - comidas não processadas, o mais próximo possível do seu estado natural, incluindo muita fruta, verduras, peixe e carne (sim, eu gosto muito de carne!). Eu não engordo facilmente - tenho este peso, 57-58 kg, há uns quantos anos. Mas também não tenho conseguido perder alguns quilos por um motivo muito simples - eu como muito e gosto de hidratos de carbono. Se não fosse ativa fisicamente, provavelmente pesaria ainda mais, mas as calorias em excesso lá se vão queimando...

Posto isto, eu sei, por experiência própria, que para perder peso tenho que cortar nos hidratos de carbono complexos - isto para mim é terrível, porque adoro arroz! Mas basta-me estar 2 ou 3 dias sem comer arroz (pão e massas não contam porque não costumo comer) que emagreço logo. O problema é que nunca fiz isto de forma consistente. Perco 1 kilo durante a semana, mas no fim de semana como bem, arroz de pato, arroz de coelho e coisas do género, e ainda faço bolos ou salame de chocolate - e claro que o que perdi durante a semana, volta. Tenho andado nisto há muito tempo e chegou a altura de lhe pôr um fim - de assumir de uma vez por todas que tenho que levar isto a sério se quero perder estes kilos e não voltar a ganhá-los.

O que é que me fez ter este clique, agora? Os livros da Ágata Roquette. E assim, inspiradíssima, decidi fazer a dieta dos 31 dias - com alterações, tal como escrevi aqui. Porquê alterações? Primeiro, porque eu não quero perder 20 kg. São só 3 ou 4. Logo, não preciso (nem quero) de nada muito restritivo. Segundo, deixar de comer fruta está fora de questão - mas devo, sim, diminuir a quantidade de fruta que como (que é bastante!). Deixar de comer sopa também nem pensar - mas posso começar a fazer sopas sem batata, cenoura e abóbora, como a Ágata aconselha. Em relação aos produtos de charcutaria, que é, para mim, o mais estranho da dieta (do tipo comer 2 salsichas de aves como snack??), não faço porque não gosto muito dessas coisas... Gosto de uma bela chouriça assada com pão, sim, mas mortadela, fiambre (da perna como, de aves nem pensar) e coisas do género dispenso. E para mim, peixe e carne é grelhado, de preferência no carvão - eu não gosto de cozinhar, por isso não me meto em cozinhados complicados... quanto mais simples e menos trabalho der, melhor!

Com estas alterações todas, até me podem dizer que isto assim não é a dieta dos 31 dias da Ágata - pois não, é a dieta dos 31 dias da Rita. Alguns leitores ficaram um pouco chocados e/ou preocupados por eu querer fazer esta dieta, mas espero assim descansá-los. Mas acredito que o que resulta para uns não resulta para outros. E acredito que não devemos dizer mal de uma coisa sem a experimentarmos antes (por exemplo, eu odeio zumba, mas a verdade é que nunca fiz nenhuma aula... devia primeiro experimentar, mas depois poder falar - o mesmo em relação às dietas ou seja o que for).

Eu sei, por experiência, o que me faz perder peso - preciso é ser consistente nesses meus esforços. Não me adianta comer "bem" durante a semana e depois enfardar tudo e mais alguma coisa ao fim de semana - é esta a mudança que tenho que fazer. Portanto, nem é tanto uma mudança de alimentação; é mais uma mudança na motivação - e isso encontrei nos livros da Ágata. 

Outro livro que li o ano passado e me diz muito mais, em termos de alimentos, é A Dieta Viva da Ana Bravo - um plano baseado na dieta paleo, com redução progressiva dos hidratos de carbono complexos. Mas com a duração de 6 (ou mais) semanas e várias fases, a coisa aborreceu-me... 31 dias é, para mim, o período ideal, pois estou de férias, na praia, onde praticamente só comemos grelhados no carvão. Já li boas críticas ao livro A Dieta Perfeita, também de uma nutricionista, Mariana Abecasis, e vou hoje comprá-lo (se o encontrar aqui em Faro).

Concluindo, acredito que só com muita experimentação é que percebemos o que é que funciona para nós. Ainda hoje estava a falar com uma colega, que tem perdido peso mas a um ritmo muito lento, e ela ainda não percebeu o que é que está a fazer mal, mas deverá ser qualquer coisa na alimentação - quando perceber o que é, as coisas se encaminham! O problema é que há que experimentar e pode levar tempo. No outro dia, uma menina da Herbalife ficou espantada por eu dizer que emagreço quando corto nos hidratos de carbono complexos - ela estava a aconselhar-me comer HC complexos a todas as refeições para emagrecer!! 

Há, portanto, que ter bom senso e sentido crítico - não é por me dizerem para deixar de comer fruta que o vou fazer. Prefiro tirar ideias daqui e dali e adaptá-las à minha realidade. Não sou pessoa de seguir cegamente seja o que for - incluindo planos alimentares. Quando tenho fome como! Não posso é comer um pacote de bolachas quando tenho fome, mas sim uma peça de fruta, um ovo cozido, ou algo do género. É esse tipo de mudanças que tenho que fazer - e manter.

Bom, este post já vai longo e tenho mais que fazer (tenho que ir moer a sopa sem batata, cenoura e abóbora que está ao lume), mas quando puder ponho aqui o meu plano alimentar ideal - o plano que eu gostaria de ser capaz de seguir durante 31 dias para perder estes malditos quilinhos!

10 comentários:

  1. daqui : http://www.infopedia.pt/dicionarios/lingua-portuguesa/dieta

    dieta (1)
    [ˈdjɛtɐ]
    nome feminino
    1. regime alimentar que satisfaz as necessidades particulares de uma pessoa
    2. regime especial de alimentação que restringe a ingestão de certos alimentos e/ou reduz a sua quantidade, com o objetivo de perder peso ou por razões de saúde
    3. privação total ou parcial de certos alimentos por motivos religiosos; jejum
    4. prato em que a comida é, em geral, pouco temperada, pobre em gorduras e em calorias e de digestão fácil


    pessoalmente eliminava a 2, a 3 e a 4 :)

    ResponderEliminar
  2. e obrigada pela motivação, vou tentar fazer o mesmo e ver o que acontece :)

    ResponderEliminar
  3. Eu fiz a dieta da Agata também modificado que por exemplo carpaccio como snack de tarde não me cabia na cabeça. E vi resultados! No entanto na altura cortei mesmo aos hidratos e quando voltei à alimentação normal recuperei. O meu mal é o pão e a massa :x No entanto agora tenho cuidado vou fazendo calculos, do que fui comendo e exericio. Para mim para perder peso, é o que resulta melhor. :) E sim a dieta paleo para mim é a que faz mais sentido, no entanto os pequenos almoços que sugerem, não consigo nem por nada.

    ResponderEliminar
  4. Olá Rita, quando fiz a dieta dos 31 dias também a adaptei ao meu ritmo, fazia dois lanches de manhã e dois à tarde, em vez de um como dizia o livro e mesmo assim perdi 6 kg. Esta dieta é boa nesse sentido, cada um pode "ajustá-la" ao ritmo que pretende e assim não passar fome. Força e vais ver que daqui a 30 dias (que passam rápido) já tens bons resultados. Ana Rebocho

    ResponderEliminar
  5. Olá Rita, acho que a atitude é exactamente essa :-). Eu tenho perdido peso alimentando-me de um modo mais consciente, sem stresses, adaptando as "regras de uma alimentação saudável" à minha vida e às minhas preferências, basicamente reduzi bastante o consumo de alimentos refinados e processados para passar a comer "comida de verdade", além disso passei a acordar às 05H30 ( em parte influênciada pelo seu blog :-) ) para ir correr antes de ir trabalhar, tem resultado para mim, sinto-me feliz, tranquila e saudável e isso é que é importante :-)

    ResponderEliminar
  6. Acho que a atitude é exactamente essa :-), eu tenho perdido peso alimentando-me de modo mais consciente, adaptando as "regras de uma aliemntação saudável" à minha vida e preferências, sem stresses, basicamente reduzi bastante o consumo de alimentos refinados e processados e passei a comer " comida de verdade", além disso passei a acordar, dia sim dia não, às 05H30 (influênciada em parte por este blog :-) ), para ir correr antes de ir trabalhar, tem sido um prazer :-), sinto-me feliz, tranquila e saudável e é isso que importa :-).

    ResponderEliminar
  7. Olá Rita. Se gostou do livro da Ana Bravo, "A Dieta Viva", aconselho-a a comprar o último livro dela "Corpo de Verão". É um plano para 20 dias e bastante fácil de seguir. Acho que vai gostar das opções dela.
    Boa sorte para a sua dieta, para mim também é muito difícil perder os 4/5 kgs que quero perder porque gosto muito de pão :P
    Beijinhos

    ResponderEliminar
  8. Já voltei aqui algumas vezes e sempre pela mesma razão.

    Eu também gosto de carne, mas tenho um dilema com a carne que encontro hoje: ambientalmente danosa e cheia de antibióticos, já para não falar do que a massificação provocou em termos de respeito pela vida do animal seja ele qual for.

    O que queria saber é se partilha do mesmo dilema que eu: eu evito comprar carne ou peixe porque não concordo com a forma como são criados, com a forma como são mortos e com os danos que a massificação está a provocar no planeta. E se partilha deste dilema como lida com ele?

    Faz tempo que faço um regresso ao "antes", à forma alimentar com 20 anos atrás que era bem mais sustentável e bem mais saudável que hoje, mas é difícil obter produtos com a mesma qualidade, principalmente carne e peixe, e desde que vi o Cowspiracy, sendo eu uma pessoa que recicla e tem um compostor em casa isto é importante!
    O Cowspiracy é dos melhores documentários que vi recentemente mas não me vai tornar vegetariana, mas também não quero alimentar a indústria, como resolver no dia a dia o dilema?

    ...complicado...

    se me repeti peço desculpa a minha escrita anda a dizer ao meu cérebro para tirar férias mas ele não obedece

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Tenho o mesmo problema... Custa-me comprar carne de animais criados em condições não dignas... mas os preços da carne de animais bem tratados são proibitivos. O que faço está no meio termo. Ora compro carne normal, ora compro carne biológica... Em relação aos ovos, compro sempre de galinhas livres. Também são mais caros, mas não consigo imaginar as pobres galinhas enjauladas... Em relação ao peixe, felizmente aqui no Algarve abunda peixe do mar aberto, portanto esse problema não se coloca...

      Eliminar
    2. obrigado pela resposta.

      ovos são do quintal da mãe :) muito livres!
      carne não tenho comprado porque não tem feito muita falta e porque vem embalada em plástico...outro problema.
      como fazemos visitas a pais e sogros, acabamos por comer carne e algum peixe nessas refeições e, em casa, a maioria das refeições engloba ovos cosidos, saladas e os hidratos embora esses eu dispensasse...menos as batatas, por mim comia batatas todos os dias e não seriam fritas

      o peixe vem congelado por falta de tempo para me deslocar a locais de peixe fresco, logo embalado em plástico...é assustadora a quantidade de plástico que entra dentro de nossas casas, e ainda mais assustador quando se sabe que mesmo colocando no ecoponto amarelo a maioria não é reciclada, vai para aterro.

      lá está, é uma luta todos os dias!
      há um ano atrás o que entrava nesta casa era bem diferente, esperemos que daqui a um ano esteja ainda melhor!

      estes últimos 30 anos foram mesmo muito criminosos...

      boa dieta nestes próximos dias

      Eliminar

Obrigada pelo comentário!

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...